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O Brasil assumiu a liderança de uma coalizão internacional para integração dos mercados regulados de carbono, segundo destacou Érica Perin, sócia-líder de Impostos Diretos e ESG Tax para a América Latina na Ernst & Young (EY), em entrevista ao jornalista Marcelo Torres, durante transmissão ao vivo do programa Real Time, da CNBC Brasil, diretamente da COP30.

A iniciativa reúne países como China, Reino Unido, México e União Europeia em torno de um objetivo comum: coordenar e padronizar a medição, o monitoramento e a verificação das emissões de carbono, estabelecendo critérios unificados para a descarbonização da economia global.

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Transcrição
00:00Vamos ao vivo então a Belém com o apresentador do Real Time, o Marcelo Torres, o nosso enviado
00:10especial para a COP30. Oi Marcelo, muito boa tarde para você aí em Belém do Pará. Você está na
00:19casa UI, é isso mesmo? O que você vai trazer de informação e de entrevista para a gente? Estou
00:25vendo que você está com uma convidada. Seja bem-vindo aqui ao Real Time, meu amigo. Tudo
00:29bem contigo? Tudo bem Eric, boa tarde para você, boa tarde para todo mundo que está
00:35acompanhando o Real Time. Como eu tinha te explicado, aqui em Belém existem várias estruturas
00:40ligadas à COP30. Tem a Blue Zone, que é aquela zona oficial onde ficam as autoridades, também
00:44os participantes dos principais eventos. Tem a Green Zone, onde tem abertura para todo
00:50mundo que quiser conhecer um pouco da COP e participar. E aí tem várias empresas que montaram também
00:54os seus próprios espaços. É o caso do lugar que eu estou agora, que é montado pela Ernest
00:58Young, que é essa grande empresa multinacional. E eu estou aqui com a Erika Perin. Eu vou
01:03anunciar para vocês o cargo dela. É um nome bastante grande. Ela é sócia líder de
01:07impostos diretos e ESG Tax América Latina. E a Erika, ela é muito especialista em mercado
01:14de carbono, que é um assunto que está em alta aqui na COP30. Inclusive o Brasil anunciou
01:18a liderança de uma coalizão aberta de mercados regulados de carbono. Erika, primeiramente,
01:24boa tarde para você. É um prazer ter você com a gente aqui no Real Time. Eu queria que você
01:27explicasse para a gente o que significa essa coalizão.
01:30Boa tarde, Marcelo. Obrigada pelo espaço aqui. Essa coalizão é muito importante, porque
01:35finalmente a gente vai ter uma ação coordenada entre os países com relação aos mercados
01:40de carbono e descarbonização da economia. Então, basicamente, você tem aí países,
01:45o próprio Brasil, a China, o UK e também, claro, a União Europeia e outros países também,
01:51em México, tratando juntos e organizando efetivamente todo o relato, monitoramento e verificação
01:59do mercado de carbono. Isso possibilita o quê? Você ter uma ação coordenada e realmente
02:05conseguir trabalhar com a exposição do mercado de carbono em si. Então, quando a gente fala
02:11de Brasil, por exemplo, a gente tem um potencial gigantesco, dada aí a nossa natureza, dada aí
02:17a nossa matriz energética limpa e que realmente você ter uma ação coordenada entre os países
02:24para a descarbonização, inclusive buscar a interoperabilidade dos diversos mercados.
02:30Então, na Europa, por exemplo, você já tem um mercado bem evoluído com relação ao ETS,
02:36o mercado regulado. O Brasil, a gente, ano passado, teve aí a publicação do nosso mercado regulado
02:44em dezembro do ano passado, que está a passos aí, efetivamente, aí buscando a implementação
02:51e agora você ter aí todos os países tendo uma padronização e essa discussão de avançar
02:57em metodologias, você dar mais a coracidade aos créditos e confiança nesse mercado,
03:04efetivamente, eu acho que é uma outra forma aí como a gente vai estar destravando aí
03:09esse potencial do mercado, tanto voluntário como também a agenda de descarbonização
03:14nos países como um todo.
03:16Tudo isso é muito interessante. Eu tive conversas com vários executivos aqui, em off,
03:20que me falaram o seguinte, que eles gostariam de investir mais em crédito de carbono,
03:25mas em muitos lugares ainda não têm a confiança para fazer isso, porque são vários aspectos.
03:29O principal deles, talvez, é que você quer investir em crédito de carbono em lugares
03:34que possam ser verificáveis, para saber que aquele investimento, de fato, está servindo
03:38para preservar uma área, para fazer algum avanço sustentável e não apenas para fazer
03:43o que a gente chama de greenwash pelas empresas.
03:45Claro. Então, o que a gente está trazendo muito e vivendo esse momento, e eu vejo claramente
03:51que o governo está buscando essa agenda, então, mais recentemente, foi definido o decreto
03:57da taxonomia sustentável Brasil, que, basicamente, essa taxonomia vai trazer uma padronização
04:03com relação aos diversos projetos de crédito de carbono que a gente tem, seja ele o REDE+,
04:09que é manter a floresta em pé, seja de reflorestamento de áreas degradadas, seja de outros créditos
04:16que você efetivamente vai conseguir dar uma maior acuracidade de confiança, que eu acho
04:21que é isso que talvez esses empresários pontuaram aí nas questões.
04:25E a gente também tem a questão do mercado regulado, que uma vez estabelecido, as empresas
04:32vão ter metas, elas vão ter cotas para que elas podem poluir.
04:38E se elas passarem dessas cotas, elas vão ter que ou parar a operação, que não vai
04:42acontecer, ou elas vão ter que comprar créditos para compensar essas emissões.
04:48Então, assim, acho que dentro desse plano e de você realmente montar todo um framework,
04:54né?
04:55E a gente está falando aqui de um ecossistema, que a gente está falando das empresas que
04:59fazem as verificações, das empresas geradoras de crédito de carbono, quer dizer, é algo
05:03que realmente está sendo robustecido.
05:06E eu acho que, por exemplo, a definição e a implementação do mercado regulado também
05:11vai ajudar nessa maturidade do mercado voluntário, né?
05:15Porque um dos itens que a gente fala do mercado regulado e que a legislação trouxe é você
05:20poder ter essa interoperabilidade.
05:24Mas para você ter a interoperabilidade, você tem que ter muita segurança, muita confiança
05:30no mercado e ter efetivamente aí regulações muito fortes que tragam isso.
05:36Como é que você avalia a regulamentação que foi recentemente aprovada aqui no Brasil?
05:40Exatamente.
05:41Eu estava comentando do mercado regulado, né?
05:44A gente tem aí um plano aí de cinco fases, né?
05:47Então, a gente teve aí a edição em dezembro do ano passado, né?
05:52Que foi dado esse um ano aí para que se definisse aí o MRV, o Monetário Aumento, Relato e Verificação,
05:59que era o que é justamente você definir quais são os ativos, as atividades, os objetivos
06:03das atividades sustentáveis para que você consiga efetivamente definir e ter uma padronização.
06:10Por isso que o mercado falava muito de taxonomia, né?
06:13Porque sem a taxonomia, a gente não consegue comparar o que é um crédito bom, o que é
06:17um crédito ruim, né?
06:19E isso, obviamente, impacta na precificação do próprio crédito de carbono.
06:24Então, nessa via, né?
06:27Que a gente está falando aí dessas cinco fases, desse momento agora, estamos falando
06:31de MRV, estamos falando da taxonomia, que foi que cada setor da economia vai colocar
06:38suas atividades e o que seria um projeto sustentável, né?
06:43E depois a gente vai falar aí da evolução de você ter aí as novas, as cotas, né?
06:50De emissões brasileiras, porque as empresas vão ter limites, né?
06:54Para você ter emissão e mais para frente, né?
06:58Quando isso efetivamente já for mais desenvolvido, se você tiver o plano nacional de alocação
07:05das cotas, você passa para o segundo momento, que é você ter essa cobrança, né?
07:11Essas compensações aí das emissões das empresas.
07:16Então, assim, ao mesmo tempo que você trabalha nesse framework, né?
07:19Que são ambidesc, né?
07:21Porque a gente está falando do mercado voluntário, que já existe, né?
07:25É pujante, mas poderia ser mais.
07:26E a gente está falando de uma implementação do mercado voluntário, desculpa, regulado,
07:32que vai trazer aí todo um compliance a mais, né?
07:37Ou seja, as empresas que estão aí emitindo mais de 25 mil toneladas,
07:41elas vão ter aí obrigatoriedade de fazer relatos e ter essa emissão máxima de emissões de gases
07:49de efeito estufa.
07:51Eu acho que vai ser bem interessante, né?
07:54Esse timing, né?
07:56Foi colocado em dois, três, quatro anos, mas aquilo, quanto mais rápido o Brasil conseguir
08:01implementar, mais rápido a gente vai ter efetivamente um mercado regulado bem interessante.
08:07E isso também ajuda muito o Brasil com relação às novas regulações, principalmente relacionadas
08:13à exportação, né?
08:14Então, a Europa hoje, todos os itens exportados para a Europa, por exemplo, minério de ferro,
08:21toda parte, ela já é obrigada a reportar e informar isso.
08:30E para justamente, como lá você tem um mercado regulado e tem o sistema ETS,
08:36se o Brasil não tinha esse mercado, isso efetivamente lá na frente poderia virar um ônus a mais,
08:42como se fosse um custo de exportação, né?
08:46Para as empresas brasileiras.
08:47Mas, à medida que você implementa um mercado regulado e você, inclusive, consegue comprovar
08:53que esse produto brasileiro, ele teve menos emissões, ele passa a ser mais competitivo.
08:58Eu vou dar um exemplo bem simples, né?
09:00A gente está falando do nosso aço, a gente está falando de alguns produtos do Brasil
09:05que, devido a matriz energética brasileira, eles são mais verdes, né?
09:10E que isso deve ser bem colocado, né?
09:13Quando eu faço esses reportes e essa exportação eventual para a Europa,
09:16que eu já tenho essa regulamentação do CIBAN, né?
09:19Que é o Cargolandest and Borders, que obriga as empresas a informar, né?
09:25O quanto tiveram de emissões naquela produção daquele produto, né?
09:30Então, assim, a gente tem aí essa evolução de todo o framework brasileiro de legislação
09:37para que a gente consiga endereçar isso.
09:39Muito interessante.
09:40Eu falei aqui com a Erika Perin, da Ernst Young.
09:42Erika, muito obrigado pela sua participação e boa copia para você.
09:45Obrigada, Marcelo, para todos nós.
09:48Erika, a gente volta com você, então.
09:50Eu prometo mais entrevistas tão interessantes quanto essa, viu?
09:53Combinado, então.
09:54Te aguardo aqui no Real Time.
09:55Obrigado por enquanto, Marcelo.
09:57Agradeço a minha chará também, a Erika Perin.
10:00Até já, já, Marcelo.
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