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O deputado Delegado Caveira (PL) chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de “Taxad” durante uma audiência na Câmara. A ofensa gerou um bate-boca e aumentou a tensão política no Legislativo. Reportagem: Rany Veloso.

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Transcrição
00:00A gente retorna a Brasília. A audiência com o ministro Fernando Haddad na Câmara foi marcada por um bate-boca entre os parlamentares com direito a baixo nível.
00:10Repórter Rani Veloso mais uma vez aqui com a gente. Eu pergunto pra você, como é que foi esse climão entre os parlamentares com direito a palavrão, baixo nível de novo no Congresso?
00:19Pois é, Tiago. Boa noite novamente pra você e a todos que nos acompanham ao vivo. Se isso tudo fosse considerado quebra de decoro parlamentar, o Conselho de Ética teria muito trabalho até o fim dessa legislatura.
00:35E novamente, quando o ministro da Fazenda veio aqui à Câmara dos Deputados, na manhã de hoje foram mais de quatro horas de reunião na Comissão de Agricultura, foi bastante tumultuada.
00:48Com deputados da oposição criticando o governo e o ministro da Fazenda. O deputado delegado Caveira, do PL do Pará, ele disse que o ministro, na verdade, é reconhecido em todo o país por taxade.
01:04Isso por causa da cobrança de impostos e do alto número de ministérios no governo. Vamos ver um momento tenso em que o delegado Caveira começa a criticar o ministro
01:15e o deputado Marcon, do PT do Rio Grande do Sul, tenta intervir. E as trocas de insultos começam nesse momento. Vamos ver.
01:23Mas o ministro só sabe taxar. Não é à toa que o apelido do senhor, no Brasil, é Fernando Taxade.
01:35Já são vinte e quatro ou mais impostos criados ou aumentados no Brasil.
01:43O senhor pode calar a boca que eu estou falando? Eu respeitei a sua fala.
01:49O senhor cala a boca, por favor.
01:51O senhor cala a boca também. O senhor cala a boca.
01:53Me respeita.
01:55Por favor.
01:56Para meu tempo lá, presidente.
01:57Para meu tempo.
01:59É o taxade sim, todo mundo está falando.
02:01Cala a sua boca, deputado.
02:02Quando o senhor for falar, eu vou ficar calado.
02:05Me respeita.
02:06Vamos manter a calma.
02:07Só pode ser do PT.
02:08Presidente.
02:08Só pode ser do PT.
02:09Só um pouquinho.
02:10Quando não está roubando, está mentindo.
02:12Por favor, deixa eu só falar um negócio.
02:14Deixa eu falar um negócio para vocês.
02:16Vamos respeitar aqui a casa.
02:18A gente está, até agora, são meio dia e trinta e oito.
02:22Nós estamos indo bem.
02:23Vamos voltar ao meu tempo, presidente.
02:24Vamos voltar ao tempo.
02:25Continua, deputado.
02:26Por favor.
02:27Quando o senhor tiver a palavra, ninguém...
02:29Eu não vou deixar ninguém interromper.
02:32É só para perder o raciocínio.
02:34O deputado do PT não pode ouvir nada.
02:36Enquanto não está mentindo, está roubando.
02:40Porra.
02:41Porra, deputado.
02:42Cala a boca.
02:43Quando for a sua vez, você fala o que você quiser.
02:45Me respeita.
02:46Me respeita.
02:47Me respeita, deputado Marcon.
02:50Marcon do mal.
02:51Me respeita.
02:51Marcon, por favor.
02:52Me respeita.
02:53Deixa eu falar.
02:54É democracia ou não.
02:56Vocês entram em...
02:57É democracia ou não é?
02:59Cala a sua boca, rapaz.
03:00Deixa eu falar.
03:01Deputado Caveno.
03:02Me respeita.
03:03Vamos continuar.
03:04Por favor.
03:04Volta meu tempo, presidente.
03:05Vocês querem baixar o livro?
03:06Volta meu tempo.
03:07Então vamos.
03:07Deputado não respeita ninguém.
03:09Isso é acostumado a falar o que você quer.
03:10Cala a boca, porra.
03:11Por favor.
03:15Essas cenas têm se repetido aqui no Congresso Nacional.
03:18E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
03:20disse que a maior vagabundagem que o governo passado fez
03:25foi não corrigir a tabela da isenção do imposto de renda
03:29e não reajustar o salário mínimo de forma real, além da inflação.
03:34Ele também defendeu a proposta do devedor Contumais,
03:38que está emperrada aqui na Câmara dos Deputados.
03:41Ele disse que com essa proposta vai ser revelado os verdadeiros esquemas criminosos do país.
03:47E disse que as ações da Receita Federal estão revelando quem são os verdadeiros ladrões da pátria.
03:54Vamos ver esse momento.
03:55Eu vou lamentar ter que responder, começando pelo final,
04:01porque eu vim aqui para discutir coisa séria, coisa decente.
04:06E quando começa a ofender a honra das pessoas,
04:10eu começo a perder o entusiasmo num debate franco.
04:17Mas as operações da Receita Federal, recentes inclusive,
04:22deputado Alceu, estão chegando nos verdadeiros ladrões da nação.
04:30Nós fizemos uma operação no final de agosto,
04:34que desbaratou uma quadrilha grande na área de combustíveis, na área de fundos.
04:39E nós vamos chegar devagarzinho, nós vamos chegar nos verdadeiros ladrões da pátria,
04:45mas com todo respeito ao direito de defesa.
04:48Eles vão para a cadeia, mas vão para a cadeia depois do devido processo legal,
04:55da sentença transitada ou em julgado.
04:58Tudo bem bonitinho.
05:05Bom, tá aí então, essa sessão.
05:08O ministro também disse que até os ricos vão comprar carne barata com a reforma tributária,
05:15que já foi uma parte aprovada aqui pelo Congresso.
05:18O ministro também disse que para taxar os BBBs,
05:23que são os bancos, as Betis e os bilionários,
05:27a essa proposta ele disse que sim, é favorável.
05:30Também defendeu o presidente Lula e disse que ele não vai se expor a nenhum tipo de humilhação
05:35nesse possível encontro que a gente está escutando aqui,
05:38que deve ocorrer na semana que vem,
05:40entre o presidente brasileiro e o presidente dos Estados Unidos,
05:44Donald Trump, para negociar o tarifaço.
05:47E uma informação de última hora, como a gente está falando de economia,
05:51só reafirmando que o presidente da Câmara, Hugo Mota,
05:56disse que vai pautar a isenção do imposto de renda para a próxima semana,
05:59que a gente falou também de imposto de renda.
06:02E a ministra Beise Hoffman acabou de falar,
06:05que conversou com o presidente da Câmara, Hugo Mota,
06:08que reafirmou o compromisso de pautar essa proposta na próxima semana.
06:13Então, isenção para quem ganha até 5 mil reais.
06:16Volto com você.
06:17É isso.
06:17Rani Veloso, com as últimas informações.
06:19Já já a gente fala mais sobre a discussão sobre o imposto de renda,
06:23o debate no Congresso Nacional.
06:25Vou gerar os nossos comentaristas.
06:27Dora Kramer.
06:28Toda vez que a gente vê uma confusão como essa na Câmara,
06:30com baixo nível dos parlamentares, não é a primeira vez que a gente vê,
06:34e também com a presença de um ministro do governo.
06:37A gente lembra, nesse ano, a ministra Marina Silva,
06:39deixando o Congresso Nacional.
06:42De qualquer forma, é possível falar alguma coisa sobre essa confusão, Dora Kramer?
06:49Não, é bom a gente falar toda vez.
06:51A gente vem falando, isso já se tornou uma rotina.
06:54Imagina, cala a boca, palavrão, vagabundagem.
06:57A gente vê se isso são termos que se use num ambiente institucional,
07:02que é o Congresso, uma das instituições da República.
07:06Agora, isso decorre do que você falou, né, Thiago?
07:09Do baixo nível do Congresso, que não é de hoje.
07:14Isso começou lá, me lembro bem, em 2003.
07:17A derrocada de 2003 para cá, eu costumo dizer,
07:21foi quando o cardinalato foi substituído pelo baixo clero
07:27no comando dos trabalhos.
07:29Foi ali.
07:30E aí, só de mal a pior.
07:32Em 2018, a coisa já deu uma boa, de uma degringolada,
07:37com a invasão daquela gente toda lacradora de internet,
07:40que só sabe ficar de celular para cima e para baixo.
07:43E em 22, piorou ainda.
07:46Ficou muito pior.
07:47Então, esse tipo de grosseria, a gente vê a toda hora.
07:51Um presidente da Câmara frágil, que deixa correr frouxo isso.
07:58A gente está vendo aí, acabou de ver a punição, com todas as aspas do mundo,
08:03aqueles baderneiros que tomaram as mesas da Câmara e do Senado.
08:08A gente viu vários, várias, dezenas de deputados.
08:13Três, até agora, foram indicados para serem punidos com suspensão de 90 dias.
08:21Outros eram 14.
08:22Primeiro que não foram só 14 que aprontaram aquilo, tá certo?
08:26Mas 14 foram para a punição.
08:29Todos recebendo a exceção desses três advertências por escrito.
08:33Então, é por isso que isso acontece e vai acontecer.
08:38Cada vez pior, já tentaram agredir o presidente da Câmara,
08:42já agrediram ao não deixar ele chegar à mesa
08:45e qualquer dia vão agredi-lo fisicamente
08:48e ele não vai poder falar absolutamente nada.
08:53Os parlamentares que se envolveram nesse bate-boca
08:56correm algum tipo de risco, quebra de decoro.
08:59Você que gosta de citar os pensadores,
09:02é citar políticos que marcaram época, como Winston Churchill.
09:05De que forma é possível ver esse Congresso Nacional?
09:09Muito se fala que é o retrato da própria população brasileira.
09:12Isso é verdade, não é verdade?
09:14Discussões velhas que voltam sempre à tona.
09:18Olha, Tiago, primeiro eu quero fazer um registro aqui
09:21à regressão histórica que a Dora Kramer fez,
09:24a mestre Dora Kramer, né?
09:26Na nossa política, lembrando o que aconteceu
09:29com o Congresso Nacional de 2003 para cá.
09:31E hoje, infelizmente, eu vou citar Nelson Rodrigues, Tiago.
09:34Por quê?
09:35Nelson Rodrigues dizia que não se faz literatura,
09:39política e futebol com bons sentimentos,
09:41que muitas vezes é a falta de caráter que decide os jogos,
09:44que decide a política.
09:46E é infelizmente o que aconteceu.
09:47Hoje, na verdade, a discussão deveria ser
09:49sobre a isenção do imposto de renda,
09:51no sentido de que aonde que seria coberto esse valor,
09:54porque a isenção é evidente que ela é importante
09:56e ela faz justiça social.
09:58Mas da onde que iria tirar esse recurso?
10:00O governo deveria reduzir despesa, na minha opinião,
10:03e não aumentar imposto.
10:04Nunca é a melhor medida aumentar imposto.
10:06Mas tudo isso ficou de lado.
10:08Por quê?
10:09Porque os políticos de plantão resolveram ir
10:12para o mau caratismo, resolveram ir para a agressão.
10:15E nada justifica agredir um ministro
10:18que está lá prestando informações.
10:20Por mais que você discorde das ideias dele.
10:22Mas você tem que ir para o campo das ideias.
10:24Agora, de outro lado, Tiago,
10:25existe aí uma questão jurídica difícil e delicada
10:29porque o deputado tem imunidade em relação à sua fala.
10:32E muitas vezes a jurisprudência interpreta
10:34que até mesmo o adjetivo, o xingamento,
10:37ele é válido nesse jogo que Nelson Rodrigues
10:40infelizmente falava,
10:41que muitas vezes é um mau caratismo
10:43que é colocado como definidor do placar.
10:46E aí
10:51E aí
10:52E aí
10:53E aí
10:57E aí
10:59E aí
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