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O aumento de 9,2% nas exportações de soja do Brasil para a China em junho foi impulsionado pela safra e segue um padrão sazonal, segundo o diretor administrativo da Aprosoja de Mato Grosso, Diego Bertuol.

Em entrevista ao Real Time, do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, ele destacou que mais de 60% da soja brasileira tem como destino o mercado chinês. “Esse momento é normal, estamos no período de escoamento da safra, e a China intensificou as compras por causa dos prazos relacionados à guerra comercial com os EUA”, explicou.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00A China aumenta a compra de soja do Brasil em junho. A alta de 9,2% foi impulsionada pela safra.
00:13O Brasil segue como fornecedor dominante, mas a concorrência americana avança.
00:18Sobre esses números eu falo agora com o Diego Bertual, que é diretor administrativo da
00:22AproSoja de Mato Grosso. Bem-vindo ao Real Time, Diego. Bom dia.
00:26Bom dia, Marcelo. Muito obrigado pelo confite em estar com vocês aqui.
00:32Bom, eu queria entender quais são os fatores que, na sua opinião, influenciaram esse número
00:37positivo das exportações para a China.
00:40Esse momento agora é, vamos dizer que, normal. Nós estamos terminando a safra de soja ali por
00:50março. Então, agora começa o escoamento dessa soja para os seus maiores clientes do Brasil.
00:58E, claro, hoje mais de 60% da soja brasileira vai para o mercado chinês, entre outros da
01:05Europa e da Ásia também.
01:11Sazonal, né? Todos os anos, nessa mesma época, tem esse aumento, é isso?
01:14Tem esse aumento. Claro que a China tem um prazo aí dado para os Estados Unidos com
01:21respeito a tarifas. Assim como nós também temos um prazo agora especulativo para dia
01:26primeiro, eles têm um prazo também para dia 12 de agosto. Então, a China deu uma intensificada
01:34maior nas suas exportações, nas suas importações, comprando do Brasil. Teve um pequeno aumento
01:42ali para o primeiro semestre, né? Porém, isso também traz uma outra realidade para o agro,
01:52para o nosso setor da soja, né? Nós tivemos um aumento na exportação, porém, nós tivemos
01:59um lucro muito menor, né? Comparado com o mesmo período do ano passado, de 2024, nós tivemos
02:06uma queda de 10% da receita. Isso mostra muito o que está acontecendo no agro, no setor do
02:15produtor de soja e no produtor de milho, hoje, aqui no Brasil.
02:19E esse aumento da lucratividade foi decorrência do quê? Os preços internacionais caíram?
02:26Exatamente, Marcelo. Nós tivemos aí, hoje, uma queda no preço da soja, no que vem nos últimos
02:34três anos, né? Então, agora chegou no ápice e, claro, nós estamos confiantes que, nesse
02:43momento, para agora, para a frente, tenha uma melhora para o produtor aqui da base, né?
02:50O que produz mesmo a matéria-prima, seja a soja, seja o milho, aí dessas cadeias.
02:56Agora, Diego, quando a gente fala de guerra comercial, a gente está vendo vários setores aqui da
03:00economia, pedir que o governo, talvez, não aplique a reciprocidade de maneira tão, assim,
03:06estrita, né? Para todos os produtos importados dos Estados Unidos. No caso da soja, a gente
03:11sabe que vocês não vendem muito para os Estados Unidos, mas vocês importam insumos
03:14para ajudar na produção de vocês aqui, dos Estados Unidos?
03:18Sim, importamos. E, como eu posso falar, Marcelo, é uma cadeia, efeitos colaterais que essas
03:28tarifas, que ainda é especulativo, que o presidente dos Estados Unidos diz que a partir de 1º de
03:35agosto vai ser, mas eu acredito que nós temos ainda um prazo para o nosso governo federal conseguir
03:44negociar, né? Nós temos vários ministérios envolvidos, não é só do setor do agro que vai
03:51ser afetado, tem outras pastas também que vão trazer pontos negativos para a economia
04:00brasileira. Nós somos um ministro da agricultura hoje, que ele entende como está o setor do agro,
04:07e ele tem conhecimento, e, claro, ele aconselha o presidente quais são os impactos, né?
04:15Como você disse, diretamente na soja, nós não temos, principalmente falando do estado do
04:21Mato Grosso, onde a prosoja Mato Grosso representa, é bem pouco, mas nós temos outros pontos que vão
04:31ser correlacionados, né? Nós temos muito animais de proteína animal, bovina, que são exportados
04:39interestadualmente, ou seja, para Goiás, para São Paulo, que pode afetar a nossa economia. Nós temos
04:47também a produção de subprodutos da soja e do milho, como rações para animais, que também podem ser
04:54afetados. E nós sabemos que na guerra tarifária não traz nada de benefício, né? Nós podemos ver no último
05:03governo do presidente Trump, não nesse agora, no último, a briga, vamos dizer assim, tarifária entre
05:11os maiores, as maiores economias globais, que era a China e os Estados Unidos, eles demoraram mais de
05:18três anos para conseguir chegar num momento de começar a andar as negociações. Então, nós estamos
05:27falando das maiores economias. Os Estados Unidos, ele tem agricultura lá com uma pequena parte do PIB
05:35deles. Então, eles conseguiram subsidiar o produtor americano para aguentar essas tarifas, diferente do
05:42Brasil. O Brasil, hoje, nós sabemos que o agro, o setor do agro, responde por 30% do PIB do Brasil. Então, eu acredito
05:53que essas tarifas têm que ser negociadas de forma diplomática e o nosso governo federal, com o seu
06:03líder, é usado de forma como estadista mesmo para conseguir chegar num menor prejuízo para os setores
06:12envolvidos. Você pode dar um exemplo para a gente, Diego, de que tipo de produto vocês compram nos Estados
06:18Unidos? Hoje, nós compramos fertilizantes, né? Não muito, mas compramos. Nós compramos os defensivos, seja a matéria-prima
06:29para eles, as moléculas, né? Como também, hoje, nós vemos que nós estamos muitos dependentes da tecnologia dos
06:40Estados Unidos, né? Então, todas essas máquinas que nós estamos vendo passar aqui ao nosso lado aqui, são
06:47interligadas hoje por chips, por módulos, que a maioria de que fornece é os Estados Unidos. Até eu costumo dizer
06:57que hoje nós, de algumas marcas que vendem os implementos agrícolas para o Brasil e para o mundo, nós dependemos
07:05dependemos muitos. E também nós temos as maiorias das empresas que detêm as patentes genéticas, também
07:13são dos Estados Unidos. Então, nós não sabemos até onde pode ir as sanções, mas não é apenas o que nós
07:22vendemos ou o que eles compram de nós, mas pode trazer um colapso muito grande para a nossa economia
07:30do setor do agro. Quer dizer, tudo isso que você acabou de citar, para mim, não é nada inteligente se o Brasil
07:36tarifar, porque vai encarecer os custos de produção aqui do Brasil mesmo, né?
07:41Com certeza. Nós podemos olhar aí para o diesel, né? Hoje nós exportamos diesel bruto para os Estados Unidos
07:49e importamos eles pronto, né? Então, hoje um dos maiores insumos usados para o produtor de todos os setores,
08:01seja produtor de proteína animal, seja produtor de proteína vegetal, seja os fruticultores,
08:09os horticultores precisam do diesel para fazer todo o seu trabalho operacional no campo, né?
08:15Então, aí nós vamos para a segunda etapa, a parte logística, para levar isso, seja para os seus mercados
08:22finais internamente, aqui no nosso Brasil, como também levar para os portos, né?
08:28Então, seria, como você mesmo disse, né, Marcelo? Nada inteligente continuar com essa guerra tarifária, né?
08:40Então, nós temos que ter muita cautela nesse momento.
08:44Tá certo. Diego Bertual, diretor administrativo da ProSoja de Mato Grosso,
08:49muito obrigado pela sua participação hoje aqui no Real Time. Bom dia.
08:53Bom dia, obrigado, Marcelo. Até mais.
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