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Integrantes da oposição criticaram a aprovação na Câmara do projeto que isenta de Imposto de Renda (IR) salários de até R$ 5 mil, acusando o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de populismo. Parlamentares como Marcel van Hattem (Novo), Júlia Zanatta (PL) e Luiz Carlos Hauly (PSDB) defenderam a correção anual da tabela e criticaram a criação de um novo imposto para compensar a perda de arrecadação, afirmando que a medida não resolve a alta carga tributária brasileira.

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Transcrição
00:00Em uma outra notícia, integrantes da oposição criticaram o governo e acusaram os petistas de fazerem populismo
00:08ao comemorarem a aprovação na Câmara do projeto que isenta de imposto de renda as pessoas que ganham até 5 mil reais.
00:15O deputado Marcel Van Raten, ele defendeu no plenário da Casa que a correção da tabela seja feita todos os anos
00:22para evitar que qualquer governo tente vender uma medida como se fosse um benefício exclusivo.
00:28Já a deputada Júlia Zanatta criticou o fato do Planalto ter criado um novo imposto para compensar a perda de arrecadação,
00:36afirmando que isso só irá contribuir para o aumento da inflação.
00:40Por fim, o deputado Luiz Carlos Raul chamou a proposta do governo Lula de eleitoreira,
00:46afirmando que a mesma não resolve o problema do imposto dos pobres, que continuam pagando a mais alta carga tributária do mundo.
00:54Começar essa com o Diego Tavares, a ampliação do imposto de renda é vista como uma medida populista
01:02por muitos integrantes da oposição, porque sabem que alguém terá que pagar essa conta, né Diego?
01:10Sem dúvida nenhuma, Daniel Caniato, é impressionante como no Brasil,
01:14quando uma medida ajuda a população, essa ajuda vem na forma de efeito colateral,
01:19não é a intenção genuína, a intenção inicial do processo.
01:23Claro que essa ampliação da faixa não tributável do imposto de renda,
01:29ela se dá nesse momento como uma medida eleitoreira, assim como um dos deputados aí citados mencionou,
01:36algo para fazer uma pré-campanha da atual gestão do governo federal para o ano que vem,
01:40para as eleições de 2026.
01:42E por que eu digo isso? Eu digo isso porque o texto original dessa iniciativa,
01:48apresentado já em 2023, haja vista que foi uma promessa de campanha do presidente Lula,
01:53teve durante a sua discussão um destaque que previa a implementação imediata da isenção
02:00para quem ganha até 5 mil reais.
02:02Sabe quem votou contra esse destaque?
02:04A própria base governista.
02:06Por quê?
02:06Porque nos primeiros anos de gestão, o governo precisava ampliar a sua arrecadação,
02:11e de fato ampliou, noticiamos aqui na Jovem Pan por muitas vezes,
02:14a arrecadação recorde dessa atual gestão do governo federal.
02:18Então deixaram para 2025, aliás, deixaram para o final de 2025 essa discussão,
02:25justamente para quê?
02:26Para que o capital eleitoral fique garantido para o ano que vem
02:29e o capital, de fato, o capital, o dinheiro, estivesse garantido também nos anos anteriores.
02:36Então eu concordo plenamente.
02:38E repito aqui, é muito triste que o benefício que vem à população
02:41venha na forma de efeito colateral.
02:44E benefício até a página 2, porque nós sabemos também que a contrapartida criada,
02:49que é a tributação, uma tributação dos mais ricos, uma tributação de dividendos,
02:55ela tem um efeito nefasto conforme muitas experiências do mundo comprovam.
02:59Ela gera uma fuga de capital.
03:01O grande capital ele não é estático como o dinheiro das pessoas comuns.
03:05O grande capital, quando ele passa a ser muito pressionado em um país,
03:09ele migra para outro país.
03:11Não à toa, o Brasil, em 2025, já teve uma fuga de dólares muito maior
03:16do que o Brasil de 2020, que passava, veja só, por uma pandemia mundial,
03:21pela pandemia do Covid-19.
03:23E quem ainda duvida dos efeitos nefastos da fuga de dólar de um país,
03:28é só perguntar para os nossos hermanos argentinos quais são os efeitos na economia
03:32quando as grandes fortunas, quando o grande capital passa a deixar o nosso país.
03:37Não me surpreenderá se no futuro próximo, considerando até a situação de fato
03:41que o Brasil tem hoje, isso se acentue e a economia gerada ao bolso das pessoas
03:47pela isenção do imposto de renda, se transforme em pressão inflacionária
03:52e em mais recessão no bolso do brasileiro.
03:56E, com certeza, isso também vai frustrar muito as esperanças desse governo
04:00que espera, com essa medida, angariar também capital eleitoral,
04:04como eu disse, visando as eleições de 2026.
04:06Pois é, muitos comemoram, mas não colocam justamente na conta
04:10quais serão as consequências para arcar com essa renúncia fiscal.
04:15A gente está falando de dezenas de bilhões de reais.
04:18Você, Túlio, um episódio, a aprovação dessa ampliação de isenção do imposto de renda
04:23é um caso típico que reforça aquela tese, aquela narrativa do atual governo
04:29de fazer justiça tributária, do nós contra eles.
04:34Ah, os super ricos precisam ser taxados, as pessoas que ganham menos precisam da isenção.
04:39Enfim, eu até acho que, em parte, é possível compreender que haja necessidade
04:45de privilegiar essas pessoas que ganham menos.
04:48Só que, se nós tirarmos uma fotografia mais ampliada,
04:52é preciso identificar que aqueles que vão pagar a conta dessa renúncia,
04:56de alguma maneira, há também uma consequência para os mais pobres.
05:01Pois é, Caniato. O problema dessa medida não é o mérito dela em si,
05:06não é realmente conceder isenção para as pessoas que ganham até 5 mil reais.
05:10O problema é o populismo.
05:12Eu vou lembrar aqui o historiador mexicano, Henrique Krause,
05:15no livro Biografia do Poder, que ele dizia que o populista atiça o ódio
05:20contra a parte da sociedade que ele quer dividir.
05:23Ele alimenta o ódio de classes.
05:25Esse é o problema dessa medida.
05:27Por quê?
05:27De um lado, você faz justiça social,
05:30mas, de outro lado, você compensa através do ódio de classes,
05:33através desse discurso dos ricos contra os pobres.
05:36Isso, na prática, aconteceu.
05:38Porque a compensação dessa medida,
05:40em vez de redução de gasto do Estado,
05:42está exatamente na guerra de classes.
05:45É preciso cobrar dos mais ricos.
05:47Como se os mais ricos, como se a classe média do Brasil,
05:50a classe alta, já não pagasse imposto.
05:52O Brasil tem uma carga tributária de 34%.
05:55Quer se cobrar mais 10%, nós vamos chegar a 44%.
05:59Ou seja, uma carga tributária de países escandinavos,
06:02cujos serviços públicos, o retorno para a população,
06:05é muito superior ao que nós temos no Brasil.
06:07Então, realmente, a diferença do veneno e do remédio é a dose.
06:11O diabo mora nos detalhes.
06:13O problema não é dar isenção para quem precisa dela.
06:16Faz justiça social, realmente.
06:18O problema é quem vai pagar a conta.
06:20Eu estava ouvindo o Diego falar de experiências internacionais.
06:23Ele realmente tem razão.
06:24E eu quero finalizar aqui citando um caso curioso
06:27que se chama Imposto Inglês.
06:28Tem até um apelidinho, Imposto Inglês.
06:31O que aconteceu?
06:32A França começou a taxar as grandes fortunas.
06:34Isso fez já uma década atrás.
06:36E o que aconteceu com a França?
06:37Houve uma grande fuga de capital.
06:39Esse capital foi para a Inglaterra.
06:41Se chamou, ironicamente, de Imposto Inglês,
06:43porque o dinheiro foi para a Inglaterra.
06:45E a França, que era a 14ª IDH do mundo,
06:47IDH é Índice de Desenvolvimento Humano, tá?
06:50Passa a ser hoje a 44ª.
06:53Então, não funciona.
06:54Esse tipo de populismo, de nós contra eles.
06:57Era muito melhor fazer o benefício social
06:59e responsabilidade fiscal como medida compensatória.
07:03Você, Kriegner, como avalia esse cenário,
07:05toda a articulação em torno da isenção do Imposto de Renda
07:08e a aprovação que foi muito comemorada pela base governista,
07:13mas que é preciso que nós justamente destaquemos
07:17as consequências para essa aprovação, né?
07:20É, com certeza, Caniato.
07:22É difícil a gente começar, a gente encontrar aí o ponto, né,
07:26para puxar desse nó todo para tentar desatar.
07:30Justamente porque parte também de uma questão de educação política, né?
07:35A gente sabe muito bem que no Brasil, infelizmente,
07:37quando chega perto da eleição, se sobra um dinheirinho no bolso,
07:41que é aquele dinheirinho que foi dado através de uma medida populista,
07:44como a gente está colocando aqui,
07:45tende, então, a estimular o voto do eleitor naquele que deu essa medida, né?
07:50Naquele que aprovou essa medida ou o pai dessa política pública.
07:54E isso é muito triste, porque por conta de um benefício,
07:57você passa aí uma borracha em todos os outros malefícios que foram feitos,
08:02seja na política externa, seja na maneira de...
08:05nas políticas domésticas também, em outras áreas que ficaram mais capengas.
08:10Então, isso é uma questão aí que a população precisa ajustar,
08:13independente de qual lado do espectro político aí está no poder na hora, né?
08:17Agora, tem um ponto também que eu acho que é importante,
08:20que é a reflexão que nós precisamos fazer sobre isso.
08:22Se dá para cortar o imposto de parcela da população,
08:26e claro que a narrativa do governo é, dá para cortar,
08:29porque nós estamos aumentando sobre os que mais têm, né?
08:31Que a gente já falou aqui, tanto o Túlio quanto o Diego trouxeram,
08:34que isso aí é um argumento falso,
08:36e que, embora você consiga justificar no número,
08:39vai custar mais caro lá para frente, né?
08:41Mas se dá para cortar de uma parcela da população,
08:45seja a da mais pobre ou mais rica, etc.,
08:47significa que dá para cortar e ponto.
08:50E se dá para cortar, por que não cortar?
08:52Para gerar mais eficiência.
08:54Sabe, a gente colocar mais eficiência nos gastos,
08:57mais eficiência na maneira como o governo aplica esse dinheiro,
09:01que é o dinheiro do cidadão,
09:02que é o dinheiro de todos nós ali, coletivamente,
09:04sendo aplicados para ações do governo, né?
09:07Para ações públicas.
09:08Por que não, então, cortar?
09:10Cortar mesmo.
09:11E cortar, cortar bastante.
09:13Bem cortado.
09:13Eu defendo muito isso, Caniato,
09:15porque eu acredito que quanto mais a gente conseguir cortar,
09:20gerando eficiência,
09:21e aí você tem um trabalho de dois caminhos, né?
09:24Não é só cortar, mas é cortar e gerar mais eficiência,
09:27você vai ter uma população também que vai render mais,
09:30que vai produzir mais,
09:31e uma economia mais aquecida,
09:34que produz muito mais,
09:36exporta muito mais,
09:37você também vai ter uma oportunidade
09:39de arrecadação maior também,
09:41mas não agora pelas tarifas,
09:43não agora pelos impostos,
09:45pelas alíquotas altas,
09:46agora sim pelo volume de atividade comercial
09:49que é gerada dentro do território nacional.
09:50Então, é uma oportunidade,
09:52é um trabalho,
09:53mas que não tem o olhar por parte dos agentes públicos.
09:57E aí a pergunta é,
09:58por que não olham para isso?
09:59Por que não pensam na questão da eficiência?
10:02Porque para ser eficiente,
10:03tem que trabalhar limpo,
10:05tem que ser transparente,
10:06e tem que ter muita dedicação,
10:08para além da sua patota partidária,
10:11e aí a gente esbarra em mais uma vez,
10:13no problema político que a gente tem no Brasil.
10:15Por isso que eu comecei falando,
10:16é difícil puxar uma linha,
10:18difícil desatar esse nó com uma linha só,
10:20mas a gente precisa começar a olhar para todos esses lados,
10:23se a gente quer ver uma mudança.
10:24E é preciso também considerar essa aprovação
10:27como um movimento estratégico desse governo,
10:31Diego,
10:32porque eu acho que tem algumas características nessa aprovação
10:35que a gente precisa analisar e colocar na balança.
10:38votação unânime.
10:40Tudo bem,
10:41uma taxa alta de abstenção,
10:42muitos não quiseram participar do processo,
10:44nem vou votar.
10:46Mas também o camarada,
10:47o deputado não quis votar contra,
10:50ele não quer pelo menos receber esse carimbo,
10:53votou contra os pobres,
10:55afinal,
10:55estamos há um ano das eleições,
10:57mas votação unânime.
10:58O momento dessa aprovação,
11:00justamente após aquela discussão
11:03em torno da PEC da blindagem,
11:05aquelas manifestações,
11:06enfim,
11:07teve uma situação
11:08com os parlamentares de Alagoas,
11:11né?
11:12Arthur Lira
11:13esperou por muitos meses
11:15para colocar em votação,
11:16liberar esse relatório,
11:18justamente
11:19aguardando a aprovação da PEC da blindagem,
11:22a PEC das prerrogativas.
11:24O que fez o seu adversário,
11:27o senador Renan Calheiros,
11:29colocou um projeto muito parecido,
11:30relatado por ele,
11:31no Senado Federal.
11:33Conseguiu aprovar.
11:34E aí,
11:35acaba pressionando o Arthur Lira
11:37para avançar com esse projeto.
11:39Enfim,
11:40estamos há um ano das eleições,
11:42trata-se de uma promessa de campanha
11:44do presidente Lula,
11:46e agora a aprovação na Câmara,
11:48muito possivelmente,
11:49será aprovado também no Senado Federal
11:51e será sancionado pelo presidente da República.
11:54É uma carta importante?
11:55É um trunfo do atual presidente
11:57na tentativa de se reeleger em 26, Diego?
12:01Sem dúvida nenhuma,
12:02Caniato.
12:02Eu brincava hoje com alguns colegas
12:04discutindo esse tema
12:05que o PL que deveria coroar o Lula
12:09coroou o Lira.
12:10O Lira se consolida nesse processo
12:12como principal interlocutor
12:14com a Câmara dos Deputados.
12:16Dá até um aspecto
12:18de que existe na Câmara
12:19um presidente de direito
12:21e um presidente de fato,
12:23que seria Arthur Lira,
12:24com uma grande, realmente,
12:25a medida ajuda, evidentemente,
12:28mas ele comprovou o grande poder
12:30de mobilização junto aos parlamentares,
12:32que tem o grande poder de influência
12:34que ainda tem junto à Câmara dos Deputados.
12:38E resta a nós brasileiros saber
12:39o que isso custará para o Planalto,
12:41qual será a moeda política
12:43que Lira cobrará por esse desempenho,
12:46que, como você disse muito bem,
12:47se volta a um projeto que é
12:49uma das grandes iniciativas do governo,
12:52pensando no processo eleitoral de 2026,
12:54e por quê?
12:55Uma das grandes medidas,
12:55não só porque é uma medida
12:56extremamente popular,
12:57mas porque é uma medida
12:58que casa com a narrativa
13:01que nós debatíamos há pouco
13:02sobre o tarifácio.
13:04Muito dificilmente o Brasil
13:05não enfrentará,
13:06a partir do ano que vem,
13:07um cenário de recessão econômica,
13:09também pelos efeitos do tarifácio,
13:11mas, principalmente,
13:12pela irresponsabilidade fiscal
13:14do atual governo,
13:16desde que assumiu o Palácio do Planalto.
13:19Nós temos todos os analistas políticos
13:22e analistas econômicos
13:23apontam para a possibilidade
13:24de um colapso fiscal,
13:26um colapso das contas públicas
13:27que atingiu déficit em patamar recorde.
13:31Qual que será a narrativa do governo
13:32nesse sentido?
13:33Olha, isso é tudo culpa
13:34da atuação de Eduardo Bolsonaro,
13:36que pressionou os Estados Unidos
13:38a sancionarem o Brasil
13:39com esse tarifácio,
13:41e o que poderíamos fazer aqui
13:43foi feito,
13:43que é dar um alívio
13:45no pagamento do seu imposto de renda.
13:47Então, são narrativas que casam,
13:49narrativas que combinam.
13:50Mais do que isso,
13:51até criam aí uma certa dinâmica de história.
13:54O governo tem discutido
13:55os pacotes de assistência
13:57aos setores mais impactados
13:59pelo tarifácio.
14:00Aliado a isso,
14:01aprova agora o início
14:03do projeto do imposto de renda
14:05e, assim,
14:06cria-se toda uma história,
14:07cria-se um conto
14:08que será, muito possivelmente,
14:10arrematado próximo
14:11ao processo eleitoral.
14:13E aí, independentemente
14:14de como estará a nossa economia no futuro.
14:17Então, de fato,
14:18essa é a grande peça publicitária
14:20do presidente Lula
14:22ou de um eventual sucessor de Lula
14:24em dois mil e vinte e seis.
14:26Bem, por isso,
14:27o Congresso Nacional
14:30tem se mobilizado muito
14:32em torno da pauta
14:33e atraindo, assim,
14:34efeitos como que você destacou muito bem
14:36a abstenção de deputados
14:39que poderiam votar contra a medida,
14:41mas que não querem para si
14:43os efeitos negativos
14:45de ir contra uma pauta
14:47que tem aprovação popular
14:49quase que absoluta
14:50e também a disputa
14:53para arrematar
14:54esse arco narrativo
14:56que começa com o tarifácio.
14:58Então, de fato,
15:00uma das medidas mais importantes
15:01e não a mais importante
15:02para o governo
15:03no contexto eleitoral.
15:04E é uma narrativa que cola, né,
15:06para grande parte da população, né, Túlio?
15:08Muitos devem estar achando fenomenal
15:12como sendo um gol de placa do governo,
15:15assim como muitos defendem
15:16a mudança na jornada de trabalho, né?
15:20Não, é preciso.
15:21Os empresários precisam
15:23dar mais um dia de descanso
15:25para o trabalhador.
15:26Enfim, essa apuração mais refinada
15:29que muitas vezes nós cobramos
15:31da população sobre má gestão,
15:34baixa eficiência na administração pública,
15:36falta de responsabilidade fiscal,
15:38a gente não observa, né?
15:40Na grande maioria,
15:41esse tipo de medida
15:42acaba colando
15:43e impacta no processo eleitoral.
15:46E aí,
15:47é também o nosso papel
15:48fazer a análise
15:49sobre as estratégias
15:51ou até o jogo sujo
15:53de muitos políticos, né, Túlio?
15:56Pois é, Caniato.
15:57Nós estamos numa seguinte situação.
16:00Nós, os chatos de plantão,
16:02brigamos contra os populistas, né?
16:04Agora, a população gosta muito mais
16:06de ouvir a fala do populista.
16:08Ela é muito mais agradável,
16:09encantadora.
16:10Ela promete denesses, né?
16:12Ela promete milagres,
16:13inclusive a curto prazo.
16:15O nosso papel aqui como analista
16:17é analisar o histórico,
16:19analisar a experiência
16:20de outros países
16:21para realmente orientar
16:23aquilo que pode acontecer
16:25no futuro.
16:25Veja só,
16:26se nós olharmos essa questão
16:27da responsabilidade fiscal,
16:29que nós batemos tanto na tecla,
16:31nós podemos voltar
16:32para o Brasil mesmo.
16:33O Brasil do governo
16:34Fernando Henrique Cardoso.
16:35O governo Fernando Henrique Cardoso
16:36pegou o Brasil
16:37com uma inflação
16:38que chegava a mil por cento
16:39ao ano.
16:40E nada, nada
16:41era capaz de conter.
16:42O plano real só deu certo
16:44porque junto a ele
16:45veio uma chamada
16:46lei de responsabilidade fiscal.
16:48Foram regras
16:49estabelecidas pelo FMI
16:51de controle fiscal,
16:53de aperto dos síntios,
16:54para que o Brasil pudesse
16:55sair daquela lama econômica.
16:57O Brasil conseguiu sair,
16:58conseguiu sair,
17:00conseguiu prosperar.
17:01Veio o governo Lula,
17:02um e dois.
17:03Depois veio o governo Dilma
17:04e voltou a essa política
17:05keynesianista
17:06de gastar dinheiro,
17:08como se o gasto público
17:09fosse reverter
17:11uma melhor economia.
17:12Lembram do programa
17:13de aceleração do crescimento?
17:14Veio do governo Dilma
17:15e está reestabelecido
17:17hoje pelo governo Lula.
17:18É um programa
17:19que joga dinheiro
17:20na sociedade
17:21e acreditando
17:22que vai melhorar a economia.
17:23O que aconteceu
17:24com o governo Dilma?
17:25Quebrou.
17:26Nós sabemos
17:27o que aconteceu
17:28com o impeachment.
17:28Ela precisou
17:29da pedalada fiscal
17:30e isso causou
17:31o impeachment dela.
17:32Vamos olhar
17:33para a experiência internacional.
17:34Olha a Argentina,
17:36país vizinho ao nosso,
17:37promete uma série
17:38de benefícios sociais.
17:40É o peronismo de volta,
17:42é a nova esquerda.
17:43O que aconteceu
17:44com a Argentina?
17:45Inflação galopante,
17:46miséria.
17:47Então,
17:47nós não estamos falando
17:48algo porque somos contra
17:50os benefícios sociais.
17:51Nós gostaríamos
17:52de conceder benefícios sociais
17:53como os países escandinavos
17:55concedem.
17:56O welfare state,
17:57o estado do bem-estar social.
17:59Só que é preciso observar
18:00que cada benefício social
18:01concedido por um país escandinavo
18:03tem a sua contrapartida.
18:05Ele não é de graça.
18:06Ele é responsável.
18:08Ele é sustentável.
18:09O caso da Noruega.
18:10A Noruega, em 1950,
18:11era pobre.
18:13Descobriu as jazigas
18:14de petróleo.
18:14O que fez?
18:15Saiu gastando
18:16dinheiro do petróleo?
18:17Negativamente.
18:18Proibiu qualquer gasto
18:20em relação ao dinheiro
18:20do petróleo
18:21e criou o maior fundo
18:22monetário
18:23de preservação
18:24dos recursos noruegueses.
18:26Hoje, a Noruega
18:27é um dos melhores
18:27IDHs do mundo.
18:28Então, o que nós estamos falando
18:30é exatamente aquilo
18:32que é melhor
18:33para o futuro do Brasil
18:34e não aquilo
18:35para uma ou outra eleição.
18:36Agora, infelizmente,
18:37nós somos os chatos
18:38de plantão, né, Tania?
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