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Fernando Haddad destacou o alinhamento entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai para fechar o acordo de livre comércio com a União Europeia. Ricardo Rodil, analista da Crwe Macro explica como em meio à tensão entre China e EUA, o Brasil vê oportunidade estratégica de se posicionar globalmente. Infraestrutura, Brics e investimentos também entraram na agenda internacional da semana.

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Transcrição
00:00O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também está em Buenos Aires e afirmou que Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina estão alinhados em torno do avanço do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
00:14Segundo Haddad, há uma oportunidade estratégica para o Brasil se inserir de forma mais competitiva no cenário global, especialmente diante das tensões entre China e Estados Unidos.
00:24A Comissão Europeia anunciou na última segunda-feira que deverá apresentar, nos próximos dias, o texto legal do Acordo de Livre Comércio com o Mercosul para abrir o processo de análise e discutir sua ratificação.
00:36Conversa ótima com os ministros do Uruguai, Paraguai e Argentina, todos muito favoráveis à integração, todos mencionaram a oportunidade de coalizão em torno do objetivo de firmar o Acordo com a União Europeia.
00:52Sem excluir outros acordos, evidentemente, mas vendo ali uma oportunidade importante para o Brasil se inserir nesse terceiro bloco que está hoje exprimido entre China e Estados Unidos.
01:05O acordo deve permitir ao Bloco Europeu exportar mais automóveis, máquinas e bebidas destiladas para o Mercosul e facilitaria a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja.
01:15As negociações para selar o acordo se arrastam há 25 anos, mas o processo de ratificação ainda enfrenta resistência de vários países da União Europeia, especialmente da França, o país mais enérgico em sua oposição.
01:29Em uma semana voltada à agenda internacional, Haddad também se reúne no Rio de Janeiro com os ministros de Finanças da China e da Rússia, além de participar, no domingo e na segunda, da cúpula do BRICS, bloco que reúne 11 países, incluindo o Brasil.
01:46No encontro, o ministro deve abordar políticas do novo Banco de Desenvolvimento e a COP30.
01:53Sobre a importância dessas relações, eu vou conversar agora com o Ricardo Rodil, analista econômico da Cro-Macro.
02:02Ricardo, boa tarde para você, obrigado pela sua participação ao vivo aqui com a gente.
02:06Ricardo, antes de mais nada, em que o Banco do BRICS, conhecido como Banco do BRICS, poderia ser útil para o Brasil?
02:13Olha, boa tarde para você, Fábio e aqueles que nos acompanham.
02:23Na verdade, eu entendo que o Banco do BRICS é muito mais um movimento político do que econômico,
02:31mas, obviamente, terá possibilidades de financiamento, basicamente, do comércio internacional,
02:38entre os países do BRICS e os países do BRICS, até com os países terceiros.
02:47O Banco tem um foco também em projetos de infraestrutura e a gente vê a China, inclusive,
02:52num movimento já há uma década ou mais de uma década, um movimento muito ostensivo,
02:57no sentido de financiar, desenvolver projetos de infraestrutura pelo mundo, claro,
03:01para benefício dela própria também.
03:04Como é que você vê essas possibilidades para investimento no Brasil em infraestrutura
03:08e essa amarração com a China?
03:11Bom, na verdade, eu fui um pouco parcial na primeira resposta,
03:17estava muito mais focado no comércio internacional,
03:19mas eles são os dois grandes, as duas grandes verticais do Banco.
03:23E as próprias preocupações de todos os ministros da Fazenda, ministros da Economia desse país,
03:32que são as duas grandes verticais, o comércio internacional e os investimentos.
03:39Esse é o ponto que, para um país como o Brasil, e, aliás, em geral, os países sul-americanos,
03:48que têm pouca poupança interna, pouca formação de capital, certo?
03:55E dificuldades para investimentos em infraestrutura, investimentos em inovação,
04:02tão necessário no nosso país, realmente é um ponto absolutamente positivo.
04:09Ricardo, a gente falava aqui há pouco de como é delicado esse caminho,
04:13de como é necessário um caminho de buscar outras parcerias,
04:16no momento em que Donald Trump está na presidência americana,
04:20e, ao mesmo tempo, como esse pode ser um movimento delicado,
04:23ao se alinhar muito à Rússia, à China, por exemplo,
04:26e, com isso, sim, dispor com os próprios Estados Unidos, com a União Europeia.
04:30Como é que você avalia esse custo-benefício
04:32dessa parceria com Rússia e China no âmbito do BRICS?
04:36Olha, na verdade, o momento é delicado, mas talvez seja até facilitando pela própria atuação
04:46muito pouco razoável do Trump, e esse aspecto dele de avançar uma coisa e depois retroceder,
04:58isso cria bastante instabilidade e piora a possibilidade de um planejamento de perspectivas.
05:05portanto, isso pode favorecer os acordos com outros parceiros.
05:12Saiu realmente esse acordo parcial do Mercosul com a parte, digamos, dos países escandinavos,
05:19e acredito que a França vai acabar sendo voto vencido na União Europeia,
05:26então vamos ter esse acordo também.
05:29Porque, em termos de investimento internacional, para o Brasil é fundamental.
05:37E, na verdade, em termos políticos, o que influencia nesse ponto, neste momento,
05:47é esse alinhamento, como você falou mesmo,
05:49esse alinhamento com países que não estão muito bem na fotografia,
05:54em termos de relações internacionais, como a China e a Rússia.
06:01Mas isso é um jogo em que a parte fundamental são os interesses do país.
06:08Portanto, acho que, neste momento, nós estamos pendendo um pouco demais
06:14para o lado do relacionamento com esses países, especialmente a Rússia,
06:20que está mais envolvida em problemas geopolíticos na Europa.
06:26A China poderá ter, sempre existe o perigo que a China decida cercar Taiwan,
06:32mas esse é o problema, ao que o Itamaraty sempre teve como norte,
06:39quer dizer, cuidar dos interesses do país.
06:42Países não têm amigos e inimigos, países têm interesses, certo?
06:47Pode ser interesses em ficar mais próximos, pode ser interesses comerciais,
06:51pode ser interesses de investimento, mas esse é o ponto básico,
06:54olhar para os interesses do país.
06:57Tá bem.
06:58Ricardo Rodil, analista econômico da Acromacro.
07:00Muito obrigado, Ricardo.
07:01Bom resto de semana para você.
07:03Eu que agradeço o espaço.
07:05Tudo de bom.
07:06Obrigado, tudo de bom. Valeu.
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