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SÍTIO DE ATIBAIA | Depoimento de Emílio Odebrecht (parte 2) - 07/11/18
O Antagonista
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00:00
Tomando, doutor?
00:01
Excelência, sem mais perguntas.
00:04
Assistente da acusação?
00:06
Pelas defesas?
00:08
Doutor, tem que puxar o microfone.
00:17
Doutor Emílio, boa tarde.
00:18
Boa tarde.
00:19
Pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
00:23
Só uma pequena questão.
00:25
O senhor respondendo a perguntas aqui do Ministério Público,
00:29
o senhor disse que o senhor tinha contato pessoal com o ex-presidente Lula
00:34
e levava, conversava com ele sobre os assuntos do país.
00:40
Eu pergunto ao senhor, o senhor também tinha esse relacionamento
00:44
com presidentes da República que antecederam Lula?
00:50
Todos.
00:53
A mesma relação?
00:55
Só não tive com o Itamar.
00:56
A mesma relação?
00:57
A mesma relação que o senhor teve?
00:59
A mesma relação.
01:02
Não com a profundidade que eu tive com ele, com o Fernando Henrique e com o Geisel.
01:12
Foram os três mais, vamos dizer, mais diferenciados.
01:16
Os outros eu tive, e bastante.
01:21
Agora não no nível onde existia aí, eu diria, as coisas estavam muito acima dos interesses individuais.
01:35
Então, por exemplo, nós fomos uma organização que essa confiança com o Fernando Henrique,
01:49
ela foi alcançada na época em que ele era senador.
01:53
E a relação, desde que ele voltou do exílio, conhecia ele, inclusive, no exílio, pelo Valdir Pires, falecido Valdir Pires, que me apresentou.
02:03
Então, essa relação, depois veio o Ario Cove, com quem eu tive, foi quem me apresentou o Lula.
02:13
Um almoço na casa dele, quando eu estava com dificuldade de convívio nos sindicatos, e ele me ajudou a ver com essa relação.
02:24
Então, eu entendi mais sindicatos, aprendi, ele me ensinou essas coisas e me ajudou muito nos problemas que a organização tinha.
02:33
Então, essa relação era agora.
02:35
Eu não posso dizer que era igualmente para todos eles.
02:39
Esses três eram diferenciados.
02:42
Os outros eram, mas não no nível deles.
02:46
Certo.
02:46
Doutor Emílio, pelo tamanho do Grupo Odebrecht, era natural, o senhor, como maior acionista, ter uma interlocução com o governo federal,
02:58
seja na época do presidente Lula, seja na época dos governos que o antecederam?
03:04
Quando eu era executivo, sim.
03:07
Quando eu deixei de ser executivo e passei para o Conselho, essa foi minha grande missão, sair desta área,
03:19
porque o Conselho, no fundo, no fundo, ele não tem essa representação, não deve ter,
03:25
até por uma questão de formação e sucessão na organização.
03:29
Por isso, o meu trabalho de fazer com que houvesse uma transferência de relação na pessoa que substituía o Lula
03:40
quando ele terminava o segundo mandato dele.
03:43
Porque eu, já como presidente do Conselho, eu não podia continuar com o Lula os anteriores,
03:50
porque eu fui, vamos dizer, eu deixei de acumular a presidência do Conselho e a presidência executiva em 2002.
04:07
Eu até lá levei um período acumulando as duas, foi um grande erro, que eu não vou me estender aqui.
04:15
Mas, depois de 2002 a 2009, foi um diretor-presidente, Pedro Novis, e depois teve outro.
04:25
E o meu desafio era fazer essa transferência.
04:29
E fui fazendo gradativamente.
04:33
O único que estava faltando eram três chaves, que depois faleceu,
04:40
que aí não precisou fazer isso, o Eduardo Sousa, Eduardo dos Santos, de Angola, e o presidente Lula.
04:54
Então, esses eu trabalhei para cair fora.
04:57
Hoje eu não tenho mais essa relação, quer dizer, como com nenhum presidente.
05:02
Procurei passar para a estrutura da organização, que é a missão dela como executivo.
05:12
E não eu como conselheiro.
05:16
Certo.
05:18
Em relação a essa questão da estatização ou não da indústria petroquímica,
05:29
o senhor sabe qual foi o processo decisório dentro da Petrobras
05:35
para se chegar a uma posição sobre estatizar ou não?
05:41
O senhor acompanhou dentro da Petrobras a discussão?
05:44
Isso foi a posição de governo lá atrás.
05:49
Isso foi do Collor.
05:51
Começou com o Collor.
05:53
Programa de privatização.
05:57
Várias indústrias petroquímicas foram.
06:00
Aí criou-se a Norquisa,
06:02
onde o presidente Geiser chegou a ser presidente durante um período.
06:06
Enquanto ele estava como presidente,
06:08
as coisas tinham outra cerimônia por pai da Petrobras.
06:12
Mas logo que ele caiu fora dos processos,
06:17
a Petrobras começou a procurar, inclusive,
06:21
junto no período de Fernando Henrique,
06:23
a investir também nessa direção.
06:27
Então, essas investidas Petrobras sempre existiram.
06:30
Ela nunca...
06:31
Porque a posição do governo de privatizar foi desde o período de Collor.
06:35
E foi implementado durante os governos seguintes.
06:40
Quem não fez nenhuma implementação de privatização foi o governo Lula.
06:46
O que ele precisava era manter ou não manter.
06:49
Já que a Petrobras estava procurando sucessivamente procurar estatizar.
06:57
Destruir o que tinha o modelo definido,
07:01
desde o governo Collor,
07:03
e que as empresas privadas investiram e fizeram tudo isso.
07:07
Então, isso foi o que existiu.
07:10
Está certo.
07:11
Não tem mais perguntas, senhora Lili.
07:13
Obrigado.
07:14
Dóris?
07:19
A gente vai ficando, doutora,
07:22
velho
07:22
e sai do poder
07:25
da empresa.
07:27
Você veja aqui já as perguntas, já não são mais.
07:30
Não é tanta.
07:30
A primeira vez que eu tive foi uma saraivada de perguntas.
07:34
Hoje, isso me deixa à vontade e ao mesmo tempo consciente que eu tenho de botar pijama logo.
07:43
Boa tarde, doutor Emílio.
07:44
Boa tarde.
07:44
Pela defesa de Marcelo Adebrecht.
07:48
Doutor Emílio, é muito breve.
07:51
Na qualidade de presidente do Conselho de Administração, o senhor sempre foi o líder do Marcelo.
07:55
Sempre fui o líder dele.
07:57
Pode não ser do ponto de vista de conselho, diretor, mas não interessa.
08:01
O que interessa é que ele sabia a quem ele tinha de, vamos dizer, prestar conta.
08:08
O senhor já comentou que a relação com o ex-presidente Lula se dava sempre com o senhor.
08:15
Marcelo faria alguma tratativa direta ou indireta envolvendo o ex-presidente Lula sem o conhecimento e consentimento do senhor?
08:21
Marcelo pode ter endefeito, mas ele não é indisciplinado.
08:25
Eu tenho certeza que ele não faria nenhum processo desse, a revelia minha, porque a relação não podia ter essa...
08:34
Até porque ele não lhe aceitou.
08:35
O presidente Lula não aceitaria.
08:38
Claro.
08:39
Doutor Emílio, o senhor tomou conhecimento de alguma tratativa direta ou indireta de Marcelo
08:43
que envolvesse o ex-presidente Lula de temas referentes à Petrobras?
08:50
Ação de Marcelo?
08:51
É.
08:52
Em relação a temas que envolvem a Petrobras?
08:55
Não, a mesma coisa.
08:56
Ela está prejudicada, está respondida já com a pergunta anterior.
09:00
Claro.
09:01
Dois pontos só para esclarecer, doutor Emílio, no que diz respeito à denúncia.
09:05
A denúncia faz a referência que, antes de assumir como presidente do Conselho da Braskem em 2008,
09:11
ou mesmo depois, o Marcelo se envolveu em alguma conversa em que o senhor Pedro Novis teve com Lula
09:20
sobre temas Braskem, tais como compromisso de não estatizar o setor petroquímico e a nomeação de diretores da Petrobras?
09:28
Olha, Pedro Novis só teve nesse assunto com Lula, levado por mim, naquela reunião que eu falei com a doutora
09:38
sobre, que não foi, foi com outros membros do governo, que deu a oportunidade do presidente reiterar, vamos dizer,
09:49
a posição de governo e dizer a Dilma que era responsável por manter isso.
09:54
Doutor Emílio, na página 105 da denúncia há uma referência a um jantar que teria ocorrido na residência de Marcelo
10:03
no dia 28 de maio de 2012, evento que teria sido realizado a pedido de Lula com a presença de empresários
10:11
de vários setores. Eu pergunto ao senhor, o senhor pode explicar no que consistiu esse jantar
10:18
e por qual razão foi realizado na residência do Marcelo?
10:22
Olha, foram vários jantares, vários encontros, não sei se todos foram jantares.
10:30
Era um grupo de empresários, onde nós estávamos levando contribuições e preocupações.
10:37
E estavam percebendo já, como é que eu posso dizer, para não ser leviando na minha colocação,
10:49
uma perda de poder dele em relação ao presidente Dilma.
10:55
Quer dizer, no primeiro ano ainda tinha, no segundo ano foi diminuindo.
11:00
E todos nós percebemos que a influência dele começava a diminuir sensivelmente.
11:08
E várias preocupações nós tínhamos.
11:12
E levamos para ele, nos reunimos, pessoas que ele tinha uma certa confiança
11:19
e tinham responsabilidade no país.
11:24
E nós fizemos vários encontros.
11:26
O primeiro foi na casa de Marcelo, onde no meu apartamento não dava, é pequeno aqui.
11:35
E foi uma forma de a gente poder dar o start dos outros encontros a seguir
11:41
para conscientizar o presidente, que na época já não era mais presidente,
11:47
mas como ele, mesmo a gente percebendo uma coisa, desafiar ele para que ele contribuísse
11:53
para não deixar as coisas no ritmo que iam.
11:57
O senhor sabe dizer se Marcelo participou desse jantar do dia 28 de maio de 2012,
12:01
em que peste isso na casa dele?
12:03
Marcelo?
12:03
Sim.
12:04
Eu acho que sim.
12:07
Eu tenho quase certeza.
12:08
Mas não terei firmeza a dizer isso.
12:12
Acho.
12:13
Acho.
12:14
Ok.
12:15
Excelência, muito obrigado.
12:16
Sem mais perguntas.
12:16
Quem melhor pode dizer isso é ele, viu?
12:19
Porque se ele for excluído, eu se estivesse no lugar dele e tivesse sido excluído,
12:23
eu saberia.
12:24
Isso eu gravaria.
12:27
Muito obrigado, senhor amigo.
12:28
Boa tarde.
12:30
Mais ninguém?
12:33
Cerrado, então.
12:34
Então, é...
12:35
E aí
12:42
E aí
12:46
E aí
12:57
E aí
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