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Em entrevista exclusiva ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, a deputada Céline Hervieu, do Partido Socialista Francês, conversou com Diego Mezzogiorno e afirmou que defende justiça fiscal e investimento público como caminhos para a estabilidade.

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Transcrição
00:00O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, vai hoje ao Parlamento para apresentar o plano de governo
00:06e tentar superar a crise política que paralisa o país.
00:10Macron, enfim, enfrenta dificuldades para formar uma base estável e também convencer o Congresso
00:16a aprovar as medidas de austeridade e corte de gastos públicos.
00:21O nosso correspondente na Europa, o Diego Mezzogiorno, conversou com a deputada Céline Éville
00:27do Partido Socialista francês, que é filha de uma baiana e de um francês.
00:32E ela fala português fluentemente. Vamos conferir.
00:35Estão da justiça fiscal e da justiça social aqui no país que as desigualidades estão crescendo muito.
00:43Queremos programa de apoiamento às classes populares e médias e aos trabalhadores, claro.
00:48Queremos que ele volte na reforma de Previdência, que foi, que ele forçou para passar contra a democracia
00:58e o voto do parlamentar dois anos atrás.
01:02Queremos também que ele faça uma pedida de relança da economia da França
01:09por um plano de investimento no serviço público, da transição ecológica também.
01:17Então, nós temos várias pedidas que ele tem que entender se ele quer trabalhar com a esquerda do país
01:24e, infelizmente, se ele não entende isso, se ele não ouve essas demandas,
01:31ele nunca vai conseguir ter uma estabilidade política.
01:33Porque o país está muito, muito moralizado naquele momento,
01:39então a situação fica bem bloqueada agora.
01:43A França tem um déficit que é um dos maiores da zona do euro.
01:49E, obviamente, o toque entre a posição da esquerda e do presidente Macron
01:55é exatamente de como sanar, ou seja, como é que se resolve isso.
02:00Como é que a esquerda, que dá sustentação a esse governo,
02:04vê como possibilidade de reduzir esse déficit francês?
02:10Sim.
02:11O Macron, quando ele foi eleito presidente pela primeira vez,
02:15a gente chamou ele de Mozart da economia.
02:18Então, o Mozart da economia acabou aumentando nossa dívida em mais de mil bilhões de euros.
02:25Então, sim, a situação agora na economia na França está muito, muito difícil.
02:30O que a esquerda faz como proposição é que ter justamente esses propostos de justiça fiscal
02:37com uma taxa, por exemplo, uma taxa que a gente chama aqui de taxa Zuckmann,
02:44que concerna a pessoa que tem mais de 100 milhões de patrimônio, por exemplo,
02:49que puder contribuir mais com o imposto suplementário para ajudar justamente a situação do país.
02:58Porque, na verdade, ele cortou muitos impostos para o mais rico do país,
03:04para justamente favorizar a economia, mas não funcionou.
03:08E, na realidade, é que a pobreza está aumentando na França
03:12e são sempre os mesmos que aproveitam o sistema.
03:17E, na realidade, como uma política global, esse não funciona,
03:23porque quando você continua a manter uma política de austeridade muito alta,
03:27você estabiliza a consumação.
03:30E agora tem um problema no país que o salário das pessoas é muito baixo
03:35comparado em outros países,
03:37e as pessoas não conseguem mais se ir ver um médico, comer bem.
03:45A situação está muito complicada por um milhão de francês.
03:49A gente chegou a ter um ponto que tem nove milhão de pessoas com pobreza na França.
03:55Então, eu sei que, em comparação com outros países, parece muito pouco.
04:00Mas, na verdade, a gente está ouvindo todo dia, cada dia, a pessoa com dificuldade.
04:05Então, nós pedimos simplesmente que cada um do país,
04:10aqueles muito ricos que têm recurso para ajudar,
04:15têm que participar mais.
04:17Isso é uma forma de justiça
04:19que a esquerda está tentando fazer entender no governo Macron.
04:26Infelizmente, se ele não conseguir entender as nossas demendas,
04:33vai acontecer a mesma coisa que aconteceu um mês atrás,
04:38que os parlamentares, a maior parte, vão votar uma moção de censura,
04:44que a gente chama aqui, que é um poder constitucional, um direito constitucional.
04:48Aqui na França, que os parlamentares podem censurar o governo,
04:51aí o governo cai, o primeiro-ministro tem que, de novo, demissionar,
04:58e aí vamos recomeçar tudo de novo.
05:02E o que é uma possibilidade é que o presidente decide,
05:07naquele cenário,
05:10de dissolver de novo a Assembleia Nacional,
05:14e a crise política continua,
05:16porque, na verdade, como eu lhe falei,
05:18o país está muito de vida e pluralizado naquele momento.
05:24Então, eu acho que, finalmente,
05:26a gente na França tem que se acostumar também
05:28com uma cultura parlamentar diferente,
05:31como pode acontecer, por exemplo, no Brasil,
05:34mesmo se o sistema está muito diferente,
05:36mas os partidos diferentes têm que se falar,
05:40têm que procurar um jeito de negociar,
05:42de se entender e de achar uma posição de equilíbrio,
05:46de compromisso junto.
05:48Então, agora na França,
05:50a gente não tem essa cultura, por enquanto,
05:54mas estamos procurando e vamos rezar,
05:58porque a CITUM não chega a ter esse ponto, infelizmente.
06:02Vamos ver.
06:02Vamos ver.
06:03Amanhã a gente está esperando o discurso de política geral,
06:06do primeiro-ministro,
06:07e vamos ver se ele está capaz de entender
06:10as pesquisas do povo francês
06:13e de nós, parlamentares da esquerda,
06:15porque a única possibilidade de sair dessa crise política
06:20é mudar de orientação política
06:22e entender o desejo do povo dessa mudança, justamente.
06:26E aí
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