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Em conversa com Luiz Felipe D’Avila, o fundador da Drumwave, André Vellozo, explica a economia de dados e a revolução da propriedade individual. Ele revela como o conceito de "Poupança de Dados" permite que o cidadãos, desde o nascimento, sejam donos e monetizem suas informações no futuro, combatendo o modelo atual de exposição e tripla taxação (impostos, juros e licença). Vellozo mostra a tendência global que está empoderando o indivíduo na era digital.

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Transcrição
00:00Você acha que já está avançando, tanto no Brasil como nos Estados Unidos,
00:04esse tipo de empoderamento do cidadão como dono proprietário dos seus dados
00:10e, por fim, de monetização?
00:14Eu acho que vai acontecer no mundo inteiro.
00:16Isso é uma tendência super atual.
00:20É o caminho natural do que está acontecendo no mundo e da evolução das coisas.
00:25Inclusive, tem um senador americano que se chama Josh Becker.
00:31Ele é o senador que atende a região do Silicon Valley.
00:34É o senador da Califórnia.
00:37E ele aprovou uma lei que é o direito de deletar dos brokers de dados.
00:49Isso quer dizer o seguinte, no dia 1º de janeiro deste ano que entra,
00:53cidadãos da Califórnia podem ter o direito de falar para os brokers de dados,
01:00que adquiriram esses dados de forma desconhecida,
01:05deletarem o seu dado do sistema.
01:09Sabe esses telefonemas que você recebe, esses SMS?
01:13O Brasil é um absurdo.
01:14O que nós recebemos de ligação indevida,
01:17de telemarketing oferecendo coisas e tal,
01:21é um negócio que só existe aqui.
01:22Nenhum telefone que você pegar o seu em qualquer outro lugar do mundo,
01:25você recebe a quantidade de ligação que você recebe.
01:28Não, mas isso acontece não só aqui também, não é um privilégio nosso.
01:31Você vai para a Europa, vai para qualquer outro lugar,
01:33você vai ver que vai acontecer no seu telefone também.
01:34Você começa a receber mensagens e você fala,
01:37onde eu estou recebendo essa mensagem aqui?
01:39Agora, André,
01:41esta poupança de dados que você falou que é muito interessante,
01:45é, por exemplo, uma criança nascendo,
01:49ela vai começar a fabricar ou ter dados desde o momento que ela nasce,
01:54está certo?
01:54Desde o, ela vai ao pediatra, ou qualquer coisa, já é.
01:57Então, você pode fazer uma poupança desses dados
01:59para a futura monetização dessa criança,
02:02ou seja, isso pode ser mais uma fonte de receita
02:04quando essa criança se tornar, por exemplo, estudante universitário,
02:08ela vai ter dinheiro para, por exemplo,
02:11financiar a parte da faculdade dela?
02:12Puxa, esse é um tema quentíssimo, né?
02:14Se a gente falar sobre,
02:17especialmente com as questões digitais e a infância e as crianças hoje,
02:23é um tema que pode disparar discussões profundas.
02:27Mas olha como ele fica mais simples desse jeito.
02:30Eu acho que seu pai e sua mãe abriram uma poupança
02:32para você quando você era criança.
02:33A gente não lembra disso mais, né?
02:35O Brasil tem mais gente gastando dinheiro em batch,
02:39tem bastante gente gastando dinheiro investindo em cripto
02:42e quase não tem ninguém investindo na bolsa,
02:44fazendo poupança zero, não tem ninguém fazendo poupança.
02:47Quando você pensa nessa poupança de dados,
02:51a gente tem que lembrar um pouco de como as coisas eram no passado.
02:54A economia que a gente está acostumado a viver,
02:56que a gente cresceu dentro,
02:58ela foi montada em cima da poupança das pessoas.
03:02As pessoas poupavam dinheiro e isso criou a economia que a gente tem hoje.
03:08Se a gente está indo para uma economia de dados,
03:12eu acho que a coisa mais lógica, racional,
03:14é que nós vamos ter que ter uma poupança de dados.
03:17E aí você olha para esse exemplo da criança que eu acho sinceramente o mais bonito de todos.
03:23Porque quando uma criança nasce e os pais abrem uma poupança de dados para essa criança,
03:31ela nasce já dona dos seus dados.
03:35E ela vai poder usar esses dados quando ela crescer.
03:39Às vezes a gente polemiza isso e leva isso para um campo que não é produtivo.
03:44Quando um pai abre uma poupança de dinheiro para o filho,
03:49ele não está querendo explorar o filho.
03:51Ele está querendo fazer uma reserva para que o filho, no futuro, possa se beneficiar.
03:55Pagar sua faculdade, comprar um carro, fazer uma viagem.
04:00E como a gente virou muito individualista nesses últimos anos,
04:06a história das Betes, acho que a gente é anti-Bete.
04:09A poupança é o contrário da Betes.
04:11A gente virou muito individualista e a gente esqueceu que poupança é uma coisa coletiva.
04:17É uma coisa onde o seu tio colocava dinheiro,
04:21sua avó colocava um dinheirinho na sua poupança.
04:23E isso era uma família cuidando de uma criança para o futuro dela.
04:28E a poupança de dados traz isso de volta.
04:31Agora, André, como é que surgiu essa ideia?
04:35Quando você pensou essa ideia, oito anos atrás, que ainda estávamos no início disso,
04:41como é que isso poderia se transformar num produto?
04:44Primeiro é, como é que uma ideia se torna um produto?
04:47E depois, como esse produto ganha a confiança de empresas?
04:51Porque também se você faz o produto e não tem a confiança das empresas,
04:54você não tem mercado.
04:56Como é que foi?
04:56E conta um pouco essa história sua na Drum Wave.
04:59Essa pergunta me lembrou uma coisa que eu nunca tinha pensado.
05:02Fazia muito tempo que eu não pensava.
05:04Quando a gente começou, quando eu mudei para os Estados Unidos,
05:08o que a gente fez foi trabalhar em projetos de dados extremamente sensíveis.
05:13Então, a gente trabalhou com governos, com operadoras, com bancos,
05:18com biotecnologia, com high tech, alta tecnologia.
05:24E o que a gente viu foi que companhias gigantescas confiavam na gente
05:28para depositar os dados nos nossos servidores para que a gente pudesse analisar esses dados
05:34e prover uma solução ou um resultado dessa análise.
05:39Quando eu percebi isso, eu falei, puxa vida, como uma companhia desse tamanho confia na gente para fazer isso?
05:45E aí eu percebi uma outra coisa, que em todos esses projetos,
05:52quando você desenvolve a capacidade de só repetir uma pergunta,
05:57posso ver aquele outro dataset, aquele outro conjunto de dados?
06:00E se você repetir muito, poder repetir várias vezes essa pergunta,
06:05o resultado é que não importa onde você comece,
06:09você vai terminar numa pessoa.
06:13Repetiu essa pergunta, você vai acabar,
06:14olha, o André comprando shampoo na farmácia,
06:17ou o Felipe correndo no parque.
06:22Não tem saída.
06:23Acaba no indivíduo.
06:24Acaba numa pessoa.
06:25E foi aí que a gente viu, puxa, se a gente inverter esse processo
06:29e empoderar a pessoa a ter propriedade do seu próprio dado,
06:33a gente não vai precisar expor.
06:35Porque cada vez que você faz essa pergunta, você expõe dados.
06:38Você tira dados de um lugar, passa para o outro.
06:41E foi isso que a gente montou.
06:44Espetacular.
06:44É uma jornada, né?
06:46Essa história de empoderamento do indivíduo dos dados.
06:50Agora, como é que governos enxergaram essa sua história?
06:56Porque parece que o governo está perdendo o controle dos dados,
06:59que o dado está indo para a mão de bilhões de pessoas
07:01que utilizam as nossas ferramentas digitais.
07:05Como é que governos encararam essa inovação de empoderamento de dados
07:09e perda de poder do Estado?
07:12Foi o contrário.
07:13Foi impressionante.
07:15Porque hoje, nos últimos sete meses,
07:19mais de nove países procuraram a gente
07:21para implementar o mesmo modelo que a gente está implementando no Brasil.
07:25foi incrível.
07:28A gente não esperava que essa camada de governo fosse tão sensibilizada por essa história.
07:36Mas, se você olhar o que aconteceu no mundo inteiro,
07:40entre Ásia, Europa, Estados Unidos e a gente aqui no Brasil,
07:46todos esses modelos agora estão se reajustando.
07:49A gente, nos próximos cinco anos, vai ver uma mudança tão profunda
07:56no que os governos chamam de infraestrutura pública de dados.
08:05Todos os governos têm que se adaptar a isso,
08:08porque a forma com que o governo se relaciona com dados
08:13e se relaciona com o cidadão e também está mudando.
08:19Imagina assim.
08:21Na sua relação com o governo, você é um cidadão.
08:26E, como cidadão, o governo te provê duas coisas.
08:29As duas primeiras.
08:31A sua identidade, que a gente falou aqui na porta,
08:34e a proteção social.
08:37E, para isso, você paga imposto.
08:39E você não consegue viver sem uma relação com o governo.
08:44A sua identidade, você é um brasileiro,
08:46você tem um documento brasileiro,
08:47você tem um passaporte brasileiro, uma identidade brasileira.
08:50E você também não consegue viver
08:51sem uma relação com o sistema financeiro.
08:54E, na sua relação com o sistema financeiro,
08:56você é um cliente e você paga juros.
09:00Então, imagina, hoje você paga imposto e juros,
09:03você é um cidadão e um cliente em tudo o que você faz.
09:06Mas, nos últimos 40 anos, o que aconteceu foi que a gente
09:11também não consegue viver sem uma relação com a indústria de tecnologia.
09:15E, nessa indústria de tecnologia,
09:17a gente é um usuário e a gente paga licenças.
09:21Então, a gente é um cidadão, um cliente e um usuário,
09:25e a gente paga imposto,
09:28a gente paga juros,
09:29e a gente paga licença ao mesmo tempo.
09:32Juros sobre juros não é uma coisa legal.
09:38Dupla tributação também não é uma coisa legal.
09:41A gente está mais do que pagando dupla licença
09:44para poder usar as coisas que a gente faz.
09:47Muita licença.
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