- há 4 meses
Potencial de Moro é maior que o de Bolsonaro
DESC/SITE: Jair Bolsonaro precisa desistir para que Lula não vença e que Sergio Moro tenha chance. No Papo Antagonista desta quarta-feira (2), Claudio Dantas e Mario Sabino comentaram o resultado da pesquisa do Instituto Paraná, que analisou os potenciais de votos dos presidenciáveis.
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DESC/SITE: Jair Bolsonaro precisa desistir para que Lula não vença e que Sergio Moro tenha chance. No Papo Antagonista desta quarta-feira (2), Claudio Dantas e Mario Sabino comentaram o resultado da pesquisa do Instituto Paraná, que analisou os potenciais de votos dos presidenciáveis.
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NotíciasTranscrição
00:00Mário, vamos comentar aqui a pesquisa do Instituto Paraná?
00:03Coincide, né? A gente está sempre fazendo o programa, sempre comentando pesquisa aqui.
00:07Porque coincide de sair no mesmo dia.
00:10Bom, saiu essa pesquisa, ainda há pouco, nós subimos os números.
00:14O Lula mantém, naturalmente, aí a liderança com 52,5% das intenções de voto.
00:21Perdão, eu estou falando aqui do potencial.
00:24Lula tem 40,1%, sim, cenário estimulado de primeiro turno, né?
00:29Lula aparece com 40,1% das intenções de voto.
00:33Jair Bolsonaro com 29,1% e o Moro com 10,1%, tá?
00:38Ele tem aqui, pelo menos, quase o dobro do Ciro e o Dória.
00:42E o Ciro tem quase o dobro do Dória.
00:44É um cenário mais ou menos estável dessas pesquisas.
00:48Aí sim, para acrescentar no teu comentário,
00:51aqui o resultado do potencial de voto, que pega aquele voto certo
00:57e aquele eleitor, né?
00:59Aquele voto que é um voto considerável, né?
01:04O eleitor, ele é questionado se ele votaria com certeza em determinado candidato
01:08e se ele poderia votar naquele candidato.
01:11Então, aí sim, nós temos o Lula somando 52,5% dos votos,
01:17o Moro com 45,8% dos votos,
01:21e o Bolsonaro com 41,6%.
01:25É assim, intenções de voto dentro desse critério, então, de voto potencial.
01:31Aqui uma novidade, né?
01:32O Moro ultrapassando o Bolsonaro
01:34e se colocando aqui como uma espécie de segundo lugar nesse potencial.
01:41Bom, a pesquisa também avaliou ali a rejeição do governo,
01:45que se mantém alta, 50,2%,
01:47e também aquele voto no Lula com ou sem Alckmin.
01:53E aí, mais ou menos, repetindo aquele cenário de 70% dos eleitores do Lula
01:58mantendo a opção de voto no Lula.
02:02O que você achou desse cenário que a pesquisa do Instituto Paraná
02:06trouxe nesta quarta-feira?
02:09Eu não entendi uma coisa só na nossa matéria.
02:11É o seguinte, o Dória, se não me engano, tem ali 64% dos eleitores,
02:18dos entrevistados,
02:19disseram que não votariam dele em jeito nenhum.
02:22Isso é a rejeição do Dória, certo?
02:24Rejeição.
02:25E a rejeição do Moro e a rejeição é o restante do potencial de voto?
02:31É o que completa 100%?
02:33Exato.
02:34Então, o potencial de voto,
02:36a gente está falando de rejeição.
02:37É uma maneira de falar de rejeição,
02:40só que de uma maneira contrária, é isso?
02:42Pelo avesso, digamos assim?
02:44É como se fosse uma primeira opção de voto
02:46e uma segunda opção de voto,
02:47porque aquele sujeito que ainda não tem a convenção,
02:50ali 100%,
02:51aí a pesquisa faz...
02:54É, mas...
02:55Entendi, entendi.
02:57Tá bom.
02:57Então, assim, não votariam...
02:58É, mas é aquilo.
02:59Então, não votariam de jeito nenhum.
03:00A taxa de rejeição do Lula é 45, é isso?
03:03Está meio pequeno.
03:0345,8.
03:0445,8, 56 e do Moro é 44.
03:09É, o Moro tem uma taxa de rejeição semelhante à do Lula.
03:13Semelhante à do Lula.
03:14É.
03:14E o João Dória, como esperado, 64%.
03:17O Ciro tem uma taxa de rejeição grande também, né?
03:22Olha, é...
03:24A gente fala em potencial de voto,
03:26o que a gente está falando é de rejeição também, né?
03:29Obviamente.
03:29Ou seja, o que não é potencial de voto é rejeição, né?
03:33O Bolsonaro está, como mostra, inclusive, os últimos movimentos em Brasília,
03:51ele está cada vez mais fraco, aparentemente, né?
03:54Então, assim, o Moro terá alguma chance se o Bolsonaro desistir?
04:04Retorno.
04:09Você não ouviu nada, é isso?
04:11É, não, eu estava pedindo aqui, ele entendeu que era para me colocar na tela de novo,
04:14mas, na verdade, eu estava pedindo para aumentar o seu retorno aqui no estúdio,
04:16que eu estou te ouvindo.
04:17Então, o que eu estava dizendo é que o Moro terá alguma chance
04:24de ir para o segundo turno se o Bolsonaro desistir.
04:30Porque se ele não desistir,
04:32muito possivelmente o Lula leva no primeiro.
04:36Porque o antibolsonarismo falará mais forte.
04:39É o quadro que está se afigurando.
04:42Então, não é uma má notícia para o Moro chegar em dois dígitos.
04:49Eu não sei qual é a margem de erro, a gente também não deu,
04:51a gente precisa dizer qual é a margem de erro, né?
04:53Deu, demos?
04:54Deu, deu sim.
04:55Qual é a margem de erro?
04:57Dois pontos percentuais.
04:59Dois pontos.
05:00Então, quer dizer, isso significa que o Moro oscila entre 8 e 12, né?
05:04Ele pode estar com 12, mas pode também estar com 8.
05:07Se estiver com 12, melhora.
05:11E se os outros estiverem 2 a menos, né?
05:15Mas eu estou convencido de que o Bolsonaro ou desinfla muito,
05:24mais do que a gente imagina,
05:28mas aí ele vai dar chance ao Lula.
05:33Ou ele desiste e o Moro passa a ser a segunda opção.
05:41Porque é curioso o que está acontecendo.
05:43Eu não estou vendo muito uma migração, pelo menos,
05:46veja, ainda está muito cedo, né?
05:47A campanha mesmo não começou.
05:49Mas eu não estou vendo uma migração
05:51de eleitores desiludidos com o Bolsonaro para o Moro.
05:55O que eu estou vendo é gente que rejeita o Bolsonaro
05:59indo para o Lula.
06:03É isso que a gente pode concluir a partir dessas pesquisas.
06:10Tem um aspecto daqui da pesquisa espontânea
06:13que eu acho que é relevante, Mário,
06:14que nós temos 37,8% de entrevistados
06:18que disseram não ter candidato ainda para presidente.
06:21É, esse é um dado relevante também.
06:24Esse talvez seja o dado mais relevante de todos, né?
06:29Agora não é mais...
06:33Já começa a ficar um pouco estranho,
06:36porque assim, já não é mais o nem Lula nem Bolsonaro.
06:39Já passa a ser também um pouco o nem Moro,
06:41se você olhar de uma perspectiva mais pessimista para o Moro.
06:46Porque a candidatura do Moro está colocada, né?
06:50Ainda não começou a campanha, mas está colocada.
06:53Agora, de qualquer maneira,
06:54são 37% de brasileiros que podem estar,
07:00que podem sim votar no Sérgio Moro,
07:04mas que também podem chegar à conclusão
07:06de que o negócio é votar no Lula.
07:09Eu acho que desse...
07:10Ou até mesmo no Bolsonaro.
07:12Embora eu acho que desse percentual,
07:14pouca gente votaria no Bolsonaro de novo,
07:17eu tendo a crer, né?
07:19Votaria ou num outro, num outro nome.
07:23Então, assim,
07:26é tudo muito inconsistente ainda, né, Cláudio?
07:29Não dá para fazer análise de...
07:32O que eu acho apenas é que nós continuamos no mesmo pé, né?
07:38As pré-candidaturas, os acordos,
07:41eu imagino que a gente vai abordar isso, né?
07:43Estão sendo bordados, né?
07:48Está todo mundo...
07:49Um monte de gente ainda está esperando
07:51para ver para onde vai o vento, né?
07:53Isso.
07:55Tem uns desembarcando, outros embarcando.
07:58Tem gente desembarcando no Bolsonaro,
08:01tem gente embarcando no Lula.
08:04E, em relação ao Moro,
08:05eu não estou vendo muito embarque até o momento.
08:08Continuamos naquele pé ali, né?
08:10A candidatura do Moro continua naquele pé de...
08:14Naquele pé sem chão, né?
08:18Muito, né?
08:20Questão partidária,
08:22marqueteiro,
08:24apoios.
08:27É lá.
08:27Vamos tocar.
08:30É, quando você menciona essa história da divisão do eleitorado, né?
08:34É muito claro aqui,
08:35porque esses 37,8% na espontânea,
08:38quando você põe a estimulada,
08:39ele se divide.
08:41E aí vai uma parte maior para o Lula,
08:44né?
08:44Que sai da espontânea de 26% e vai para 40%, né?
08:49E sai uma pequena parte,
08:51uma parte menor,
08:53que faz o Bolsonaro sair de 21,7% para 29%, né?
08:58Então, você tem uma divisão.
09:01E tem uma outra parte que, claro,
09:02tem uma parte que também tira o Moro de 2% e pouco para 10%, né?
09:10E o resto vai se diluindo ali nos demais candidatos.
09:13Mas aí é aquilo,
09:16é aquela dinâmica que a gente já...
09:18A gente vem acompanhando,
09:19vem alertando, né?
09:20Se o Moro, naturalmente,
09:22sobe dois, três pontos aí
09:24e mostra que tem capacidade, né?
09:27Para bater o Lula,
09:29para ir para um segundo turno com o Lula,
09:31aí os antipetistas...
09:33Aí talvez aconteça essa migração maior
09:36que você não está vendo acontecer agora, né?
09:39Pode ser.
09:40Agora, eu estou lendo aqui muitos leitores, viu?
09:43Cláudio, e a gente...
09:44Sempre que nós publicamos dados de pesquisas,
09:47não importa a pesquisa,
09:49você tem sempre aquele grupo, né?
09:51Ah, não acredito em pesquisa,
09:53isso é mentira,
09:54as pesquisas erram sempre.
09:55Olha, não é verdade que as pesquisas erram sempre.
09:59Muita pesquisa já saiu errada.
10:01Houve, sim, em 2018,
10:02houve ali esses grandes institutos,
10:06depois disseram que só pegaram o movimento, né?
10:08A tendência final lá nos 45 do segundo tempo e tudo mais.
10:16Assim, tá bom.
10:18Acontece.
10:18Há distorções,
10:20a maneira como as entrevistas são feitas
10:23nem sempre espelham
10:24a realidade das intenções de voto
10:28de uma maneira mais precisa e tudo mais.
10:31Mas é importante entender que,
10:35apesar do termômetro ser sujeito a variações indesejáveis,
10:40é o termômetro que se tem.
10:43E todos os candidatos se movem por meio das pesquisas,
10:48sejam as pesquisas registradas no TSE e tornadas públicas,
10:53sejam os trackings que eles mesmos fazem, né?
10:57Os seus partidos.
10:58Então, não adianta ficar questionando muito pesquisa.
11:02Óbvio, o que importa mesmo é o resultado da urna.
11:06E as pesquisas, muitas vezes,
11:08não retratam com fidelidade o que aconteceu, né?
11:14O que está para acontecer.
11:16Mas é o termômetro que se tem.
11:18Então, eu não...
11:19Eu fico um pouco...
11:21Ah, essa pesquisa é isso.
11:22Tem pesquisa fajuta, é óbvio que tem pesquisa fajuta, né?
11:26Mas, por exemplo, o Paraná Pesquisa foi um bom instituto lá em 2018, né?
11:33Não errou.
11:36Não errou.
11:37Não errou.
11:39Então, teve ali...
11:42Se eu não me engano, foi uma questão só de percentual na última pesquisa.
11:47Mas ele já apontava uma tendência que as outras pesquisas demoraram um pouco mais para indicar.
11:56Então, não é verdade que todos os institutos são ruins, todos os institutos são fajutos,
12:01todos os institutos são mal intencionados.
12:04Há problemas na metodologia, há problemas na maneira como são feitas as perguntas,
12:07a ordem das perguntas, né?
12:09Isso pode induzir engano, pode induzir a erro e tudo mais,
12:12mas é o termômetro que se tem, não adianta negar, não adianta jogar foto para a conta.
12:20Você vê, é curioso a gente ver, especialmente nas redes sociais aí,
12:25quando desagrada, a pesquisa desagrada, traz um dado que desagrada,
12:29aí o pessoal senta a crítica na pesquisa.
12:33Se traz um dado favorável, aí aplaude a pesquisa.
12:36E a gente, como você mencionou, nós temos a obrigação de registrar todas as pesquisas,
12:42porque essas pesquisas estão registradas no TSE.
12:45E, claro, se alguma pesquisa aponta, traz algum tipo de inconsistência,
12:53essa inconsistência deve ser apontada por outros, pelos partidos,
12:57pelos candidatos que estão concorrendo, que se sintam prejudicados.
13:00Então, é bom que se diga isso.
13:02Os resultados, né, Cláudio?
13:03A gente, quando analisa a pesquisa, a gente, às vezes, nota, assim,
13:06dados um pouco discrepantes e tudo mais.
13:09Mas existe uma coisa chamada margem de erro na pesquisa, né?
13:14Se as pesquisas fossem falíveis, elas não teriam margem de erro,
13:16elas têm margem de erro, né?
13:18Tudo bem, tem a tal da confiabilidade, enfim,
13:20que é uma coisa um pouco mais complicada para se entender, né?
13:25Mas, assim, a gente está longe dos tempos em que as pesquisas eram totalmente,
13:32completamente, muitas delas distorcidas e deturpadas, enviesadas, né?
13:39Ainda existem essas pesquisas.
13:41Mas os grandes institutos e tal, até porque eles vivem disso, né?
13:45Claro.
13:46Olha, um grande instituto, é importante que as pessoas entendam
13:48que esses institutos, eles têm que sobreviver também entre as eleições, né?
13:55Então, eles fazem pesquisas sobre produtos,
13:57pesquisas de opinião sobre diversos assuntos.
13:59Então, isso não pode ser uma picaretagem o tempo inteiro.
14:02Estou aqui fazendo defesa dos institutos de pesquisa.
14:04Estou dizendo o seguinte, é um negócio que, se é muito picareta,
14:09demais picareta, não sobrevive, né?
14:14Não sobrevive.
14:15Ou sobrevive aí às expensas de dinheiro sujo, tá certo.
14:20Mas os grandes institutos, os grandes mesmo, né?
14:24Não tem esse...
14:27Não acredito que haja um viés assim capaz de mudar o resultado de uma eleição, sabe?
14:33Eles podem detectar com atraso algumas coisas, isso sim.
14:37Eles podem rever algumas metodologias,
14:41porque aquelas metodologias estão muito discrepantes.
14:43Agora, a gente sabe, né, Cláudio, também que os institutos,
14:46eles se ajustam entre si, né?
14:48Existe também isso.
14:49O cara não quer ficar fora.
14:50O que não significa necessariamente desonestidade, né?
14:53Não.
14:54Nem ajeitada com a mão.
14:56É que, pô, se você falar que está muito discrepante em relação aos outros,
14:59das outras pesquisas,
15:00isso pode indicar que a sua metodologia está errada.
15:03O seu questionário está sendo feito de uma maneira inconsistente.
15:09Então, enfim.
15:11Vamos dar um crédito para as pesquisas, vai.
15:13Até porque, volto a dizer, os políticos e os partidos dão esse crédito.
15:18Eles podem até ir para a frente da televisão e dizer
15:20ah, não acredito em pesquisa.
15:21Mas está todo mundo lá olhando pesquisa, fazendo pesquisa
15:23e se guiando nas alianças ou nos desembarques
15:28por causa de pesquisa.
15:43E aí
15:48E aí
15:50E aí
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