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  • há 4 meses
No Papo Antagonista, o ex-presidente da Câmara avaliou o escândalo do Bolsolão e lembrou que tentou acabar com o direcionamento ao aprovar as emendas impositivas

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Transcrição
00:00No seu livro, o senhor elogia muito a capacidade de articulação política do Lula.
00:05Apesar de se dizer anti-PT, o senhor já viu o senhor defendendo até que o Lula saia do PT.
00:12O senhor sempre foi um crítico em relação à incapacidade política da Dilma.
00:17Mas eu vejo o senhor defender o Bolsonaro.
00:18Mas o Bolsonaro também é incapaz politicamente.
00:21A gente vê a articulação dele é péssima, a articulação política dele.
00:25O que tem de parecido, de diferente entre o Bolsonaro e a Dilma?
00:31Vamos lá, só para colocar as coisas na forma como você falou.
00:36Eu não defendi que o Lula saiu do PT.
00:38Eu analisei dizendo o seguinte, que o problema do Lula é o PT.
00:42Se o Lula saísse do PT e o PT tivesse um candidato, o Lula se transformaria no anti-PT.
00:49E aí não teria Bolsonaro como anti-PT, o Lula venceria essa eleição.
00:52Com essa análise que eu fiz.
00:54Não é que eu estou defendendo, não.
00:55Isso é um problema deles, não é meu.
00:57Eu apenas, indagado, eu fiz a defesa da tese.
01:02Eu aventei que é a tese, não que eu defenda esse fato.
01:06É um problema deles, não tenho nada com isso.
01:07Pelo contrário, eu prefiro que ele continue do PT e seja derrotado.
01:10Porque eu sou, eu entendo que ele está muito ligado ao PT.
01:13Não é que eu estou defendendo, não.
01:14Dizendo, Lula, venha para cá para ser presidente que eu estou lhe apoiando.
01:17Eu não disse isso.
01:18Eu estou defendendo, analisando a situação.
01:21Com relação à articulação política, a Dilma, é claro que a Dilma perdeu as suas condições de articulação política.
01:28Eu retrato isso muito bem.
01:30Bolsonaro teve dois ou três momentos.
01:33Ele teve momentos sem articulação nenhuma, mas ainda assim aprovou uma reforma da Previdência.
01:38Reforma a qual até eu tenho discordâncias em parte dela.
01:40Mas, ao mesmo tempo, depois ele conseguiu construir uma base na Câmara.
01:46E essa base que ele construiu na Câmara, eles estão mantendo a governabilidade dele na Câmara.
01:50A gente descobriu como ele está mantendo.
01:52Ele está pagando um orçamento paralelo de verbas extras.
01:58Eu não sei se ele está pagando orçamento paralelo.
02:03Eu não sei se ele está pagando orçamento paralelo.
02:06Eu sei que emenda parlamentar, isso sempre foi feito em todos os...
02:10Não, é emenda extra.
02:11Não tem nada a ver com emenda parlamentar.
02:13É uma verba extra.
02:13Não, não, não.
02:14Emenda extra, sim.
02:15Sempre teve emenda extra em todos os governos que se davam.
02:19Geralmente, sobra de orçamento no fim do ano.
02:22Você destinava emendas extras.
02:23Tinha cotas de emendas extras que eram dadas para as lideranças dos partidos.
02:27E a liderança distribuindo os seus deputados.
02:29Eu fui líder de partido que apoiava o governo.
02:31E já se sentiu bem.
02:32Era desse jeitinho?
02:34Mandava um ofício para o ministério?
02:36Manda o dinheiro para lá, manda o dinheiro para cá, manda para a Condevá?
02:38Não, você destinava para programas ou para municípios
02:42as quais tinham programas de cada ministério,
02:45de acordo com a sobra, e era mandado para os deputados.
02:48A diferença é que ele está destinando esse dinheiro
02:51para parlamentares alinhados ao governo.
02:55É diferente das emendas impositivas.
02:56As emendas impositivas, inclusive, fui eu que aprovei justamente para acabar com isso.
03:00Porque o objetivo da emenda impositiva, naquele momento, a emenda não era impositiva.
03:04Então, nem todos os parlamentares conseguiam liberar suas emendas.
03:08Então, quando eu aprovei, em 2015, a emenda constitucional que tornou-a impositiva,
03:13para se fazer justiça, ela começou com o Henrique Alves, em 2014.
03:16Ele não conseguiu acabar a aprovação dela.
03:18Eu aprovei em 2015.
03:19Depois, eu passei a discutir a emenda impositiva de comissões,
03:23que eu não conseguia aprovar no tempo que eu era presidente.
03:25Mas a emenda positiva começou comigo.
03:27Era justamente para acabar com a distribuição ou com a escolha do governo
03:32para quem ia dar o dinheiro que o parlamentar colocou de emenda.
03:35Naquele momento, a gente liberava as emendas de parlamentares
03:38e liberava, basicamente, aqueles que votavam com o governo.
03:43O que acontecia?
03:44Para não parecer que estava liberando as emendas dos parlamentares
03:48que estavam votando, porque ficaria claro a verificação
03:52para quem quer que seja, eles davam na forma de extra
03:55o valor que os deputados tinham de emendas parlamentares,
03:58aqueles que apoiavam o governo, que não tinham sido liberados,
04:01e, consequentemente, davam em programas dos ministérios.
04:03Era a forma que os governos faziam.
04:05Eu vi isso várias vezes.
04:08Vi isso várias vezes.
04:09Então, era uma coisa absolutamente normal.
04:11E tanto que, quando eu aprovei emenda positiva,
04:14tiveram que acabar com isso.
04:15É que a gente achava que não poderia ser as emendas
04:17o fator de cooptação da base.
04:20Se agora, além das emendas impositivas, estão dando extras,
04:23enfim, estão dando benefício mais para aqueles que votam com o governo.
04:27É isso, basicamente, que deve estar ocorrendo.
04:44Obrigado.
04:45Obrigado.
04:46Obrigado.
04:47Obrigado.
04:48Obrigado.
04:49Obrigado.
04:50Obrigado.
04:51Obrigado.
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