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Além do bate-boca com Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso —que votou contra a suspeição de Sergio Moro no julgamento desta quinta (22) no STF— também teve uma discussão acalorada com Ricardo Lewandowski.

“Ministro Lewandowski, me permite: Vossa Excelência acha que o problema então foi o enfrentamento da corrupção, e não a corrupção?”, questionou Barroso ao comentar o voto do colega, favorável à suspeição de Moro.

Em resposta, como publicamos mais cedo, Lewandowski criticou as prisões preventivas “alongadas” durante a investigação e usou as mensagens roubadas de procuradores para atacar a Lava Jato.

“Mas, então, o crime compensa para Vossa Excelência”, rebateu Barroso.

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Transcrição
00:00Esse estudo mostra também, senhor presidente, e se estima que a Lava Jato retirou cerca de 142,6 bilhões da economia brasileira,
00:10ou seja, a operação produziu pelo menos três vezes mais prejuízos econômicos do que aquele que ela avalia ter sido desviado com a corrupção.
00:21Isto fora milhões de desempregados que esta operação causou.
00:26O ministro Lewandowski, me permite, vossa excelência, acha que o problema então foi o enfrentamento da corrupção e não a corrupção?
00:34Não, não, não, não, nós estamos concordes, ministro.
00:39Vossa excelência sempre quer trazer a colação, a baila aqui, a questão da corrupção.
00:45Como se aqueles que estivessem contra o modus operandi da Lava Jato fossem favoráveis à corrupção.
00:51Mas o modus operandi da Lava Jato, da Tavenia, modus operandi da Lava Jato, ela causou, ela, por exemplo, ela levou a conduções coercitivas, a prisões preventivas alongadas, ameaças a familiares, não é?
01:09A prisão em segunda instância e uma série de outras atitudes absolutamente, a meu ver, incompatíveis com o Estado Democrático de Direito.
01:19Ainda ontem, na segunda turma, eminente ministro Barroso, estávamos julgando a questão do Guido Mantega, do ex-ministro da Fazenda.
01:28Sabe, vossa excelência, que ele foi preso no hospital Albert Einstein, onde estava acompanhando uma cirurgia da esposa dele, que estava sendo operada de uma doença gravíssima e que, afinal, veio a falecer dessa doença?
01:43É este modus operandi que nós estamos combatendo.
01:46E quero dizer mais, ministro Barroso, quer dizer, não concordo com vossa excelência, da Tavenia, que as mensagens que foram veiculadas a partir do material arrecadado na operação Spoofing,
02:01e diga-se, periciado pela Polícia Federal, que foram utilizadas para oferecer denúncia contra os hackers, não constituíram em meros pecadilhos.
02:11Porque um juiz indicar testemunhas para acusação não me parece um pecadilho, não é?
02:17A combinação do momento do oferecimento de denúncia ou outras questões deste mesmo Jaes não me parecem pecadilhos.
02:28A combinação com relação a prisões preventivas e mais.
02:31Quer dizer, eu acabo de ler dados de um estudo de uma professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
02:40que são realmente alarmantes.
02:42E os latinos, os romanos, os juristas, não é?
02:46Os pais, talvez, do direito civilizado, tinham uma expressão muito interessante.
02:51Diziam o seguinte,
02:52qui protest, a quem aproveitou...
02:57Ah, sim.
02:58A pergunta é boa.
03:00A pergunta é boa.
03:01...da economia nacional.
03:03E aí, eu volto às mensagens, eminente ministro Barroso, volto às mensagens.
03:08O que que nos dizem as mensagens?
03:11Que os procuradores de Curitiba estavam acertando clandestinamente negociações com autoridades estrangeiras.
03:20Eu pensei que a senhora fosse garantista.
03:23Essa é uma prova ilícita, colhida mediante o crime.
03:26Pode ser ilícita, mas, enfim, foi amplamente veiculada e não foi adequadamente, a meu ver, contestada.
03:33A Polícia Federal não atestou a autenticidade dessas...
03:37...a integridade da cadeia de custódia e só não pôde completar a perícia.
03:42Mas é produto de crime, ministro.
03:43Por quê? Por quê?
03:45Por quê?
03:46Então o crime compensa para a vossa excelência.
03:48...procurador e juiz destruíram...
04:03...
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