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Microsoft bateu US$ 76,4 bilhões em receita e ações dispararam com crescimento de 39% no Azure. Meta lucrou US$ 18,3 bilhões com alta na publicidade e aposta pesada em IA. Juliana Munaro e Marcel Nobre analisam os resultados e o impacto estratégico nas big techs.

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Transcrição
00:00A Microsoft divulgou agora à tarde os resultados do quarto trimestre de 2025,
00:06quarto trimestre do ano fiscal iniciado em 2024.
00:10A gigante da tecnologia somou receita de 76,4 bilhões de dólares,
00:16alta de 18% em relação ao ano passado e acima das expectativas de analistas.
00:22O lucro por ação ajustado ficou em 3,65 dólares, também superando as projeções.
00:28Um dos destaques do balanço foi a divisão de nuvem, com o Azure registrando o crescimento de 39% no ano.
00:36O desempenho positivo impulsionou as ações da companhia com alta superior a 5%.
00:41Os números reforçam o papel da Microsoft como uma das líderes globais em inteligência artificial e soluções em nuvem.
00:50E a meta registrou lucro líquido de 18,34 bilhões de dólares no segundo trimestre de 2025,
00:59alta de 36% na comparação anual.
01:02A receita subiu 22% e chegou a 47,52 bilhões de dólares,
01:07com destaque por o avanço de 11% nas impressões de anúncios e aumento de 9% no preço médio por anúncio.
01:15O segmento Family of Apps respondeu por quase toda a receita,
01:20enquanto o Reality Labs teve prejuízo de 4,53 bilhões de dólares.
01:26A companhia também investiu 17 bilhões em capex e recomprou quase 10 bilhões de dólares em ações.
01:34Para o terceiro TRI, a projeção de receita está entre 47,5 e 50,5 bilhões de dólares.
01:41Sobre o impacto desses resultados, eu converso agora com a nossa analista Juliana Munaro
01:49e o Marcel Nobre, especialista em tecnologia e inovação.
01:54Boa tarde, Ju. Boa tarde, Marcel.
01:56Muito obrigado pela presença de vocês dois aqui.
02:00Ju, por gentileza, pode fazer uma pergunta para o Marcel?
02:03Eu vou conversar com a meta, então, Marcel. Tudo bem com você?
02:06Tudo bem com você?
02:11Olá, Juliana, Turti, boa tarde. Tudo bem com vocês?
02:16Tudo certo.
02:16O joia também, o famoso microfonezinho ali estava desligado, agora está habilitado.
02:20Depois de 10 anos dando aula e dando entrevista, estou eu aqui esquecendo de ligar o microfone.
02:25Falando sobre tecnologia? Ju, por favor.
02:28Eu vou começar com meta, então, justamente nessa questão da inteligência artificial.
02:32Existe uma preocupação em comprovar o retorno que todos esses investimentos na tecnologia vão trazer, né, Marcel?
02:41E isso ainda está um pouco obscuro, não só para a meta, mas para outras empresas também, né?
02:48Sim, Juliana.
02:49A gente ainda está passando por um momento, né?
02:51Toda tecnologia, até que ela se consolide, ela precisa do investimento muito alto de CAPEX.
02:56Quer dizer, a inteligência artificial não é diferente.
02:59Ao mesmo tempo que isso deixa investidores um pouco ressabiados, de certa forma é uma barreira de entrada.
03:07Então, por exemplo, seria muito interessante, estratégico, o Brasil ter o seu próprio modelo de inteligência artificial.
03:13Mas a gente não tem uma big tech e nem organização do Estado para que a gente consiga construir isso.
03:19Então, a gente tem modelos menores aqui, muito pautados nos modelos lá de fora.
03:22Mas, com certeza, a tecnologia não é igual o que aconteceu com o metaverso, né?
03:28Que foi tentar classificar ali um espaço virtual e que até hoje dá prejuízo para a meta em números bastante grandes.
03:37A gente percebe que eles ainda continuam errando e continuam tendo prejuízo de 4,5 bilhões de perdas no metaverso só no trimestre.
03:47Então, realmente, é um desafio, necessita um grande investimento, nem sempre é um retorno de curto prazo.
03:53Mas a big tech que não estiver dentro desse jogo está fora do futuro, né?
03:58Eu acho que a meta está tendo essa capacidade de deixar de ser só uma rede social, que há muito tempo não é uma rede social.
04:04Mas migrando para um modelo de tentar trazer uma IA mais aberta, open source, com o modelo Uriama, né?
04:11Trazendo novidades para o Uriama e indo para um caminho de hardware, né?
04:14Que é um caminho que algumas big techs entraram e outras estão saindo, de tentar colocar dispositivos, principalmente óculos, né?
04:21Com realidade aumentada, como a parceria que eles têm com a Ray-Ban e o Orion que eles vão lançar agora.
04:28Então, essa talvez seja um diferencial no futuro se isso de verdade emplacar.
04:34Mas você tem razão de dizer que realmente não é...
04:38Inovação em si não tem ROI de curto prazo.
04:40É difícil medir qual que é o ROI direto, a não ser que você analise só a venda de produtos,
04:45mas você tire da e-brain e outras coisas.
04:48Então, é difícil medir no curto prazo, mas quem não estiver investindo nisso no curto prazo,
04:52estará fora do jogo no longo prazo.
04:54Marcel, eu queria te pedir agora um olhar macro sobre esses balanços, né?
04:59A gente tem hoje, portanto, Meta e Microsoft, outras das sete magníficas ainda vão divulgar os seus balanços, né?
05:05A gente está no meio da temporada de resultados corporativos.
05:08Agora, olhando para a Meta e Microsoft, o que é que dá para dizer sobre o ponto em que estão as big techs hoje?
05:17Legal, eu acho que a Meta fez essa transição, né?
05:20Primeiro, de mudar de Facebook, né?
05:22É um movimento global de mudar nome que não classifique apenas como um produto,
05:27mas que você vê ali um ecossistema.
05:29E a Meta está se posicionando muito como uma IA mais pessoal, né?
05:36O Mark Zuckerberg lançou um vídeo hoje nas redes sociais dele falando da super inteligência.
05:40Então, eles estão investindo uma quantidade absurda de dinheiro para tentar criar essa super inteligência.
05:48Isso é mais de 80 bilhões investido, por exemplo, pela Microsoft em data centers, né?
05:54Quando a gente olha para a Meta, eles fizeram um investimento de 14 bilhões de dólares na Scale AI,
05:59tentando dar um pouco mais de força para a super inteligência.
06:04Então, tem uma corrida muito grande agora pela AJI, né?
06:08Que é a Artificial General Intelligence, que seria a inteligência artificial geral,
06:14que seria uma mais completa, mais inteligente, mais autônoma.
06:18Essa é a grande corrida do momento que todas as componentes estão indo.
06:20E a Meta vai por um caminho de criar um projeto aberto, que é o Lhama,
06:24de ele ter uma base de usuários bizarra, né?
06:27Mais de 3 bilhões de usuários ativos diariamente, o que é um número desproporcional, né?
06:33Então, imagine se você conseguir trazer isso para uma base de usuários que usam inteligência artificial
06:37ou você conseguir vender um gadget, que seja um óculos ou algum equipamento com IA embutida, né?
06:43Então, a Meta vai nessa onda, que foge um pouquinho das outras americanas,
06:49que estão com um projeto mais fechado e não embarcando, né?
06:52Estão ainda muito em aplicativo.
06:54E a Microsoft, por outro lado, já vai com uma estratégia completamente diferente.
06:58Ela já tem uma base...
06:59Ela foi a primeira e a maior investidora da OpenAI, né?
07:02Então, eles investiram mais de 13 bilhões de dólares,
07:06o que ele conseguiu levar rapidamente o Copilot e o Bing Chat a uma ampla adoção.
07:10E ela vai para um lado mais de corporativo, né?
07:12De conseguir implementar mais de 1 bilhão de clientes ativos dentro de corporate, né?
07:18Então, a gente percebe que são atuações diferentes.
07:21E a Microsoft já lendo o futuro, já investindo em Quantum,
07:24que a meta está fora desse game.
07:26Então, a gente percebe...
07:28São estratégias diferentes dentro de uma mesma tecnologia,
07:32ambas com potencial muito grande.
07:34Elas quase não concordam.
07:35Acho que cada uma tem ali o seu ponto forte ali e as suas...
07:39Talvez as suas fortalezas que vão fazer com que elas desempenhem bem
07:43aonde estão jogando.
07:44Mas com estratégias diferentes, Turcio.
07:46Mas ambas muito interessantes.
07:48Ju?
07:48E aí, já que a gente está falando de inteligência artificial, né?
07:51A gente está falando de meta e Microsoft,
07:54mas dando muita ênfase nessa questão da inteligência artificial.
07:59E aí, pensando nas Big Techs, Marcel,
08:02como você vê a Apple nessa corrida toda, né?
08:04Ela está muito atrás ainda.
08:07Existe alguma chance da Apple se recuperar nessa corrida pela inteligência artificial?
08:12Pois é, Juliana.
08:13Excelente a tua pergunta.
08:14A Apple realmente chegou tarde para a festa da IA, né?
08:18Ela usou uma estratégia talvez equivocada,
08:22enquanto a Microsoft, né?
08:23Essas grandes corporações, quando vem uma tecnologia muito disruptiva,
08:27a não ser o Google, que foi a principal desenvolvedora,
08:30que criou o Transformer, que foi um modelo diferente de aprender,
08:33que abriu as possibilidades do que a gente tem hoje.
08:37Mas a Microsoft rapidamente já investiu na OpenAI,
08:40já botou a Azure com inteligência artificial,
08:43já colocou dentro dos seus produtos, né?
08:45A própria Meta percebeu e teve a coragem de desinvestir,
08:49ou de tirar um pouco o pé do metaverso, do conceito,
08:52metaverso não das tecnologias imersivas,
08:54e virar o canhão para a inteligência artificial.
08:58A Apple não.
08:59A Apple lançou um óculos de realidade aumentada,
09:03de realidade mista, né?
09:05E que foi um...
09:06Não é um fiasco, né?
09:08Mas de verdade ainda não está na hora.
09:10O equipamento era muito pesado, muito caro e tudo mais.
09:13Ao invés de investir na inteligência artificial.
09:15E quando foi investir na inteligência artificial,
09:16muito no modelo Apple de fazer tudo proprietário,
09:19de não se associar muito a ninguém.
09:21Compraram pequenas startups, mas nada muito relevante.
09:24Então, definitivamente, ela chegou atrasada.
09:26Vamos ver como é que vai ser essa reação, né?
09:28Cheque, capacidade de investimento.
09:31A Apple tem, uma das maiores empresas do mundo,
09:33está sempre entre as top three big companies do mundo.
09:37Precisa mais, talvez, de uma mudança de modelo mental,
09:39ou de modelo de negócios mesmo, porque é muito difícil, né?
09:43O último balanço da Apple não foi bem visto,
09:46não foi...
09:47As ações foram amplificadas pelo mercado,
09:52justamente porque eles não lançaram a IA.
09:56Faz tempo que não tem nenhum grande lançamento disruptivo.
09:59E eles estão lá tentando resolver,
10:01porque agora o sarrafo está muito alto, né?
10:03A gente já acessa ferramentas como o Chat EPT,
10:06como o Gemini, ou como o Viewtree,
10:09ou como o Runway para geração de vídeos,
10:13que são ferramentas que estão muito adiantadas,
10:15estão muito atualizadas.
10:16Então, cada vez que a Apple tenta buscar,
10:19ela já está atrasada.
10:20Então, é um desafio muito grande,
10:22não vai ser da forma tradicional,
10:24ou eles vão ter que desembolsar um cheque muito grande
10:26e assumir que vão ter que fazer parceria,
10:29ou eles vão ter que tirar uma carta da manga
10:31que ainda ninguém viu.
10:32Marcel, é inevitável te fazer uma pergunta
10:35sobre tarifácio, já que estamos em dias decisivos,
10:38hoje especialmente é um dia muito movimentado
10:41em relação a esse assunto.
10:42E como a gente vem acompanhando,
10:44as Big Techs estão no centro dessa taxação
10:47de 50% dos Estados Unidos a produtos brasileiros.
10:51Inclusive, na manifestação hoje da Casa Branca
10:53em relação à imposição,
10:55à oficialização desses 50% de tarifa,
10:58o texto menciona decisões da Justiça brasileira,
11:01menciona o juiz, o ministro Alexandre de Moraes,
11:05em relação àquilo que no olhar da Casa Branca
11:08é censura, é um veto à liberdade de expressão protegida,
11:12tal como protegida pela Constituição americana.
11:15A minha pergunta para você, como especialista em tecnologia,
11:18é a seguinte, em que medida a regulação brasileira,
11:22respeitando a legislação brasileira,
11:25atrapalha os negócios dessas Big Techs?
11:27Uma ótima pergunta também, Turcê.
11:31A gente está num limbo aí de que parece que tudo que está na internet
11:35pode ser livre, senão a gente usa como perspectiva
11:39a liberdade de expressão.
11:41Virou terra de ninguém, as pessoas fazem o que elas querem na internet
11:45e qualquer coisa que você tenta regular isso,
11:48parece que é um ataque à liberdade de expressão.
11:51A grande chave hoje, Turcê, é que a economia global vive
11:58do mercado da atenção, de onde está a atenção das pessoas.
12:02Essa é a grande guerra que existe hoje.
12:04E as redes sociais, e agora migrando um pouco para a inteligência artificial,
12:09são as coisas que eles conseguiram usar um pouco de neurociência
12:12para capturar nossa atenção de uma forma até prejudicial para a gente.
12:17A gente tem diversos estudos, a gente está perdendo cognição,
12:21a gente está ficando desatento,
12:22a gente, nossa atenção hoje é menor do que o peixe dourado,
12:25de acordo com o estudo da Microsoft.
12:27Então, tem, e aí sempre quando você vai questionar isso,
12:32vem esse papo mais para o mercado, mais aberto,
12:35dizendo, olha, não, é liberdade de expressão, não pode,
12:37senão vai prejudicar o resultado da empresa.
12:39A verdade é, de um lado, a gente tem um governo
12:42que ainda não soube lidar com isso,
12:44e está tentando copiar modelos lá de fora,
12:47e talvez a Europa seja a principal pioneira nas regulações,
12:51até considerados anti-inovadores, e não é bem isso.
12:54E por outro, você tem big companies, big techs,
12:57que fazem o que querem, pagam poucos impostos no Brasil,
13:01perto dos países em que atuam, inclusive no Brasil,
13:04perto do que geram de receita,
13:06e simplesmente jogam a responsabilidade para o usuário
13:09fazer a moderação do conteúdo,
13:11o que é humanamente possível para o governo fazer.
13:13Então, a gente está no meio do caminho aí
13:15de que precisa ser regulado,
13:17elas precisam se corresponsabilizar,
13:18elas precisam atuar imediatamente
13:20quando informações ultrapassam os limites
13:25da legislação e da soberania nacional,
13:28então elas precisam se responsabilizar por isso,
13:30elas precisam pagar impostos que sejam justos
13:31nesses lugares, e quando a gente fala disso,
13:34os americanos entendem que a gente está ofendendo
13:36a rentabilidade das suas empresas,
13:39quando na verdade não é,
13:40é uma questão de legislação e de soberania,
13:42eles respeitam isso na China,
13:45eles respeitam isso na Europa,
13:46mas parece que no Brasil,
13:47eles não estão topando muito respeitar,
13:49então acho que o Trump descobriu
13:50uma arma branca, vamos dizer assim,
13:53de como conseguir conquistar o espaço,
13:56ou menos limitar o espaço,
13:58jogando também de forma política,
14:00e essa arma é o tarifácio,
14:02ele vai estar jogando,
14:04parece que está dando certo ali,
14:06está jogando ali o anzol dele,
14:08parece que está pescando alguma coisa,
14:09mas no fundo,
14:11o que a gente vê é uma jogada política,
14:13uma jogada realmente comercial,
14:15para tentar proteger os interesses
14:16das empresas americanas,
14:18mesmo que isso ofenda legislação
14:20ou soberania de outros países,
14:21o que eu acho que a gente não deve aceitar,
14:23a gente pode questionar se isso está sendo feito
14:25da forma certa ou não,
14:27mas que deve ser feito,
14:28inclusive segue,
14:29tem precedentes disso no mundo inteiro,
14:31na Europa, na China,
14:32em vários países do mundo,
14:34isso já está sendo feito,
14:35agora está na vez da gente também reclamar
14:38e se posicionar.
14:41Inclusive, sobre esse assunto,
14:42a gente vai seguir tratando
14:43no próximo bloco aqui do Radar,
14:45mas antes,
14:46Marcel Nobre,
14:47especialista em tecnologia e inovação,
14:49muito obrigado pela sua análise aqui,
14:51Juliana Munar,
14:52nossa analista também,
14:53obrigado pela sua participação
14:54na entrevista, Ju.
14:54claro,
15:08eu acho que não,
15:10mas antes,
15:11você pega as outras dentro da sua participação
15:12e você pega as suas reflexões,
15:14eu tenho certeza,
15:15carregura,
15:15você chega,
15:15você passa para os personações,
15:17eu tenho certeza,
15:18eu tenho certeza,
15:18eu tenho certeza,
15:20eu tenho certeza,
15:21eu tenho certeza,
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