- há 4 meses
Sergio Moro reagiu, no Papo Antagonista desta segunda-feira, a uma declaração antiga de Gilmar Mendes em aprovação ao trabalho da Lava Jato e chamando a condução do país pelo PT de 'cleptocracia'. O mesmo Gilmar Mendes proferiu no último ano julgamento contrário a Moro e em defesa de Lula, julgando Moro imparcial.
--
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL
Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com
Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista
--
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL
Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com
Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Deixa eu... Freitas, põe aquele vídeo do Gilmar, que eu até hoje não consigo entender o que aconteceu.
00:08Aquele da cleptocracia. Põe, por favor, para o pessoal assistir.
00:13A Lava Jato estragou tudo.
00:17Evidente que a Lava Jato não estava nos planos.
00:19Por isso que eu disse, não tem mais relevância nenhuma.
00:22Porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos.
00:26Isso é que ficou tumultuado.
00:28A Lava Jato revelou o quê?
00:30Eu disse isso.
00:31Pelas contas, agora do novo orçamento da Petrobras, 6,8 bilhões destinaram-se à propina.
00:40Se um terço disso foi para o partido, o partido tem algo em torno de 2 bilhões de reais de caixa.
00:47Não é fácil disputar a eleição com isso.
00:48A campanha da presidente Dilma custou 350 milhões.
00:52Por isso que eu disse, eles têm dinheiro para disputar a eleição até 2038.
00:55E deixariam os caraminguados para os demais partidos.
00:59Era uma forma fácil de se eternizar no poder.
01:02Na verdade, o que se instalou no país nesses últimos anos está sendo revelado na Lava Jato.
01:08É um modelo de governança corrupta.
01:11Algo que merece um nome claro, de cletocracia.
01:20Concordo, concordo com ele.
01:22É a única vez que você concorda com o Dilma.
01:24O que aconteceu com o Dilma?
01:25Desse Dilma para o Dilma de hoje, que usa prova ilícita como reforço argumentativo para poder te declarar suspeito, parcial, enfim.
01:36Não, isso tem que perguntar para ele, né?
01:39Eu não posso responder.
01:40Mas você não faz ideia, sim.
01:41O que eu posso dizer em relação à minha atuação é que a gente sempre atuou ali com imparcialidade.
01:50Essa tese da parcialidade é um absurdo.
01:52O que eles pegam?
01:53Ah, o juiz proferiu decisões contrárias ao Lula e à defesa do Lula.
02:01Logo, o juiz é parcial.
02:04Se eu tivesse proferido decisões, de proferir decisões contrárias ao Ministério Público,
02:09deferindo provas que eles requereram, deferindo várias medidas,
02:13diriam daí que eu sou, então, parcial contra o Ministério Público.
02:17Então, é uma tese estapafúrdia.
02:19E, veja, questões jurídicas, elas sempre são controversas.
02:24Você pode discutir ali, mas isso denotar imparcialidade é um absurdo completo.
02:31Então, naquelas, todas aquelas coisas que colocam naquela decisão que foi extremamente ofensiva,
02:37acho que fugiu fora dos padrões normais decisórios de qualquer tribunal,
02:44pelo menos alguns ministros, não tem justificativa nenhuma pra aquilo.
02:51É uma coisa, assim, totalmente fora, sem pena em cabeça.
02:54A própria questão da condução coercitiva.
02:56Ah, não podia ter feito?
02:57Olha, mas se fazia.
02:59Se fazia nos outros casos.
03:00Sim.
03:01Faziam outros juízes.
03:03Depois o Supremo, lá adiante, veio dizer que não podia fazer,
03:06mas, enfim, era a lei da época, o entendimento jurídico era outro.
03:11Então, como é que fica?
03:13Qual que é a justificativa pra dizer que o juiz foi parcial?
03:17Isso é uma fantasia.
03:19Que, no fundo, a fantasia é que visa encobrir os crimes que foram praticados durante o governo do PT,
03:25que é o Petrolão e, antes mesmo, não sei como é que não revogaram ainda as condenações do Bensalão.
03:33Acho que só porque já cumpriram, mas que se não...
03:36Tem um outro aspecto também que foi...
03:40Como é que você avalia a decisão em relação, não só...
03:44Porque, assim, tudo bem, Gilmar, Lewandowski e tal,
03:46mas outros ministros que se posicionaram sobre a parcialidade,
03:50mas também sobre a questão da competência da 13ª vara.
03:54Porque a questão da competência, ela foi firmada e reafirmada uma série de vezes antes.
04:01Porque se fosse uma questão de, olha, a 13ª vara não é competente pro caso do Lula.
04:08Isso foi questionado logo que o Lula foi alvo da Operação Aleteia.
04:12Então, isso poupava os cofres públicos, né?
04:16Você gastar recursos durante anos de um processo inteiro, de uma condenação,
04:24que depois vai ser anulada, que vai passar em três, quatro instâncias e depois vai ser anulada.
04:28Como é que você enxerga esse posicionamento sobre a questão da competência,
04:33já que ela foi analisada pelo próprio Supremo diversas vezes antes e o entendimento foi diferente?
04:39Esses dias eu tive um professor da Harvard, né, aqui no Brasil,
04:43que é o Matthew Stephenson.
04:45Ele é um especialista em estudo de corrupção no mundo e propostas.
04:50E um dos comentários que ele fez foi,
04:51é inimaginável que nos Estados Unidos,
04:54três anos depois de uma condenação criminal dessa,
04:59o tribunal muda de posição e passa a dizer que o juiz é incompetente.
05:03Porque essas questões passaram todas pelo Supremo.
05:06O Supremo autorizou, em março de 2018,
05:11a prisão do ex-presidente Lula.
05:14Não teria sido expedido o mandado
05:16se não tivesse havido essa autorização.
05:18E três anos depois, simplesmente dizer que é diferente?
05:25Aí é aquela insegurança jurídica,
05:27aquela imprevisibilidade,
05:28que a gente não consegue explicar muitas vezes
05:30para o observador estrangeiro,
05:32que olha para o Brasil,
05:33tá, mas...
05:34Se você ouviu de um que foi,
05:36viajou lá para fora,
05:37um conhecido,
05:38e falou, ah, mas...
05:39Em relação ao ex-presidente, né?
05:41Mas ele não estava preso, né?
05:43As pessoas simplesmente não entendem,
05:44não tem como explicar
05:45esse tipo de decisão.
05:49A mesma situação
05:49que a gente viu quando o Supremo começou a mandar os casos
05:54da Lava Jato para a Justiça Eleitoral.
05:57Sim.
05:57Então, até ali,
05:59podia julgar na Justiça Federal.
06:01De repente, não,
06:02tem que mandar para a Justiça Eleitoral.
06:04Mas tem crime eleitoral?
06:06É, muitas vezes, nos casos, não tem.
06:09Não tem um crime eleitoral
06:10que justifique mandar para a Justiça Eleitoral.
06:12Mas porque se utilizou a palavra eleições,
06:15processo eleitoral ou político,
06:17manda lá para a Justiça Eleitoral,
06:20que a gente sabe que não está preparada,
06:22não está estruturada,
06:23para julgar esses casos complexos
06:25de lavagem de dinheiro e corrupção.
06:27Então, assim, escolhas precisam ser feitas.
06:29Quando a gente diz que
06:30essas escolhas são pré-determinadas
06:33pelo pedido da legislação,
06:35nem sempre é assim.
06:37Existem escolhas interpretativas.
06:38E quando você escolhe uma
06:41que você sabe que está mandando o caso
06:44para o cemitério,
06:46enfim, não é essa a resposta
06:48que acho que a nossa Constituição demanda.
06:51Porque essa impunidade
06:53da grande corrupção,
06:55ou essa criação,
06:56acho que é palavras até do ministro Barroso,
06:58nós estamos criando um país
07:00de delinquentes ricos
07:01e impunes.
07:03Como é que a gente vai construir
07:05um país decente?
07:06Como é que a gente vai construir prosperidade
07:09em cima de uma ideia dessa?
07:12É impossível.
07:13Por isso que o grande erro,
07:14a meu ver,
07:15dessas eleições,
07:18é obscurecer esse debate.
07:21Porque as pessoas,
07:22ah, é só acertar a política econômica
07:24que o país vai voltar a crescer
07:26e vai voar.
07:27Não é.
07:28Não é.
07:29Não se constrói um país
07:31em cima de uma farsa
07:33ou em cima
07:35de falta de integridade.
07:38Chega na tua empresa aqui
07:39para os teus funcionários antagonistas
07:41e diz,
07:42pessoal,
07:43pode vocês fazer o que vocês quiserem.
07:46Se quiser meter a mão no caixa da empresa,
07:48pode ficar à vontade.
07:50Vamos rasgar,
07:51não sei se vocês têm aqui um código de ética,
07:53mas se não tem algo escrito,
07:54tem regras informais.
07:56Aqui está no DNA.
07:57Aqui está no DNA.
07:59Rasga tudo
08:00e agora Deus dará.
08:01Não dá certo em lugar nenhum.
08:03As empresas do mundo inteiro
08:05que hoje têm buscado prosperar
08:07e avançado,
08:08inclusive as maiores empresas brasileiras,
08:10que elas têm feito
08:11programa de integridade,
08:14têm defendido aquelas políticas
08:15que elas façam a coisa certa.
08:18Como é que você acha
08:19que um país vai dar certo
08:20seguindo no caminho oposto?
08:22Não vai dar certo.
08:24Infelizmente.
08:24Por isso que a gente precisa
08:26restaurar isso
08:27através da política.
08:29Freitas,
08:30põe aqueles outros dois áudios,
08:33porque a gente está falando
08:34de parcialidade,
08:37de que o juiz tem que ser imparcial,
08:38etc.
08:39Mas eu queria a sua opinião
08:43sobre esses dois áudios
08:44que foram obtidos
08:45em diferentes operações
08:46de conversas
08:49de um ministro do Supremo
08:50com investigados,
08:51com outro que tinha acabado
08:52de sofrer uma operação.
08:53Põe, por favor.
08:54Põe na sequência.
08:56Oi, Gilmar.
08:57Alô?
08:58Oi, tudo bem?
08:59Oi.
09:00Você sabe um telefone
09:02que você poderia dar
09:03em enorme que me ajudaria
09:05na condução lá?
09:07Não sei o que é da relação
09:08com ele,
09:08mas ponderando.
09:09Enfim, é um final,
09:10dizendo que me acompanhe lá,
09:12que era importante.
09:13Era o Flecha, viu?
09:15Flecha, tá bom.
09:16Fala com ele.
09:16Porque ele é o outro titular
09:18da comissão.
09:19Somos três, sabe?
09:20Tá bom.
09:21Eu falei com a Anastasia
09:23e falei com o Tasso.
09:24Tasso não é da comissão,
09:25mas a Anastasia,
09:26a Anastasia disse,
09:27ah, tô tentando construir.
09:28Dá uma palavrinha com o Flecha
09:34da importância disso
09:34e no final,
09:35dá um sinal pra ele,
09:36porque também ele não é muito assim, né,
09:37pra gente entender
09:38a profundidade da coisa.
09:40Acompanha a posição da Oeste lá,
09:42que eu acho que é mais treinando.
09:42Porque o que a gente pode fazer
09:44no limite?
09:46Apresenta um destaque
09:47pra dar um satisfatório ao lugar
09:48e vota o texto,
09:49que vota antes, entendeu?
09:50Uhum.
09:50Destaque, destaque, destaque.
09:53Depois não vai ter voto, entendeu?
09:55Pelo menos não vai ter voto o texto
09:56e dá uma satisfação
09:59pra não parecer que a bancada
10:01também foi toda contrariada, entendeu?
10:04Se você pudesse ligar pra Flecha aí,
10:06falava...
10:06Eu falo com ele, falo com ele.
10:07Ligo pra ele, ligo pra ele agora.
10:09Ligo pra ele agora.
10:10Tá bom.
10:13Alô?
10:14Lúcio, ministro.
10:15Governador, que confusão é essa?
10:17Ah, barbaridade, ministro.
10:19É uma loucura, viu?
10:20Que coisa?
10:21Eu tô sabendo isso agora.
10:22É, uma decisão aí do Toff.
10:24Eu acho que ele pediram do Blairo, né?
10:27Uhum.
10:29E junto com o Blairo,
10:30mandaram aí, meu,
10:31de outros,
10:31uma delação do...
10:34desse Júnior aqui,
10:35desse Ararat, sabe?
10:37Uhum.
10:38Não, as coisas,
10:39que nem uma busca para esse...
10:40que o Toff demite
10:41em determinado mercado,
10:42não tem nem sentido.
10:44Diz que é um dinheiro
10:45que eu peguei na campanha
10:46pra 2010,
10:48e que eu não sei o que é,
10:49que eu vou ter que olhar
10:50no processo, viu, ministro?
10:51Uhum, uhum.
10:52E não tem,
10:54graças a Deus,
10:55não tem nada aqui
10:56que levaram,
10:57a não ser uma arma
10:59com registro vencido,
11:00que eu não achava...
11:01Eu achava que vencia porte,
11:03registro não.
11:04Uhum, uhum.
11:05Então, a única coisa,
11:06e mais nada.
11:08Uma loucura, viu?
11:09Que loucura.
11:11É.
11:12Que loucura.
11:14Eu vou...
11:14Eu vou...
11:15Eu vou...
11:15Eu vou começar com o Toff.
11:17É, eu não sei o que que é,
11:18foi embasado nisso aí
11:20que ele falou,
11:21que é o cara que falou,
11:22agora eu não conheço,
11:23eu vou ter que ir agora
11:24o advogado aí na manhã,
11:25e fazer, pegar a cota,
11:27e o que que é esse dinheiro
11:29que ele fala,
11:29aí próximo de 4 milhões,
11:31que eu teria pego
11:32pra campanha,
11:33que ele teria dado
11:34pro Eder
11:35e pagar umas coisas,
11:36eu não sei o que que é isso.
11:37Uhum, uhum.
11:38E é com isso
11:39que fizeram a busca e a pressão
11:41aqui em casa.
11:43Meu Deus do céu.
11:45É.
11:46Que absurdo.
11:48Eu vou...
11:48Eu vou lá,
11:49depois que for o caso,
11:49a gente conversa.
11:50Tá bom, então, ministro.
11:51Obrigado pela frente.
11:52Um abraço aí,
11:53e sou da realidade.
11:54Obrigado, ministro.
12:02Bem,
12:03por isso que eu defendi,
12:04defendendo que eles vão lá,
12:05aquele filho
12:05que foram aproveitados,
12:07pra gente tirar o Supremo
12:08dessas questões, né?
12:10Eu acho que
12:11o Supremo se valoriza
12:13quando ele fica lidando
12:14com as grandes questões
12:15constitucionais,
12:17quando ela fica aplicando
12:19no varejo,
12:19lei penal,
12:20assim,
12:21geram essas situações,
12:23geram essas situações,
12:26assim,
12:26que não são muito
12:27desejáveis, né?
12:29E aí
12:34E aí
12:35E aí
12:36E aí
12:37E aí
12:38Legenda por Sônia Ruberti
Recomendado
17:42
|
A Seguir
6:45
7:17
0:44
12:01
2:24
9:22
12:14
15:49
11:30
Seja a primeira pessoa a comentar