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  • há 6 semanas
ODONTOLOGIA GERAL - Todas as Aulas Organizadas de forma Didática na Playlists.

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Transcrição
00:00O quinto passo, oferecer suporte clínico.
00:13Isso aqui talvez seja até às vezes mais importante do que a gente dá as orientações
00:26pós-operatórias para o paciente, gasta um tempo ali, o paciente pega o papel, põe no
00:32bolso ou joga fora e esquece.
00:34Mas isso aqui é muito importante, oferecer o suporte clínico.
00:40Que cuidados são esses?
00:41Hidratação, nutrição, controle da febre.
00:46Hidratação por quê?
00:51Porque geralmente esses pacientes com quadro infeccioso, eles já têm uma alteração
00:56metabólica que leva à perda de água por várias vias, vias sensíveis e não sensíveis.
01:02Mas o próprio aumento da temperatura, pela febre, faz com que já haja uma perda maior
01:09de água.
01:10E a nutrição é importante por quê?
01:12Porque o paciente precisa sintetizar fatores proteicos que façam com que o organismo,
01:22que as defesas do organismo que estão sendo perdidas sejam repostas.
01:27Então ele precisa de um suporte, de um aporte calórico e proteico adequado ao quadro que
01:35ele está sofrendo no momento.
01:38Então, dieta hipercalórica e hiperproteica.
01:42Ele precisa sintetizar colágeno.
01:47Ele está perdendo proteína.
01:50E o controle da febre.
01:57Nesse quesito de temperatura, de controle da febre, a temperatura inicial mostrou ser um
02:04fator prognóstico significativo da permanência hospitalar por infecções odontogênicas graves.
02:10Lembra que eu falei que o outro fator era a leucocitose?
02:14O outro é a temperatura inicial.
02:16Temperatura inicial alta tem uma correlação positiva com o maior tempo de hospitalização.
02:25Então, quanto maior a temperatura na consulta inicial, você pode prever um maior tempo de
02:30internação pro seu paciente.
02:31Porém, febre abaixo de 39,4 graus provavelmente seja benéfica.
02:38Porque o próprio aumento da temperatura na área acelera o metabolismo, faz com que as
02:45defesas orgânicas sejam ativadas com mais eficiência.
02:50Aumenta a fagocitose, aumenta o fluxo sanguíneo, eleva o metabolismo e faz um reforço da função
02:58dos anticorpos.
02:59Porém, acima de 39,4 a febre começa a ser deletéria, começa a ser prejudicial.
03:09Por quê?
03:10Porque aumenta a demanda metabólica e principalmente a demanda cardiovascular.
03:15O aumento da temperatura.
03:17Lembrando que os depósitos de energia, ou seja, a reserva energética do nosso paciente pode
03:22ser rapidamente depletada com a perda de fluidos, com a perda de eletrólitos e a hidratação
03:29talvez seja a melhor forma, a forma mais eficaz de se combater uma febre, de se combater
03:35a temperatura elevada.
03:37Além disso, a gente pode lançar a mão da administração do paracetamol ou do ácido
03:42acetil salicílico na tentativa de baixar a febre.
03:49O livro, a bibliografia, não traz a dipirona.
03:53Não traz porque é uma bibliografia norte-americana e lá a dipirona não é amplamente disponível
03:58como é no Brasil.
04:01Febre costuma ser intensa em crianças e, curiosamente, ela diminui em idosos.
04:07Os idosos não costumam apresentar febre tão fácil quanto as crianças.
04:12Em alguns casos de febre, o banho com água fria ou a fricção da pele com álcool pode
04:17ajudar a baixar a febre, a administração de bebidas frias ou mesmo o banho de imersão
04:23em água tépida.
04:25O que é tépido, pessoal?
04:26É água morna.
04:28Água ligeiramente abaixo da temperatura corporal.
04:33A febre aumenta a demanda metabólica, de forma que a gente comentou.
04:37E os números aqui são entre 5% a 8% por grau de febre acima da temperatura normal.
04:49Certinho até aí, pessoal?
04:51Sexto passo, então.
04:53Sexto passo, escolher e prescrever antibióticos.
04:56Aí a gente precisa de algumas diretrizes.
05:00A gente precisa de alguns guias para que a gente possa escolher primeiro e depois prescrever
05:06adequadamente o antibiótico.
05:08Primeiro deles é a gravidade da infecção.
05:11Como é que a gente estimou a gravidade da infecção?
05:13Lá no primeiro passo.
05:16Os espaços anatômicos envolvidos, a progressão da infecção.
05:20Tudo aquilo a gente já determinou.
05:24Mas, só para lembrar, tumefação moderada, aumento de volume moderado, progressão rápida
05:29e celulite difusa são indicadores de gravidade.
05:31Uma outra questão que deve se impor é a seguinte.
05:35O tratamento cirúrgico pode ser alcançado?
05:37Ou seja, eu tenho os meios, eu tenho os materiais, eu tenho a habilidade, eu tenho conhecimento
05:42para tratar cirurgicamente o meu paciente?
05:47Porque você pode até ser um cirurgião endobucal experiente e dominar a anatomia intrabucal.
05:57Mas se essa infecção se apresenta no espaço lateral, cervical, será que o meu conhecimento,
06:04minha habilidade é o suficiente?
06:05Eu tenho treinamento para isso?
06:07Então a gente precisa se colocar nessas questões.
06:11Se não é possível naquele momento extrair o dente ou executar o acesso endodôntico
06:18ou drenar a infecção, a antibiótico terapia é necessária até que o dente possa extrair.
06:24Não é que o antibiótico vá curar a infecção.
06:27O antibiótico não vai curar a infecção.
06:29Mas ele vai limitar a disseminação.
06:34Nesse momento é limitar a disseminação da infecção.
06:36E a gente tem que sempre lembrar que o antibiótico é um auxiliar, ele é um auxiliar das defesas orgânicas.
06:47Ele sozinho não faz nada.
06:48E aí a gente tem que ver o estado imune do nosso paciente.
06:55Como é que estão as defesas do nosso paciente?
06:58Um paciente com doença metabólica grave, um doente submetido à quimioterapia,
07:03pode necessitar de antibiótico terapia maciça para infecções triviais.
07:08Por quê?
07:09Porque o sistema de defesa dele está debilitado.
07:11Então, a abordagem de infecções leves.
07:17Aquelas infecções leves que podem ser tratadas em ambiente ambulatorial.
07:23Essas mostraram responder bem ainda as penicilinas administradas por via oral.
07:30Não existe diferença significativa em dor ou edema após sete dias de terapia entre penicilina
07:40e vários outros antibióticos, incluindo clindamicina, amoxicilina, amoxicilina com ácido clavulânico e cefradina.
07:48Então, a penicilina continua sendo o antibiótico de escolha para essas infecções.
07:53Infecções triviais.
07:55É um antibiótico barato, custo efetivo, portanto, e que se mostra muito eficaz em infecções não complicadas.
08:11O clavulín é caro, mas o que é o clavulín?
08:15Então, nesse caso nós estamos falando de penicilina simples.
08:20Penicilina V, muitas vezes.
08:22Ou amoxicilina.
08:23Ou ampicilina.
08:28Amoxicilina e amoxicilina são como que irmãs gêmeas.
08:31As duas podem ser utilizadas por via oral.
08:34Tem uma pequena vantagem em relação à biodisponibilidade, à farmacodinâmica da amoxicilina.
08:43Outros antibióticos podem ser utilizados.
08:46Como, por exemplo, a clindamicina, no caso da alergia à penicilina.
08:50Se houver a alergia à penicilina, a clindamicina passa a ser o antibiótico de primeira escolha.
08:59A azitromicina é um macrolídeo introduzido mais recentemente no mercado e mostra uma grande vantagem, que é o seguinte.
09:05A vantagem de segurança sobre outros antibióticos macrolídeos.
09:11Por quê?
09:12Porque a via metabólica dela é diferente, por exemplo, da eritromicina.
09:17A eritromicina, na forma de estearato de eritromicina, ela tem um potencial hepatotóxico que a azitromicina já não apresenta.
09:27Aqui falam, né?
09:31A eritromicina e a claritromicina são metabolizadas no fígado pelo citocromo P450, que é um sistema enzimático que metaboliza muitas drogas.
09:40E é responsável por 50% das interações medicamentosas, o que não acontece com a eritromicina, porque a via metabólica é outra.
09:47Ainda que o teste de sensibilidade ao antibiótico tenha mostrado recentemente que os macrolídeos costumam ser ineficazes contra anaeróbios orais e até estreptococcus,
10:02o fato da azitromicina ser concentrada em macrófagos entre 10 e 15 vezes mais do que a concentração sérica pode explicar a eficácia clínica.
10:12Macrófagos o que são?
10:13São células de defesa.
10:15Então, se você tem concentração do antibiótico nos macrófagos e os macrófagos vão chegar no sítio da infecção concentrados com esse antibiótico,
10:24pode ser que tenha uma atuação melhor.
10:26Além disso, a azitromicina apresenta uma vantagem importante.
10:30Posologia.
10:33Geralmente você pode usar a azitromicina, 500mg, em uma administração diária por 3 dias.
10:41E ela é tão eficaz quanto a penicilina, a amoxicilina.
10:49Porém, para as infecções graves e que indiquem a internação hospitalar, os antibióticos de escolha não incluem mais a penicilina G ou a penicilina V.
11:00Penicilina cristalina e a penicilina V por via oral.
11:04Não tem mais espaço.
11:06A resistência à clindamicina tem aumentado entre os streptococcus, tá pessoal?
11:17Então, esse uso indiscriminado da clindamicina deve ser evitado.
11:23Porque, ultimamente, a taxa acima de 17% de resistência dos streptococcus tem sido observada.
11:29Isso nos Estados Unidos.
11:30Houve uma época em que se prescrevia clindamicina para tudo.
11:35Por quê?
11:35Porque é um antibiótico relativamente bom, embora ele seja bacteriostático, mas ele concentra bem em osso.
11:43Então, o dentista imagina, pô, infecção odontogênica é uma infecção óssea.
11:46Vamos passar clindamicina para o meu paciente e está tudo certo.
11:49Só que as taxas de resistência estão aumentando.
11:52Então, é melhor confiar num antibiótico bactericida, como é a penicilina,
11:58e reservar clindamicina para os pacientes alérgicos.
12:00Naquelas infecções sérias, em que o paciente tenha que ser internado,
12:08talvez hoje a ampicilina mais o subactam seja uma opção de primeira escolha.
12:14O autor aponta como um antibiótico de escolha nas infecções sérias.
12:19Ampicilina mais subactam.
12:22Subactam é o quê?
12:23É um inibidor de beta-lactamase.
12:25Nós temos aí o ácido clavulânico, o subactam e o tazumbactam como os três principais inibidores de beta-lactamase.
12:32Por que inibidores de beta-lactamase?
12:38Porque a maioria dos casos de resistência à penicilina decorre da síntese da beta-lactamase pelas bactérias.
12:48Beta-lactamase é o quê?
12:49É uma enzima que as bactérias produzem que quebra o anel beta-lactâmico.
12:53E quais são os principais antibióticos beta-lactamicos que nós usamos?
13:00Penicilina e qual outro?
13:03Beta-lactamico é importante.
13:06Céfalos.
13:07Aqui é importante, as variedades dos streptococcus orais que sintetizam essa enzima beta-lactamase
13:21costumam estar entre essas espécies, mites, sangues e salivários.
13:27Essas são membros do grupo viridans, responsáveis por muitos casos de endocardite bacteriana.
13:34E não são encontrados frequentemente nos abscessos odontogênicos.
13:38São encontrados em outras situações.
13:41Infecções de garganta, outros tipos de infecção.
13:46Podem estar associadas a infecções odontogênicas sim, mas não frequentemente.
13:51Já os streptococcus anginosos, constelatos e intermédios são os viridans que compreendem o grupo milleri.
13:59Esse grupo é mais achado em abscessos odontogênicos e, felizmente, continua sensível às penicilinas.
14:08Então, as penicilinas naturais e as semissintéticas, como é o caso da penicilina V, e a amoxicilina.
14:15Penicilina V é o famoso pen-V oral.
14:18Para as infecções graves, então, penicilina mais o inibidor de beta-lactamase, como, por exemplo, a ampicilina e subactam,
14:29ou uma penicilina mais o metronidazol, como antibiótico alternativo para as infecções odontogênicas graves.
14:37E aí eu preciso dizer para vocês que eu sou muito simpático a essa associação aqui.
14:43Penicilina mais metronidazol.
14:46Por um motivo muito óbvio.
14:50Metronidazol é o anaerobicida por excelência.
14:55Ele tem uma atuação apenas sobre bactérias anaeróbicas, protozoares também.
15:02Mas, para o que nos interessa, bactérias anaeróbicas.
15:05E um fator fundamental nessa escolha, para mim, custo.
15:11Metronidazol é o antibiótico barato.
15:14Essa associação penicilina mais subactam, ou amoxicilina mais ácido clavulânico,
15:20é cara, é mais cara, é mais onerosa para o nosso paciente.
15:24Muitas vezes você prescreve o clavulínio para o paciente, ele vira a esquina, entra na farmácia,
15:29e simplesmente compromete metade do salário dele no mês, num tratamento de 14 dias.
15:35Isso pode ser importante para uma família de baixa renda.
15:39Esse antibiótico é bem mais barato.
15:43É mais antigo, tem bastante tempo de mercado.
15:46E é eficaz.
15:49Penicilina e metronidazol têm a grande vantagem de cruzar a barreira hematoencefálica,
15:54ou seja, concentra nos tecidos do encéfalo, tecido cerebral e medula,
16:00quando as meninges estão inflamadas, ou seja, nos casos de infecção que atingiram a cavidade craniana.
16:10A clindamicina, ao contrário, não cruza essa barreira.
16:14A clindamicina não ultrapassa a barreira hematoencefálica.
16:16Aliás, não são muitos os antibióticos que você promete.
16:21Não, sempre é muito forte.
16:36Mas, de acordo com a bibliografia, é isso mesmo.
16:39A gente está direcionando aqui a aula,
16:42em modo para o concurso, para a prova que vocês vão executar.
16:45Mas, sempre é uma palavra muito forte.
16:48Existem outros antibióticos.
16:49Ele mesmo coloca a citromicina como uma escolha viável, né?
16:53Mas, a primeira é a clindamicina ainda, tá?
17:01Então, a gente sempre imagina que a penicilina mais o metronidazol,
17:06ou a ampicilina mais o subactam,
17:08sejam interessantes quando houver o risco de uma infecção atingindo a cavidade craniana.
17:13Uma trombose de seio cavernoso, por exemplo.
17:16Uma meningite odontogênica.
17:20Poucas cefalosporinas são capazes de cruzar a barreira hematoencefálica.
17:24Algumas de terceira geração, aí sublinha a ceftriaxona,
17:28são capazes de cruzar a barreira hematoencefálica.
17:33Ela também é eficaz contra os estreptococcus orais
17:36e a maioria dos anaeróbicos orais.
17:39Só que é o quê?
17:40É uma cefalosporina de terceira geração.
17:42Isso, pra mim, já diz o seguinte.
17:46E o que mais?
17:50Ambiente hospitalar.
17:52Só em ambiente hospitalar.
17:53Geralmente é de uso endovenoso.
17:55Então, entre as cefalosporinas, a ceftriaxona é um antibiótico alternativo de escolha,
18:05porém, como ela pode causar um quadro chamado pseudoconelitíase,
18:10deve ser utilizada com precaução ou evitada em pacientes com doenças hepatobiliares.
18:16A colinitíase é pedra na vesícula.
18:19Então, pode causar um quadro semelhante à colinitíase, chamado pseudoconelitíase.
18:28A precipita sais dentro da vesícula beliar.
18:32E aí surge o moxifloxacino, que é uma fluoroquinolona de quarta geração.
18:40As quinolonas que aí envolvem o levofloxacino, o ciprofloxacino, o gatifloxacino.
18:48Nenhum desses tem indicação em odontologia.
18:51Talvez o moxifloxacino hoje se mostre com boas perspectivas
18:57para o tratamento de infecções de cabeça e pescoço.
19:00Mas é uma evolução.
19:02O espectro contra esse streptococcus e anaeróbis orais é excelente.
19:06Aí cai naquele outro fator que a gente comentou.
19:10Custo.
19:10Como são?
19:11Cada vez que o antibiótico é lançado no mercado, ele vem com um custo exorbitante.
19:17Envolve anos de pesquisa e desenvolvimento.
19:19Então, a indústria farmacêutica não pode disponibilizar isso a um custo baixo.
19:26Então, muitas vezes, o que proíbe o uso é o valor final ao paciente.
19:33E aqui um dado interessante.
19:35O patógeno ocasional Echinela-corrodens é sempre resistente à quinamicina.
19:41E o autor é enfático aqui.
19:42É sempre resistente à quinamicina.
19:44Então, as fluaquinolonas são os antibióticos de escolha para esse patógeno.
19:51Quando estiver lá no isolado, Echinela-corrodens, o moxifloxacin talvez seja a indicação.
19:59A absorção desse antibiótico é praticamente completa, por via oral, como entra a venosa,
20:06e eles penetram nos ossos, concentram nos ossos com facilidade.
20:10O moxifloxacin é uma adição significativa ao arsenal do cirurgião bucomaxilofacial.
20:16Que as outras gerações das quinolonas não eram tão eficazes.
20:23Talvez o levofloxacin tivesse alguma indicação.
20:27Já houve quem indicasse em otorrinolaringologia,
20:30como sendo a quinolona que melhor concentrasse em tecido ósseo.
20:35Os outros, o ciprofloxacin, o norfloxacin, são utilizados geralmente para infecções abdominais ou das vias urinárias.
20:45Pielonefrite, cistite, uretrite, ciprofloxacin e o norfloxacin.
20:54São antibióticos indicados geralmente para essas situações.
20:58E aqui, uma palavra sobre o metronidazol.
21:03Ainda que ele funcione só para as anaeróbias estritas,
21:09sozinho para as infecções odontogênicas, talvez ele não seja tão útil.
21:13Mas quando combinado com a cirurgia adequada, ele pode mostrar um resultado eficaz.
21:20Então ele pode ser utilizado como uma estratégia
21:23quando os outros antibióticos estão contraindicados.
21:26por uma questão de alergia ou por outras questões qualquer.
21:29A gente só deve lembrar que o metronidazol faz uma reação com o álcool
21:34parecida com a do disulfirã.
21:37Ou uma reação chamada disulfirã-like.
21:41Ou reação antabuse.
21:43Vocês vão encontrar nos livros aí como reação antabuse ou reação disulfirã-like.
21:50O que é isso?
21:51É uma reação que simula a ação do disulfirã.
21:55O disulfirã é um medicamento que era utilizado, e ainda é em alguns casos,
22:00para tentar tratar a dependência do álcool.
22:04Então a esposa colocava o pozinho do disulfirã na comida do marido.
22:10Por quê?
22:11Porque o disulfirã faz com que, quando a pessoa ingira a bebida alcoólica,
22:15ela tenha uma náusea muito forte, uma dor de cabeça muito forte,
22:18um enjoo muito pronunciado, e a pessoa começa a parar de beber,
22:24porque lembra que se ingerir bebida alcoólica vai passar mal.
22:28E é função do medicamento que faz uma inibição enzimática,
22:33que é a mesma enzima que é inibida pelo metronidazol,
22:37que é a enzima que metaboliza o álcool.
22:39Ah, cetaldeído.
22:45Mentira.
22:46Aldeído desidrogenase é o nome da enzima,
22:48que inibe a conversão do álcool em aldeído.
22:53Então ele deve ser evitado em pacientes que podem ter dificuldade com a abstenção alcoólica.
22:59E no seu receituário, você vai colocar uma observação.
23:02Quando prescrever o metronidazol, evitar a ingestão de bebida alcoólica durante o tratamento
23:08e por até três dias após o uso.
23:11Por até três dias após o final da terapia.
23:18Não morre, mas passa bem mal.
23:20Vai parar no hospital, passa bem mal mesmo.
23:25Inclusive com outros derivados alcoólicos.
23:28Às vezes a pessoa acha que não, mas às vezes a pessoa ingere vinagre
23:33ou algum outro derivado alcoólico que não lembra.
23:37Algum produto que contenha um pouquinho de álcool na fórmula
23:40já é o suficiente para causar uma cefaleia considerável.
23:45E o sétimo passo, administrar corretamente o antibiótico.
23:50Lembrando que o pico de concentração sérica
23:53deve ser de pelo menos quatro a cinco vezes a concentração inibitória mínima,
23:58assim, para as bactérias daquela infecção.
24:02Isso para os antibióticos que são concentração dependente.
24:07Alguns estudos mostraram que quatro dias de penicilina,
24:11quando a cirurgia adequada é praticada,
24:14são tão efetivos quanto sete dias de antibiótico.
24:17Então hoje existe um movimento, existe uma tendência ao quê?
24:21Existe uma tendência a se diminuir o curso de antibióticos,
24:26o período total de administração de antibióticos,
24:30e a tendência ao emprego de doses mais altas.
24:34Doses mais altas por tempo mais curto.
24:38É o chamado.
24:40Bata forte e bata rápido.
24:43Alta dose, tempo curto.
24:45E aí, nesse caso, a concentração inibitória mínima
24:55é aquela concentração necessária de um antibiótico
24:59para matar determinada porcentagem
25:01de uma determinada espécie bacteriana.
25:04Em particular, apresentando como 50% ou 90% das estirpes,
25:09ou seja, a sim 50% ou sim 90%, respectivamente.
25:13Concentração inibitória mínima para matar 50% das bactérias
25:18e concentração inibitória mínima para matar 90% das bactérias.
25:22Isso são parâmetros farmacológicos,
25:26são índices laboratoriais, tá, pessoal?
25:29A gente vai se preocupar com isso
25:31quando a gente estiver tratando com um antibiótico
25:35concentração dependente.
25:36A gente vai ver isso, tá?
25:39A eficácia de alguns antibióticos
25:41é determinada pela relação da concentração sérica do antibiótico
25:45pela concentração inibitória mínima necessária
25:48para matar esse micro-organismo em particular.
25:51São os antibióticos de concentração dependente, aí,
25:55como exemplo, as céfalosporinas, penicilinas, tá?
25:58Não, desculpa.
26:02Os tempos dependentes são as céfalosporinas e as penicilinas.
26:06Aqui são as quinolonas.
26:08O antibiótico tempo dependente
26:10são os beta-alactâmicos e a vancomicina.
26:12Por que tempo dependente?
26:14Porque a eficácia é determinada pela duração
26:17em que a concentração permanece
26:20acima da concentração inibitória mínima.
26:22Então, você administra uma dose do antibiótico
26:24e existe um tempo em que ele atinge
26:27concentração ótima.
26:30Passado aquele tempo de concentração ótima,
26:32é necessário administrar outra dose
26:34para que ele atinja a concentração necessária.
26:38Então, é preciso conhecer o quê?
26:40A meia-vida.
26:44Meia-vida.
26:44É preciso manter a concentração cérica
26:56acima da concentração inibitória mínima
26:58em pelo menos 40%
27:00para que o antibiótico seja eficaz.
27:04Por isso, a gente deve lembrar
27:07que os antibióticos intravenosos
27:09são mais eficazes do que os antibióticos por via oral,
27:13porque eles atingem essa concentração
27:16de forma mais rápida
27:17e não sofrem efeitos do metabolismo
27:20de primeira passagem.
27:23Isso são parâmetros farmacocinéticos.
27:28Questão 10, pessoal.
27:30Localiza aí.
27:32FAB em 2009.
27:34Quais os antibacterianos utilizados
27:36no tratamento das infecções odontogênicas
27:38nos pacientes alérgicos a penicilinas e cefalosporinas?
27:41Penicilinas e cefalosporinas.
27:44Antibióticos beta-lactânicos.
27:46Então, vamos lá.
27:49Quais são as alternativas aqui
27:50que apresentam antibióticos
27:53utilizados em pacientes alérgicos?
27:57Letra A.
27:57Amoxicilina e metronidazol?
28:00Não.
28:01Amoxicilina é uma penicilina, certo?
28:04Ampicilina e clindamicina?
28:06Até seria uma boa ideia.
28:10Mas a ampicilina,
28:11lembra que eu falei que ela é irmã gêmea da amoxicilina?
28:14Ah, então a ampicilina também é uma penicilina.
28:17Também é um beta-lactânicos.
28:20Cefalexina e cefadroxil?
28:24Os dois são cefalosporinos.
28:26Os dois são beta-lactânicos.
28:28Então, existe um percentual
28:30de até 30% de reação cruzada,
28:33reação alérgica cruzada,
28:34nos pacientes que são alérgicos à penicilina.
28:36Também podem apresentar
28:38reação alérgica à cefalosporina.
28:41Por quê?
28:41Porque eles têm em comum
28:42um anel beta-lactânicos.
28:45Então, sobra aí, né?
28:46Por eliminação,
28:47a alternativa D.
28:49Claritromicina e clindamicina,
28:51que são macrolídeos.
28:55Resposta correta, a letra D.
29:00E o oitavo e último passo,
29:02avaliar frequentemente o paciente.
29:04Isso é fundamental.
29:06Isso é importante.
29:08Para quê?
29:08Para que a gente tenha uma noção
29:10da nossa atuação,
29:12da nossa terapêutica.
29:14Então, a gente deve,
29:16no paciente ambulatorial,
29:18marcar o retorno
29:20para depois de dois dias.
29:22Eu costumo ver o paciente todos os dias.
29:27Tenho essa conduta desde a graduação.
29:31Os meus pacientes de infecção,
29:33eu gosto de ver todos os dias,
29:35até a alta, até a cura.
29:36Mas, a bibliografia indica pelo menos dois dias aí de um intervalo,
29:42pelas seguintes razões.
29:43Em geral, a drenagem já cessou e o dreno pode estar fora do local,
29:47pode não estar mais ativo.
29:48Então, esse dreno precisa ser removido.
29:50Lembra que eu comentei que o próprio dreno pode ser um fator de manutenção da infecção
29:56depois de passar um certo tempo.
29:58Ele funciona como um corpo estranho.
30:00Então, ele precisa ser removido se ele não estiver mais ativo.
30:03E, normalmente, a melhora do quadro,
30:06se você aplicou a terapêutica adequada,
30:08ou a piora,
30:10determinação de sinais e sintomas,
30:12caso a terapêutica não esteja funcionando.
30:14Caso você não tenha acertado a terapêutica
30:18ou o paciente não tenha respondido bem.
30:20Possibilita decidir o que deve ser feito a seguir.
30:23Altera o antibiótico,
30:25revê a drenagem
30:26ou encaminha ao hospital ou ao cirurgião bucomaxilofacial.
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