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O Brasil celebra um novo recorde de empregos formais, e a taxa de desocupação recuou para 6,5% no trimestre encerrado em maio, atingindo o menor patamar em dez anos.

O economista Hugo Garbe analisa os fatores que motivaram essa queda, destacando o crescimento do setor de serviços, a estabilidade econômica e as expectativas para os próximos meses.


Assista à íntegra: https://youtube.com/live/E7YOq1YQg9M

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Transcrição
00:00Com o IBGE, a taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de março a maio deste ano
00:06foi de 6,2%, uma redução de 0,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024
00:14e inclusive ao trimestre que começou em dezembro de 2024 até fevereiro de 2025.
00:20Para analisar esses dados, a gente vai conversar ao vivo agora com o economista Hugo Garbi.
00:25Hugo, seja muito bem-vindo, muito obrigado por nos atender neste fim de semana
00:30e a gente percebe também, segundo o IBGE, de que as contratações por CLT bateram também um recorte.
00:37Que leitura que você faz desses números?
00:40Como que a gente deve interpretar esses dados que parecem bastante positivos neste momento?
00:47Boa noite.
00:49Olá, Evandro. Boa noite. Prazer estar aqui com vocês mais uma vez.
00:53Pois é, são dados positivos em meio a uma série de dados econômicos negativos
00:58que nós vemos, nós estamos recebendo nas últimas semanas por parte do governo.
01:04Acho que a primeira variável a ser analisada é que nós tínhamos ainda um resquício
01:09de geração de emprego e renda do processo de pandemia.
01:13Então, se for comparar ali o processo de geração de emprego
01:17ou população empregada antes da pandemia e pós-pandemia,
01:21a gente conseguiu recuperar esse nível de desocupação, geração de emprego e renda.
01:26Era um processo até natural pelo tamanho da força de trabalho brasileira.
01:32A gente não pode esquecer que o Brasil é uma potência em termos de capacidade produtiva.
01:38Nós temos mais de 100 milhões de pessoas com capacidade de gerar emprego e renda,
01:44de trabalhar.
01:45A gente só perde ali para os grandes países,
01:48Rússia, Índia, China e os próprios Estados Unidos.
01:53Então, a gente tem essa capacidade, essa resiliência econômica.
01:59Então, a gente gera mais emprego, capacidade de...
02:02Nós geramos mais emprego e renda para a população, de fato.
02:06Isso é um dado bastante positivo.
02:08Se a gente for analisar o salário médio descontando em inflação,
02:13também comparando com o pós-pandemia,
02:15as pessoas têm um salário menor.
02:20Então, apesar da geração de emprego e renda,
02:23houve um decréscimo na média salarial descontando em inflação.
02:26Mas o dado positivo é que a gente tem ainda um processo de geração de emprego e renda
02:32acompanhando o processo pós-pandemia.
02:36Eu vou abrir um espaço aqui para o nosso amigo Gustavo Segret,
02:38que também quer perguntar para você.
02:40Vai lá, Segret.
02:42Hugo, boa noite.
02:43Obrigado pelo teu tempo.
02:45Quando a gente avalia no IBGE os conceitos para a verificação de inclusão
02:50dentro do que seria uma taxa de desemprego,
02:53se eu não estou procurando emprego, não estou incluso na taxa de desemprego.
02:58Se eu digo que estou procurando emprego,
03:00mas não tenho nenhuma entrevista nos últimos três meses,
03:03não estou dentro da taxa de desemprego.
03:05Se eu tenho um trabalho de apenas uma hora por semana,
03:08mesmo não sendo remunerado em uma empresa familiar,
03:11sou considerado um empregado.
03:12E tenho 20,49 milhões de famílias atribuídas ao Bolsa Família,
03:19sendo que no mês de abril ingressaram 5,35 milhões de famílias,
03:23estamos falando de 19 milhões de pessoas.
03:26Não estaria um pouco estranho esse nível de desemprego tão baixo?
03:33Pois é, Segret, você tocou num ponto que eu diria nevrálgico,
03:38do processo de análise de emprego,
03:43que vale a pena também a gente mencionar.
03:44Ou seja, se a gente for pegar a literatura econômica,
03:49você tem ali o que as pessoas chamam de desalento,
03:52que são as pessoas que deixaram de procurar emprego e estão desempregadas.
03:57Estrito senso, quando eu falo em estrito senso,
03:59é o que prega a literatura.
04:00Ou seja, a literatura prega que a pessoa que está empregada
04:04é aquela que oferece emprego e renda.
04:06Ou seja, ela é muito mais restrita no ponto de vista
04:10da própria literatura econômica,
04:13o que prega de melhor prática,
04:15se você for comparar com a estatística do IBGE.
04:18O IBGE tem uma série de flexibilidades.
04:22A gente fez um estudo que permite entrar ali,
04:25dentro dessa estatística, milhões de pessoas
04:27que não entrariam se fosse seguir a própria literatura econômica.
04:31O ponto aqui é,
04:32será que o governo quer inserir mais pessoas nessa estatística
04:38para transmitir essa sensação positiva
04:42para o mercado e para a população?
04:45Ou se realmente é algo que foi feito ali,
04:48pensado em termos econômicos?
04:51Na minha opinião, é que existe sim
04:53uma discrepância do que era antes,
04:56ou seja, do que prega a literatura econômica
04:57e do que está sendo feito.
05:00Hugo, os números do desemprego
05:03vêm apresentando bons resultados
05:04desde o início dessa gestão 3 do presidente Lula.
05:08Mesmo assim, esse otimismo não se reverte
05:12em avaliações positivas para a gestão de Lula
05:15em várias das pesquisas que foram feitas nos últimos tempos.
05:19O que acontece?
05:20Por que mesmo diante de um cenário positivo,
05:24em termos de desemprego,
05:26com mais gente trabalhando,
05:28ou seja, com mais gente com renda,
05:30isso não se traduz?
05:31É a inflação que pesa muito na avaliação dessas pessoas,
05:34são as medidas econômicas,
05:36é o gasto público.
05:38O que faz com que isso não traga resultados positivos
05:42também para as atitudes políticas deste governo?
05:48Pois é, Evandro.
05:49O fato é a sensação do mercado e da população
05:53que isso não está revertendo no dia a dia das pessoas.
05:56Então, quando a gente fala de economia,
05:59a gente está falando ali da vida das pessoas,
06:02da vida das empresas,
06:03do dia a dia das pessoas.
06:06E, de fato, a inflação dos alimentos,
06:10o custo de vida tem aumentado,
06:12os impostos, ou seja,
06:13o governo resiste em reduzir tributos,
06:17insiste em aumentar impostos,
06:19e aumentar de uma forma desordenada,
06:21meio mambembe,
06:22ou seja,
06:23passa-se a impressão de fato para o mercado,
06:27para as pessoas,
06:27de que não é algo estudado,
06:29não é algo debatido,
06:30vai lá, fala,
06:30depois volta atrás,
06:31depois...
06:32Ou seja,
06:33essa sensação de que as coisas,
06:36apesar da estatística,
06:37a vida piorou,
06:39isso as pessoas sentem,
06:40as pessoas sentem no bolso
06:42e geram uma insegurança.
06:44A economia também é feita de segurança,
06:48essas pessoas não sentem insegurança
06:49quanto ao futuro,
06:51elas não vão consumir,
06:52elas não vão comprar uma casa nova,
06:53elas não vão comprar um carro novo,
06:55elas não vão financiar um eletrodoméstico,
06:58porque tem medo de perder emprego,
06:59porque tem medo de ficar tudo mais caro.
07:01Então, você gera um travamento da economia,
07:05que, de certa forma,
07:06é uma disparidade das estatísticas.
07:08Então, essa disparidade é muito mais
07:11por conta das atitudes
07:14que o governo vem tomando
07:15ao longo dos anos,
07:17muitas vezes até atrapalhada,
07:19meio sem coordenação,
07:20a gente sente isso,
07:22que acabam refletindo na sensação das pessoas,
07:24não só na sensação,
07:25mas também no bolso, de fato.
07:29Hugo, e qual é a sua avaliação
07:31para o segundo semestre?
07:33De que maneira que esse mercado de trabalho
07:34deve se comportar de acordo com as expectativas?
07:37Olha, Evandro,
07:40a gente hoje tem uma das maiores taxas de juros real do mundo.
07:46O Brasil vem sofrendo
07:48um recorde de recuperações judiciais
07:51nos últimos três anos.
07:53Nós batemos todos os recordes.
07:55As empresas não vêm conseguindo
07:57pagar suas dívidas.
07:59Dívidas essas que foram contraídas na pandemia
08:01quando a taxa de juros era 2%, 3%
08:03e hoje não conseguem pagar
08:05e estão pedindo ou falência
08:06ou recuperação judicial.
08:08Uma recuperação judicial significa desemprego,
08:12o que é até um contrassenso
08:14com a estatística que a gente está vendo hoje.
08:17Então, essa manutenção nessa taxa de juros,
08:21o que a gente tem que entender,
08:22é importante entender também
08:23que a taxa de juros no Brasil,
08:25ou no Brasil ou no mundo,
08:27na literatura,
08:28ela tem um efeito para começar a fazer,
08:30ou seja, ela demora um pouco
08:31para começar a fazer efeito direto na economia.
08:33Então, a gente deve ter, de fato,
08:37uma contração econômica
08:39que é o que se prega.
08:42É como o próprio Segredo comentou,
08:44a gente tem que acompanhar
08:45o que é estatística,
08:46o que é realmente, de fato,
08:48o que a gente está sentindo na economia.
08:50De fato, o segundo semestre
08:51não é dos mais animadores.
08:53A gente sente uma preocupação
08:56por parte do governo arrecadatória.
08:59sofreu uma derrota com o IOF,
09:01agora tem um problema
09:02de 10 bilhões de reais
09:04para poder resolver,
09:05e tudo isso impacta, sim,
09:07no dia a dia
09:08e na realidade econômica
09:09do Brasil e da população.
09:11Hugo, muito obrigado
09:11pela tua participação conosco
09:13neste fim de semana.
09:14Obrigado.
09:15Obrigado.
09:16Obrigado.
09:17Obrigado.

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