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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), rebateu o deputado Delegado Caveira (PL) em um debate acalorado na Câmara. Após ser chamado de “Taxad”, Haddad afirmou que "vagabundagem é não corrigir a tabela do IR", prometendo taxar bets, bancos e bilionários. Reportagem: Matheus Dias.

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Transcrição
00:00E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levou hoje o tom ao ser questionado sobre a isenção do imposto de renda.
00:07Repórter Matheus Dias, qual a expressão que ele usou ao falar sobre esse tema hoje, meu caro Matheus?
00:18Pois é, viu Tiago? Boa noite pra você, boa noite a quem nos acompanha.
00:21Então o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ele participou hoje da Comissão da Agricultura e Pecuária na Câmara dos Deputados,
00:26em que teve um debate bem caloroso entre deputados da direita e da esquerda,
00:31e o delegado Caveira, deputado do PL, ele fez uma provocação a Haddad, chamando o ministro da Fazenda de taxade.
00:39Ele disse que o apelido é por conta do ministro aplicar diversas taxas,
00:43puxou um exemplo de que já são mais de 24 taxas impostas esse ano sobre o país.
00:48Haddad elevou o tom ao responder, disse que essas taxas são justificadas,
00:54que eles podem usar o apelido que quiserem, mas que a função do ministro da Fazenda
00:58é equilibrar as contas de uma maneira justa.
01:01Haddad disse que o que são taxas inadmissíveis foi o que foi praticado no governo presidencial passado,
01:09governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em que não regulavam o imposto de renda,
01:14tirando dinheiro e poder de compra dos mais pobres.
01:18Haddad nomeou essa ação do governo passado como vagabundagem.
01:22Vamos ouvir.
01:22Sobre taxação, a maior vagabundagem que foi feita nesse país,
01:32que esse taxa, de maneira cruel, é não corrigir a tabela do imposto de renda.
01:39Quando você não corrige a tabela do imposto de renda,
01:43você põe milhões de brasileiros para dentro do imposto de renda.
01:48Bolsonaro ficou quatro anos sem corrigir a tabela do imposto de renda
01:52e sem dar um real acima da inflação para o salário mínimo.
01:57Essa é a maior taxação que se pode fazer.
02:00Agora, taxar bete super rico e banco para isentar quem o Bolsonaro cobrou,
02:11isso só pode usar o apelido à vontade.
02:13Pois é, essa foi a resposta ao deputado delegado Caveira,
02:20depois de uma discussão que eles tiveram ali na Câmara dos Deputados.
02:23Haddad defendia a tributação sobre LCIs e LCAs para o ministro da Fazenda.
02:29Essa medida que corrige as anteriores pensadas com o IOF,
02:34são para reequilibrar as contas do governo,
02:36que Haddad diz que está com a dívida muito elevada
02:39e que isso faz com que o país tenha dificuldades financeiras.
02:42Para equilibrar essas contas, taxar os mais ricos, taxar as bets,
02:46é o que deveria ser feito.
02:48E barrar essa proposta agora iria prejudicar principalmente
02:51os empresários do agronegócio,
02:53já que outras atitudes, outros direcionamentos dos valores do governo federal
03:01a esse ramo, a esse empreendimento do agronegócio no Brasil,
03:06ficariam prejudicados caso as contas públicas do governo continuem no vermelho.
03:10Viu, Tiago?
03:11O Matheus, bem disse, foi nessa sessão que tivemos um bate-boca entre os parlamentares,
03:15a gente já trouxe essa informação aqui no começo do Jornal João Empatia.
03:19Daqui a pouquinho, Matheus, e só para complementar,
03:21antes de chamar os nossos comentaristas,
03:22o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo
03:24vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União,
03:28que considerou irregular a prática do Executivo
03:31de adotar o limite inferior do intervalo de tolerância da meta fiscal em vez do centro.
03:37A meta de resultado primário para 2025 é de déficit zero.
03:43O governo, no entanto, pode usar a faixa de tolerância, como é chamada,
03:47de até 0,25% do PIB, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões,
03:53o que foi considerado irregular pelo plenário da Corte.
03:56Se o entendimento do TCU prevalecer, o governo terá de tomar medidas
04:02para buscar mais receitas e alcançar o centro da meta
04:05ou, por exemplo, um novo congelamento de recursos no orçamento desse ano.
04:09Dora Kramer e Túlio Nassa, mais uma vez.
04:12Dora, no caso desta fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
04:15ele deixou de lado o Haddad, ministro da Fazenda,
04:19e vestiu a capa do político, né?
04:22Porque, ao que tu dedica, ele perdeu um pouco a compostura,
04:26perdeu um pouco a paciência, talvez, com as questões.
04:29Eu diria do político mal educado, porque vamos ser generosos, né, Tiago?
04:35A gente não pode colocar, por pior que eles se comportem,
04:40a gente não pode colocar político como sinônimo de grosseria.
04:44Eu diria que o ministro aí realmente vestiu esse figurino ao qual você se refere.
04:53Claro que ele usar os argumentos para defesa, evidentemente,
04:58que é o papel do ministro.
05:01A gente pode até discordar desse método,
05:04sempre mirando a arrecadação e não dando atenção ao equilíbrio fiscal.
05:09A gente vê aí nessa decisão do TCU
05:12e como o governo fica com medo de precisar cumprir isso,
05:17porque isso ele vai precisar fazer um ajuste nas contas agora.
05:22Nada justifica, também compreendo a irritação,
05:25porque se eu entendi ali o relato,
05:28aquele palavrão e aquelas referências muito grosseiras
05:33do deputado chamado Caveira fez a ele realmente devem ter irritado.
05:40Mas não é papel do ministro usar esse termo, vagabundagem.
05:45Há outras palavras que se pode usar
05:47e eu acho que ele só ressalta a grosseria do outro
05:52se mantendo ali nos termos que eu diria civilizados, né?
05:58Porque tudo que faz referência à boa educação é civilizado.
06:04E dessa discussão, não é, Túlio?
06:07Claro que o Congresso Nacional está no papel de convocar um ministro
06:10para prestar contas,
06:12mas muitas vezes essa prestação de contas
06:15que deveria interessar ao público,
06:17muitas vezes isso se perde com esse bate-boca
06:20e com essa grosseria que a Dora fala.
06:23Pois é, Tiago, esse é o ponto.
06:25Infelizmente, nós perdemos a oportunidade
06:28de travar uma discussão muito importante aqui
06:30sobre o futuro fiscal e econômico do país.
06:33Eu até acredito que o Haddad não foi tão mal educado assim
06:37e tão grosseiro,
06:38porque realmente ele foi ali xingado,
06:41ele foi provocado,
06:42ele reagiu, eu acredito, que com proporcionalidade.
06:45Muito embora o que eu discordo dele é do mérito,
06:49não da forma ali que ele teve que reagir
06:51diante de tamanha grosseria que ele estava sendo alvejado.
06:54O que acontece, de fato,
06:57é que quando se vai dar um benefício tributário,
07:00é preciso saber de onde vai tirar o dinheiro.
07:02E o dinheiro só pode sair de duas coisas,
07:04ou aumentando o imposto ou reduzindo a despesa.
07:07E aumentar o imposto é sempre a pior maneira.
07:11Essa ideia de aumentar o imposto taxando grandes fortunas,
07:14aumentando para quem ganha mais,
07:16a história já mostra que não dá certo.
07:18Existe até um nome para isso na Europa
07:20que se chama Imposto Inglês.
07:21A França quis fazer essa política de taxação de grandes fortunas.
07:25O que aconteceu?
07:25O dinheiro saiu da França e foi para a Inglaterra.
07:28Tem até um apelido, como eu falei,
07:29o Imposto Inglês.
07:31A França era o 14º IDH do mundo,
07:33em pouco mais de 15 anos,
07:35é o 40º e tantos.
07:37Então não funciona essa política.
07:39A política fiscal deve primar pela responsabilidade,
07:43pelo ajuste das contas públicas.
07:45Mas, infelizmente,
07:46esse circo que acontece ali no Congresso Nacional,
07:48evita que a gente analise as questões
07:51como elas deveriam ser analisadas.
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