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O presidente Lula anunciou um novo modelo de financiamento imobiliário que amplia o crédito para a classe média e moderniza o sistema de poupança e empréstimos. A medida, celebrada por Alckmin, Haddad e Gabriel Galípolo, marca a maior reforma do crédito brasileiro e promete impulsionar moradia, emprego e renda.

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Transcrição
00:00O governo federal lançou uma nova linha de crédito para a compra da casa própria.
00:05Um novo modelo vai permitir mais recursos ao financiamento imobiliário, principalmente para a classe média.
00:11Foi exatamente isso que o presidente Lula destacou durante o lançamento do programa.
00:17Um trabalhador metalúrgico, um bancário, um químico, um gráfico, um trabalhador da Caixa Econômica,
00:24um professor ganha 10 mil por mês, 8 mil.
00:31As pessoas não ganham também como a gente imagina.
00:34Então, essas pessoas não têm direito a compra da casa, porque eles nem são pobres.
00:38Não estão na faixa 1, nem na faixa 2.
00:44Esses ganham um pouco mais de 4.
00:46Essas pessoas não têm casa para elas.
00:50Não têm.
00:51Então, a coisa mais comum é o texto de falar ao Lula.
00:53Pensa um pouco em mim.
00:55Eu sou metalúrgico, eu ganho 10 mil reais.
00:57Eu trabalho na Volkswagen, eu trabalho no Banco do Brasil, eu ganho 11 mil.
01:01Mas eu não consigo comprar uma casa.
01:04Então, esse programa foi feito pensando nessa gente.
01:09Pensando em dar.
01:10Aqueles que ainda não têm direito.
01:13O direito de ter a sua casinha um pouco melhor.
01:16Ele não quer uma casa de 40 metros quadrados.
01:19Ele quer uma casa de 70, de 80 metros quadrados.
01:22Ele não quer morar nos carros fundais do Júlio.
01:25Ele quer morar no lugar mais próximo, onde ele está habituado a morar.
01:29Então, o que nós vamos tentar fazer é adequar as dificuldades econômicas das pessoas,
01:35levando em conta o respeito à dignidade humana de morar no lugar onde pensa que é bom morar.
01:42Ele acredita que é bom morar.
01:44É para isso que foi criado esse programa.
01:46Já o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância do crédito seguro e da expansão habitacional.
01:55E hoje um passo histórico.
01:58Nós estamos aumentando a oferta de crédito, 20 bilhões.
02:04Estamos aumentando o teto para 2 milhões, atendendo classe média.
02:11Estamos modernizando o sistema brasileiro e empréstimos.
02:18O sistema brasileiro de poupança e empréstimos.
02:22Isso vai ser mais casa, mais emprego.
02:26Esse é um setor campeão em termos de geração de emprego e renda.
02:30Vamos terminar o ano que vem com 3 milhões de contratos assinados de moradia no nosso país.
02:40O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também discursou no evento e destacou que o país vive a maior reforma de crédito da história.
02:49O Banco Central apresentou um modelo estrutural de mudança do financiamento,
02:54garantindo que todos aqueles penduricalhos da poupança têm lugar a um projeto estrutural
03:03que vai canalizar o dinheiro mais barato da economia brasileira para a produção da Constituição Civil.
03:09Isso é muito mais do que liberar simplesmente 10, 20, 15, 100% do compulsório.
03:16Não é disso que se trata.
03:17E num modelo que garante sustentabilidade e segurança para os financiamentos.
03:24Nós estamos usando o primeiro ano, o ano de 2026,
03:29nós estamos usando esse ano para usar o dinheiro novo desse novo modelo
03:34numa modelagem que vai garantir crédito barato com dinheiro novo
03:41e vai nos permitir testar os parâmetros que foram estabelecidos no voto
03:47e que vão ser, graças a esse acordo de Banco Central, Planejamento e Fazenda,
03:53reavaliados anualmente.
03:56E nós esperamos que o ano que vem, no final do ano que vem,
03:59as condições de política monetária se tenham substancialmente diferentes das atuais.
04:04Então nós podemos rever os parâmetros à luz, sobretudo, da necessidade
04:09de fazer a transição com base no voto dado pelo SEMENE ontem
04:14daquilo que vai ser o dinheiro novo para todo o estoque de poupança que existe no país.
04:20Então nós temos que ter muita responsabilidade com esse ano de experimentação
04:26para tomar a melhor decisão possível a partir do final do ano que vem
04:30em relação ao modelo que foi apresentado e que, eu repito,
04:34traz todas as salvaguardas necessárias para nós termos um financiamento sustentável,
04:40inclusive do ponto de vista da segurança e rigidez do sistema financeiro.
04:44É a maior reforma do sistema de crédito brasileiro.
04:47Isso aqui é o coroamento, a decisão de ontem sobre a TVTS,
04:51decisão de hoje sobre a poupança, nós estamos coroando a maior reforma
04:55do sistema de crédito brasileiro.
04:57É disso que se trata.
04:58O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez a apresentação desse programa
05:04e ressaltou que, com o projeto, será possível resolver diversos problemas estruturais.
05:10Hoje tem uma proposta para a gente conseguir utilizar e fazer o primeiro passo
05:15dessa transição, utilizando os recursos de poupança,
05:19mas através dele resolvendo e endereçando vários problemas estruturais.
05:22Primeiro, conseguir combinar e maximizar e multiplicar esses recursos de poupança
05:27combinado com os recursos de mercado para que a gente possa ter mais recursos
05:31para as pessoas que hoje não têm acesso ao financiamento e de maneira que essa elevação
05:36da taxa não ocorra, ou seja, que a gente tenha taxas competitivas de ofertas para as pessoas.
05:41A gente resolve uma questão de estabilidade, ou seja, a gente tem hoje um descasamento
05:45ou uma baixa harmonia entre essas fontes de recursos que têm liquidez diária e você consegue sacar
05:51que estão financiando imóveis que são ativos de prazo mais longo.
05:55Ao liberar esses recursos da poupança para investir em ativos que são mais líquidos
05:59e usar recursos de mercado para financiar o imobiliário,
06:02a gente também endereça essa questão de estabilidade.
06:05E, por fim, também ajuda na potência da política monetária.
06:09É normal que quem estiver, por exemplo, na presidência de uma associação
06:13tenha a obrigação institucional de reclamar por taxas de juros mais baixas,
06:17assim como quem é presidente de um sindicato tem que reclamar por salário mais alto
06:21e a obrigação do presidente do Banco Central é brigar pela inflação estar na meta.
06:26É isto.
06:27Mas quando a gente segue uma visão estrutural,
06:29a gente pode encontrar uma construção coletiva na qual aqui eu sou totalmente grato
06:33a todo mundo que colaborou desde o início
06:35e possa produzir esse resultado que conjunga todos os interesses numa mesma direção,
06:41da gente poder amanhã conviver com mais crédito para as pessoas,
06:45com mais estabilidade e poder controlar a inflação com uma taxa de juros mais baixa.
06:50E tudo isso, essa visão estrutural e mais longo prazo,
06:52eu preciso aqui agradecer ao presidente Lula,
06:55que desde o primeiro momento disse
06:57eu não quero uma solução paliativa,
07:00eu não quero uma solução e a vida das pessoas vai melhorar no momento
07:03para em seguida a gente dar passos para trás.
07:06Eu quero uma mudança estrutural,
07:07eu quero uma solução estrutural.
07:09Esse foi o pedido do presidente Lula para toda a equipe
07:11e juntos trabalhamos aqui todos.
07:14Agradeço a todos aqui.
07:15Muito obrigado.
07:17Assunto para o nosso analista de política, Eduardo Gayer.
07:21Gayer, qual é a expectativa do governo
07:23depois do lançamento desse programa
07:25que é mais voltado para a classe média?
07:30Cris, eu vou falar um pouco de economia e de política.
07:32Sobre a economia, é importante dizer
07:34que esse fim gradual do compulsório da poupança
07:37é algo necessário, de fato,
07:39para ampliar o volume de crédito imobiliário,
07:41o volume de recursos.
07:43Então, hoje, 65% da poupança
07:45tem que ir para crédito imobiliário.
07:47A ideia do governo com a transição
07:48é levar 100%, a caderneta toda
07:50vai para crédito imobiliário.
07:53Apesar de ser, claro,
07:54um tipo de investimento que as pessoas
07:56cada vez menos têm feito,
07:57porque ele não dá o rendimento necessário.
07:59Então, do ponto de vista da economia,
08:01diminui, aumenta, na verdade,
08:04a liquidez do sistema financeiro,
08:06o que diminui a chance de um corte de juros,
08:08porque fica mais difícil combater a inflação assim.
08:10Então, o governo fez, sim, esse cálculo,
08:12tem esse bastidor,
08:13de que mesmo com esse aumento da liquidez,
08:17ainda poderia se esperar um corte de juros
08:19no início do ano que vem.
08:20Então, por isso que o presidente Lula
08:21deu aval para o programa.
08:23Agora, do ponto de vista da política,
08:25é o maior aceno já feito por este governo
08:28para a classe média,
08:30ainda mais com aquela elevação do teto
08:32para o financiamento do imóvel,
08:33que subiu de R$ 1,5 milhão
08:35para R$ 2,250,000,
08:38porque agora você consegue
08:39abranger um número maior de pessoas
08:41que vão fazer o financiamento da casa própria.
08:44Então, essa reforma do setor imobiliário,
08:46com a reforma do imposto de renda,
08:48que também dá aquele desconto
08:49no imposto de renda
08:50para quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.350,
08:52é um aceno gigante à classe média,
08:55que é um segmento eleitoral poderoso
08:57e que é distante dos governos do PT,
09:00é distante do Partido dos Trabalhadores,
09:02um partido mais voltado
09:03e mais próximo das camadas mais populares
09:06por conta justamente dos programas de renda, Cris.
09:09Então, a expectativa do Palácio do Planalto
09:11é de melhora na popularidade,
09:14de chegar no ano que vem
09:15com um arcabouço de apoio público
09:18mais solidificado para enfrentar nas urnas.
09:21Provavelmente, o governador de São Paulo,
09:23Tarcísio de Freitas.
09:24E o ponto mais importante, Cris,
09:27pelo que eu ouvi aqui dentro
09:28do Palácio do Planalto hoje,
09:29de uma pessoa que faz articulação política,
09:31é que, pelo menos,
09:32a reforma do setor imobiliário
09:34não precisa passar pelo Congresso.
09:36Então, um problema a menos para resolver, Cris.
09:38Verdade.
09:39Bom, vou com o Vinícius Torres Freire.
09:41Agora, Vinícius,
09:41qual é o efeito aí na sua opinião
09:43desse projeto a curto e longo prazos?
09:47Cris, para começar,
09:48ser curto e grosso.
09:51Essa mudança é grande,
09:53é relevante,
09:54mas, no começo,
09:55quem vai botar mais dinheiro no crédito
09:58vai ser a Caixa Econômica Federal,
10:00que é um banco 100% do governo.
10:03Esses 20 bilhões extras aí
10:05devem vir quase integralmente da Caixa.
10:08Agora, essa mudança,
10:09que é muito enrolada de explicar,
10:11toda e é muito grande,
10:12vai fazer o quê?
10:13Como o Gaia disse,
10:14hoje em dia,
10:1565% dos recursos da poupança
10:17podem ser usados
10:18para financiamento imobiliário.
10:21Depois, quase todo o dinheiro
10:23vai poder ser usado nisso.
10:24Além disso,
10:2520% dos recursos aplicados à poupança
10:28têm que ficar parados
10:30no Banco Central.
10:32Os bancos recebem esses depósitos,
10:33mas têm que deixar 20% parado
10:35no Banco Central por segurança.
10:37E os outros 15% podem ser aplicados
10:39de outra maneira mais livre.
10:40O que esse sistema vai fazer?
10:42vai diminuir todas as vinculações,
10:44vai diminuir as regras
10:46e vai permitir que os bancos
10:48tenham mais flexibilidade
10:50na aplicação dos recursos.
10:51Vai ser uma coisa paulatina
10:52até 2027,
10:54para não dar problema,
10:55para ver se está funcionando direito.
10:57Tendo mais flexibilidade,
10:58os bancos podem botar mais dinheiro deles,
11:01quer dizer,
11:01que eles caprem no mercado
11:02e não da poupança
11:04no financiamento imobiliário.
11:05Essa é a ideia.
11:06Vai ser um processo,
11:07vai tornar o mercado,
11:09esse mercado de crédito
11:10um pouco mais flexível,
11:11vai poder fazer com que os bancos
11:13façam cálculos melhores de risco
11:15e captem mais dinheiro,
11:16além do dinheiro que está só
11:17na caderneta de poupança.
11:19Quer dizer,
11:19vai tornar mais flexível,
11:21é possível que os bancos
11:22busquem mais dinheiro
11:22para financiamento imobiliário,
11:24é possível que as taxas de juros
11:26fiquem, ainda assim,
11:27mesmo com captação fora da poupança,
11:29fiquem no nível bom.
11:31Então,
11:31é uma reforma,
11:32nesse sentido,
11:32boa.
11:33Tem esse risco
11:34monetário imediato?
11:36Tem.
11:37Porque vai ter,
11:38possivelmente,
11:39mais 20 bilhões de crédito
11:40na economia,
11:41e isso é um gás a mais
11:42de uma economia
11:43que deveria estar desaquecendo
11:44para poder fazer com que a inflação caia
11:46e as taxas de juros
11:48dos bancos centrais e do mercado
11:49caiam também.
11:50Mas é um impulso lá
11:52não muito grande.
11:54Considerando a reforma,
11:56a qualidade dela,
11:57pode ser que isso
11:58seja um fator menor.
12:00Agora,
12:01vamos ver se vai funcionar
12:02e se os bancos privados
12:04vão entrar nisso.
12:05Possivelmente,
12:06como eu falei,
12:07dada a estrutura da reforma,
12:10nesse momento,
12:11o dinheiro vai vir,
12:12o dinheiro novo,
12:13o crédito extra,
12:14deve vir só da Caixa Econômica Federal.
12:17Obrigada, Vinícius.
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