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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) anunciou um novo plano estratégico para reverter sua crise financeira e operacional, focando na modernização e eficiência dos serviços.

O plano prevê investimentos em tecnologia, logística e na otimização da rede de distribuição para competir com empresas privadas do setor. Reportagem: Matheus Dias.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/zGkYOX8GuS4

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Transcrição
00:00Doze trimestres consecutivos de prejuízos, a nova gestão dos Correios aprovou um plano de reestruturação
00:07para garantir liquidez e manter o papel da empresa como operadora nacional de logística.
00:13Repórter Matheus Dias mais uma vez aqui com a gente, afinal como é que vai funcionar esse plano, Matheus?
00:21Pois é, Tiago, boa noite novamente para você, boa noite a quem nos acompanha.
00:25Doze trimestres, como você bem disse, são 36 meses fechando as contas no vermelho de uma das maiores empresas estatais do país, né?
00:35A empresa que só nesse primeiro semestre de 2025 fechou as contas com 4 bilhões e 500 milhões de reais negativos
00:44e pode fechar o ano com cerca de um rombo de aproximadamente 10 bilhões de reais.
00:51Os prejuízos, então, dos Correios já são praticamente escancarados, né, Tiago?
00:55Mas agora a nova gestão que assumiu prevê um plano ali para tentar reorganizar a casa, né?
01:02Como a gente pode dizer, tentar tirar essas contas do vermelho, mas as contas só devem ter o saldo positivo a partir de 2027.
01:10Vamos lá então, Tiago. Passa por três etapas importantes.
01:13A primeira delas é um empréstimo, um empréstimo de cerca de 20 bilhões de reais que os Correios preveem.
01:19Esse empréstimo, inclusive, que foi aprovado, né, seria, de uma certa forma, garantido pelo Tesouro Nacional
01:27e seria feito com vários bancos ao mesmo tempo, seria dividido ali os valores para tentar fazer acordos ali
01:33para reduzir a questão dos juros nesses empréstimos.
01:37O segundo ponto é a venda de imóveis dos Correios.
01:40São muitos imóveis, então, venda de parte desses imóveis, que na conta da organização pretende arrecadar mais um bilhão e meio.
01:49E, por fim, a demissão de funcionários.
01:52Aos dados, então, Tiago, a gente vê que, segundo o relatório divulgado pela companhia,
01:57das 10 mil unidades dos Correios ao redor do Brasil, cerca de 82% representam déficit nas contas.
02:05E dos 85 mil funcionários, representam também 72% do déficit total dos Correios.
02:13Então, por isso, o projeto conta com essas partes, com essas etapas.
02:19A empresa sinalizou que pode operar fusões ainda, aquisições e outras reorganizações societárias,
02:26mas essa etapa é a única que ainda não foi, de uma certa forma, descrevida na prática como ainda iria funcionar.
02:33Então, o projeto conta, principalmente, como disse, com a venda de imóveis, um bilhão e meio,
02:39um empréstimo de 20 bilhões com instituições financeiras,
02:43e a demissão de funcionários, que vai funcionar por demissão voluntária,
02:47seja ela seguindo alguns critérios.
02:50O primeiro critério seria a idade, tempo de casa,
02:52e, por fim, as metas ali do setor.
02:55O Correios prevê a demissão de, pelo menos, 10 mil funcionários.
02:58Com essas três etapas, então, pretende passar o 2026,
03:02reduzindo mês a mês, trimestre a trimestre, o déficit,
03:06que pode chegar a 10 bilhões de reais no fim desse ano,
03:09para que, aí sim, em 2027, fique com as contas no verde.
03:13É um cenário importante, é uma reorganização importante,
03:16mesmo que o empréstimo também seja alto,
03:18porque a gente vive num cenário de bastante críticas às estatais,
03:23ainda mais se falando tanto de privatizações ultimamente, né, Tiago?
03:26É um desafio para o governo, essa questão dos Correios,
03:31e não é de hoje, e com uma dívida bilionária,
03:35a gente vai continuar acompanhando essa situação.
03:37Então, daqui a pouquinho, Matheus, vou chamar os nossos comentaristas,
03:40começo agora por você, Denise Campos de Tureto.
03:42Bom, são dois assuntos que a gente viu.
03:45O imposto de renda, que o presidente Lula vai sancionar na próxima quarta-feira,
03:49e esse desafio do governo em relação aos Correios. Denise?
03:52Olha, em relação ao imposto de renda,
03:54eu acho que o governo até demorou para anunciar,
03:58formalizar isso através de um grande evento,
04:01porque é a grande marca, é uma promessa de campanha ainda do presidente Lula,
04:05e na medida em que foi aprovado, ele quer se apropriar desse resultado.
04:09Serão cerca de 26,6 milhões de contribuintes que vão passar a pagar menos,
04:14vão ter mais dinheiro disponível em 2026, um ano de eleições,
04:17isso fará diferença, tem um ganho, inclusive, para aposentados,
04:21dependendo da faixa de renda que eles estejam.
04:24Então, esse é um resultado muito positivo.
04:26Agora, em relação à insistência na recuperação dos Correios,
04:30eu acho que isso remete a todo um histórico que já houve de governos anteriores do PT,
04:36de déficits das estatais, isso vem se repetindo agora também,
04:40e no caso dos Correios, é preciso ver se eles recuperam a capacidade de concorrência,
04:45de se estabelecer no mercado, que tem hoje uma concorrência muito maior,
04:48sem falar da questão da taxa das blusinhas,
04:50mas são as plataformas de e-commerce que conseguem substituir muitos serviços dos Correios,
04:57eles perderam competitividade, e agora esse empréstimo vai ter que ter aval do governo.
05:02Se eles não obtiverem os resultados esperados em termos de ajuste das finanças,
05:07as contas recaem novamente para o Tesouro e, consequentemente, distribuição para os contribuintes.
05:12Então, eu acho que, de um lado, o governo avança numa promessa que é importante,
05:16seria importante, inclusive, que ele conseguisse corrigir a tabela de imposto de renda
05:20de uma faixa maior ainda, pegando a classe média, que está anos e anos aí sem qualquer correção,
05:26esse é um aumento disfarçado de carga tributária,
05:30mas já vai ser um resultado muito importante esse reforço de poder de compra no ano de eleições.
05:35Correios, a ver se vão conseguir alcançar esse ajuste que estão prometendo.
05:39Ô Cobaiar, será que esse ajuste vai ser suficiente para resolver esse rombo dos Correios?
05:47Porque a saída, para muita gente, que não é a característica desse governo,
05:52seria a própria privatização, mas isso não vai acontecer.
05:56Pois é, não vai acontecer, até porque os Correios também têm a sua finalidade social, né, Tiago?
06:01Que, em alguns postos de atendimento, devem, de fato, sustentar um prejuízo justamente para alcançar
06:08a finalidade de comunicação, de acesso, capilaridade, e até mesmo em algumas situações de tragédias.
06:16A gente se lembra recentemente, há pouco mais de um ano da situação no Rio Grande do Sul,
06:20em que os Correios foram um importante instrumento,
06:23mas que ainda assim não justifica o déficit gigantesco na faixa dos bilhões.
06:28Esses 20 bilhões, que serão injetados agora por empréstimo nos Correios,
06:33são mais do que suficientes para, de alguma maneira, ajudar, mas não basta.
06:38O dinheiro sozinho não faz milagre, é preciso ter boa gestão, boa administração,
06:42pessoas técnicas, com currículo, com história, com experiência em gestão,
06:48para, de fato, alavancar a gestão e tirar os Correios dessa situação em que está,
06:53para, de alguma maneira, dar saúde financeira e tornar o negócio,
06:58ainda que convier a social, também sustentável.
07:01É o mínimo que se espera de uma estatal do tamanho da história dos Correios.
07:05Saúde financeira de uma empresa como os Correios,
07:08mas saúde financeira também do governo, porque quando se discutiu o imposto de renda,
07:12teve todo aquele debate de como se fazer essa compensação.
07:16Dora?
07:16Vamos aos dois assuntos.
07:20Essa questão das estatais, isso não se resume aos Correios.
07:24Correio é o exemplo mais escandaloso.
07:27Agora, em outubro, saiu um dado que as estatais administradas pelo governo Lula
07:32acumularam, já acumulam déficit de 18 bilhões de reais.
07:38Isso parece até pouquinho, porque a gente fala em empréstimo de 20 bilhões,
07:42assim, com a maior facilidade, mas é uma enormidade, isso é perda para o contribuinte.
07:48Porque ali, as estatais, o governo Lula tem aquela filosofia de que estatal é para uso político.
07:56E isso foi muito ajudado por uma decisão do então ministro do Supremo
08:01e hoje ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski,
08:04que suspendeu um trecho da lei das estatais que proibia esse aparelhamento.
08:10E aí permitiu realmente a volta desse aparelhamento.
08:13E isso, nesse governo, com esse tipo de pensamento, não tem jeito.
08:18Vai ficar assim mesmo, vai ser romba atrás de romba e quem paga já sabe, né?
08:23Quem paga é todo mundo, é o contribuinte.
08:26No caso do imposto de renda, é isso, o governo é uma promessa de campanha,
08:31é uma proposta do governo, portanto, o governo tem todo o direito
08:35e tem toda a prerrogativa de faturar essa sanção na quarta-feira,
08:43um dia bem escolhido, no meio da semana, quando há congresso cheio e tudo,
08:49é exatamente para fazer uma cerimônia para dar mais visibilidade,
08:56porque já houve essa visibilidade quando dá aprovação
09:00e agora, com essa cerimônia estendida até o último dia do prazo final para a sanção,
09:09é que o governo aproveita e faz essa, digamos assim, esse ato de comunicação.
09:16É do jogo, enfim, o governo pode, porque foi ele quem teve a ideia,
09:21foi ele quem conseguiu, ok, com a ajuda do Congresso,
09:24mas, enfim, o Congresso também não iria ficar contra.
09:28Agora, a presença do Hugo Mota e do Davi Alcolumbre dessa cerimônia
09:34é uma presença, obviamente, protocolar, não é isso que vai fazer eles resolverem os atritos ou não.
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