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  • há 7 semanas
ODONTOLOGIA GERAL - Todas as Aulas Organizadas de forma Didática na Playlists.

Transcrição
00:00Meu nome é Raquel, vou me apresentar, eu gosto sempre de contar a minha historinha
00:14antes também para estimular vocês, porque eu sei o quanto é difícil, eu já estive
00:17no lugar de vocês aí, eu sou tenente da FAB, passei no Cadar 2013 e aqui são as minhas
00:25fotinhos de diplomação e formatura, mas foi muito difícil chegar nesse momento, então
00:30eu gosto sempre de falar assim para estimular realmente, esse aqui foi minha quinta tentativa
00:36quando eu entrei, então foram cinco anos batendo ali, errando, tentando, persistindo, é complicado,
00:45eu sei, eu já estive no lugar de vocês, assim que eu me formei eu fui fazer a primória,
00:50mas eu não tinha a menor noção de concurso, eu achava que bastava me inscrever num cursinho
00:54ok, beleza, já fiz a minha parte, vou passar, era uma prova dos bombeiros que tinha aberto
01:00assim, sem formada, fui fazer e não cheguei nem perto de chegar na metade dos que se inscreveram
01:07para a prova, então foi muito mal, e aí eu comecei a falar, opa, não é por aí, né,
01:12não basta eu só me inscrever num cursinho que está tudo garantido, então comecei a, fiz
01:18a especialização de radiologia e depois da especialização eu quis fazer provas
01:21só para rádio, e aí isso me limitou bastante, né, nessa época que eu comecei a fazer prova
01:27de concurso, não tinha rádio nem no Exército nem na Marinha, então só abria a FAB, então
01:31era uma chance que eu tinha por ano, já me limitava mais ainda, e as vagas desses concursos
01:37vocês sabem, né, assim, uma vaga, quando abrem três, quatro, é levantar as mãos para o céu
01:43e agradecer que é muita vaga, então sempre batendo ali na trave, assim, o primeiro ano
01:49que eu fiz a prova da FAB, estudei daquele jeitinho também, que a gente estuda assim
01:53mais ou menos e acha que vai dar certo, sempre estava trabalhando, então é difícil conciliar
01:57trabalho também com estudo, se vocês trabalham, vocês sabem como é que é, né, o pouco tempo
02:00que sobra a gente quer descansar, quer fazer qualquer outra coisa menos, porque dá estafa mental,
02:05né, cansa também estudar muito, mas aí não fui tão bem, enfim, mas o importante
02:12dessa minha trajetória ao longo dos cinco anos era sempre persistir e tentar ver o que
02:17que eu estava errando, assim, no primeiro ano eu não fui tão bem, intensifiquei um pouco
02:21mais meus estudos de radiologia, no segundo ano já fui um pouquinho melhor, teve um dos
02:27anos que eu não entrei, que era uma vaga de rádio também, eu fiquei em quarto lugar e
02:32a minha nota de rádio era maior do primeiro que entrou, só que aí português eu fui
02:36para quarto, então identifiquei que meu problema estava em português, preciso fazer um cursinho
02:41de português, não basta só dar uma lidinha, tem que estudar, tem que relembrar, fiz o
02:46cursinho de português, enfim, e depois dessas longas tentativas aí, graças a Deus em
02:502013 consegui meu sorriso ali de felicidade e vale muito a pena, gente, eu estimulo todo
02:57mundo que quer, assim, eu sou suspeita que eu ando uma regular, né, mas eu sou suspeita porque
03:02eu sempre puxo uma sardinha para as forças armadas, eu gosto muito, hoje em dia a gente
03:06sabe que o mercado está complicado, né, então, assim, você ganhar um salário de
03:09oito mil reais por mês aí trabalhando em clínica é puxado, bem puxado, eu não sei
03:16como é que funciona o exército e marinha direito, mas eu posso falar pela FAB, a gente
03:20trabalha meio período, então você ainda consegue ter empregos fora, hoje eu estou aqui
03:25com vocês porque eu não trabalho sexta-feira na FAB, trabalho só de segunda a quinta, então,
03:30assim, tem essa facilidade também, você ainda pode fazer um por fora, vocês que
03:34são mulheres, quiserem engravidar, vocês vão tirar sua licença maternidade tranquilamente,
03:38vocês não precisam voltar correndo porque está perdendo dinheiro, né, estar em casa
03:42com o neném é perder dinheiro no consultório, então, assim, são N facilidades que eu posso
03:47ficar listando aqui para vocês ao longo do dia, é óbvio que tem os contra, tem, você
03:53tem que tirar serviço armado, às vezes, tem, sábado que vem eu estou lá trabalhando,
03:57de oito da manhã e só sai domingo, às vezes eu tenho que aplicar uma prova no fundão,
04:02chegar seis horas da manhã no fundão, tenho, a vaga pode não ser Rio, pode, você pode
04:07ter que ir para Belém e ficar uns dois anos morando em Belém, Manaus, em Porto Velho,
04:11pode, mas, gente, vale muito a pena, encarem-se, ainda que a vaga de que vocês estejam almejando
04:17seja para um outro estado, façam esse sacrifício, vocês vão ficar dois anos em outro estado,
04:23depois vocês voltam, voltam para a vida de vocês e está garantido o resto da vida
04:28de vocês, a estabilidade, a gente está vendo a época de crise, então, assim, persistam,
04:33tá, eu sempre falo que o maior, o maior concorrente de vocês são vocês mesmos, assim, pessoas
04:40que realmente se preparam bem para um concurso desse são poucas, a gente sabe que são poucas,
04:45que persistem, que estão lá todo ano tentando e a gente acaba até conhecendo, às vezes,
04:49né, assim, os rostinhos das provas, mas persistam porque vale muito a pena e depois que vocês
04:54passam a vida está garantida, beleza? Então, vamos começar a matéria, né?
05:01Bom, para a aula de hoje de regular, eu estou usando dois livros básicos como referência,
05:07que são os livros que mais caem nos concursos, o Freitas, que é aquele primeiro ali, é um livro
05:13de sexta edição, que é uma edição até antiga, essa edição de 2004, se eu não me engano,
05:17mas que cai até hoje, como se fosse uma bíblia, assim, de radiologia, sabe, uma leitura
05:21gostosa, assim, um livro bem tranquilo e cai bastante. Na prova do Exército, ele é o único
05:27livro de referência, por exemplo, é só o Freitas. Usei também o White Faroak, esse
05:33segundo aqui, para a gente, é um livro bem mais moderno, essa edição de 2017, se eu não
05:38me engano, e é uma leitura mais densa, assim, chata, sabe, que você lê uma frase e tem
05:42que voltar para ver o que aquela frase está querendo dizer, até de português mesmo, mas é
05:46um livro com bastante imagem, também é interessante, tem algumas diferenças dele para o Freitas,
05:51então eu usei os dois para a gente fazer a aula de hoje e eu vou, o que os dois diferem,
05:57porque às vezes acontece também, né, a gente vai explicando aí ao longo das matérias.
06:03A turma não tem nenhum menino? É isso mesmo? Sempre assim? Jura, gente?
06:07Gente, o Odonto está mudando, né? Eu acho que cada vez menos, né? Sempre teve pouco, mas eu acho que agora está cada vez menos.
06:18É, pois é, mas eu acho que está cada vez menos, né? O pessoal das antigas falam que era bem dividido.
06:23Na nossa época já era menos, eu acho que agora não tem mais ninguém.
06:26Incrível, os poucos que tem devem estar vendo o jogo do Brasil, de repente, né? Estão em casa.
06:31Tem isso também. Ah, tem que dar alô para o pessoal de casa, né, que está vendo a gente também.
06:35Bem-vindos.
06:37Em casa, então, deve ser mais difícil ainda, né, gente?
06:39Tem geladeira, tem cama, tem televisão, tem muita tentação.
06:44Parabéns para todo mundo que está aí assistindo em casa também e vamos seguir.
06:48Vamos lá, vamos começar pelo começo.
06:50Conceitos básicos de radiologia.
06:53Vamos falar um pouquinho de histórico, de física, que é o que caiu na prova do Exército,
06:58e de aparelhos radiográficos.
07:00Olá, bem-vinda, pode entrar.
07:03Aí vocês podem me perguntar, poxa, mas histórico?
07:07Histórico cair em prova de concurso?
07:09Eu pensei a mesma coisa que vocês já.
07:12Até que teve uma prova da Fábio, eu fiz questão de colocar a fotinha da prova, gente.
07:16Três questões na sequência, assim, para baixar a moral já, né?
07:21Você lê as três e fala, meu, pronto, não sei nada da prova.
07:25Que é um assunto, assim, não mede conhecimento de ninguém, mas pode cair.
07:31Então, por desencargo de consciência, eu vou colocar aqui para vocês.
07:35Vou ler as questões para vocês.
07:37Foi o primeiro autor de uma obra de radiologia dentária destinada aos profissionais odontólogos.
07:41Aí, o nome dos abençoados ali.
07:45É considerado mártir da radiologia ontológica.
07:49Assim, se você leu e decorou, beleza.
07:51Mas se você não leu...
07:54Essa parte de histórico, estou toda no primeiro capítulo do Freitas.
07:58Aquele capítulo que você pula, né?
07:59Que não vai cair nunca.
08:01Então, boa tarde.
08:03Caiu na prova da Fábio.
08:05Então, vamos dar uma olhadinha rápida, só para não ser novidade para a gente.
08:10Olá, boa tarde.
08:11Em 8 de novembro de 1895, esse senhor aqui, um físico alemão, William Conrad Reungen,
08:20descobriu os raios-x.
08:22Ele estava fazendo um teste, ele era físico, né?
08:24Estava fazendo um teste no laboratório dele, com esse tubo de crux aqui.
08:29Uns testes sobre condição de eletricidade.
08:32E aí, ele reparou que numa mesa do lado do tubo dele, tinha uns cristais soltos.
08:37E esses cristais estavam produzindo uma certa luminosidade, à medida que ele estava fazendo os testes.
08:43E os cristais não tinham nada a ver com os testes que ele estava fazendo.
08:46Então, ele pensou, ué, tem alguma coisa saindo daqui que eu estou fazendo, que está chegando naqueles cristais e está produzindo essa luminosidade.
08:52Então, ele teve a ideia de cobrir esses cristais com papel preto, para evitar que aquela luminosidade, enfim, continuasse.
09:01E, para a surpresa dele, os cristais continuaram emitindo aquela luminosidade.
09:06Então, ele chegou à conclusão que, além de alguma coisa estar sendo produzida enquanto ele fazia os testes de condutibilidade térmica dele,
09:13aquela coisa era capaz de ultrapassar aquele papel, aquela cobertura que ele colocou, e ainda assim produzir a luminosidade dos cristais.
09:22Então, aquela coisa que foi chamada de raio-x, justamente porque não se sabia o que era, x de desconhecido,
09:30era capaz de atravessar a proteção do papel pesado, capaz de produzir fluorescência.
09:34E, à medida que outros testes foram sendo feitos, ele começou a reparar que era capaz de impressionar chapas fotográficas e também se propagavam em linha reta.
09:45Aí, ele teve a brilhante ideia de colocar a mão da esposa dele, a esposa sempre se ferra, né?
09:50Sempre.
09:52Colocou a mão da esposa dele na frente do tubo, para ver o que acontecia.
09:55E colocou uma chapa fotográfica por trás.
09:58E aí, com isso, a gente teve a primeira radiografia médica da história.
10:03Dona Ana Berta, Rondin, esposa dele, com o anel e tudo, lá, apareceu.
10:10Exposição de 15 minutos.
10:12Porque, naquela época, ninguém tinha uma enorme noção dos efeitos biológicos que a radiação são capazes de produzir,
10:17que a gente vai ver mais para frente também.
10:20Mas, imagina a loucura que foi você conseguir uma foto, né?
10:24Uma foto de uma mão por dentro, sem precisar cortar.
10:29Então, assim, foi revolucionário na época.
10:31O público adorou essas demonstrações de capacidade de atravessar a matéria.
10:37E, em 1901, ele ganhou o prêmio Nobel de Física por essa descoberta.
10:43Então, 14 dias depois, vários testes continuaram sendo feitos.
10:46Foi uma revolução na época, realmente.
10:48E 14 dias depois, a gente teve a primeira radiografia dentária.
10:52Doutor Otto, 25 minutos de exposição.
10:55Olha que beleza.
10:56Ainda sem definição, sem qualidade de imagem, enfim.
11:01Mas, já era um avanço para a odontologia também.
11:06Com o tempo, e à medida que os testes foram sendo feitos, começaram a aparecer o quê?
11:10Vermelhidão em pele, ulceração.
11:12Então, começaram a entender que não dá para usar aquilo de maneira indiscriminada, né?
11:18Em casos mais graves, com o passar do tempo, lesões cancerígenas, mortes de células, leucemia.
11:24Tanto que esses precursores da radiologia, a maioria morreu de câncer.
11:28Inclusive, a dona Ana Berta e o Reunchen.
11:31Os dois morreram de câncer de destino, 1919 e 1923.
11:38Em odonto, aqui é Edmund Kells, que foi o primeiro profissional que dedicou a utilização de raio-x como elemento indispensável no exame clínico.
11:47Era um dentista dos Estados Unidos.
11:51Ele foi considerado o mártir da radiologia odontológica porque foi vítima desses efeitos biológicos também.
11:56Ele teve queimadura, teve amputação, ele teve que parar de atender por conta das amputações.
12:01E aí, por conta disso, ele cometeu suicídio.
12:04E aí, por isso, ele é considerado mártir da radiologia odontológica.
12:07Que foi aquela questãozinha lá maravilhosa do começo da prova do CADAR.
12:12No Brasil, a gente tem o doutor Ciro A. Silva, que implantou a radiologia no currículo acadêmico da Faculdade de Odonto de São Paulo, em 1932.
12:21E o professor Carlos Newlands, que foi professor da UFRJ, na Universidade do Brasil, na época.
12:26E foi o primeiro autor de um livro de radiologia dentária.
12:30Então, aquelas questõezinhas do CADAR que a gente viu no começo, agora fica um pouquinho...
12:33Agora fica um pouquinho... Dá pra gente chutar, mais ou menos, né?
12:37Foi o primeiro autor de uma obra de radiologia dentária destinada aos profissionais odontólogos, Carlos Newlands.
12:45É considerado o mártir da radiologia odontológica Edmundo Kells.
12:56E o primeiro profissional de odontologia que se dedicou à utilização dos raios-x como elemento indispensável a um exame clínico, também Edmundo Kells.
13:05Então, tem os nomes aí na postila de vocês também.
13:11Por desencargo de consciência, vai aqui, prova de exército, gosto de cair umas perguntinhas assim, rodapé.
13:18Então, tá aí pra vocês.
13:20Bom, vamos entrar na parte de física, que isso cai, cai bastante.
13:23Radiação é emissão e transmissão de energia através do espaço e da matéria.
13:29E a gente tem dois subgrupos principais.
13:32As radiações corpusculares e as radiações eletromagnéticas.
13:36Vamos ver a diferença de cada uma delas.
13:39Nas radiações corpusculares, a gente tem transmissão de energia por meio de suas massas.
13:44E em altas velocidades.
13:45Então, a principal diferença de radiação corpuscular para a radiação eletromagnética é que a radiação corpuscular tem massa e carga.
13:52Então, como exemplo de radiação corpuscular, a gente tem as radiações alfa, que são semelhantes ao núcleo do hélio.
13:59Então, é uma partícula com dois prótons e dois nêutrons.
14:02E por conta dessa alta massa e dessa carga positiva, tem grande capacidade de ionização.
14:09Então, das corpusculares, a radiação alfa é a que mais tem a capacidade de ionizar.
14:14O corpo humano, enfim, células.
14:19A gente tem também as radiações beta e os raios catódicos.
14:22Esses dois últimos são feixes de elétrons.
14:24Sendo que as radiações beta são típicas de distúrbios nucleares.
14:29E os raios catódicos são feixes de elétrons quando são acelerados, submetidos às altas diferenças de potencial.
14:39As radiações eletromagnéticas são as que mais interessam a gente.
14:42Que são onde se encontra o grupo das nossas radiações X.
14:46Aqui a gente tem um movimento de energia através de espaço, mas não possuem massa.
14:51Ao contrário das radiações corpusculares.
14:54Uma característica comum a todas as radiações eletromagnéticas é que elas têm a velocidade igual à da luz.
14:59300 mil quilômetros por segundo.
15:01Isso já caiu em opção de prova também.
15:03Então, dentro do espectro eletromagnético, a gente tem luz visível, ondas de rádio, raio-x, raio-gama, micro-ondas.
15:12Tudo isso está dentro do campo de radiações eletromagnéticas.
15:16Oi?
15:18Posso.
15:19Qual?
15:20Esse?
15:21É, se vocês quiserem tirar foto, gente, pode tirar também, fiquem à vontade.
15:26A aula de rádio tem muita imagem, então assim, não dá para colocar todas na pochila.
15:31Se vocês quiserem tirar alguma foto, fiquem à vontade, tá?
15:35Então, o espectro eletromagnético é esse aqui.
15:39A gente tem raios-gama, raio-x, raio-ultravioleta, infravermelho, luz visível.
15:43Qual é a diferença entre uma e outra?
15:46É isso que está aqui em cima, ó.
15:48Comprimento de onda.
15:49Ondas de rádio, por exemplo, que estão aqui na nossa ponta direita, têm um maior comprimento de onda.
15:58Então, isso quer dizer que ele tem pouco poder de penetração.
16:01À medida que esse comprimento de onda vai diminuindo, raio-gama, raio-x, o comprimento de onda fica menor,
16:09o poder de penetração é maior e, consequentemente, capacidade de ionização também.
16:14Ok?
16:14Isso aqui é interessante até do espectro de luz, ó.
16:20Dentro do espectro de luz, essas cores todas aqui, a vermelha, é a que tem o maior comprimento de onda.
16:27Por isso que em câmara escura a gente usa aquela luzinha vermelha, para evitar que ela altere a nossa imagem.
16:35Então, o maior comprimento de onda, o menor poder de penetração.
16:41Beleza?
16:43E quanto menor o comprimento de onda também, maior a frequência.
16:46Obviamente, se a gente tem um comprimento de onda pequenininho, maior a frequência.
16:50E o inverso também é verdade.
16:52Quanto maior o comprimento de onda, menor a frequência.
16:55Ok?
16:55Mais uma figurinha aqui dos nossos espectros de eletromagnético.
17:05Isso que eu acabei de falar para vocês.
17:06Quanto menor o comprimento de onda, maior o poder de penetração e de ionização.
17:11Isso é importante de vocês entenderem.
17:12Por isso que raio gama, raio x, conseguem ter o maior poder de ionização.
17:20Ondas de rádio não fazem muita influência sobre nós.
17:23Poder de penetração pequeno.
17:24Grande comprimento de onda.
17:28Foi?
17:35Então, vamos lá.
17:36Isso aí é uma tabelinha do livro do Freitas.
17:38Olha lá.
17:40Que fala de comprimento de onda.
17:42Será que isso é importante saber?
17:44Não sei.
17:46Mas eu queria que pelo menos vocês soubessem ali que os raios x variam de 0,1 a 1 angstrom.
17:52Pode ser que caia alguma questãozinha sobre isso.
17:57Oi?
17:59Isso.
17:59Comprimento de onda.
18:01Tá?
18:02Não sei se isso é importante.
18:04Nunca vi questão caindo, mas a gente tem medo, né?
18:07De cair esses...
18:080,1 a 1.
18:12Varia de 0,1 a 1 angstrom.
18:16Tá?
18:19Decorebinha, né, gente?
18:20Não sei se isso é importante, mas...
18:22Tá aqui pra vocês.
18:23Pode ser que caia.
18:24Então, vamos lá.
18:28Bem fresquinha.
18:29Prova do exército, quem fez.
18:32Radiação, emissão e transmissão de energia através do espaço e da matéria.
18:37Dois são os principais grupos de radiação.
18:40Sobre a radiação eletromagnética e as radiações corpusculares, de acordo com Freitas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas, associando a sequência final ao gabarito.
18:53Então, vamos lá.
18:57As radiações alfa e beta são partículas ou radiações corpusculares, sendo a radiação alfa caracterizada por possuir dupla carga e massa pesada, tendo alto poder de ionizar a matéria em sua trajetória.
19:10Beleza, é verdadeira essa opção.
19:15A radiação beta e os raios catódicos são feixes de elétrons, sendo a radiação beta originada de tubos submetidos a altas tensões e os raios catódicos obtidos por distúrbios nucleares.
19:27É o contrário, gente.
19:29É exatamente o contrário.
19:30A radiação beta são raios catódicos obtidos por distúrbios nucleares e os raios catódicos são feixes de elétrons submetidos a altas tensões.
19:42É o contrário.
19:45Então, essa é falsa.
19:48Tem.
19:51Radiação eletromagnética é a consequência do movimento de energia através do espaço não possuindo massa.
19:57Dentre as radiações eletromagnéticas encontram-se o raio-x, gama e micro-ondas.
20:03Beleza, é verdade.
20:06As radiações eletromagnéticas e corpusculares possuem uma propriedade em comum que é a mesma velocidade da luz, 300 mil quilômetros por segundo.
20:15Isso aqui é quase que uma pegadinha, porque é verdade só para radiação eletromagnética, radiação corpuscular não.
20:21Então, é uma questão assim, prova de conhecimentos gerais, difícil, né?
20:27Tem que ler com bastante atenção, ainda que você tenha estudado essa matéria, dá para se confundir.
20:33Prova do Exército agora de 2018, a última.
20:38Tem mais uma aqui afirmativa.
20:39As diferentes radiações eletromagnéticas diferem seu poder de penetração na matéria pelo comprimento de onda.
20:46Quanto menor o comprimento de onda, menor a frequência e maior o poder de penetração da matéria.
20:54Quanto menor o comprimento de onda, maior vai ser a frequência.
20:57Pensem que uma ondinha muito pequenininha acontece mais vezes.
21:02Então, maior vai ser a frequência.
21:05E o maior poder de penetração estaria certo.
21:07Mas, enfim, o problema aqui dessa frase é a menor a frequência.
21:11Então, a opção é essa aqui.
21:14As duas questões do Exército que caíram, as duas foram de física, das radiações.
21:19Essa matéria que a gente viu agora.
21:21E uma foi até anulada.
21:23Eles tentam, porque realmente o copia e cola deles não deu certo.
21:26Tinha uma coisinha errada realmente.
21:30Mas são duas questões difíceis, eu acho, para a prova de conhecimentos gerais.
21:35Mas, enfim, o Exército gosta muito de pegar esses pontos.
21:41Diga.
21:45Isso.
21:47Isso.
21:50Consequentemente, maior o poder de ionização.
21:53Se ela penetra mais, ela consegue ionizar mais.
21:57Tá?
22:01Então, vamos lá.
22:04Aparelhos de raio-x.
22:05Componentes do aparelho.
22:10Base, corpo, braço, articular e o cabeçote.
22:15A base.
22:16Fixa ou móvel, né?
22:18Isso aqui é bem intuitivo.
22:21Fixa, geralmente, a gente prende ou em parede ou no teto.
22:24E é um pouco melhor de maleabilidade do que essa base móvel.
22:28Costuma ser mais trambolenta, assim, mais difícil de manusear.
22:32O corpo.
22:33É onde a gente tem as partes elétricas gerais do aparelho.
22:37Então, tem um autotransformador, tem um estabilizador de corrente, regulador de voltagem.
22:41Eu não acho que seja importante vocês saberem o que cada coisa dessas faz.
22:45Eu acho que o importante é saber só que no corpo a gente tem as partes elétricas gerais.
22:49Pronto.
22:50Eu acho impossível pedirem uma questão sobre o que tem no corpo.
22:55Vocês vão ver que o mais importante é o que vem daqui a pouco.
22:59Braço articular.
23:00Vai permitir os movimentos do cabeçote nos planos vertical e horizontal.
23:04Então, a gente tem aparelhos com três articulações, como esse aqui.
23:07Aparelhos com duas.
23:08Isso permite que a gente posicione o nosso cabeçote para fazer a tomada radiográfica.
23:14Mas o principal de tudo aqui dos componentes é o cabeçote.
23:18Realmente é o coração do nosso aparelho, né?
23:20É onde a gente tem a produção de raio-x.
23:21E aqui vocês têm que saber o que tem dentro.
23:26Cada item que pode ser perguntado.
23:29Então, a gente tem como componente do cabeçote o goniômetro.
23:34Transformadores são dois de alta e baixa tensão.
23:37Óleo e câmera de expansão.
23:38Fio tradicional de alumínio.
23:42Colimador de chumbo.
23:43Cilindro localizador.
23:44E a nossa ampola, onde a gente tem a produção propriamente dita.
23:47Vamos ver um pouquinho de cada um.
23:49Mas a estrutura, basicamente, é essa aqui.
23:52Então, aqui a gente tem o nosso cabeçote.
23:54Tem a câmera de expansão aqui do lado, que a gente vai ver daqui a pouco para que serve.
23:58Dois transformadores.
24:00A nossa ampola, onde a gente tem a produção propriamente dita.
24:03E aqui o cilindro localizador, onde a gente tem um filtro e um colimador.
24:10Então, vamos ver cada um.
24:13Bom, o goniômetro é essa estrutura aqui na lateral do nosso cabeçote.
24:17E ele é responsável por fazer a seleção de angulação.
24:20Então, quando a gente não estiver usando posicionador, né?
24:23Que dá aquela colinha para a gente de posicionar bem o nosso cilindro.
24:26A gente pode usar aqui esse seletor de angulação para ajudar.
24:32Os transformadores são dois.
24:35E isso já caiu em algumas questões de prova.
24:38A gente tem, primeiro, o transformador de baixa tensão.
24:41Que é esse aqui, ligado apenas no catodo.
24:45Que a gente vai ver daqui a pouco.
24:48Ele vai ser responsável pelo aquecimento do filamento de tungstênio.
24:51Que tem aqui no catodo.
24:53Ele está ligado somente no catodo.
24:56Se vocês têm essa figurinha aí na apostila de vocês, vocês conseguem ver.
25:00O transformador de alta tensão, ele está ligado tanto no catodo quanto no anodo.
25:10E ele vai ser responsável por promover o campo elétrico entre esses dois polos.
25:14Esse campo elétrico vai ser importante para acelerar os elétrons que foram gerados aqui no catodo em direção ao nosso anodo.
25:20Então, enquanto o transformador de baixa tensão está ligado somente no catodo e vai aquecer o nosso filamento.
25:27O transformador de alta está ligado no catodo e no anodo e vai promover a aceleração dos elétrons.
25:34Ok?
25:40Bom, a gente também tem óleo câmara de expansão no cabeçote.
25:44E para quê?
25:45Esse óleo vai preencher o espaço interno todo do cabeçote.
25:48A gente vai ser responsável pelo resfriamento da ampola.
25:50A gente vai ver um pouquinho mais para frente que esse processo de produção de raio-x é muito ineficiente.
25:55Então, a gente tem muita produção de calor, muito mais do que de raio-x.
26:00Então, é importante que a gente tenha alguma coisa que consiga dissipar esse calor.
26:03Então, por isso, a gente tem um óleo revestindo todo o cabeçote.
26:07E a câmara de expansão é um espaço aqui na lateral do cabeçote que recebe esse óleo que sofreu dilatação.
26:15Então, quando esse óleo absorve o calor, ele dilata e é preciso que ele vá para algum lugar.
26:20A câmara de expansão está aqui na lateral dos dois lados do nosso cabeçote para isso.
26:27Bom, filtro adicional de alumínio.
26:30A gente tem esses disquinhos que são colocados na saída do cabeçote também.
26:34E a função principal deles é absorver do feixe principal os fótons com baixo poder de penetração.
26:41Isso porque quando a gente tem produção de raio-x, a gente tem a produção de fótons de diversos comprimentos de onda diferentes.
26:48Então, a gente chama o nosso feixe de feixe policromático ou polienergético.
26:53Já caiu a questão sobre isso também.
26:56Policromático ou polienergético porque a gente tem raios de diversos comprimentos de onda.
27:00Então, esse filtro adicional vai filtrar os raios-x que foram gerados com baixo poder de penetração,
27:08aqueles com um pouquinho maior de comprimento de onda.
27:12Dessa maneira, só os raios-x que vão ser importantes para a geração da imagem
27:15que vão conseguir chegar ao nosso paciente.
27:18Então, está aqui o nosso filtro adicional posicionado na saída do cabeçote.
27:26E ele reduz em aproximadamente 50% a dose de radiação que o paciente receberia.
27:30Justamente por isso, ele filtra do feixe principal aqueles raios-x que não vão ser importantes para a formação da imagem.
27:38Que só aumentariam a dose do paciente desnecessariamente.
27:42Ele também pode ser chamado de camada semirredutora por conta disso.
27:48Então, está aí o nosso filtro adicional de alumínio.
27:52Colocado aqui na saída do cabeçote.
27:57E a função dele é bem o que está representado aqui nessas imagens.
28:02Aqui a gente tem o nosso feixe policromático ou polienergético, diversos comprimentos de onda.
28:07E à medida que a gente coloca o nosso filtro, aqueles com comprimento de onda maior são filtrados.
28:14E só passam para chegar o nosso paciente ao nosso filme os com menor comprimento de onda.
28:19Aqueles que vão ser efetivamente responsáveis pela formação da imagem.
28:23Ok?
28:23A espessura desse filtro varia de acordo com a quilovoltagem do aparelho.
28:33Isso também já foi questão de prova.
28:35Não a espessura.
28:36Mas eu acho que tem até essa questão aí, a gente talvez faça mais tarde.
28:39Mas ele afirmava em uma das opções que sempre a espessura do filtro de alumínio seria 1,5.
28:50E era falso.
28:51Não é.
28:51Isso varia de acordo com o KV que o aparelho utiliza.
28:57Quanto maior o KV, maior vai ser a espessura desse filtro.
29:00Vamos lá para o quinto item.
29:07Colimador.
29:09O colimador vai ser essa plaquinha de chumbo aqui colocada na saída do cabeçote.
29:13E ele determina a forma e diâmetro do feixe central.
29:20Então, ó.
29:22Plaquinha de chumbo.
29:24O diâmetro dele não deve ser de 6 centímetros.
29:26Porque, de um modo geral, os filmes que a gente usa têm a dimensão de 3 por 4.
29:31Então, não tem necessidade de maior área que isso.
29:34Senão, maior área de exposição para o paciente, desnecessariamente.
29:41O nosso cilindro localizador, que tem a função de orientar os pontos de incidência
29:45nas diferentes técnicas intraorais.
29:49Antigamente, eles eram pônicos.
29:51Isso também é importante vocês saberem.
29:53Já foi questão também.
29:54Hoje, todos são cilíndricos.
29:56São abertos na extremidade.
29:58E eles podem ter 20 ou 40 centímetros de comprimento.
30:03Então, aqui está o cônico que era usado antigamente.
30:06E hoje em dia, esse tipo de cone foi proibido.
30:09Porque a radiação, quando era produzida, interagia com o material desse cone
30:13e produzia radiação secundária.
30:16Então, aumentava a dose para o paciente também.
30:18Então, isso foi abolido.
30:19Agora, a gente só tem cilindro.
30:20Então, está aí.
30:26Hoje em dia, só os nossos cilindros.
30:29E aqui, antigamente, o cone produzindo radiação secundária.
30:33E aumentando a dose para o paciente de maneira desnecessária.
30:36Ampola.
30:39Agora é a parte principal, né?
30:42É onde a gente tem a produção de raio-x efetivamente dentro do cabeçote.
30:45Itens importantes da ampola.
30:50Catodo, anodo.
30:52E em volta dessa estrutura, a gente tem o nosso envoltório e a nossa janelinha aqui.
30:57A gente vai ver cada um deles.
30:59É importante vocês entenderem esse processo de produção.
31:02Porque isso também é bem cobrado.
31:05Então, aqui mais uma fotinha da nossa ampola.
31:09Catodo, anodo, envoltório.
31:11Vamos lá.
31:14Vamos ver parte a parte.
31:16O catodo vai ser a porção negativa da ampola.
31:20Ele está ligado tanto ao transformador de baixa tensão,
31:24quanto ao transformador de alta tensão.
31:27E a função principal dele é fornecer a nuvem de elétrons
31:31que vai ser necessária para a produção do raio-x.
31:34Ele é composto, basicamente, pela taça focalizadora de molibidênio
31:38e o filamento de tungstênio.
31:41Então, está aqui o nosso catodo.
31:43A taça focalizadora e o filamento de tungstênio,
31:47que vai gerar os elétrons para gerar a produção de raio-x.
31:53O anodo vai ser a porção positiva da ampola
31:57e vai estar ligado somente ao transformador de alta tensão.
32:01Ele vai ser responsável pela produção de raio-x, provavelmente dito.
32:04Então, os elétrons que foram gerados no catodo
32:08vão ser acelerados e vão se chocar no anodo.
32:11O anodo vai funcionar como alvo para choque desses elétrons e produção de raio-x.
32:16Então, é nele que, efetivamente, acontece a produção de raio-x.
32:19Então, anotem aí agora o anodo, que não deve ter também, né?
32:26O anodo vai ser a parte positiva da ampola.
32:30Vai estar ligado somente ao transformador de alta tensão
32:33e vai ser responsável pela produção de raio-x, provavelmente dito.
32:37À medida que ele funciona como alvo para aqueles elétrons que foram gerados lá no nosso catodo.
32:43Então, composto por haste de cobre biselada
32:47e uma placa de tungstênio que vai estar encrustada nessa haste de cobre.
32:52Então, vamos lá.
32:53Nosso anodo.
32:57Em volta dessa estrutura, anodo e catodo,
33:01a gente tem o nosso envoltório, que vai ser um revestimento externo da ampola.
33:05Ele é importante para manter vácuo dentro da ampola
33:07e é composto de vidro pirex-plumbífero.
33:11Por que o vácuo dentro da ampola?
33:14Quer que volte?
33:16É, vai tirando fotos.
33:23É importante que a gente tenha o vácuo dentro da ampola,
33:27que é o nosso próximo slide,
33:31porque a gente vai prevenir a oxidação desse filamento,
33:34vai prevenir a colisão do feixe de elétrons com gases
33:38que também poderiam estar dentro da ampola.
33:40Então, por isso, a gente tem vácuo.
33:51A janela vai ser a parte de menor espessura dentro desse envoltório
33:59e tem o objetivo de permitir a passagem do raio-x depois que eles são produzidos.
34:04Então, o envoltório está lá todo com uma espessura x
34:08e a janela tem uma espessura um pouquinho menor.
34:10Depois da produção de raio-x, eles vão passar por essa janela.
34:13Eu acho que era até aí a parte que ele está cortada.
34:27Então, está aí.
34:28Aqui a gente consegue ver bem o nosso envoltório.
34:30Vocês conseguem ver uma janelinha aqui com uma espessura um pouquinho diferente?
34:32Então, depois dos elétrons que vão ser gerados aqui no catodo
34:39e vão se chocar aqui no anodo,
34:41eles vão gerar a produção de raio-x e o raio-x vai passar aqui por essa janelinha.
34:51Então, vamos lá.
34:52Vamos entender um pouquinho mais da produção.
34:54A gente falou dos itens, né?
34:56Catodo, anodo, enfim.
34:57Mas vamos entender o passo a passo.
34:59Como é que acontece isso?
35:03A gente precisa de três elementos fundamentais.
35:07Gerador de elétrons, a nossa fonte.
35:09Um acelerador desses elétrons.
35:11E um alvo, para que esses elétrons possam se chocar.
35:15Então, o processo basicamente é esse.
35:18Os elétrons estão aqui no catodo,
35:20vão ser acelerados, vão se chocar no anodo
35:23e aí a gente tem a produção de raio-x.
35:24O gerador de elétrons vai ser aquele nosso catodo.
35:35Então, o que acontece?
35:36A gente vai ligar o nosso aparelho.
35:38Nesse momento que a gente liga o aparelho,
35:40a corrente elétrica vai passar pelo transformador de baixa tensão,
35:44vai cair de 110 para 8 a 10 volts, mais ou menos,
35:48e essa corrente vai ser elevada até aquele filamento de tungstênio
35:51que eu falei para vocês que tem no catodo.
35:53Quando essa corrente passa por esse filamento de tungstênio,
35:57a gente tem o aquecimento desse filamento.
36:00Isso tem um nome, efeito joule.
36:05Com o aquecimento do filamento,
36:07é gerado uma nuvem de elétrons ao redor desse filamento.
36:10Isso também tem um nome, efeito Edison-Richardson.
36:15Pode cair esses nominhos também.
36:17Eu nunca vi questão sobre isso, mas, enfim,
36:20nomes bons para fazer questão de prova.
36:25Então, revisando.
36:27Ligamos o nosso aparelho,
36:29aqui está o nosso transformador de baixa tensão,
36:32a corrente vai passar por aqui,
36:33vai chegar no nosso catodo,
36:35vai aquecer o nosso filamento de tungstênio,
36:38e vai ser gerada uma nuvem de elétrons aqui em volta desse filamento.
36:41Beleza, até aí parou.
36:45Só ligamos o aparelho, nada aconteceu.
36:49Vamos disparar, vamos fazer a nossa exposição.
36:53Quando a gente aperta o nosso botãozinho para fazer a nossa tomada radiográfica,
36:58vai entrar em ação um circuito que passa pela corrente pelo transformador de alta tensão,
37:03que eu falei para vocês que está ligado tanto no catodo quanto no anodo.
37:05Então, vai ser gerada uma diferença de potencial entre essas duas partes,
37:10catodo e anodo,
37:11e isso vai ser responsável pela aceleração daqueles elétrons que foram gerados
37:15e que estavam paradinhos ali em volta daquele filamento,
37:17em direção ao anodo.
37:20Essa aceleração também tem um nome.
37:23Efeito Forrest.
37:24Essa aqui é mais fácil,
37:25porque eu coloquei até uma faixinha para vocês lembrarem,
37:27de Forrest Gump, né?
37:28Dá para lembrar.
37:30Aceleração de elétrons e efeito Forrest.
37:33Então, esse é mais tranquilo de decorar.
37:35Então, nossos elétrons estavam lá paradinhos,
37:40nossa nuvem ao redor do nosso filamento de tungstênio,
37:43disparamos o botão,
37:45a corrente vai passar para o transformador de alta tensão,
37:48vai gerar uma diferença de potencial entre esses dois polos,
37:52e os elétrons vão ser acelerados daqui do nosso filamento do catodo
37:56em direção ao anodo.
37:57Vamos lá, então.
38:04Vamos desde o começo, mas a gente usa a mesma figurinha, não tem problema.
38:08Transformador de baixa tensão,
38:10ligamos o aparelho,
38:11a corrente vai chegar aqui,
38:13no nosso catodo,
38:15vai ser responsável pelo aquecimento do filamento de tungstênio que tem aqui.
38:18Quando a gente aquece o filamento,
38:20gera uma nuvem de elétrons aqui,
38:22que fica paradinha,
38:23esperando o nosso momento de exposição.
38:25Quando a gente dispara o aparelho,
38:28é gerada uma diferença de potencial entre esses dois polos aqui
38:31pelo transformador de alta tensão,
38:33que está ligado aos dois, está vendo?
38:36Essa diferença de potencial vai ser responsável
38:39pela aceleração desses elétrons e direção ao anodo.
38:43E aí, quando eles se chocam aqui,
38:45efetivamente é que a gente tem a produção de raios-x.
38:46Então, o nosso alvo,
38:52ou o nosso anteparo,
38:53vai ser o anodo,
38:54mais especificamente a placa de tungstênio,
38:56que está encostada naquela haste de cobre.
38:59E ele vai ser responsável pela colisão do feixe de elétrons
39:02provenientes do catodo.
39:04Como eu falei para vocês lá no começo,
39:06a produção é altamente ineficiente.
39:08Então, a gente tem 99% de calor produzido
39:11e 1% de raios-x.
39:12Por isso, é importante ter aquele revestimento de óleo
39:14que eu falei para vocês,
39:15para tentar dissipar esse calor
39:17durante a produção de raios-x.
39:19Senão, a gente não ia conseguir nem segurar
39:20no nosso cabeçote.
39:24E por que o tungstênio?
39:25Por que ele que é utilizado
39:27como tanto fonte de elétrons
39:29e como o nosso material de alvo ou anteparo?
39:33Ele tem alto número atômico.
39:35Isso é importante para a efetividade
39:38da produção de raios-x.
39:40Boa condutibilidade térmica.
39:43Já acabei de falar para vocês
39:44que a geração de raios-x
39:46é um processo altamente ineficiente.
39:48Então, a gente tem muita geração de calor.
39:49É importante que a gente tenha
39:50um bom condutor de calor
39:51para dissipar esse calor também.
39:53E ele tem alto ponto de fusão.
39:55Isso também é importante
39:56porque senão a gente derreteria
39:57o nosso alvo, né?
39:58No primeiro choque de elétrons ali.
40:01Então, por isso,
40:02a gente usa o tungstênio
40:03como material para alvo.
40:04Então, aí, mais uma figurinha
40:09daquela para vocês.
40:11Nossos elétrons saem
40:12do nosso catodo acelerados,
40:14se chocam aqui no nosso anodo
40:15e a partir daqui
40:17a gente tem a dissipação do calor
40:19e produção de raios-x.
40:2199% de calor,
40:221% de raios-x.
40:24Ok?
40:24Propriedades do raios-x.
40:30Eles são invisíveis e inodoros,
40:33produzem fluorescência
40:34e fosforescência
40:35em alguns materiais,
40:37propagam-se em linha reta,
40:39impressionam filmes fotográficos
40:41e não sofrem influência
40:42de campo elétrico magnético.
40:44Essas informações também
40:45já foram questõezinhas de prova.
40:47Vocês vão ver mais para frente.
40:51Não são refletidos ou refratados,
40:54atravessam corpos opacos,
40:56né?
40:56O Reunchen, lá naqueles nossos testes,
40:59quando ele descobriu,
41:00também já chegou a essa conclusão.
41:02Possuem velocidade da luz no vácuo,
41:04não sofrem desvios,
41:06produzem efeitos biológicos
41:07e são divergentes.
41:12A gente tem dois tipos de radiação
41:14quando a gente tem a produção do raios-x.
41:17O primeiro tipo
41:18chama de radiação de Brennstrahlung,
41:20que é uma palavra que vem do alemão.
41:22radiação de freamento.
41:26Brennstein de frear
41:27estralam de radiação.
41:30Então,
41:31aqueles elétrons
41:31que foram acelerados do catodo
41:33vão ser freados bruscamente
41:34ao passar perto
41:35de um núcleo de tungstênio,
41:37que tem carga positiva,
41:39ou vão se chocar diretamente
41:40com esse núcleo.
41:42A gente vai ter uma figurinha
41:43mais para frente
41:44para vocês entenderem
41:45um pouco melhor isso.
41:46Mas o desvio desse elétron
41:48da sua trajetória
41:49vai gerar perda de energia cinética
41:51e essa perda de energia cinética
41:53vai ser perdida
41:53sob forma de radiação.
41:55Então,
41:56pensem naquele elétron acelerado
41:58que está saindo ali do catodo,
41:59chegando em direção ao anodo.
42:01O primeiro tipo de interação
42:02que ele tem ali
42:03com o nosso alvo
42:03vai ser do tipo
42:04passar perto
42:05de um núcleo de tungstênio
42:07ou se chocar diretamente com ele.
42:09Ele vai ser fortemente atraído
42:12porque o elétron é negativo,
42:13nosso núcleo vai ser positivo.
42:15E ele vai perder
42:16a energia cinética dele,
42:17alguma parte de energia cinética
42:18sob forma de radiação.
42:19Ele muda sua trajetória
42:21e perde energia
42:22sob forma de radiação.
42:24Radiação do tipo
42:25Bremstrahl,
42:26radiação de freagem.
42:29Também é conhecida como
42:30raio-x comum
42:31ou radiação branca.
42:33Então,
42:33pode cair com esses nomes também.
42:36É a principal fonte
42:37de formação de radiação.
42:40Então,
42:40é isso aqui que a gente tem.
42:42Com a figura
42:43dá para entender um pouquinho melhor.
42:45Nosso elétron
42:46que está chegando lá
42:46acelerado do catodo,
42:48está chegando perto
42:49do nosso alvo
42:50de tungstênio.
42:51Aqui tem
42:52uma estrutura
42:54de tungstênio.
42:56À medida que ele passa
42:56perto do núcleo,
42:58ele sofre uma atração
42:59forte por esse núcleo,
43:01faz uma alteração
43:01na sua trajetória
43:02e essa alteração
43:04de trajetória,
43:05ele perde
43:05parte dessa energia
43:06cinética
43:07sob forma de radiação x.
43:09Tá?
43:11Esse é o primeiro tipo
43:12de radiação produzida.
43:13O segundo tipo
43:16é a radiação característica
43:18que se forma
43:18quando o elétron
43:19acelerado
43:19remove um elétron
43:21das camadas
43:21mais internas
43:22do átomo
43:23ionizando esse átomo.
43:25Então,
43:25o espaço vazio,
43:26ou seja,
43:27essa vacância
43:27que é gerada
43:28vai ser preenchido
43:29por um elétron
43:29de uma camada
43:30mais externa,
43:32mais próxima.
43:33E a diferença
43:33de energia
43:34entre essas duas vacâncias
43:35vai ser perdida
43:36sob forma de radiação x.
43:39Corresponde
43:40a uma fração
43:40bem menor
43:41de formação
43:42de raio x.
43:42Então,
43:42vamos ver a figurinha
43:43que dá pra entender melhor.
43:45Nosso elétron
43:45acelerado
43:46lá do catodo
43:47vai se chocar
43:48com um elétron
43:49aqui de uma camada
43:51do nosso átomo,
43:52vai deslocar
43:53esse elétron
43:54e é gerada
43:55uma vacância.
43:57Ele saiu
43:58aqui da posição.
43:59Ficou
44:00o espaço
44:00dele vazio.
44:03Aí,
44:03um elétron
44:03de uma camada
44:04mais externa
44:05vai ocupar
44:06essa vacância
44:07que foi gerada.
44:08A diferença
44:09de energia
44:10entre essas duas camadas
44:11vai ser dissipada
44:12sob forma de radiação.
44:14Deu pra entender?
44:16Radiação característica.
44:18Mas a maior parte
44:19da produção
44:20de radiação
44:20a gente viu
44:21que ocorre
44:21com aquela radiação
44:22de freamento,
44:23radiação de premistral,
44:24tá?
44:25Passando perto
44:25do núcleo
44:26ou se chocando
44:27com ele.
44:28Então,
44:33eu falei até com as meninas
44:34assim,
44:35pra tirar foto
44:35se quiser,
44:36porque tem bastante foto,
44:37né?
44:37Algumas fotos
44:38as mais importantes
44:39estão na postila
44:39de vocês,
44:40mas se vocês quiserem
44:40tirar foto,
44:41pode tirar à vontade.
44:42É,
44:44dá pra entender bem.
44:45Se vocês quiserem
44:45desenhar também,
44:47facilita um pouco, né?
44:48É, tem no online,
44:51é verdade.
44:52É verdade,
44:53vocês conseguem ver
44:53no online também.
44:54Qual que é?
44:55é porque eu mostrei
44:57pra vocês,
44:57você não estava aqui
44:58no comecinho, né?
44:59A gente está usando
44:59o Freitas e o White Faroá.
45:01São dois livros.
45:02O Freitas é um mais antigo
45:04que cai, assim,
45:05Exército,
45:05é só Freitas que cai.
45:07É um livro antigo,
45:08mas que tem uma leitura gostosa
45:09e cai bastante
45:10nas provas.
45:11E o White Faroá
45:12é um livro mais recente
45:13que cai na marinha.
45:15Então,
45:15eu estou usando basicamente
45:16os dois que são
45:17os principais, tá?
45:19White Faroá.
45:22Depois eu coloco pra vocês
45:23a imagenzinha dele
45:25lá no começo,
45:25que foi o primeiro slide.
45:26O Freitas,
45:27que é o livro mais antigo,
45:29mas que cai bastante também, tá?
45:33Vocês querem tentar desenhar
45:34isso aqui?
45:36Ou pode passar?
45:36Vocês vêm depois no online,
45:37tiram foto.
45:39Então, beleza.
45:40Vamos lá.
45:43Vamos lá.
45:43Interação do raio-x com a matéria.
45:46A gente tem algumas possibilidades
45:47de interação
45:48depois que esse raio-x
45:49foi produzido.
45:51Sem interação,
45:529% essa figurinha
45:53é uma figura do White.
45:559% passam direto
45:57e não sofrem interação nenhuma.
45:597% dos raios-x produzidos
46:01sofrem interação
46:03do tipo dispersão
46:04ou espalhamento coerente.
46:06Tem outros nomes também
46:06que a gente vai ver
46:07cada um daqui a pouco.
46:0927% absorção fotoelétrica
46:11e 57% a maioria
46:13espalhamento Compton.
46:16Então,
46:16esses raios-x
46:17que são gerados,
46:18eles vão sofrer
46:19e atenuações
46:20quando chegam
46:20em contato
46:21com esse paciente aqui.
46:26Vamos ver cada um deles,
46:27então.
46:29Dissipação não modificada,
46:31alguns sinônimos.
46:32Espalhamento coerente,
46:34efeito Thomson,
46:35espalhamento Hay-Light
46:37e espalhamento clássico-elástico.
46:39Tudo isso é sinônimo.
46:40A absorção fotoelétrica
46:43também pode ser chamada
46:44de efeito fotoelétrico
46:45e dissipação modificada
46:47pode ser chamada também
46:48de efeito Compton.
46:51Então,
46:51vamos ver cada um deles.
46:54A questão do exército
46:55que foi anulada,
46:56se eu não me engano,
46:56era sobre isso,
46:57interação do raios-x com a matéria.
47:01O primeiro,
47:02dissipação não modificada,
47:04espalhamento coerente,
47:05efeito Thomson,
47:06todos aqueles sinônimos
47:07que eu falei para vocês.
47:08Nesse caso aqui,
47:09a energia do nosso fóton
47:11vai ser menor
47:12que a energia de ligação
47:13dos elétrons.
47:15Então, o que acontece?
47:16O nosso fóton de raio-x
47:17que foi produzido
47:18vai chegar num átomo
47:20do paciente
47:21e não vai ter energia suficiente
47:24para remover
47:25um elétron desse orbital.
47:27Então, ele vai interagir
47:28com o elétron
47:29das camadas mais externas,
47:31vai vibrar esse elétron
47:32momentaneamente,
47:33vai fornecer
47:34uma certa excitação,
47:36deixa de existir,
47:37e depois essa energia
47:38que foi captada
47:39por esse elétron
47:40vai ser liberada
47:40sob forma de radiação também.
47:43Mas é a menor parte
47:44da interação
47:45porque envolvem
47:45fótons de menor energia.
47:47Então, não é tão interessante
47:48para a gente,
47:49é só para vocês saberem
47:50que realmente existe.
47:52Então, o elétron interado
47:54vai emitir energia
47:55em forma de um fóton
47:56com a mesma energia
47:57do fóton incidente,
47:58sendo em direção diferente.
48:01Então, o fóton
48:02tinha pouca energia,
48:03ele vai apenas excitar
48:04aquele elétron,
48:05e esse elétron
48:06depois vai liberar
48:06essa energia também,
48:07mas não é a energia
48:08suficiente para remover
48:09esse elétron do orbital.
48:11Pode, lógico.
48:14E tem pouca importância
48:15em radiognóstico
48:16justamente por isso.
48:17A energia desse fóton
48:18não é suficiente
48:19para remover o elétron.
48:21Então,
48:22não é muito interessante
48:24para a gente.
48:29O segundo tipo,
48:30absorção fotoelétrica,
48:31a energia do nosso fóton
48:33vai ser um pouquinho maior
48:37ou igual
48:37que a energia de ligação
48:38dos elétrons.
48:40Então, o nosso fóton
48:41vai interagir
48:42com os elétrons
48:43das camadas mais internas,
48:4480% dessa interação
48:46ocorre na camada K,
48:47que é essa mais próxima
48:48aqui do núcleo,
48:49vai remover o elétron,
48:51vai deixar de existir,
48:53e o átomo
48:54vai acabar se tornando ionizado
48:55pois perdeu um elétron.
48:56Então,
49:00o nosso elétron perdido
49:01vai ser chamado
49:01de fotoelétron,
49:03vai dissipar sua energia
49:04no próprio absorvente,
49:05no paciente,
49:06no caso,
49:07e aquela vacância
49:08que foi gerada
49:08vai ser preenchida
49:09por elétrons
49:10dos orbitais mais externos.
49:12Então,
49:12tem produção de radiação
49:13característica
49:14de baixa energia,
49:15nesse caso.
49:19A dissipação modificada,
49:21que é aquela que ocorre
49:21em maior quantidade,
49:23a mais importante,
49:25nela é a energia
49:25do fóton
49:26vai ser maior
49:27que a energia
49:27de ligação do elétron.
49:29Então,
49:29tem energia suficiente
49:30para ionizar aquele átomo
49:31e ainda continuar
49:32fazendo outras interações.
49:35O fóton interage
49:36com o elétron
49:36das camadas mais externas,
49:38parte da energia
49:39do fóton
49:39é utilizada
49:40para remover o elétron
49:41e o restante
49:42continua com o fóton
49:43que muda sua trajetória
49:44e continua
49:45suas interações.
49:50Então,
49:50o elétron retirado
49:51vai ser chamado
49:52de elétron compton
49:53e vai interagir
49:54com o meio
49:54perdendo sua energia.
49:55e o fóton desviado
49:57também vai sofrer
49:58interações
49:58e pode provocar
49:59véu nas radiografias.
50:05Foi?
50:06A questão do exército,
50:07se eu não me engano,
50:08a que foi anulada,
50:10afirmava,
50:12eu não sei se eu acho
50:12que era absorção
50:13fótoelétrica,
50:14falava que a energia
50:14do fóton,
50:15a pessoa que copiou
50:16e colou,
50:17na verdade,
50:17se confundiu
50:18com essa parte
50:18de maior, igual,
50:19enfim,
50:20e colocou que a energia
50:21do fóton
50:21era menor
50:22do que a energia
50:23de ligação
50:23e considerava
50:26como se isso fosse
50:26verdadeiro.
50:27Então, assim,
50:28a questão foi anulada
50:29por conta disso.
50:30O importante
50:31vocês saberem
50:31disso aqui,
50:32só,
50:32eu penso,
50:34é que, assim,
50:34a absorção,
50:36dissipação não modificada,
50:37a energia do fóton
50:38menor que a energia
50:39de ligação
50:40dos elétrons.
50:41Na absorção
50:42fóton elétrica,
50:43maior,
50:44levemente maior
50:45ou igual.
50:46e a dissipação
50:47modificada,
50:48que é a maior
50:49parte das interações,
50:50a gente tem
50:50uma energia
50:51do fóton
50:52suficientemente
50:52grande
50:53para promover
50:54a ionização
50:55desse átomo,
50:56retira o elétron
50:57e ainda continua
50:57interagindo com ele.
50:59Eu acho que isso
50:59é importante
51:00vocês entenderem.
51:01E esses nomezinhos
51:02que eles gostam também.
51:04Posso tirar
51:05uma foto dela?
51:06Pode.
51:07De cada um?
51:08Uma dessa última.
51:09Qual?
51:13Essa?
51:16Essa?
51:20Pode.
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