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Durante a COP30 em Belém, Vinícius Estrela, diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais, destacou como os cafés produzidos na Amazônia unem qualidade e sustentabilidade, reforçando o papel do Brasil na transição verde.

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Transcrição
00:00Apex Brasil está aproveitando a COP30 em Belém para reforçar a imagem do Brasil como líder em
00:12transição verde. O foco é a promoção de cafés especiais compatíveis com a floresta. A iniciativa,
00:19em parceria com a BSCA, realiza degustações sensoriais para mostrar que a Amazônia entra
00:25de vez no mapa mundial do setor. Quem está aqui com a gente para falar sobre isso é Vinícius Estrela,
00:30que é diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais e agora está conectado aqui ao vivo
00:36no Fast Money para contar mais sobre essa parceria. Tudo bem, Vinícius? Boa tarde. É um prazer ter você
00:42aqui no Fast Money. Boa tarde, Natália. É uma satisfação enorme estar com vocês por conversar
00:48sobre um assunto tão importante. É, muito legal, Vinícius. Então, vocês estão presentes nessa
00:54parceria na COP30, promovendo cafés especiais compatíveis com a floresta amazônica, né?
01:01Então, como que tem sido na prática essa participação? E o que é um café compatível
01:06com todas essas questões ambientais?
01:10O café especial, ele é um café que tem por característica notas sensoriais destacadas.
01:18O que é isso? É quando a gente toma um café especial, o grão naturalmente, pela sua qualidade,
01:25pela sua seleção, ele te oferece um sabor doce, sabor mais frutado, que lembra algumas frutas,
01:34um sabor mais floral, que lembra algumas flores. E tudo isso é possível porque o café especial
01:47é produzido de maneira mais sustentável. Em específico, o café que é cultivado na Amazônia,
01:53ele acaba protegendo a floresta. Por quê? Porque ele é um carbono, ele é um cultivo que captura
02:00mais carbono do que emite, ele é um cultivo perene que foi adaptado para crescer junto com a floresta
02:10e também ele acaba sendo uma cultura que recuperam áreas degradadas e pastagem.
02:17Então, é um café na Amazônia que ele é compatível com a floresta. Ele preserva a floresta porque ele não
02:23estimula o desmatamento. Ele preserva a floresta porque ele está adaptado para esse ambiente
02:29e ele ainda apresenta alta qualidade de notas sensoriais que os jornalistas e a comunidade na COP
02:36está podendo experimentar e boa parte das pessoas que experimentam sempre nos perguntam
02:43mas por que esse café é tão doce? Por que ele lembra chocolate? Por que ele lembra uma fruta?
02:50É porque é um café de alta qualidade que apresenta essas características sensoriais.
02:54Já vou avisar o nosso time que está lá em Belém, nossos colegas, para não deixarem de experimentar.
03:02Agora me diz uma coisa, o que vocês esperam de resultados práticos com essa participação
03:06que reforça a imagem do Brasil na sustentabilidade e na bioeconomia internacional?
03:12Nós esperamos ressignificar essa relação, tanto do brasileiro quanto do público internacional
03:18com a realidade da produção de alimentos na Amazônia e no Brasil.
03:22O café é uma cultura perene que oferece oportunidades de sustentabilidade reais
03:30e que muitas vezes esse tema não é percebido para o público internacional e também por nós brasileiros.
03:38Então, ao levar um café de altíssima qualidade e que expressa a sustentabilidade na xícara
03:45nós damos a oportunidade de que o público visitante da COP possa vivenciar os temas da COP na prática,
03:53bebendo o seu café do dia a dia com um compromisso irrecuperável, inegociável com a sustentabilidade.
04:06Esse é o compromisso do café especial e do café produzido na Amazônia,
04:10que é de preservar o meio ambiente, gerando renda e agregação de valor na cadeia inteira,
04:16do produtor até o consumidor.
04:18É um valor agregado, que é difícil até da gente estimar.
04:24E me conta da importância disso, Vinícius, ainda mais num contexto
04:28em que há tantas indefinições ainda para o setor cafeeiro por conta do tarifácio de Donald Trump, não?
04:37Essa ação nos abre a oportunidade também de que várias delegações internacionais e visitantes
04:44possam perceber essa nova geração de cafés brasileiros, de cafés especiais.
04:50E assim, ajudar a sensibilizar globalmente para uma cultura de consumo de café sustentável
04:59e novas oportunidades de negócio.
05:02E é um momento delicado, por quê?
05:05Porque nós estamos vendo num mundo mais protecionismo, mais tarifas,
05:13o que tende a impedir com que o consumidor mundial tenha acesso a um produto de mais valor agregado.
05:21E a gente percebe isso nas dados de exportação, por exemplo, de cafés especiais para os Estados Unidos.
05:27Nos últimos meses, se comparado aos mesmos meses do ano passado e aos meses anteriores ao tarifácio,
05:34nós percebemos uma redução na importação do café especial pelos Estados Unidos na ordem de 67%.
05:42Ou seja, o consumidor americano está sendo privado de ter o seu café especial brasileiro
05:50e de poder conhecer e provar e consumir esses cafés incríveis que alinham qualidade e sustentabilidade
06:00numa nova perspectiva de consumo, alinhado aos consumidores da nova geração.
06:07Exatamente, ninguém ganha com essa história.
06:10Mas, Vinícius, no fim das contas, então, essa participação na COP,
06:14ela pode ser uma oportunidade, então, de diversificar mercado, abrir caminhos para exportação.
06:21A gente sabe que não é o foco principal desse encontro, né?
06:23Mas isso acaba acontecendo indiretamente.
06:26E quanto tempo leva esse processo, que a gente sabe que não é de um dia para o outro,
06:31de abrir um novo mercado para o café?
06:33Eu vou dar algumas estatísticas para vocês entenderem o que a gente vem chamando da nova geopolítica do café.
06:43O Brasil produz 60 milhões de sacas de café, cerca de 10 milhões de cafés especiais.
06:49Nós bebemos 22 milhões de sacas de café.
06:54Então, o brasileiro toma muito café, segundo o mercado que mais consome.
06:59O mercado principal são os Estados Unidos consumindo 25%, 25 milhões de sacas de café no mercado americano.
07:11A Europa consome os outros 57, de uma maneira geral.
07:15Se a gente pegar a Ásia inteira, incluindo o China, Japão, Coreia, Índia,
07:22o consumo de café inteiro da Ásia gira em torno de 22 milhões.
07:27Ou seja, o mesmo que o brasileiro toma de café.
07:33Então, permitir com que a gente amplie o consumo de café na Ásia, no Oriente Médio,
07:40vai permitir com que nós tenhamos mercado para produções maiores e de maior qualidade.
07:48Garantindo assim um preço remuneratório ao longo da cadeia e não ficando à mercê da especulação em torno de
07:55vai produzir muito, vai produzir pouco.
07:58E dando assim garantia para os nossos produtores de que o mercado vai continuar saudável,
08:04que eles podem continuar plantando café e, principalmente, num preço mais remuneratório
08:10que os incentiva a adotar cada vez mais práticas sustentáveis.
08:15Afinal de contas, o produtor quer ver a sua terra e a sua produção
08:20sempre em uma perspectiva mais sustentável para garantir o suprimento ao longo do tempo.
08:26É verdade.
08:28E, Vinícius, te perguntei bastante sobre mercado.
08:30Agora, eu queria saber da lógica contrária.
08:34Que papel você enxerga que essa internacionalização dos cafés especiais brasileiros
08:39pode desempenhar na agenda de desenvolvimento econômico verde do país
08:44e na nossa promoção da inclusão produtiva?
08:49Nós estamos vivenciando, sabe, Natália, um momento de redesenho da produção.
08:54Nós temos, em 2022, em 2020, nós tivemos uma safra recorde de 70 milhões de sacas.
09:04E desde alguns efeitos climáticos, alguns acidentes climáticos,
09:08congeada, excesso de seca, uma seca prolongada, uma falta de chuva,
09:15nós não conseguimos ultrapassar 60 milhões de sacas produzidas.
09:21Então, os produtores estão sendo obrigados a revisitar a sua forma de produzir café,
09:27adicionando irrigação, novos sistemas, agricultura regenerativa
09:31e, portanto, aumentar o custo de produção também, com essas novas práticas.
09:38Mas isso precisa ser remunerado de alguma forma.
09:42Então, uma ação como essa busca encontrar mercado para cafés
09:47com uma lógica de produção sustentável de maior valor agregado
09:51que vão garantir com que essa revolução que nós estamos vivenciando no campo brasileiro
09:57se perpetue.
10:00E aí, toda essa discussão da COP na Amazônia, no Brasil,
10:03ela é muito importante para trazer a agricultura tropical brasileira
10:07sob uma nova perspectiva, uma perspectiva de uma produção
10:11que, além, quantidade, qualidade e sustentabilidade,
10:16porque, no fim do dia, o Brasil é o fiel da balança para a produção global de alimentos
10:21e a gente que garante com que o café, com que um consumidor no mundo
10:27possa tomar o café, porque nós somos líderes na produção sustentável de café no mundo.
10:33Legal. Vinícius Estrela, diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais.
10:39Muito obrigada pela participação ao vivo, sucesso na COP
10:42e, tendo novidades, volta para compartilhar com a gente. Combinado?
10:46Muito obrigado e sucesso a vocês e aos colegas que estão na COP
10:50que vão experimentar o café especial brasileiro.
10:52Tá certo. Tchau, tchau. Boa tarde, boa semana.
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