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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou entrevistas para substituir Jerome Powell no Federal Reserve e defendeu juros mais baixos. Ele também confirmou apoio financeiro de US$ 20 bilhões à Argentina de Javier Milei. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

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Transcrição
00:00O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Besant, anunciou que busca alguém com a mente aberta para comandar o Fed
00:07e marcou para a semana que vem entrevistas com candidatos para substituir Jeremy Powell como presidente do Banco Central norte-americano.
00:16Além desta questão sobre o Fed, os ativos financeiros da Argentina se recuperavam pelo terceiro dia consecutivo
00:23após Besant manifestar apoio massivo ao governo do presidente Javier Milley e aos mercados do país.
00:31Os detalhes quem traz para a gente é a correspondente Louise Maiana, direto de Washington.
00:36De acordo com o secretário de Tesouro, Scott Besant, a expectativa é que nas próximas semanas ele já comece esse ciclo de entrevistas
00:43com possíveis nomes que vão substituir o Jeremy Powell, presidente do Federal Reserve, que possui mandato até maio de 2026,
00:51ou seja, até meados do ano que vem. Scott Besant disse que está buscando uma pessoa de mente aberta
00:58e disposta a mudar a política monetária atual. Ele, inclusive, chegou a considerar que a taxa de juros que temos hoje
01:06está cerca de 150 a 175 pontos base acima do que ele considera bom e produtivo para a economia americana.
01:15Scott Besant, inclusive, já teve o seu nome cotado para substituir de Jeremy Powell,
01:19mas a ideia foi parar na gaveta. Portanto, a expectativa é que ele continue no cargo de secretário de Tesouro.
01:26Mas um outro nome forte é o nome de Kevin Hassett, que é conselheiro econômico do presidente Donald Trump.
01:32Os dois trabalham lado a lado e ele, inclusive, tem protagonizado grandes momentos dessa segunda gestão do presidente Donald Trump.
01:40Por fim, Scott Besant também falou sobre a Argentina, sobre um aporte financeiro de 20 bilhões de dólares.
01:49É uma ajuda para tentar recuperar a economia argentina.
01:53Scott Besant chegou a explicar que esse pacote pode envolver a compra de títulos argentinos,
02:00denominados em dólar pelo Tesouro americano, e o uso de um fundo de emergência do Tesouro.
02:06Jill Washington, Louise Maiana, para o Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
02:12E a Mariana Almeida, nossa analista, já está aqui conosco.
02:15Muito bom dia, Mari. Tudo bem?
02:17Tudo bem, Eric. Bom dia para você e bom dia para todo mundo que acompanhou agora.
02:20Maria Almeida, o governo norte-americano estendendo as mãos para a Argentina,
02:25para o governo de Milley, que é muito aliado ou alinhado também com Donald Trump, até ideologicamente.
02:31A Argentina, que tenta recuperar a economia, tem crescido nos últimos meses,
02:38mas tomou um choque ali também de realidade e está precisando de uma ajuda.
02:44Pois é, e a ajuda é exatamente de quem ele mais precisa, viu, Klein?
02:47Porque um dos grandes problemas da Argentina é justamente a estabilidade cambial
02:52e a questão do resgate da confiança no peso, que é a moeda interna,
02:57mas que depende da confiança na disponibilidade de dólar.
03:00Esse é um assunto que nem é do governo Javier Milley.
03:03Isso aí começou há mais de 30 anos na Argentina,
03:06quando o país resolveu estabilizar a economia, colocando o dólar dentro mesmo da economia.
03:11O Brasil, a gente teve aquela fase um a um, um por um, mas era câmbio.
03:14Tinha o mercado cambial controlado e aqui dentro a gente manteve a nossa circulação de reais.
03:20Lá não. Lá pode usar o dólar na rua.
03:22Isso fez com que cada agente econômico bem disperso, é isso,
03:25todas as atividades possam correr para o dólar toda vez que eles têm dúvidas sobre se o peso vai ou não vai valer,
03:31de fato, se vai ter algum risco em relação ao peso, se a economia está forte o suficiente interna.
03:37E aí eles ficam todo mundo acompanhando quanto de dólar tem ou não tem.
03:40É isso que está acontecendo recentemente.
03:42Teve uma queda muito grande das reservas de dólar do Tesouro Americano.
03:47Então ele foi entrando e vendendo os seus dólares para tentar mostrar que tinha fôlego,
03:52para ninguém se desesperar.
03:54Por que ninguém se desesperar?
03:55Porque quando há desespero as pessoas correm.
03:57E de novo, todos os agentes econômicos na economia têm esse acesso.
04:00Correm para o dólar e abandonam o peso.
04:02Isso pressiona enormemente a moeda local e pressiona os preços,
04:06que é algo que está caindo, vem caindo, mas foi um tremendo esforço para poder chegar onde está.
04:12Muito bem.
04:12Então se o problema é justamente ter disponibilidade de dólares,
04:15quais são as alternativas para ter dólar?
04:17Ou você exporta muito, a Argentina está tentando recuperar, mas não é fácil,
04:21ou você atrai investidores, ou você atrai investidores numa negociação direta.
04:26E aí vem a mão importante do apoio dos Estados Unidos.
04:29Com essa sinalização de que os Estados Unidos vai estar próximo,
04:32na verdade o que diz esse fato é, eu estou disposto a colocar dólar e eu produzo dólar.
04:37Os Estados Unidos é justamente o pai do dólar.
04:39É muito mais fácil para ele poder fazer esse acordo.
04:42Então é uma ponte importante para além da questão ideológica,
04:46desse fator financeiro e monetário.
04:49Porque o calcanhar de Aquiles de toda a política, além da questão de desemprego,
04:54de fortalecimento, mas o calcanhar de Aquiles mais forte,
04:56que mais rapidamente muda o ânimo na Argentina, é a estabilidade cambial.
05:00E ter relação com os Estados Unidos, os Estados Unidos querendo botar dólares lá dentro,
05:04pode fazer muita diferença.
05:05Até porque antes de Javier Milley existia um limite para a compra de dólar e a gente sabe que tinha o dólar blue na economia argentina,
05:16que era um dólar paralelo.
05:17Com a abertura do mercado cambial, muita gente migrou até por uma questão de segurança para a moeda americana.
05:23Só que aí causou um desequilíbrio na economia justamente argentina por causa da desvalorização do peso.
05:28Tanto é que uma semana atrás o governo argentino teve que fazer uma intervenção no mercado,
05:33vendeu cerca de 53 milhões de dólares para tentar segurar a cotação.
05:39É, essa, como eu falei, começou com a ideia de que o dólar circula na economia.
05:44E aí por ele circular e por ter vários momentos onde fica difícil equilibrar a relação peso-dólar,
05:49foram criadas também várias regras diferenciadas do acesso ao dólar.
05:53Então também tinham vários câmbios oficiais e os câmbios não oficiais.
05:57O dólar blue que o Klein trouxe era um dos da circulação mais cotidiana.
06:03Quem visita a Argentina sabe que tem o preço das coisas em peso em dólar.
06:06Nos momentos mais graves pré-Milley, o valor das coisas em peso aumentava ao longo do dia,
06:13estava muito intenso e ficava relativamente fixo em dólar.
06:17A maioria das lojas, das atividades, só aceitava inclusive o dólar,
06:20porque tinha medo de que se aceitasse um peso, dali a algumas horas o peso já não valeria
06:25o mesmo que o valor que ele esperava receber em função da inflação em pesos.
06:30Essa é parte da bagunça que o governo Javier Miller tem tentado padronizar o dólar.
06:36Mas não é fácil, por quê?
06:37Porque depende de muita disponibilidade de dólar, depende de confiança na economia
06:42e depende da própria economia ter força.
06:45Ou seja, dela estar produzindo atividade econômica, dela ser forte em pesos.
06:48Algo que ainda está bastante depreciado por lá.
06:51É, o centro comercial importante de Buenos Aires, a Caxia e Florida,
06:55antigamente só aceitava dólar ali os comerciantes e as lojas.
06:59Hoje começou a mudar um pouquinho, mas agora com essa intervenção, mudança na política cambial,
07:05volta aí o dólar a ter um forte apelo também comercialmente falando e no turismo.
07:11Agora, Maria Almeida, só para a gente amarrar aqui,
07:13depois dessa entrada das informações da Louise Maiana, o FED.
07:18O FED continua preocupando, não só os Estados Unidos, mas o mundo.
07:22Jeremy Powell tem o mandato vencendo em maio do ano que vem.
07:26E Bessent, quer alguém com mente aberta ou alguém que faça o jogo da Casa Branca?
07:31Pois é, mente aberta é mais um desses, dessas palavras que a gente depois tem dificuldade
07:37de rechear de sentido, né?
07:39Inclusive o governo Donald Trump tem justamente bagunçado alguns dos nossos conceitos bem básicos, assim.
07:44Mas, não à toa, a fala de Scott Bessent vem no dia seguinte da fala de Jerome Powell,
07:51que foi bastante duro e teve muitos efeitos no mercado,
07:54em função dele ter afirmado, depois, uma leitura da ata, né,
07:59do que foi a decisão do Federal Reserve sobre os juros da semana passada.
08:03E ele disse, olha, tomamos essa decisão, baixamos 0,25,
08:07mas nada é certo que tenha condições econômicas para continuar baixando.
08:11Ou seja, está muito difícil, não tem sinais.
08:13Ele fez uma fala dura, uma fala que voltou a colocar freios, de alguma maneira,
08:18às possibilidades da economia norte-americana.
08:20Frente a esses freios, Scott Bessent vem e fala,
08:22preciso de mente aberta, vamos procurar rapidamente.
08:25Traz de volta a ideia de que, querendo desviar, inclusive, o assunto,
08:29não é um problema da economia americana,
08:30é um problema da mente de quem está coordenando a política monetária.
08:35Querendo dizer, olha, se com uma mente mais aberta,
08:38talvez não estivesse comentando sobre esses freios,
08:41daria para soltar e tudo daria certo.
08:43Essa é uma mensagem subliminar por trás de Scott Bessent.
08:46Vamos ver como o dia nos mercados financeiros recebem essa briga
08:50em relação à possibilidade de maior fluidez na política monetária americana,
08:54porque isso influencia e muito as expectativas em nível internacional.
08:58Kevin Hassett, conselheiro econômico da Casa Branca,
09:01e Christopher Waller, um dos Fedboys,
09:03são os dois mais cotados neste momento
09:05para assumir a cadeira principal do Fed, Mário Almeida.
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