Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 4 meses
Assine nossa newsletter:
https://goo.gl/y5m9MS

Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com

Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Então, nessa ação penal, 505, 30, 13.
00:06Continuando a depoimento do senhor Dado, conseguindo a Cunha, devolvendo para o Ministério Público.
00:10Em relação aos requerimentos 114 e 115, o senhor sabe qual foi o desfecho desses requerimentos?
00:16Não cabe a mim saber o desfecho, porque não era dirigido a mim, era dirigido a deputada Solange Almeida.
00:22Consta dos autos que, após recebidas as informações e os documentos, eles foram simplesmente arquivados.
00:27Isso é comum?
00:28Não sei lhe dizer, depende, porque há requerimentos de informação que vêm com matéria considerada sigilosa,
00:36que simplesmente é dada vista na presidência da comissão e depois devolvida.
00:41E há matérias que são entregues normalmente.
00:42Esse caso aí, pela natureza do requerimento que é, que são públicos, documentos públicos,
00:47não teria razão nenhuma de ser sigilo e tampouco deveria ser dado destino a entregue a quem formulou o requerimento.
00:54Então, provavelmente, o conteúdo dos requerimentos, a resposta, deve ser entregue a deputada Solange.
01:00É o que deveria ter sido.
01:01Se ocorreu ou não, pode ser que ela tenha vindo depois que ela tenha deixado o mandato, porque ela era suplente.
01:06Pode ser que ela tenha deixado o mandato e não tenha recebido.
01:09É possível isso, é normal.
01:10Ela entrava e saía várias vezes, porque como ela era a quarta suplente,
01:13cada vez que havia um movimento de um dos parlamentares dos quatro anteriores,
01:18não era só quem ela substituiu, acabava afetando sempre ela.
01:21Então, às vezes o deputado voltava por uma semana, saía, acontecia muito isso.
01:25Então, ela entrava e saía várias vezes.
01:27Então, é possível que ela, se ela não foi destinatária, é porque ela não estava no mandato.
01:33O senhor sabe a justificativa desses requerimentos, formal?
01:37Não.
01:38Posso ler aqui rapidamente para o senhor?
01:39A justificativa foi a seguinte.
01:43Vários contratos envolvendo a construção, operação e financiamento de plataformas e sondas da Petrobras,
01:48celebrados com o grupo Mitsui, contém especulações de denúncias de improbidade,
01:51perfaturamento de juros elevados, ausência de licitação e beneficiamento a esse grupo,
01:55que tem como cotista o senhor Júlio Camargo, conhecido como intermediário.
01:59Nesse contexto, requer que seja adotada a providência necessária por essa douta comissão,
02:02a fim de acompanharmos todo o andamento dos referidos contratos
02:05e verificarmos a procedência de tais denúncias.
02:07Nessa época, em 2011, o senhor tinha conhecimento desse contrato da Petrobras?
02:13Eu não tinha que ter, eu não sou autor do requerimento, quem tem que ter ou não é deputado da Solange.
02:16Mas o senhor tinha ou não?
02:17Eu não me recordo.
02:18Agora, existe uma situação que vocês se pegam muito na situação de ter ou não ter publicização na imprensa.
02:25O que que acontece?
02:26O senhor Fernando Baiano, quando depois, ele disse que já tinha conhecimento de irregularidade,
02:29só não estava na imprensa.
02:31Ele fala isso textualmente no depoimento dele.
02:33E mais, muitas vezes, principalmente quem militava na Comissão de Descrição Financeira e Controle,
02:38era muito normal jornalistas trazerem denúncias que estavam sendo apuradas por ele
02:44e pedia parlamentares que fizessem requerimentos em função da resposta da mídia correspondente.
02:50Eu mesmo já fiz isso atendendo a um órgão de comunicação.
02:52Requerimento atendendo uma revista para que pudesse, sob um assunto determinado,
02:56que eu não tinha nada a ver, apenas fiz para atender uma revista.
02:59E, consequentemente, com a resposta do requerimento,
03:01aí, efetivamente, a revista faria ou não a matéria, enfim,
03:04ou denunciaria ou não em função do conteúdo que tem.
03:06Era muito normal isso.
03:08Isso é quase que um vício quando você tem ali uma relação com a imprensa,
03:14que cobre a casa, que tem denúncias e é muito mais cômodo.
03:18Hoje, você tem a Lei de Acesso à Informação.
03:21Na época, nem muito tinha isso, de muito tempo atrás.
03:24Com a Lei de Acesso à Informação, hoje, eles fazem muito requerimento de acesso à informação.
03:27Antes da Lei de Acesso à Informação, eles usavam os parlamentares para fazer requerimento.
03:31Então, isso aconteceu muito.
03:33E o senhor, quando e como o senhor ficou sabendo dos contratos da Petrobras com o grupo Mitsui?
03:41Eu estou com a minha mente muito contaminada,
03:43porque eu estou processando toda essa ação penal aqui,
03:46consequentemente, eu tenho hoje, digamos, o conhecimento desse detalhe.
03:50Mas, na época, eu não tinha nenhum conhecimento sobre os contratos da Mitsui.
03:57Qual era a sua relação com o Nestor Severó?
03:59O senhor Nestor Severó, ele mesmo fala no depoimento dele,
04:02que é apenas uma única vez comigo.
04:03Eu preciso com essa única vez.
04:05Eu simplesmente, uma vez, a convite do ministro Lobão,
04:08era muito normal isso, quando vinha ao Estado,
04:11os ministros convidam os parlamentares do Estado para acompanhá-lo.
04:15E eu estava em Brasília, fui com ele para o Rio,
04:18aproveitei a carona para voltar com ele na época de Avião da Fábio.
04:23E aí, ele estava dando posse ao presidente da BR Distribuidora,
04:26na saída de Zé Eduardo Dutra e assumindo o substituto.
04:31E aí, eu fui, acabei, como eu voltei com ele,
04:34eu atendi o convite, eu acompanhei a posse.
04:36Nesse dia que eu fui apresentado ao senhor Nestor Severó,
04:38e foi a única vez que eu estive com ele, não tinha mais nenhuma outra vez.
04:40E é fácil comprovar isso, só pegar o termo de posse de quem estava lá,
04:46a serenidade vai ver que eu estava presente na serenidade,
04:48e, consequentemente, o Nestor Severó era diretor da BR Distribuidora,
04:52era o diretor financeiro.
04:53E eu fui apresentado, como foi apresentado ao presidente,
04:55que assumiu da BR Distribuidora, enfim, a todos.
04:57Certo.
05:01Qual era a sua relação com o pastor Abner Ferreira?
05:04O pastor Abner Ferreira é da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro.
05:07O pastor Samuel Ferreira é hoje o presidente nacional da Assembleia de Deus do Brasil inteiro,
05:12e era o presidente de São Paulo.
05:14A relação com o Abner é uma relação normal.
05:17A minha relação maior, inclusive, não era nem com ele.
05:19Era com o pai dele, que foi deputado federal comigo, o Manuel Ferreira.
05:23Ele ou a igreja, a Assembleia de Deus, já fizeram doações para você ou para a sua campanha?
05:27Nunca, nunca, nunca, nunca.
05:30O senhor já fez doações para a igreja?
05:31Não.
05:34Tá certo, sem mais de silêncio.
05:35O senhor de aprovação tem perguntas?
05:38Não, não.
05:39A defesa de Solange tem perguntas?
05:44Tem uma pergunta apenas.
05:46No microfone daí, só, doutor, por gentileza.
05:50Boa tarde a todos os presentes.
05:53É só uma questão, se havia algum impedimento legal que o senhor formulasse os requerimentos 114 e 115, se assim eu quisesse?
06:02Além de não ter impedimento legal, eu volto a repetir aqui, que ficou um pouco troncada pelo debate acalorado que acabou tendo, é que a deputada Solange Almeida, eu não me recordo se ela era membro ou não da comissão nessa época, inclusive ali tem um fato.
06:19O deputado Sérgio Brito assinou como coautor o requerimento com ela.
06:23Quem discursou foi o deputado Sérgio Brito e disse que não conhecia a deputada Solange.
06:28Como é que ele assina um requerimento com a deputada Solange e diz que não a conhece?
06:31E se pegar as notas taquigráficas, vai ver que o deputado Sérgio Brito deixou a presidência da comissão, discursou para encaminhar o requerimento e a deputada Solange discursou em seguida.
06:42Como é que ele não a conhecia?
06:44Ele era a pauta distribuída da comissão daquele dia, do dia 3 de agosto de 2011, tinha como autores do requerimento deputado Sérgio Brito e deputada Solange Almeida.
06:54Então não havia razão nenhuma se tivesse qualquer impeditivo para a deputada Solange apresentar o requerimento para não ser membro, que não é o caso.
07:02Regimentalmente eu posso lhe garantir que não é o caso.
07:04Senão nenhum projeto de deputado vai ser apreciado em nenhuma comissão, porque ele não é membro da comissão e as comissões são criadas para apreciação dos projetos dos deputados,
07:14para poder chegar na Câmara, no plenário, com o parecer das comissões.
07:17Então a comissão de fiscalização tem processos de fiscalização, requerimentos de informação, muitas dessas coisas.
07:25Eu teria assinado, ela bastava me pedir ali na hora, eu rabiscava um papel, inclua-se a deputada Solange na comissão, substitua o deputado falando de tal.
07:35Botava o papel na mesa e ela virava membro da comissão.
07:37Não tinha nenhum problema para isso.
07:39O que acontece é que o deputado, quando é autor do requerimento e é chamada na reunião para ser apreciado,
07:46se o deputado não estiver presente, o requerimento vai ao arquivo.
07:50Aí o parlamentar que está no plenário se associa, subscrevendo o requerimento, para impedir que ele vá para o arquivo,
07:57não porque ele não é membro da comissão, porque ele está ausente.
08:00O que não foi o caso, que a deputada Solange estava presente na comissão.
08:05Perfeito. Então, só para que eu ainda não tive a resposta efetiva, o senhor poderia ter feito...
08:12Eu apresentei vários requerimentos semelhantes a esse da deputada Solange Almeida. Vários.
08:18E se ela me pedisse para assinar, eu assinaria.
08:21Em conjunto com ela, sem o menor problema.
08:24Até porque eu volto a repetir, a deputada Solange, talvez pela inexperiência dela,
08:29ela não deveria nem ter apresentado a comissão, tinha que ter apresentado ao plenário.
08:32Porque é prerrogativa do deputado, independente de votação,
08:35na comissão ela ficou sujeita à comissão rejeitar.
08:37E no plenário, ela tem o direito. O plenário caminha imediatamente,
08:41há 30 dias para responder, se não é crime de responsabilidade do ministro de Estado.
08:44É assim que diz a Constituição brasileira.
08:46Muito obrigado, presidente.
08:48A defesa do próprio já tem alguma questão.
08:56Bom, o senhor disse, o senhor explicou quando conheceu o Júlio Camargo.
09:02Alguma vez, nesse contato, foi lhe falado da relação dele com o assunto sondas?
09:09Nunca.
09:09Contratual?
09:10Nunca, nunca, nunca.
09:12O senhor conheceu o Júlio Camargo?
09:13Para mim, quando ele foi apresentado, ele era um empreiteiro.
09:16Era uma empresa chamada Toyo, sei lá, Toyo, que fazia obras.
09:21Era uma empresa de construção.
09:22É essa a ideia que, quando o Fernando Baiano apresentou isso,
09:26e que ele tinha relação com o Fernando Baiano,
09:28que o Fernando Baiano representava essa empresa.
09:30Se eu não me engano, agora estou me lembrando o nome da empresa espanhola,
09:32que o Fernando Baiano representava, era a Siona.
09:34Ele representava a Siona espanhola.
09:35Então, a Siona tinha alguma relação, ou qualquer outra coisa, com a empresa dele.
09:39Era isso.
09:40Em algum momento, o senhor teve conhecimento da dívida do Júlio Camargo com o Fernando Baiano?
09:47Nunca.
09:48O senhor conheceu o Paulo Roberto Costa?
09:51Conheci o Paulo Roberto Costa.
09:52Ele mesmo fala no depoimento dele.
09:54Teve uma vez comigo.
09:55Uma vez, num evento social, num evento público, num evento de comissão.
10:00Eu não me recordo exatamente qual o contexto, mas foi a única vez que eu tive com ele.
10:03Sobre agora a deputada Solange.
10:06Ela, pelo fato de ser suplente, ela teria um gabinete completo ou teria poucos assessores?
10:13A deputada Solange Almeida, como suplente, basicamente, quando um parlamentar vai assumir uma secretaria de Estado
10:19e vem um suplente, ele negocia e deixa lá, talvez, uma mosca e um mosquito.
10:25Então, deixa, talvez, um motorista e uma secretária.
10:28Não deixa mais do que isso.
10:29Então, obviamente, que a deputada Solange...
10:32Porque, senão, o deputado não iria, porque o gabinete é um gabinete que permite uma assessoria ampla
10:36e o deputado não quer abrir mão de demitir as pessoas que fazem a assessoria dele.
10:39Porque a assessoria não é do mandato só dentro da casa.
10:42É assessoria do mandato como um todo.
10:44Então, o deputado que negociou com ela, que foi o Rodrigo Bettling,
10:47deixou ela com dois funcionários, se eu não me engano.
10:49Ela pode confirmar isso no depoimento dela.
10:50Mas era uma das queixas que ela tinha na época.
10:53E a situação dela era delicada.
10:54Ela era a quarta suplente.
10:56Então, bastava qualquer um querer sair, que ela saía.
10:58Ela apoiou o senhor em 2014 para deputada federal?
11:01Ela me apoiou com um grupo dela que trabalhou para mim.
11:05Não na totalidade, mas me deu um apoio através de um grupo.
11:08Era um grupo dela que ela permitiu que trabalhasse para mim.
11:11E que ela apoiou esse grupo trabalhar para mim.
11:14O senhor tomou conhecimento de alguma reunião entre o senador Edson Lobão,
11:19o então senador Edson Lobão, e Júlio Camargo, na época?
11:23Bom, em primeiro lugar...
11:24Quer dizer, na verdade, Edson Lobão continua senador, né?
11:26Ele continua senador, é. Ele era ministro.
11:28O que acontece é o seguinte, o senador Edson Lobão negou esse encontro aqui.
11:34O senador Edson Lobão não confirmou esse encontro.
11:36Disse que todos os encontros que ele teve com Júlio Camargo sempre foram na companhia de outros empresários
11:39e, provavelmente, nos seus assessores.
11:42Porque, como eu falei aqui, se era uma coisa que o ministro Edson Lobão era zeloso,
11:47ele não recebia ninguém sozinho, nem parlamentar, nem ninguém.
11:51Ele recebia sempre.
11:52No meu caso, geralmente, era chefe da assessoria parlamentar que participava da conversa.
11:56E que anotava tudo, que fazia, que você é obrigado pelas normas,
12:00não sei se pelas normas internas de complice do governo,
12:04mas ele era um que cumpriu.
12:06Você simplesmente declinava as pessoas que estavam presentes,
12:09você assinava a folha de presença e o assunto que estava sendo tratado.
12:13Até para não ter dúvida.
12:14Então, Edson Lobão era muito, talvez pela idade dele, era muito zeloso.
12:18Então, ele não abria mão disso, não.
12:20Eu nunca estive no ministério dele com ele sozinho.
12:23Duvido que o Júlio Camargo tenha estado com ele sozinho.
12:26O senhor Júlio Camargo fala que teve encontros com o senhor,
12:28inclusive falou de financiamento de portas.
12:30Procede?
12:31Isso é uma palhaçada.
12:34Ele fala que encontrou comigo no Copacabana.
12:36Primeiro que ele mente, porque na primeira delação dele,
12:38isso é importante clarecer,
12:40na primeira delação dele, ele fala que me conheceu em 2013 no Copacabana Palace
12:44para tratar e me encontrou no Copacabana Palace e tratou de negócio de porte.
12:49Aí depois ele manteve essa mentira dele.
12:52Ele nunca, eu não me lembro de ter encontrado ele no Copacabana Palace.
12:54Pode até ter encontrado fortuitamente,
12:56enquanto várias pessoas é local público e ele não me recorde.
12:59Mas eu nunca sentei com o senhor Júlio Camargo no Copacabana Palace.
13:02Eu duvido de ele provar isso.
13:03E jamais tratei com ele sobre porte.
13:05Até porque ele tinha a ver com porte.
13:06Não tinha nada a ver com porte.
13:08Então não tinha nenhum sentido.
13:09Isso é uma conversa estapafúrdia.
13:11Só para...
13:13Algumas perguntas foram feitas por sua excelência.
13:16Só para complementar.
13:20O senhor conhecia o login do senhor?
13:23Não.
13:24Aliás, a Cláudia diz isso.
13:26Quando foi confrontada pelas perguntas da minha defesa,
13:30dizendo o seguinte,
13:31se houve 102 acessos ao seu login,
13:35com o deputado fora da Câmara,
13:37quem foi feito pela senhora na Comissão de Viação e Transporte,
13:41ela responde isso.
13:42Ele não sabia o login dele, como é que ele podia acessar.
13:44E a maioria dos deputados não sabia.
13:46Isso eu lhe garanto.
13:47A maioria não sabe.
13:48Porque isso é uma coisa...
13:50Em primeiro lugar, não há um deputado,
13:51eu não vi até hoje um deputado,
13:53nos meus 16 anos de deputado,
13:57desde 2001,
14:00eu não vi um deputado que sentasse para fazer um requerimento.
14:03Eu não vi isso até hoje.
14:04Não vi.
14:04Eu não vi um deputado que acessasse para fazer os seus trabalhos parlamentares.
14:09E o deputado tem o seguinte,
14:10o e-mail de deputado,
14:11que a gente não acessa nunca,
14:13porque tem 5 mil e-mails por dia,
14:15quem controla, tem que controlar com login,
14:17quem usa é assessoria.
14:18Você para fazer a verba indenizatória da Câmara dos Deputados,
14:21quem faz é o funcionário.
14:22Eu vou fazer prestação de conta de verba indenizatória.
14:24Isso eu não conheço o deputado que tenha feito.
14:27Eventualmente pode ter um ou outro
14:28que seja mais detalhista e possa ter feito.
14:30Eu diria que não chega a 5% da casa,
14:33os deputados que faziam isso.
14:3595% eu lhe afirmo,
14:37que inclusive é fácil de ver.
14:39Nós temos vários aí,
14:40que eu pedi a defesa para juntar,
14:43de deputados que estavam fora da casa
14:45quando foram acessados o seu login.
14:47Tem deputado que estava no exterior
14:48quando o login dele foi acessado.
14:50Então é uma coisa muito óbvia isso.
14:52E todos que depuseram aqui,
14:53todos falaram que delegavam assessores para fazer.
14:55Então é uma coisa muito normal.
14:56E a Cláudia efetivamente ia trabalhar para mais uma pessoa.
14:59Porque a Cláudia começou a trabalhar na casa,
15:01no meu gabinete.
15:02O problema é que o salário dela,
15:03eu não tinha no gabinete condições de dar o salário
15:07que a capacidade profissional dela merecia.
15:12E os carros de natureza especial,
15:13os CNES que são das comissões da liderança,
15:16são salários melhores.
15:17Então consequentemente,
15:18para ela poder ter direito ao CNE,
15:20ela tinha que trabalhar para mais gente.
15:21Então ela acabou trabalhando para o partido.
15:23Foi assim que aconteceu.
15:24Eu não queria perder a colaboração dela,
15:26porque mesmo ela trabalhando para os outros,
15:27trabalhava para mim também.
15:28Então ela realmente fazia.
15:30Como tinha outros assessores da liderança
15:32e das comissões que também faziam.
15:34Aqui nós estamos pegando o caso da Cláudia,
15:36mas não era só a Cláudia que fazia.
15:37Tinha vários que faziam.
15:38Na liderança eram vários.
15:40Eu fui líder e tive que botar uma assessoria
15:42para cobrir, porque são 24 comissões na casa.
15:46Eu tenho que cobrir os deputados em 24 comissões.
15:48Eram 67 deputados federais.
15:50Então para atender 67 deputados federais
15:52em 24 comissões,
15:53eu não consigo fazer isso
15:54se não tiver uma assessoria em cada comissão.
15:57E é assim que acontecia.
15:58O senhor tomou conhecimento do requerimento,
16:26o senhor tomou conhecimento do requerimento após
16:29a instauração do processo.
16:31Alguma informação ali, pela prática parlamentar do senhor,
16:34não era pública?
16:35A confecção dos metadados não é pública.
16:39Se chegar como usuário e entrar dentro da Câmara para buscar o metadado,
16:42você não consegue, a não ser que você entre na rede interna da casa e conheça.
16:45Eu digo as informações solicitadas pelos requerimentos.
16:48Elas são públicas, eu não entendi.
16:50Mas isso não cabe eu responder.
16:52Quem tem que responder é a deputada Solange.
16:54Basicamente, às vezes, o que eu digo a você,
16:57é um pouco da inexperiência dela.
16:59Ali, um contrato, cópia de contrato da Petrobras,
17:02tem que estar publicado o extrato no Diário Oficial.
17:04Talvez esteja publicado o extrato e não tenha o contrato inteiro.
17:07Auditoria do Tribunal de Contas,
17:09ele tem que publicar o resumo da auditoria no Diário Oficial.
17:11Então, são informações que talvez com uma pesquisa,
17:14ela pudesse obter a pesquisa antes de fazer o requerimento.
17:17Talvez, se fosse eu fazê-lo,
17:19eu teria primeiro feito essa pesquisa.
17:21E jamais teria entrado na comissão, teria entrado no plenário.
17:23Então, as informações aí eram públicas.
17:27Não há um contrato da administração pública
17:28que não esteja publicado no Diário Oficial.
17:31Então, o que ela pediu foi cópia do contrato.
17:33Cópia do contrato é coisa pública.
17:35Em segundo lugar, a Auditoria do Tribunal de Contas
17:37tem que estar publicada no Diário Oficial.
17:39Mesmo quando ela é sigilosa,
17:41coloca-se a Auditoria Sigilosa
17:42e mais público o resumo da Auditoria Sigilosa.
17:45Bom, agora vamos para aquela suposta alegada reunião
17:49que o Fernando Baiano disse que teria havido
17:52no Lebon.
17:55O senhor, ele disse que teria ido no carro dele.
18:01O senhor costuma sair em carro de terceiro?
18:03Jamais.
18:04Em primeiro lugar, eu tinha equipe de segurança
18:08que trabalhava comigo como público,
18:10policiais militares.
18:11Inclusive, eu tive que levantar isso depois.
18:13Tem a figura de quem está responsável
18:16pela minha segurança no dia,
18:17que era o sargento Roberto Siru.
18:19E eu não...
18:20Sargento Roberto Siru.
18:21Sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
18:24Eu tinha uma equipe que trabalhava comigo.
18:26Eu não saía nem só.
18:27Eu saía com motorista policial,
18:29carro blindado e com escolta.
18:31Não só pela notoriedade,
18:33como também já tinha sido vítima
18:34de pelo menos uns três assaltos
18:36com vítima entre segurança.
18:38Eu tenho vítima de segurança
18:39em assalto sofrido por mim
18:41em período de noite.
18:43Então, basicamente, não havia hipótese
18:45de eu sair em carro de terceiros.
18:47Essa hipótese, ela é fantasiosa.
18:49Mas mesmo admitindo
18:50que eu tivesse saído em carro de terceiro,
18:52jamais eu sairia sem os seguranças.
18:54O próprio Baiano,
18:55no depoimento dele,
18:56ele fala que eu andava com segurança,
18:58mas que eu não vi os seguranças naquele dia.
18:59E aí vem um detalhe
19:01que desmascara completamente
19:02a alegação dele.
19:04Em primeiro lugar,
19:05a prova que ele faz
19:06é do carro dele
19:06no estacionamento do shopping.
19:08Aqui dali,
19:08o Rio de Zagno,
19:09no Lembrão.
19:09É um shopping movimentado,
19:11que no domingo
19:11é bastante movimentado,
19:13a qual eu frequento,
19:14eu conheço o shopping.
19:16Do lado do estacionamento
19:17tem uma churrascaria
19:18bastante conhecida,
19:20ou seja,
19:20é bem movimentado.
19:21Então, não havia hipótese
19:22de eu chegar em uma churrascaria
19:23daquela ali,
19:24no estacionamento
19:25que é do lado de churrascaria,
19:25não ser reconhecido
19:26pela notoriedade que eu tinha.
19:28Então, não tem testemunho
19:28da minha presença.
19:29O carro que ele apresentou
19:30recebo é o carro dele.
19:32Não é o meu carro.
19:33Em segundo lugar,
19:34nós pedimos isso,
19:36não há uma chamada telefônica minha,
19:38nem dos telefones celulares,
19:40nem do Nextel,
19:40que tenha sido gerada
19:42no Leblon naquele dia.
19:44Não é só no horário
19:45da reunião, não.
19:45Durante o dia inteiro,
19:46nem depois.
19:47Todas as minhas chamadas
19:48foram geradas
19:49da Barra da Tijuca,
19:49que é a minha residência.
19:51E mais,
19:51se eu tivesse saído
19:52no carro dele,
19:53eu me comunicava
19:54com a minha segurança
19:54pelo Nextel,
19:55porque eu tinha um grupo
19:56grande do Nextel.
19:57O que eu fazia?
19:57Quando chegava
19:58as equipes de segurança,
19:59que não eram uma,
20:00era porque eu colocava...
20:01Sobre a segurança,
20:02o senhor tinha uma planilha
20:03de controle?
20:03Tinha a segurança
20:04e uma planilha de controle
20:05para poder me cobrar,
20:06era bico.
20:06Foi assim que o senhor
20:07identificou o Roberto Siru
20:08e que no dia
20:09que ele chegou no dia,
20:11foi uma equipe que trabalhou,
20:12que ele chegou
20:12na minha residência
20:13às 18 horas,
20:14foi embora às 24 horas
20:15e eu não saí da residência.
20:17Então,
20:17eu despeciei ele
20:19à minha noite.
20:21O senhor saiu
20:22de casa aquela noite?
20:23Não saí aquela noite,
20:24inclusive,
20:24o próprio relatório dele
20:25diz isso,
20:25ele chegou às 18 horas,
20:26eu não saí
20:27entre 18 e 17 horas
20:29e não saí
20:30até às 24 horas
20:31e despeciei ele.
20:32Só que eu despeciei
20:32ele e saí
20:33depois de 24 horas,
20:34porque a reunião
20:35pelo que me consta
20:36está entre 19 e 21 horas.
20:38Então,
20:38eu para poder sair,
20:40eu avisaria ele
20:41pelo Nextel,
20:42ele estaria com o Nextel.
20:43Se eu fosse para o local
20:44de uma reunião
20:45que ele tivesse,
20:46eu quando saía do local
20:47antes de descer,
20:48eu avisava ele
20:48pelo Nextel
20:49para ele se posicionar,
20:50ele com a equipe
20:51que estivesse lá.
20:52Então,
20:52não haveria hipótese
20:53de eu não ter tido
20:54uma chamada de Nextel.
20:55E mesmo que eu admitisse
20:56a hipótese
20:56que não é verdadeira
20:57que eu fui no carro
20:58do Baiano,
20:59eu não iria sem os seguranças
21:00e teria que ter um contato,
21:01senão como eu queria saber?
21:02Ele ia parar o carro ali,
21:03ele não ia parar
21:04no estacionamento,
21:05ele ia ficar no local próximo.
21:07Eu tinha que avisar
21:08que estava saindo
21:08para ele poder me acompanhar.
21:10Da mesma forma em casa,
21:11estou saindo,
21:12se prepara.
21:13Quando eu estou dentro de casa
21:14e ele está na rua,
21:15vou sair agora,
21:16ele se prepara
21:17para a minha saída.
21:17É assim que a gente
21:18se relacionava,
21:19pelos contatos de Nextel.
21:21E o meu Nextel
21:21não tem uma chamada
21:23fora gerada
21:24da Barra da Tijuca.
21:25Meus celulares
21:25não tem uma chamada
21:26fora da antena
21:27da Barra da Tijuca.
21:28Então,
21:28não tem nenhuma prova objetiva
21:30que eu estava fora
21:31do Reduto
21:32da minha residência
21:32da Barra da Tijuca.
21:33O carro era dele,
21:34ele não tem uma testemunha
21:35que eu estava na reunião,
21:37a reunião,
21:37juro que amarga ele,
21:38não há um testemunha
21:39que eu estava na reunião,
21:40não há um testemunha
21:41que eu fui naquele local,
21:43o meu eleitorado
21:43é um eleitorado humilde,
21:45basicamente voltado
21:46para os funcionários
21:47ali do shopping,
21:48do estacionamento,
21:49ia ser muito pouco provável
21:50que não tenha alguém
21:51que não me conhecesse ali
21:52e que não me reconhecesse.
21:53Então,
21:53não há hipótese
21:54de eu ter ido nesse local.
21:55o senhor já falou isso.
21:56Entendeu?
21:56Então,
21:57enfim,
21:57eu estou...
21:57Agora,
22:00indo aqui
22:00para aquela
22:02alegação
22:03do senhor Júlio Camargo
22:04de quem teria pedido
22:05a intercessão
22:06do
22:07então ministro
22:09Edson Lobão
22:10e ele alega
22:12que o ministro
22:13ligou
22:14para o senhor
22:14na frente dele.
22:16Existiu essa ligação?
22:17Primeiro,
22:17o próprio ministro nega.
22:19O ministro Lobão,
22:20eu não tinha o ato
22:21de falar o telefone
22:21com o ministro Lobão.
22:23Isso é fácil,
22:23é só quebrar o exigido.
22:24Nós pedimos isso
22:25na ministra da ação
22:26e não foi concedido
22:27no Supremo.
22:28Mas a própria quebra
22:29de exigido pode mostrar
22:30que não havia ligação
22:31mesmo com o ministro.
22:32Muito mais fácil
22:32do que qualquer outro
22:33tipo de prova objetiva.
22:35Mas,
22:35além de não ter o ato
22:36de falar o telefone
22:37com o ministro Lobão
22:37porque ele não tinha esse hábito,
22:39ele mesmo diz
22:39que jamais falou comigo
22:41sobre requerimento.
22:42Aliás,
22:42ele diz que não tratou
22:43com o senhor Júlio Camargo
22:44sobre requerimentos,
22:45que não me ligou
22:46e que nunca tratou
22:48comigo sobre requerimentos
22:49e que também jamais
22:50se dirigiria a mim
22:51nos termos
22:51que foi declarado
22:52para o senhor Lobão.
22:54Eduardo está ficando maluco.
22:55Ele tinha um respeito
22:56e tratava respeitosamente.
22:58O deputado
22:58sempre tratou
23:01com muito respeito.
23:02Não combina
23:03com a educação
23:05e com a respeitabilidade
23:07que o ministro Lobão
23:08tinha para o carro.
23:09era possível
23:12o senhor já disse
23:19que o Fernando Baiano
23:20já frequentou
23:20o seu escritório.
23:21explicou a propriedade da casa.
23:28Explicou a propriedade da casa.
23:30o senhor Júlio Camargo
23:40e o senhor Júlio Camargo
23:41e o senhor Júlio Camargo
23:43mais alguma pergunta?
23:56mais alguma pergunta?
24:01sim, sim.
24:02eu estou só
24:02até para não fazer
24:03pergunta repetida.
24:04enquanto você está procurando a pergunta,
24:24eu queria só mostrar um exemplo
24:26meritíssimo.
24:29esse aqui é um exemplo
24:30de uma folha
24:31que deve estar juntada
24:31nos autos
24:32de como é que funciona
24:33a presença
24:34e os logins
24:35e com a senha
24:36do acesso
24:37que está aí.
24:37quando fala COVID ao lado
24:39é a Comissão de Viação e Transporte
24:41que é a estação de trabalho
24:43que foi acessado o login.
24:45então nós estamos juntando
24:47isso aí
24:47de todo o ano de 2011
24:48para a casa de 2012
24:49mas eu tenho também
24:50de 2011 aqui
24:51justamente desse
24:52decidir aí
24:55acho que já está nos autos
24:57se não tiver
24:58ou o doutor pode ir
24:59só para entender a razão
25:01quando eu falo
25:02que aqui tem o horário de presença
25:03e a data do login.
25:04isso aqui por exemplo
25:05aqui são folhas
25:06que foram acessos
25:07sem não estar presente na câmara
25:08toda essa folha aqui
25:08tem login
25:09e eu não estava na câmara.
25:10mais alguma pergunta?
25:11sim.
25:13pergunta mais direta
25:14o senhor recebeu
25:15o recurso e espécie
25:16das mãos do Fernando Baiano?
25:17nunca.
25:18ou diretamente?
25:18nunca.
25:19aliás
25:20tem umas contradições aí
25:21que é importante
25:22ser exploradas
25:23porque o senhor Juro Camargo
25:24ele usou o seu
25:26o senhor Juro Camargo também não
25:27não, não recebi o senhor Juro Camargo
25:30e nem o senhor Fernando Baiano
25:32nem de quem quer que seja
25:33vinculado nessa ação penal
25:35o senhor Juro Camargo
25:37fala que fez
25:38cinco pagamentos
25:40ao senhor Fernando Baiano
25:41fala que fez uma transferência
25:42de cinco milhões e cem mil dólares
25:43dos dois milhões e trezentos e cinquenta
25:45e quatrocentos mil dólares
25:46fala que fez
25:47onze milhões e setecentos mil reais
25:49para uma empresa de Alberto Sef
25:51chamada GFD
25:51depois ele fala que tinha feito
25:53três milhões de dólares
25:54no ano de dois mil e dez
25:55para Devonchi
25:56onde ele tem três depoimentos
25:58conflitantes
25:58num ele diz que é para o Baiano
26:00no outro ele diz que foi parte
26:01para o Baiano
26:02no outro ele diz que não foi nada
26:03para o Baiano
26:03e o Baiano diz que não recebeu nada
26:05e depois ele diz que fez duas transferências
26:07de quinhentos mil dólares
26:08em setembro de 2011
26:09para a empresa Haile
26:10no banco BSP de Geneve
26:12que o Baiano nega que tenha recebido
26:14ou seja
26:14ele lavou
26:15além disso
26:16ele fez pagamento
26:17que ele diz
26:18da igreja
26:19desse crédito de voo
26:23e mais quatro milhões
26:24de notas fiscais
26:25para o Baiano
26:25que o Baiano admitiu
26:27que esse dinheiro
26:27foi recebido por ele
26:28foi de proveito
26:29único e exclusivamente dele
26:30e o Baiano diz
26:31que recebeu em dinheiro
26:33do seu juro Camargo
26:34através de USEF
26:35entre quatro a cinco milhões
26:37de reais
26:38fala inclusive
26:39no momento
26:40que foi pago uma parte
26:41que depois
26:42seu juro Camargo
26:43fez uma correção do valor
26:44para um câmbio de um em vinte
26:45já em 2012
26:46que daria seis milhões de reais
26:48e que ainda assim
26:49não cumpriu
26:50então o seu juro Camargo
26:52está fazendo lavagem
26:52de dinheiro
26:53de outros beneficiários
26:55colocando na conta
26:56de todo mundo
26:56que o Baiano não admite
26:57que recebeu
26:58tem contradição
26:59clara e nítida
27:00aqui entre o Baiano
27:00e o seu juro Camargo
27:01o Baiano não admite
27:02que recebeu nada
27:03em 2010
27:04não admite nada
27:05que recebeu
27:06dessa destilência de USEF
27:08de onze milhões e setecentos mil reais
27:09então onde que foi
27:10esse dinheiro todo
27:12que se for fazer
27:13essa conta exata
27:13que o seu juro Camargo
27:14diz que pagou
27:15ele pagou vinte milhões de dólares
27:16que aliás
27:17o seu juro Camargo
27:18quando a gente
27:19retornando aqui ao início
27:20quando a gente vê
27:21o seu juro Camargo
27:22o próprio Fernando Baiano
27:23diz que não recebeu nada dele
27:25porque ele diz que
27:25tinha cinquenta e três
27:26primeiro ele deu vários
27:27depoimentos conflitantes
27:28de valores diferentes
27:29de comissão
27:30ele fala que
27:31recebeu
27:32que era cinquenta e três milhões de dólares
27:34o total das duas soldas
27:35que estavam acordadas
27:35e que recebeu
27:36quarenta e treze milhões de dólares
27:38ele entrou no processo de arbitragem
27:39desses quarenta milhões de dólares
27:40ele repassou
27:41dezenove milhões
27:42para o Baiano
27:42ele teria dezoito
27:43e ficou com vinte e um
27:45e disse que passava
27:46na proporcionalidade
27:47que o Baiano
27:47estava querendo cobrar dele
27:48aquilo que ele não recebia
27:49o que mostra
27:50que o seu juro Camargo
27:52é uma pessoa
27:52muito pouco confiável
27:54então ele
27:55se ele tivesse passado
27:56na proporcionalidade
27:57do que ele disse que recebeu
27:58ele teria que ter passado
27:59não dezenove milhões
28:00ele teria que ter passado
28:01em torno de vinte e sete milhões de dólares
28:03só fazer a conta do proporcional
28:04de trinta e cinco
28:06para cinquenta e três
28:06entre quarenta
28:07então o seu juro Camargo
28:09e o seu Fernando Baiano
28:10tem contradições
28:10muito grandes
28:11no curso desse depoimento
28:13que tem que ser
28:14de uma certa forma esclarecida
28:15senão a gente vai ficar
28:16aqui dando vazão
28:18a essas diferentes versões
28:19do que tem
28:19aí o seu juro Camargo
28:21fala
28:21que
28:22depois da reunião com o Lobão
28:23ele pediu o SEF
28:24para falar comigo
28:25sobre os requerimentos
28:26e o SEF
28:28desmente isso
28:29depois o SEF
28:30disse que falou com o Baiano
28:31mas falou depois da reunião
28:32que o seu juro Camargo
28:33disse que esteve comigo
28:34no Leblon
28:34já o juro disse que foi antes
28:36e disse para falar comigo
28:38que o seu SEF
28:39disse que não me conhecia
28:39depois quando ele retorna
28:42retorna diferente
28:43aí o SEF
28:44disse que só ouviu
28:44falar dos requerimentos
28:45pelo Baiano
28:46depois quando estava
28:47entregando o valor
28:48aí nessa entrega de valor
28:50o seu SEF
28:51disse que a primeira vez
28:52ele foi lá para um
28:53para outro
28:54foi o Jame Careca
28:55então tem tanta divergência
28:57disso aí
28:58que
28:58sem contar
29:00o seu Leonardo Meirelles
29:01que são tantos conflitos
29:02de depoimento entre eles
29:03que eu não consigo entender
29:05como é que uma história dessa
29:06tem verossimilidade
29:07aliás eu quero ressaltar
29:08que o seguinte
29:08o seu juro Camargo
29:09mudou a sua delação
29:10no meio do processo aqui
29:11mudou a sua delação
29:13dizendo que foi feita
29:14de forma espontânea
29:15e dizendo que ele
29:15quando fez a delação aqui
29:17não podia falar de ninguém
29:17com foro privilegiado
29:18só que ele falou
29:20de foro privilegiado
29:21no termo da delação dele antes
29:23ele fala que tinha
29:24um esquema de irmandade
29:26entre eu, Michel Temer
29:27e Renan Calheiros
29:28com o Fernando Baiano
29:29depois
29:29vou interromper aqui
29:30pelo tamanho do áudio
29:31do áudio
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado