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O deputado federal Danilo Forte (União-CE) avalia a decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fatiar as medidas fiscais da MP dos Impostos em Projetos de Lei (PLs) separados.

O parlamentar critica a estratégia da equipe econômica e a falta de foco em despesas, afirmando que "o problema fiscal do Brasil nunca se resolve".

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/BQN-lpt8B5w

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Transcrição
00:00a MP do IOF e a relação do Congresso com o governo.
00:04Nosso entrevistado agora, deputado Danilo Forte, do União do Ceará,
00:08mais uma vez, gentilmente, atendendo a Jovem Pan.
00:11Tudo bem, deputado? Como vai? Boa noite, bem-vindo.
00:14Boa noite. Boa noite, Tiago. Boa noite a todos que fazem a Jovem Pan.
00:18Muito obrigado. Bom, agora há pouco a gente estava falando justamente
00:20sobre essa discussão orçamentária, lei de diretriz orçamentária,
00:25isso já foi relator, e o próprio orçamento.
00:27Eu queria perguntar para o senhor o seguinte, essa possibilidade que o governo
00:31vem apresentando de driblar, esse é o termo que a gente usou mais cedo,
00:36essa questão das metas ou da meta de superávit, por exemplo,
00:41essa discussão aparecia agora, nessa, entre aspas, reta final do debate do orçamento.
00:46De que forma o Congresso vai discutir essa questão? Vai aceitar ou não vai aceitar, deputado?
00:52Esse é um assunto repetitivo.
00:54Entrando e saindo, e o problema fiscal do Brasil nunca se resolve.
00:59Por quê? Primeiro porque o orçamento é elaborado para atender uma acomodação política
01:05que envolve os poderes judiciário, legislativo e executivo,
01:11que tem suas demandas, e aí se inche o orçamento em cima dessas demandas,
01:16as despesas são crescentes.
01:17Você tem uma ideia, no ano passado, nós tivemos um aumento de arrecadação de 9,7%,
01:23mas nós também tivemos um aumento da despesa de 14%, e aí no caso,
01:28e fica sempre um déficit que vai se acumulando.
01:31E, diante dessa prática comum, a meta fiscal sempre fica sendo jogada no segundo plano,
01:37só que gera discrédito, gera desconfiança, aumenta a taxa de juros, aumenta a insegurança dos investidores,
01:46e nós, brasileiros, é que terminamos pagando a conta, porque isso gera inflação e gera desequilíbrio nas contas públicas.
01:53E, de novo, se repete o mesmo problema.
01:55E aí entra o Tribunal de Contas exigindo que a meta seja cheia,
02:00Há o histórico da flexibilização que foi criada exatamente para atender dentro do acaboço fiscal,
02:08que foi definido há dois anos atrás, e nós estamos praticamente em novembro,
02:14há pouco mais de seis semanas do final do ano,
02:18e não resolvemos ainda sequer a votação da Lei de Diretrizes Orçamentais,
02:23que vai balizar o orçamento do ano que vem.
02:25Eu defendo o orçamento 100% impositivo, eu defendo o orçamento enxuto,
02:31eu defendo o orçamento com transparência,
02:33e acho que quando a gente tiver a condição de fazê-lo,
02:36a gente vai ter um saldo, inclusive, de confiabilidade,
02:40e vai ter um momento mais permanente de uma política fiscal
02:43que vai diminuir as surpresas desagradáveis que a gente vive sempre.
02:48Deputado, vou chamar os nossos comentaristas, Dora Kramer e Túlio Nassa.
02:52A Dora faz a próxima pergunta, deputado Danilo Forte, do União do Ceará.
02:56Dora?
02:58Boa noite, deputado.
02:59Pela sua análise, vai se repetir também a demora que aconteceu,
03:03quando o senhor era relator, aquela demora da LDO,
03:08e depois o orçamento do ano que vem,
03:10mas não quero tratar disso,
03:11porque o senhor já explicou bem essa questão da meta,
03:14que era uma das questões que eu queria.
03:15A outra questão são as propostas que o ministro da Fazenda
03:19tinha prometido para ontem, terça-feira,
03:24mas não mandou.
03:24Aquelas propostas, vamos chamar assim de compensação do IOF,
03:29e o governo quer separar uma proposta para gastos
03:34e uma proposta para arrecadação,
03:37achando que com isso, argumentando, melhor dizendo,
03:40que com isso facilita a aprovação.
03:44E, na verdade, o governo também quer expor o Congresso um pouco.
03:49O que o senhor acha dessa ideia do governo,
03:53dessa maneira agora de abordar,
03:56insistindo numa questão,
03:59que o senhor me corrija,
04:00mas esse eu me lembro bem,
04:02o Congresso já disse que a arrecadação não aprova mais, né?
04:06Há uma aversão muito grande,
04:10todos nós parlamentares,
04:12de aumentar impostos.
04:14A sociedade brasileira não aguenta mais aumento de imposto.
04:16Inclusive, o que fez a gente votar a reforma tributária
04:19foi a expectativa que a gente tivesse
04:21uma redução total da carga.
04:24E eu mesmo, em 2022,
04:26apresentei um projeto que diminuiu
04:28os impostos sobre a gasolina,
04:30sobre a energia,
04:32sobre os combustíveis,
04:32que, inclusive, aumentou o poder de consumo
04:35do conjunto da sociedade.
04:36Então, isso aí,
04:38aumentar impostos é muito difícil.
04:40É lógico que pode ter uma coisa pontual.
04:43E aí o diálogo não é jogar
04:45o Congresso contra a opinião pública
04:47e, muito menos, jogar
04:49o Executivo contra a opinião pública.
04:51O Congresso é um diálogo
04:52para resolver o problema do país.
04:54Nós estamos numa crise fiscal permanente.
04:57Nós precisamos construir
04:59uma lei orçamentária
05:01que possa flexibilizar
05:03com relação ao teto do gasto, né?
05:06E, ao mesmo tempo,
05:08a gente possa ter uma meta
05:10mais plausível de ser
05:12construída e constituída.
05:15E, dentro disso aí,
05:16eu vejo que há uma extrema boa vontade
05:19por parte do Parlamento
05:21de ajudar.
05:23Tanto é que nós votamos
05:24todas as matérias econômicas do governo.
05:27O governo não pode reclamar
05:29do Congresso Nacional
05:30no que diz respeito aos ajustes
05:31que foram feitos.
05:33A cobrança de impostos
05:34nas empresas offshore, né?
05:36A questão da cabotagem, né?
05:38Toda a legislação que foi criada
05:40para poder, exatamente,
05:42diminuir a evasão fiscal.
05:44E, agora, diante desse novo momento,
05:46eu acho que, por exemplo,
05:47pontos como cortar gastos.
05:49Todo mundo quer cortar gastos.
05:51Todo mundo sabe que os gastos
05:52são exorbitantes e são crescentes.
05:54Então, dentro da 303,
05:56tinha uma especificação
05:59de cortes de gastos
06:01que poderia alcançar
06:02em torno de 15 bilhões de reais.
06:04A gente pode tocar isso para a frente.
06:07Como também tinha
06:08uma questão da cobrança
06:10do PIS e COFIS,
06:12que é compensado
06:13dentro dos conglomerados empresariais
06:15com os mesmos grupos econômicos,
06:18que pode ser revisto, né?
06:20Tem uma questão clara
06:21que o Brasil tem que enfrentar
06:23dos subsídios, Doro.
06:25É inadmissível o Brasil de hoje
06:27ainda subsidiar
06:28o xarope do refrigerante,
06:31que é nocivo à saúde pública,
06:33que é uma fonte inesgotável
06:34de diabetes,
06:36de doenças crônicas,
06:37e é subsidiado
06:39por nós brasileiros.
06:41Estrelado.
06:42Então, como também o carvão mineral,
06:44que há 100 anos
06:45o Brasil subsidia, né?
06:47E o mundo todo
06:48falando de transição energética.
06:50Então, eu acho que são questões
06:51que estão aí colocadas,
06:53que existe uma proposta,
06:55inclusive,
06:55de fazer um corte linear
06:57de 10% nos subsídios,
06:59porque subsídios
07:00tem que ser em cima
07:01de inovação,
07:02e eles precisam ser revistos
07:04a cada cinco anos,
07:05e está aí o carvão mineral
07:06há 100 anos
07:07sendo subsidiados,
07:09e a gente precisa, inclusive,
07:10de ter uma lei mais clara
07:11na custa só orçamentária.
07:13Então, eu acho que
07:14não é o jogo do empurra.
07:17Empurra um problema pro outro,
07:18quem paga a conta é o Brasil.
07:20E nós não queremos
07:21o Brasil entrando
07:22mais uma vez
07:23no ano fiscal
07:24devendo à população brasileira
07:27o orçamento.
07:28Está aí o atraso
07:28da execução orçamentária
07:29deste ano.
07:30Tem municípios
07:31no Brasil de hoje
07:32que não estão podendo fazer
07:34um atendimento médico,
07:36uma cirurgia,
07:37porque as transferências
07:38do governo federal
07:39na área da saúde
07:40ainda não chegaram
07:41a esses municípios,
07:42porque se atrasou muito
07:43a execução orçamentária
07:45do ano 2025.
07:46Isso prejudica a quem?
07:48A população brasileira,
07:50que é quem paga o imposto
07:51e é quem paga a conta.
07:53Deputado, agora a pergunta
07:54do nosso comentarista
07:55Túlio Nassa.
07:56Túlio.
07:58Deputado, boa noite.
07:59Muito obrigado
08:00por atender aqui
08:01a Jovem Pan.
08:02Deputado,
08:03depois de duas grandes polêmicas
08:05envolvendo essa relação
08:06entre governo
08:07e principalmente a Câmara,
08:09uma delas em que
08:10os dirigentes
08:11do União Brasil
08:11e do PP
08:12pediram a saída
08:13de deputados
08:15que estavam ali
08:15exercendo o cargo
08:16de ministros
08:17e esses ministros
08:18não saíram.
08:19E a segunda polêmica
08:20que é o fato
08:21desse acirramento
08:22do Congresso
08:24com o Executivo
08:25em relação a pautas
08:26com o PEC da blindagem,
08:27essa questão também
08:28das medidas alternativas
08:29do IOF,
08:31vem o presidente
08:31da Câmara agora
08:32e fala que a relação
08:33do Congresso
08:34tende a melhorar
08:35com o Executivo.
08:36Então, como que o senhor
08:37projeta os próximos passos
08:39dessa relação
08:40do Executivo
08:41com a Câmara
08:41dos Deputados
08:42em especial
08:42sobretudo
08:43porque temos aí
08:44pautas
08:45no mínimo
08:46polêmicas
08:47pela frente
08:48a serem julgadas, né?
08:50Olho,
08:51a política
08:52é a arte do diálogo.
08:53A gente briga
08:54de manhã,
08:55se fala de tarde
08:57e toma
08:57um viãozinho
08:58à noite.
08:59Tem que dialogar.
09:01Ninguém pode criar
09:02cada um
09:02numa fronteira.
09:03Essa polarização
09:04é a coisa mais
09:05burra que existe
09:06porque acaba
09:08a oportunidade
09:09de se construir
09:10consenso
09:11para resolver
09:12os problemas.
09:12Então, não adianta
09:14o Legislativo
09:15se intrigar
09:15ou parar
09:16de falar
09:17com o Executivo
09:18e o Executivo
09:19se juntar
09:19com o Judiciário
09:21para falar mal
09:22do Legislativo.
09:23Isso está errado.
09:25Então, o que o
09:26Presidente Hugo
09:26fez
09:27no seu papel
09:28institucional
09:29foi construir pontes
09:30e a tarefa
09:31é essa.
09:33Hoje,
09:34os momentos
09:35políticos
09:36são, muitas vezes,
09:37diferenciados,
09:38são mal compreendidos,
09:39como foi a questão
09:40da famosa
09:42PEC
09:42da blindagem
09:43ou das prerrogativas,
09:45que queria
09:45restituir a um texto
09:47que foi da Constituição
09:48de 88
09:49e houveram erros
09:50ali na condução
09:52porque colocaram
09:53ali dentro
09:53o presidente de partido
09:54que não tem
09:54representação
09:56popular
09:56para ter
09:57privilégio
09:58com relação
09:59aos demais setores
10:00da sociedade.
10:01Colocaram ali,
10:02inclusive,
10:03demandas
10:04com relação
10:05a proteger
10:07alguém
10:07que não merece
10:08proteção,
10:09mas, por outro lado,
10:10também,
10:11o exemplo maior
10:11de blindagem
10:12nós vimos agora
10:12na semana passada
10:13na CPMI
10:14do INSS.
10:16O Frei Chico,
10:17irmão do presidente Lula,
10:18foi totalmente blindado
10:19numa operação,
10:20inclusive,
10:21feita pelo próprio
10:22governo federal
10:24e ninguém falou disso.
10:26Então, quer dizer,
10:26as proteções,
10:28o apadreamento
10:29da política brasileira
10:30é uma prática comum.
10:32Agora,
10:32o que nós não podemos
10:33é, com isso,
10:34reverter
10:35todo um procedimento
10:37que precisa harmonizar
10:38os poderes.
10:39Harmonizar os poderes
10:40no sentido de que
10:41nós tenhamos uma pauta
10:43mínima de votação.
10:44Inclusive,
10:44nós discutimos muito isso
10:45aqui essa semana.
10:47Está aí a pauta
10:48da segurança
10:49e o governo,
10:50de novo,
10:50enxugando gelo
10:51porque chegou atrasado.
10:53Esse projeto
10:54das facções,
10:55nós votamos ontem
10:56um projeto
10:57com relação
10:58às organizações criminosas
10:59que é muito mais completo.
11:01Eu relatei
11:01o projeto
11:02do deputado
11:03Fraga,
11:04né?
11:05Então,
11:05Alberto Fraga,
11:06então, diante disso,
11:07eu acho que o governo
11:08fica correndo atrás
11:09de uma pauta
11:10quando poderia estar
11:11construindo
11:12conjuntamente
11:13com o Legislativo.
11:14E, nesse momento,
11:15o que é mais imediato
11:16é resolver
11:17o problema fiscal
11:18do país
11:19para que a gente
11:20possa votar
11:20o orçamento.
11:21Porque o pior dos mundos
11:23é um país
11:23que não tem
11:24orçamento
11:25para ser executado.
11:27O pior dos mundos
11:28é a insegurança
11:29que tudo isso
11:30gera.
11:31O deputado Danilo Forte
11:33do União Brasil
11:35mais uma vez
11:36nos atendendo,
11:37parlamentar do Ceará
11:38conversando conosco
11:38aqui na Jovem Pan.
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