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Uma pesquisa da XP mostrou que Jair Bolsonaro perderia em um eventual segundo turno contra Sergio Moro em 2022. No Papo Antagonista desta segunda-feira, Felipe Moura Brasil, Mario Sabino e Helena Mader comentaram o cenário que se desenha para as próximas eleições.
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NotíciasTranscrição
00:00O presidente Jair Bolsonaro seria derrotado pelo ex-ministro Sérgio Moro em um eventual segundo turno em 2022, segundo a XP.
00:07A pesquisa indica que Moro ficaria com 36% dos votos contra 33% de Bolsonaro, portanto uma diferença de três pontos.
00:16O presidente venceria os outros possíveis candidatos com uma vantagem mínima.
00:20Contra Luciano Huck, Bolsonaro venceria por 38% a 34%.
00:25Contra Fernando Haddad, o placar ficaria em 42% a 37% para Bolsonaro.
00:32Contra Ciro Gomes, Bolsonaro seria eleito por 40% a 37%.
00:38A pesquisa da XP também avaliou a popularidade de Jair Bolsonaro.
00:42Subiu de 35% para 40%, não a popularidade, a fatia dos entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo.
00:51E aqueles que consideram o governo ótimo ou bom passaram de 38% para 32% em relação a dezembro, portanto uma queda de seis pontos na popularidade, no ótimo ou bom do presidente.
01:05De acordo com a pesquisa, essa é a primeira ocasião desde julho de 2020 em que a avaliação negativa supera a positiva.
01:12Quando se trata da percepção dos entrevistados sobre a atuação de Bolsonaro durante a pandemia, os números são ainda piores.
01:20Para 52% a atuação do presidente é ruim ou péssima.
01:24Em dezembro eram 48%.
01:26Apenas 23% consideram a atuação do presidente ótima ou boa.
01:32Aliás, você vê aí muitos ativistas bolsonaristas, a turma passadora de pano, que falam,
01:36não, é, realmente eu não acho que o presidente teve a melhor condução na pandemia, e aí pronto, começa a passar pano para todo o resto.
01:43Vocês vejam que a condução dele na pandemia já vai se tornando um consenso majoritário
01:49e uma concessão que o ativista que defende, o presidente, acaba precisando fazer, pelo menos aqueles que não são all in,
01:56como a gente se chama, que entram de cabeça para defender 100% das coisas.
02:02Aqueles que precisam enganar um pouquinho.
02:04Mário, o que você achou desses resultados?
02:06É muito cedo ainda para traçar o cenário?
02:08Olha, cedo, obviamente, é.
02:12Mas o que me chama a atenção não é tanto o fato do Moro, teoricamente, vencer o Bolsonaro,
02:18é a diferença maior do Bolsonaro em relação ao Haddad.
02:24Ele venceria por cinco pontos de diferença, que vai além da margem de erro.
02:30Ou seja, só mostra que, de fato, o melhor, o melhor concorrente para o Bolsonaro continua sendo um petista,
02:40o PT, né, e é os esforços do Bolsonaro para que o seu candidato oponente, né, no caso dele concorrer mesmo,
02:50ser um petista, eles vão se esforçar bastante para que isso ocorra.
02:55Chama a atenção também que você veja que tem uma rejeição maior ao PT, né, no culpado do eleitorado,
03:03evidentemente, porque você tem mais gente votando no Bolsonaro contra um petista,
03:11do que em relação ao Ciro Gomes, que foi apenas de três pontos.
03:15Então, assim, a questão da esquerda e da direita está mais fraca,
03:22mais do que a relação qualquer um e PT, né, o PT, o PT, ele passou a ser descolado, né,
03:31da esquerda, me parece, olhando assim, visto que, se fosse uma questão de esquerda e direita,
03:38o número, né, a diferença entre Ciro e Bolsonaro deveria ser mais ou menos a mesma
03:45do que Ciro, do que Bolsonaro e Haddad.
03:49É óbvio que a gente está falando aqui de imagens muito pequenas,
03:52estamos aí muito, muito cedo ainda para se falar em eleição em 22,
03:57embora só se pense nisso, né, mas mostra, no geral, no quadro geral,
04:02de fato mostra um desgaste do Bolsonaro, seja na pesquisa presidencial, né, de eleição,
04:08seja na percepção do eleitor em relação ao governo e à atuação do presidente da República
04:15quanto à pandemia.
04:18É por isso que eu acho que a relação ao Dória, a gente está falando do Dória, né,
04:24de fato a gente não sabe se a vacina vai eleger o Dória, né,
04:29agora as confusões...
04:31Que tem forte rejeição aqui em São Paulo.
04:32Que tem forte rejeição aqui em São Paulo.
04:34Agora, as confusões que o Bolsonaro, as confusões, as irresponsabilidades, os absurdos e tudo mais,
04:41os aspectos criminosos, né, certamente influenciarão na perda de popularidade,
04:48na perda de votos do atual presidente da República.
04:51Foi bom você trazer de volta esse ponto do bolsonarismo querer o PT como adversário,
04:57porque hoje mesmo o Jair Bolsonaro estava insistindo nessa polarização com o PT.
05:02Numa dessas declarações decorrente da vacinação, ele falou o seguinte,
05:07no Brasil temos liberdade ainda.
05:09Se nós não reconhecermos o valor destes homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar.
05:15Imagine o Haddad no meu lugar.
05:17Como estariam as forças armadas com o Haddad em meu lugar?
05:21Feche o aspas.
05:22Ele, mais uma vez, outro dia, semana passada ainda, o Bolsonaro voltou a falar,
05:27não, a imprensa está querendo o Haddad, porque a imprensa quer ter o dinheiro que perdeu e tal.
05:34Como se o governo Bolsonaro também não distribuísse verba publicitária aí para as emissoras amigas.
05:38Ele sempre dá um jeito de trazer de volta o Haddad para tentar se limpar na sujeira petista.
05:44Então é essa polarização da qual ele precisa para que a sujeira bolsonarista,
05:50em comparação com a magnitude da sujeira petista, possa se tornar um mero detalhe
05:56e ele tentar investir num discurso ideológico, numa outra coisa, fora desses problemas vitais
06:01com os quais o Brasil está lidando nesse momento.
06:04Helena Mader, qual é a sua avaliação aí desses cenários?
06:07Felipe, com relação a essa queda de aprovação, eu acho que com toda a lambança que aconteceu na vacinação,
06:16e a gente sabe que isso não vai ser resolvido a curto prazo,
06:18o Brasil ainda não está conseguindo trazer vacina da Índia, nem insumo da China para produzir vacina aqui,
06:26então o desgaste da vacinação vai durar um bom tempo.
06:29Com isso, o que deve acontecer?
06:31Com o início agora do ano legislativo na Câmara e a eleição para presidente,
06:36se ganhar o Arthur Lira, que é o candidato do Bolsonaro,
06:39a tendência é que o presidente tente passar aí projetos para tentar aumentar a popularidade dele.
06:44E aí a gente inclui um novo programa social, ou a mudança no Bolsa Família,
06:50e o que é muito previsível também de acontecer é tentar furar o teto,
06:55seja para lançar obras, para lançar novos programas, projetos, enfim,
07:00formas de driblar a baixa aprovação por conta da vacinação.
07:04Então a gente pode ficar atento aí que em fevereiro é líquido e certo que o governo vai tentar
07:09reduzir o desgaste causado pela demora da vacinação,
07:15com outras formas aí de apresentar resultado para a população.
07:19É, ele está doido, mas só para concluir o programa, para conseguir essa quase que trifeta governamental,
07:26como se fala lá nos Estados Unidos, quando um partido consegue Casa Branca, Senado e Câmara,
07:31o Bolsonaro está querendo emplacar ali o Arthur Lira na Câmara e o Rodrigo Pacheco no Senado.
07:38E aí ele vai tentar dar migalhas à direita, alguma coisinha a ser aprovada para tentar atrair o público direitista
07:48e o seu núcleo mais fanático, e vai tentar trazer ali a população que estava aprovando,
07:55pelo menos até esse mês, com base no auxílio emergencial,
07:58embora não tenha muito dinheiro para tirar, não se sabe de onde.
08:02Então o Bolsonaro está querendo ali aquele controle do Congresso.
08:05O que você acha que pode sair disso?
08:06Bom, boa coisa não sai nunca de lá, né?
08:10Eu acho que esse raciocínio de que a esquerda está se descolando do PT,
08:19eu acho que é um raciocínio válido.
08:21Eu acho que essa pesquisa da XP, como eu disse, mostra um pouco isso.
08:25Então, o que eu quero dizer é que esse discurso, o discurso em 2022, se ficar nisso,
08:31vai ser, pode ser anacrônico, ou seja, entre esquerda e direita, pode ser anacrônico em relação a 2018.
08:38Porque você pode ter um candidato forte de esquerda não sendo um petista.
08:42Eu acho que o PT realmente é um problema para o PT.
08:49Ele é um problema para ele próprio.
08:51Não acho que ele terá condição de eleger um presidente da República.
08:53tudo que o Bolsonaro espera é ter um oponente do PT, evidentemente.
08:58Mas é um anacronismo, já não é o pensamento geral.
09:03Eu acho que o eleitor brasileiro hoje pode estar mais propenso a ver um nome de esquerda com mais simpatia,
09:10desde que não seja um petista, desde que não seja um louco, maluco, desvairado.
09:14Embora seja difícil não encontrar um louco, maluco, desvairado na esquerda brasileira.
09:19Mas você entendeu o que eu estou falando.
09:21O Ciro Gomes não é exatamente um modelo de equilíbrio,
09:27porém ele tem ali um background que pode lhe ser favorável.
09:34Agora, a questão é que o Brasil não tem dinheiro.
09:39Então, furar o teste de gastos vai causar, vai aumentar a dívida brasileira,
09:47os títulos brasileiros vão ficar mais difíceis de serem vendidos,
09:53você pode ter maior inflação.
09:55Então, tem uma questão complicada do ponto de vista econômico.
09:59Porque como tudo o que a gente pode ter em matéria de crescimento,
10:05já que as reformas não foram feitas, é um crescimento medíocre e pífio.
10:10Isso aqui não vai ter crescimento chinês nunca,
10:12se a gente continuar com a economia emperrada,
10:16sem reformas estruturais, reforma tributária, reforma administrativa,
10:22e todo esse tipo, uma maior ou mais reformas trabalhistas, inclusive,
10:27não apenas as que foram feitas, que já foram muito boas.
10:30A reforma da Previdência também não é que vai durar para sempre,
10:36os benefícios obtidos não vão durar para sempre.
10:40Então, assim, vamos gastar mais, vamos furar teto, vamos dar dinheiro,
10:45encher os pobres de dinheiro e tudo mais, ok, mas vai precisar ter, e não tem.
10:52Pois é, o Bolsonaro vai enfrentar essa encruzilhada para tentar alavancar a popularidade dele,
10:59e pode ser que enfrente um adversário que tenha um discurso mais em busca de uma sensatez,
11:05mesmo que, eventualmente, uma sensatez simulada,
11:07em cima de uma afetação de conhecimento, como muitos à esquerda têm,
11:13mas sem necessariamente fazer uma oposição ideológica no sentido de auto-identificação,
11:19identificando o Bolsonaro, eventualmente, como um extremista de direita, essas coisas.
11:24Mas é possível que os candidatos, mais ou menos, embora não seja igual o Joe Biden fez na campanha,
11:31no marketing, não estou falando que o Partido Democrata não seja isso ou aquilo,
11:34mas busque um discurso mais de sensatez contra alguém que foge a toda a sensatez.
11:41Mas é como a gente diz, está muito cedo ainda, e ao longo desse processo a gente vai analisando.
11:54Obrigado.
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