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Durante viagem oficial à Indonésia, o presidente Lula assinou acordos bilaterais, defendeu o multilateralismo e confirmou que vai concorrer ao quarto mandato em 2026. Mariana Almeida analisou o impacto econômico da agenda internacional e do debate sobre autonomia tecnológica e financeira global.

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Transcrição
00:00Após assinar acordos bilaterais nesta quinta-feira durante uma viagem oficial à Indonésia, o presidente Lula defendeu o multilateralismo.
00:10Lula também confirmou que irá disputar as eleições presidenciais de 2026 em busca do quarto mandato.
00:17O século XXI exige que tenhamos coragem que não estivéssemos no século XX.
00:25Exige que a gente mude alguma forma de agir comercialmente para não ficarmos dependentes de ninguém.
00:34Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo.
00:40Nós queremos democracia comercial e não protecionismo.
00:44Nós queremos crescer, gerar empregos, gerar emprego de qualidade.
00:49Porque é para isso que nós fomos eleitos para representar o nosso povo.
00:56Por isso, presidente, eu lhe desejo toda a sorte do mundo.
01:00Eu quero lhe dizer que eu vou completar 80 anos.
01:03Mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade.
01:08e vou ter, vou disputar, vou disputar um quarto mandato no Brasil.
01:21Vou disputar um quarto mandato no Brasil.
01:24Então, eu estou lhe dizendo isso porque nós ainda vamos nos encontrar muitas vezes.
01:32Esse meu mandato só termina em 2026, no final do ano.
01:39Mas eu estou preparado para disputar outras eleições
01:42e tentar fazer com que a relação entre Indonésia e Brasil
01:48seja uma relação, sabe, por demais, valorosa
01:53e que a nossa relação traga mais empresários brasileiros para visitar a Indonésia.
01:59Mais empresários brasileiros para fazer investimento na Indonésia.
02:03Mais empresários da Indonésia para investir no Brasil.
02:07Mais empresários da Indonésia para comprar do Brasil
02:10e mais empresários brasileiros para comprar da Indonésia.
02:13Porque uma relação comercial justa é aquela que os dois países ganham.
02:19É aquela que os dois países têm superávit.
02:22Ou se não tiver superávit, que empate o jogo.
02:26Maria Almeida, a gente falou mais cedo dessa viagem do presidente Lula à Indonésia.
02:31Claro que ele aproveitou a oportunidade para falar
02:34da possibilidade de concorrer ao quarto mandato.
02:37Mas deixando isso um pouco de lado,
02:39qual é o efeito econômico dessa declaração dele?
02:43Pois é, Paula.
02:43Acho que ele trouxe essa questão da declaração política
02:47num contexto que aponta algo interessante,
02:49que é pensar mais ou menos o médio prazo.
02:51Você falou de desafios do século XXI.
02:53No fundo, o que está acontecendo?
02:55Como é que a gente contextualiza tudo o que está acontecendo na economia,
02:59pensando não só no amanhã, no sentido de amanhã mesmo,
03:02ou hoje, mas pensando nesse período mais longo de tempo.
03:06E aí, a relação do multilateralismo,
03:08ele é uma promessa, como o presidente Lula traz,
03:12é uma promessa do século XX.
03:14O multilateralismo foi pautado, puxado, estimulado em tese
03:18pelas organizações internacionais e pelos países
03:21no pós-segunda Guerra Mundial,
03:23tentando vislumbrar um mundo que fosse um mundo
03:26com maior equilíbrio, com maior participação
03:29e que evitasse resolução de conflitos pela guerra,
03:32guerra que tinha acabado de terminar, no caso, a Guerra Mundial,
03:35passando para momentos onde você pudesse fazer florescer
03:38uma certa convergência internacional rumo ao crescimento.
03:43Isso foi pautado muito pelos Estados Unidos.
03:46E aí, no fim das contas, em vez de ser, de fato, um multilateralismo,
03:51teve uma hegemonia muito forte dos Estados Unidos,
03:53hegemonia que se colocou do ponto de vista político,
03:56do ponto de vista militar, mas no campo econômico,
03:59do ponto de vista tecnológico e financeiro,
04:02com o dólar ocupando uma centralidade internacional muito forte.
04:05Agora, quando o presidente Lula fala, vamos ter a coragem
04:08que no século XX não teve, ele não explicita,
04:11mas talvez o que esteja em jogo economicamente seja,
04:14falar de multilateralismo significa quebrar essa hegemonia
04:17de uma visão única para esses aspectos,
04:20ou seja, no campo econômico, financeiro e tecnológico.
04:23É possível pensar em um desenvolvimento internacional
04:26que aconteça com a ampliação do ponto de vista
04:29de inovação tecnológica e de acesso à tecnologia
04:32de maneira mais horizontal, com mais países entrando no jogo?
04:36Como fazer as transações internacionais
04:38sem depender de algo que seja comum,
04:40ou melhor, seja comum, que todo mundo possa compartilhar,
04:43que é a moeda internacional,
04:44mas que não tenha origem exclusiva em um único país?
04:46Não são respostas nada simples,
04:48a corrida normalmente acaba impactando,
04:51mesmo a tecnológica e a financeira,
04:52para uma solução única,
04:54e aí vem as discussões.
04:55Quem vai substituir o dólar?
04:57É uma moeda de um país?
04:58De um bloco?
04:59Isso também não é multilateralismo.
05:00Como vai ser a nova tecnologia?
05:02Quem vai ganhar na inteligência artificial?
05:04É os Estados Unidos?
05:05É a China?
05:06Também não é multilateralismo.
05:07Então, esse é um debate quente,
05:09é um debate importante,
05:11e é a sementinha, talvez,
05:13que a gente possa extrair dessa grande conversa,
05:15e que na Ásia, particularmente, chama a atenção.
05:18Porque ali, embora a China ocupe um papel muito importante,
05:20tem várias forças também pesando,
05:23para que se pense,
05:24que possa se conceber um tipo de arranjo
05:26menos polarizado e mais multidefinido,
05:32com múltiplas potências podendo ser organizadas.
05:35Tem uma conversa, tem um livro,
05:36não é nada novo, já é antigo,
05:38mas que acho legal lembrar,
05:40que chamava Adam Smith em Pequim,
05:41que é um debate sobre trazer esse liberalismo,
05:43o sonho liberal,
05:44o sonho da maior horizontalidade,
05:47pensando, de fato, nesse ressurgir da Ásia,
05:50como a possibilidade de apontar
05:51para essa maior amplitude e horizontalidade
05:53das relações econômicas.
05:55De alguma maneira, essa conversa na ASEAN,
05:58esse símbolo dessa semana,
05:59talvez esteja trazendo esse debate de novo à tona.
06:02Será que o modelo asiático,
06:03não só chinês,
06:04asiático, de pensar desenvolvimento,
06:06pode realmente aportar,
06:08nesse sentido de horizontalização,
06:10maior compartilhamento de desenvolvimento tecnológico
06:12e compartilhamento de frentes financeiras e políticas?
06:15Fica aí a questão,
06:16que certamente tem muito debate para acontecer sobre ela, Paula.
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