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NotíciasTranscrição
00:00Então, voltando a gravar, o senhor estava especificando dos aditivos, né?
00:04É, os aditivos. Então, 246 milhões, 2 milhões e 460 mil para o senhor Pedro Barusco, para a casa, né?
00:12Que são os aditivos pagos a partir de final de 2008 a início de 2009, através do senhor Mário Góes.
00:19Tá. E a terceira obra que é citada na denúncia?
00:22A terceira obra é Pilar e Pojuca.
00:24Pilar e Pojuca tem uma particularidade também diferente. O que acontece com Pilar e Pojuca?
00:30Em março de 2008, a Petrobras fez a Pilar e Pojuca, é de um município próximo ao aeroporto de Maceió até Suape, aproximadamente, Pernambuco.
00:42Se eu não me engano, são 180 quilômetros de dutos.
00:45É uma obra muito mais fácil, não tem a complexidade de uma obra na Amazônia.
00:49Então, em março de 2008, a Petrobras licitou, nós entramos em consórcio com a GDK e ganhamos a concorrência.
00:57Março de 2008, 50%, 50% para cada empresa, com a liderança da GDK.
01:04A Petrobras anulou a concorrência por excesso de preço, após longa negociação, 3, 4 meses negociando.
01:15Quando foi, eu acredito, em outubro, lançou uma nova licitação.
01:18A GDK me procurou e me disse, olha, não vamos mais em consórcio, nós vamos sozinhos.
01:25Ela achava que com aquilo ela ganharia a obra, porque ela tem um parque de equipamentos muito grande nessa área de dutos.
01:32É o maior parque de equipamentos no Brasil nessa área de dutos.
01:35E achou que indo sozinha ganharia.
01:39Aí, eu procurei Léo e disse o seguinte, Léo, nós vamos ganhar essa obra.
01:45Vamos sozinhos.
01:46Vamos fazer o seguinte, nós vamos reduzir o lucro que nós tínhamos no consórcio.
01:51Nós só tínhamos 50%.
01:53Vamos entrar só com esse lucro, metade do lucro.
01:56E outra coisa, não vamos fazer contingenciamento nenhum para partido político, para nada.
02:01Ele falou, combinado.
02:03Então, vamos fazer assim.
02:04Aí, resultado, nós ganhamos a concorrência.
02:08Não houve direcionamento.
02:10As empresas que atuam nessa área não fazem parte daquele clube.
02:14Algumas empresas, inclusive, CETAL, nunca fizeram gasodutos, UTC e outras mais.
02:22Essas empresas não fazem.
02:24Então, na segunda concorrência foram apresentadas cinco propostas.
02:29A OAS ganhou com 12% de diferença em relação à primeira proposta.
02:34A segunda proposta foi justamente a GDK.
02:38Nós ganhamos, essa obra foi contratada por 430 milhões.
02:44Isso abaixo do preço básico da Petrobras.
02:48Isso está claro, eu posso acrescentar também nos anexos aí.
02:50Então, foi uma obra que nós ganhamos com preço muito reduzido.
02:55Não foi contingenciado nada para o PT.
02:59E não foi paga para o quê?
03:01E não foi 0% para o PT.
03:03Aí, o que acontece?
03:05Como também estava acontecendo o pagamento.
03:07Isso foi em 2009.
03:08Em janeiro de 2009, nós assinamos esse contrato.
03:11Aí, o senhor Pedro Baruço, de novo, vem.
03:14Ah, tem que pagar 1% aí.
03:17Eu falei, olha, não tem condição.
03:20Aí, assim como tinha sido em Urucucuari, ficou acertado que seria 1% sobre os aditivos.
03:28Então, essa obra de 430, a denúncia, inclusive, fala que ela foi a 570.
03:35Mas, na verdade, essa obra atingiu 600 milhões.
03:38Por quê?
03:41Porque houve também um IPTG no valor de 29 milhões e meio, quase 30 milhões.
03:47Essa obra foi a 600 milhões.
03:50Esses 1% não foi pago em cima desse IPTG.
03:54Por quê?
03:55Esse IPTG foi feito três anos depois da obra praticamente inaugurada,
04:02que é inertizada quando o gás começa a passar.
04:04Então, não foi pago.
04:05Agora, foi pago em cima dos 140 milhões.
04:10Então, a obra de 430 passou com aditivos a 570.
04:17Então, 430 com 140.
04:19Então, foi pago 1 milhão e 400, 1% sobre isso aí.
04:23Sobre o IPTG não foi pago.
04:26Porque aconteceu muito tempo depois.
04:28Pedro Baruço já tinha saído.
04:30Mário Gó já não mais operava.
04:31E não foi pago nem para a Caixa Geral do IPTG nem para a Caixa Geral do IPTG.
04:35Não.
04:37Pelo que o senhor falou, boa parte, então, dos contratos celebrados pela OAS,
04:41existia um contingenciamento para esse Caixa Geral.
04:46Eu posso citar todos os contratos que houve esse contingenciamento para a senhora?
04:51Não precisa citar, mas o meu raciocínio é o seguinte.
04:56O senhor sabe vincular o pagamento ao IPT ou tesoureiro do IPT?
05:02Pague esse fornecedor, faça uma doação, nos mande para o Caixa 2.
05:07Essa negociação era feita o Léo Pinheiro com o tesoureiro.
05:09Ou então, orientação de, por exemplo, a área de Caixa 2 gera contratos fictícios e tem uma disponibilidade ali.
05:22Chega a falar com o Léo.
05:23Léo, o que acontece, excelência?
05:27Uma empresa grande, a OAS chegou a, isso é público, chegou a faturar quase 10 bi por ano.
05:34Então, cada diretoria tem o seu planejamento estratégico, prever receitas, despesas, resultados e geração de Caixa 2 para atender essa demanda.
05:49Então, porque essa área que cuida disso, se não tiver um planejamento, ela não atende àquela necessidade.
05:57Então, vai para ali.
05:58A minha pergunta em seguida, isso é o seguinte, tem como dizer que esta propina decorre deste contrato no que se refere a propinas de partidos políticos?
06:12Essa propina...
06:13Por exemplo, a denúncia cita três contratos da Petrobras como exemplos de contratos que formaram o Caixa Geral do PT, certo?
06:22Certo.
06:23E diz também, num segundo momento, que houve lavagem de dinheiro...
06:27Internamente tem, sabe por quê?
06:28Porque cada obra tem seu centro de custo.
06:31Cada obra tem seu centro de custo.
06:33Então, quando eu digo que Pilar Ipojuca pagou, Urucucuari pagou, contingenciou,
06:41aí a obra não tem condição de dizer para onde foi.
06:44A obra não tem, porque foi contingenciado, contingenciado, no caso de Urucucuari, 5,89 milhões, 5,890 mil.
06:55Entrou nesse Caixa Geral.
06:57A obra não tem condições de dizer, olha, ela sabe que pagou-se de propina aquele valor ali.
07:05A obra sabe.
07:06Agora, para onde foi, a obra não tem condições.
07:10A obra não tem.
07:10Ninguém tem.
07:11Eu digo, nós.
07:13Mas Léo Pinheiro sabe.
07:14Léo, eu digo, ele deve saber, porque ele controlava.
07:17Eu sei que foi debitado.
07:19A área que fazia, eu debitei aqui.
07:23Em algumas vezes, dizia alguns fornecedores, mas não todo.
07:26Eu não sei quanto foi de Caixa 2 para os partidos.
07:30Eu não sei para cada candidato a deputado, candidato a prefeito,
07:34quando pagamos 500 mil de Caixa 2 para a campanha de...
07:37500 mil de Caixa 2 para o deputado X.
07:40Ah, não sei.
07:40Aí, se esse 500 mil é de um contrato, é do outro, é o Léo Pinheiro.
07:45Aí, a atribuição de Léo Pinheiro.
07:50Especificamente, então, na segunda parte da denúncia,
07:53que se refere aos delitos de lavagem de dinheiro relacionados à reforma do sítio.
08:00O senhor teve alguma participação?
08:03Excelência.
08:04Ele não é acusado de lavagem.
08:07Mas a OAS, sim.
08:09Conhece?
08:10A OAS, sim.
08:11Eu não sou acusado, mas eu posso responder a pergunta da senhora.
08:16Excelência, com relação...
08:20Eu sou denunciado por três atos de corrupção ao presidente Lula.
08:25O que eu tenho a dizer...
08:27Jamais tive relacionamento com o presidente Lula.
08:32Era uma atribuição...
08:33Nem relacionamento, nunca teve contato, conversa pessoal?
08:36Nada.
08:37Não, eu conheço o presidente Lula de eventos públicos.
08:41Isso sim, inauguração de obra.
08:42Ele visitou a obra de Urucucuari.
08:45Ele...
08:45Lá em as refinarias, ele aparecia e tal, cumprimentava.
08:50Eventos públicos.
08:51Agora, conversa pessoal, jamais.
08:55Não era.
08:56Isso era uma atribuição de Léo.
08:58E ele não abria mão disso.
08:59Então, eu nunca tive qualquer contato, nem com o presidente Lula pessoal, nem com qualquer
09:06familiar do presidente Lula.
09:07Esse sítio, eu ouvi falar pelos jornais, depois é que eu ouvi falar.
09:12Eu vou entrar no detalhe do sítio.
09:14O sítio de Atibaia.
09:17Não sei como é que se chega a Atibaia.
09:20Não sei onde fica esse sítio.
09:21Eu não tenho nada.
09:22As obras do sítio não foram feitas.
09:25Foram feitas em 2014.
09:26Eu já estava na área internacional, então eu não tenho nada a ver.
09:30Na hora de falar sobre o sítio, eu posso até.
09:32Mas, então, lavagem de dinheiro com relação às obras do sítio, eu não...
09:37Como o defensor avisou, não está mais assim.
09:40Mas, assim, o que o senhor, dentro da OAS, ficou sabendo sobre esse fato?
09:44Não, mas eu posso dizer como eu soube.
09:46Eu posso dizer como eu soube.
09:50É muito importante dizer que eu estava na área internacional.
09:54Em meados de 2014, nós temos reuniões mensais na empresa, comitê executivo, para avaliar
10:01cada contrato, cada diretoria como estava.
10:06O Léo tinha acabado de chegar em uma dessas reuniões, de um encontro com o ex-presidente Lula.
10:11Aí, falou, olha, eu tenho que...
10:16Aí, comentando lá, eu tenho que...
10:18Amanhã, isso foi uma sexta-feira, eu tenho que ir ao sítio do presidente Lula.
10:25E vou...
10:26Ligou para Paulo Gordilho, da OAS Empreendimentos.
10:30Não tem nada a ver com a consultora OAS.
10:33Porque ela é uma pessoa qualificada para tanto e era de confiança dele.
10:37Ligou para ele, falou, Paulo, nós todos ouvimos isso.
10:42Paulo, eu preciso ir amanhã.
10:44Uma visita ao sítio do presidente Lula.
10:48Nós vamos fazer uma obra lá.
10:49Isso num sábado.
10:51Isso eu ouvi falar.
10:54Então, não sei o que foi.
10:55Nessa reunião, o senhor viu o seu Léo ligando para o Paulo.
10:59Lá, ligando para o Paulo Gordilho.
11:01Falou, vamos nos encontrar em tal lugar, pedi lá, nós vamos lá no sítio.
11:08Em meados de 2014, numa das viagens internacionais, Léo chegou e me reportou.
11:17Falou, olha, nós estamos tendo a OAS.
11:19Reportando uma conversa informal.
11:22Estamos tendo quatro negócios com o PT.
11:25Está gerando um baita de um prejuízo para a gente.
11:27Aí me falou de umas obras do Bancop, que não eram do meu interesse, nem sabia que
11:34obras eu nunca sou.
11:36Falou da reserva de um apartamento triplex no Guarujá.
11:42Falou de reformas nesse apartamento.
11:45E reformas num sítio do ex-presidente Lula.
11:48Ele falou, olha, eu conversei com o Vacari.
11:51Dá a pena, eu conversei com o Vacari.
11:53E por conta desses prejuízos, eu vou abater do caixa que nós temos, tanto de obra da Petrobras,
12:02quanto das obras outras.
12:04Petrobras, naquela época, tínhamos obras ainda em andamento e tudo mais.
12:10Eu não entrei no mérito, excelência, porque aquilo não me dizia respeito.
12:14Eu só ouvi o comentário do Lula.
12:18Ouvi comentários e já...
12:20Não entrei no mérito.
12:21Não entrei porque eu tinha muitos outros problemas.
12:24Nessa conversa e depois o senhor soube disso pela imprensa.
12:26Aí eu soube depois, aí eu soube através da imprensa,
12:29essa confusão que foi criada depois.
12:33Mas eu, na verdade, não...
12:35Então o senhor nunca...
12:36Eu tenho responsabilidades.
12:38E disse aqui quais são as minhas responsabilidades.
12:41E não tenho outras.
12:43Respeito aos contratos da sua área.
12:45Essa de corrupção ao presidente de Lula, eu...
12:49O senhor nunca teve contato, tratou de negócios com o presidente, só em eventos...
12:53Não sei onde fica o Instituto Lula, não sei nada disso.
12:56E o que era de conhecimento é que o presidente era o contato do Léo Pinheiro.
13:01Sempre foi.
13:02Isso é sabido, isso é sabido lá na própria empresa e...
13:07Isso é notório e sabido por conta de conhecimentos de 20 anos, 30 anos atrás.
13:13Tá.
13:15Pelo Ministério Público.
13:18Só um esclarecimento, senhor Jimão, bem rapidamente.
13:22O senhor mencionou, então, esses pagamentos de vantagens indevidas para o senhor Barusco,
13:27como sendo casa.
13:27O senhor sabe se as diretorias da Petrobras, elas estavam vinculadas a algum partido político?
13:32Sei.
13:33Ao PT.
13:34Era conhecido de todo o mercado.
13:36A diretor de serviços, a diretoria de serviços atendia ao PT.
13:42O mercado todo sabia disso.
13:44Certo.
13:44E a diretoria de abastecimento era vinculada a algum partido?
13:46Ao PP.
13:47E era de conhecimento geral também.
13:50Certo.
13:50Sim, mais perguntas, senhora.
13:58Pelas defesas.
14:03O senhor é...
14:04Eu sou o último, né?
14:07Sim, é, o senhor é o último.
14:08É, é só para esclarecer quem seria o último.
14:11Os demais falam antes.
14:13Pois não.
14:13Boa tarde, senhora Genoa.
14:16Boa tarde.
14:16Pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
14:22Na denúncia que o Ministério Público apresentou, que gerou essa ação penal, existe a afirmação
14:30aqui, ao acusar o senhor do crime de corrupção, de que o senhor teria oferecido e prometido
14:38vantagem devida ao ex-presidente Lula.
14:42Pelo que eu entendi do seu depoimento, o senhor não prometeu e nem ofereceu.
14:47É isto?
14:48Jamais.
14:48Eu nunca tive intimidade com o presidente Lula para tal.
14:52Nunca tive contato para ele para tal.
14:56Então, não é verdadeira essa questão, essa afirmação?
14:59Com relação a mim, não.
15:00Com relação a mim, não.
15:01Isso não é verdadeiro.
15:03Eu afirmei aqui no meu depoimento.
15:05Não tem sentido isso.
15:07Pois não.
15:08Com relação a minha pessoa.
15:10Pois não.
15:13O senhor também narrou no seu depoimento que o senhor, segundo a versão apresentada,
15:22que o senhor Léo Pinheiro é que fazia pagamentos direcionados a partidos políticos.
15:31É isto?
15:32Ele é quem definia.
15:33Certo.
15:33Partidos políticos eram quem definia.
15:35Quem fazia era a área de controladoria.
15:38Certo.
15:38Então, ele não compartilhava essa informação com o senhor?
15:43Ele compartilhava, no caso, por exemplo, provisione 1% para o PT.
15:51Ele já estava compartilhando comigo.
15:53Agora, o detalhamento, não.
15:56Aí, ele não compartilhava com o senhor?
15:59Não, não.
16:00Certo.
16:01E o senhor sabe dizer se ele compartilhava essa informação com mais alguém?
16:05Eu sei.
16:05Com a controladoria.
16:06Você achava lá, tinha um deputado e falava, vamos pagar tal deputado tanto.
16:11Certamente, a controladoria, certamente.
16:14Quando eu digo, eu sei, eu não tenho uma lista de deputados de que recebeu isso e aquilo.
16:21Aí, candidatos a deputados.
16:22Eu não tenho uma lista de governadores.
16:24Não era a minha atribuição isso.
16:26Certo.
16:27Então, o PT tinha candidatos a presidente, tinha candidatos a governador.
16:31Então, não era a minha atribuição e ele jamais dividiu comigo esse tipo de coisa.
16:40Certo.
16:41E, indo além, quer dizer, ele não dividia com o senhor?
16:48Não.
16:49Mas, com quem que ele dividia, supostamente, essa informação?
16:52Quem eu suponho que tenha conhecimento disso era a área de controladoria.
16:55Certo.
16:56E quem o senhor tem certeza?
16:57Eu não sei.
16:58A pessoa, eu não sei.
16:59A área de controladoria são várias pessoas.
17:02Eu sei que tinha um diretor financeiro a quem essa diretoria, a área de controladoria respondia.
17:10Esse diretor financeiro respondia ao presidente e tinha o vice-presidente do lado.
17:18Então, ele respondia ao presidente.
17:22E, eventualmente, é um vice-presidente na ausência do presidente.
17:25Certo.
17:26Então, além do senhor Léo Pinheiro, haveria outra pessoa que teria condições de tratar desse assunto?
17:35Eu não sei se condições.
17:36Eu não sei se condições.
17:37Eu sei que no organograma da empresa tem esse organograma.
17:43Agora, eu não posso afirmar nada sobre isso.
17:46Eu não sei como é que Léo Pinheiro distribuía para uma campanha política de um partido que tinha, vamos supor, mil candidatos.
17:58Deputado estadual, deputado federal, governador, prefeito.
18:03Ele não dividia isso comigo.
18:05Certo.
18:05E não era para dividir porque minha atribuição era outra.
18:08Certo.
18:08Não era para dividir.
18:09Fora a palavra de Léo Pinheiro, quem mais pode tratar desse assunto?
18:15Não sei.
18:17Não sei.
18:20Não sei.
18:22No depoimento que o senhor prestou anteriormente a esse juízo, o senhor disse que estava negociando com o Ministério Público um acordo de colaboração, uma delação.
18:35Isso continua a ocorrer?
18:36Não.
18:38Não.
18:38Negociando, ainda não foi paralisado a negociação.
18:42Agora, eu quero afirmar para o senhor aqui o seguinte.
18:46Eu não tenho nenhum acordo com o Ministério Público, mas independente de acordo com o Ministério Público,
18:56eu tomei uma decisão em duas outras depoimentos meus aqui com o juiz Sérgio Moro, um ano passado,
19:03onde eu disse, olha, com acordo ou sem acordo, a minha decisão é colaborar com a justiça e esclarecer a verdade de tudo,
19:16todos os fatos que eu participei.
19:19Não só nesse processo.
19:21Mas, se tiver processos futuros, a minha decisão é essa, colaborar com a justiça.
19:28Certo, mas o senhor continua...
19:28Eu estou ratificando isso aqui.
19:30O senhor continua em tratativas buscando uma colaboração, uma premiação.
19:37Eu tenho um desejo, eu tenho um desejo, mas um desejo que não foi, não foi...
19:42Eu tenho um desejo.
19:43Certo, mas atualmente o senhor permanece com essas tratativas.
19:47A doutora já respondeu.
19:50Acho que o Ministério Público não tem o controle da audiência.
19:53Ao que me consta, ainda é presidido pela doutora Júlia.
19:56Eu tenho esperança.
19:58Uma coisa...
19:59Eu tenho esperança.
20:00Esperança não quer dizer que seja alguma coisa, porque a esperança é a última que morre, né?
20:08No dia que se perde a esperança, aí acabou.
20:12Isso na vida funciona assim.
20:15Você jamais pode perder a esperança.
20:18Então, eu estou contribuindo e quero afirmar aqui, perante a juíza e perante o Ministério Público,
20:25eu tomei uma decisão, vou colaborar com a Justiça, não nesse processo, nem nos passados, em futuros processos.
20:35Qualquer que seja fato que envolva a minha pessoa, independente, de acordo com o Ministério Público, eu vou colaborar.
20:46É uma decisão.
20:46Bom, em relação ao consórcio Novo Sempes, o senhor pessoalmente operacionalizou o pagamento de alguma vantagem devida?
21:00Não, pessoalmente não.
21:02Pessoalmente existe uma área que faz isso.
21:04Certo.
21:05O senhor teve conhecimento de como foi operacionalizada, eventualmente, essa vantagem devida?
21:13Conhecimento de como foi operacionalizado.
21:17A área de controladoria operacionalizou via fornecedores, certamente via doação oficial, certamente via caixa 2, certamente...
21:30Mas o senhor sabe concretamente como é que foi pago isso?
21:33Não sei, concretamente não.
21:35Não é minha atribuição, inclusive eu afirmei isso no meu depoimento da sala.
21:38O senhor Léo Pinheiro não pediu para o senhor tomar nenhuma providência em relação a esse contrato?
21:45Para operacionalizar?
21:47Não.
21:48Ele tem uma área para isso.
21:49A empresa tem uma área para isso.
21:51A empresa tem uma área que funciona para isso.
21:55Essa ação penal se refere especificamente, como já foi dito ao senhor, a três contratos que foram firmados entre a construtora OAS e uma subsidiária da Petrobras, a TAG.
22:13A TAG, e tem a TAG, e tem a... lá em cima é outro nome, lá, Urucu Manaus é outro nome.
22:22É TAG, TAG foi Pilar Ipojuca, e lá em cima, não sei se é Tum, é uma coisa assim.
22:31Certo.
22:31O senhor sabe, o senhor se recorda, em relação a Pilar Ipojuca, qual foi o período dessa contratação?
22:39Eu sei, eu disse aqui, houve uma concorrência em março de 2000, essa obra foi em março de 2008, depois houve uma concorrência em setembro, essa obra foi contratada em janeiro de 2009.
22:53Ela foi inaugurada, inclusive nesse evento de inauguração, houve um evento com a presença de figuras públicas, houve um evento lá, várias figuras públicas.
23:06Ela foi inaugurada, inertizada, em 2010.
23:13Em 2012, houve...
23:15Em 2012, em 2012 houve...
23:20Porque um contrato só se encerra quando você faz todos os pagamentos e definitivamente liquidado.
23:27Esse IPTES, que eu estou me referindo aqui, foi feito em 2012, se eu não me engano, em novembro, sei lá, em 2012, no valor de 29 milhões e meio, em 2012.
23:42Foi liquidado em 2012.
23:42Agora, a linha foi inertizada, quer dizer, o gás passou sobre a linha em agosto de 2010, ano de...
23:53Foi um evento político, inclusive, era ano de candidato a presidente, eleições gerais.
23:59Foi um evento político aí.
24:01Em relação ao consórcio Novo Sempes, o senhor se recorda do período da contratação e vigência da contratação?
24:09Graças a Deus, a memória não funciona ainda.
24:14Foi assinado esse contrato em janeiro de 2008 e essa obra foi até...
24:20O último recebimento dela foi em 2012.
24:24Certo.
24:25Por volta de julho.
24:26Esse IPTES que eu estou me referindo aqui, é de 226 milhões, tem um histórico de outros pagamentos, de vantagens indevidas para outras figuras, que não são essas que eu citei, mas está no...
24:42Ele foi aprovado no dia 30 de 12 de 2011, 30 de 12 e pago 10 dias depois, no dia 10 de janeiro de 2012, se eu não me engano, se não me falha, eu posso anexar tudo isso aí também, 226 milhões.
25:00Certo.
25:01Em relação ao consórcio Gazã, o senhor se recorda do período da contratação e execução?
25:06A contratação foi em julho de 2006 e foi até 2010.
25:10Em 2010.
25:11Certo.
25:12Então, pelo que eu entendi das suas respostas, esses três contratos, o Gazã foi liquidado em 2010...
25:20Não, eu não posso afirmar, liquidado não, aí é que está.
25:25O risco grande entre ser debitado internamente e o pagamento efetivo.
25:31Não, o pagamento da Petrobras para esses contratos.
25:33Não, o pagamento da Petrobras sim.
25:35É isso que eu estou perguntando.
25:36Então, a Petrobras liquidou essa contratação em 2010, o Gazã.
25:42O Gazã em 2010.
25:43Em relação ao Pilar e Pujuca, o senhor disse em 2012.
25:48Pilar e Pujuca em 2012.
25:49Em relação ao Novo SEMPES, também em 2012.
25:52Em 2012.
25:52Mas o que eu quero afirmar para o senhor, eu quero dizer o seguinte.
25:58A empresa faz um contingenciamento para um caixa geral que vai para uma cesta que está ali.
26:08Quando a empresa vai pagar ao destinatário final, não quer dizer que seja naquela data.
26:16Ela pode ficar naquela...
26:17Inclusive, tem pouco...
26:18Mas eu estou satisfeito com a sua resposta.
26:21Eu queria saber só a data da Petrobras.
26:23Em relação ao seu ponto, eu vou fazer outra pergunta então, doutor.
26:26O senhor está falando, o senhor não era responsável pelos pagamentos das propinas ao partido político, mas à casa.
26:34Encerrava o contrato, o pagamento das propinas à casa era vinculado ao recebimento do pagamento da Petrobras ou às vezes...
26:46Eram vinculados a excelência.
26:48Então, o do SEMPES, a casa recebeu o último pagamento em 2012.
26:54Isso se a empresa tinha caixa para pagar.
26:58Às vezes atrasava e tal, mas era quase que assim.
27:03Agora, no caso de partido político, não.
27:05Porque é uma cesta onde se paga quando se pode.
27:12E às vezes se paga quando tem eventos políticos também.
27:15Se nós estamos...
27:16Que não tem eleição ou que não tem...
27:18Estamos, por exemplo, em 2012.
27:20Não são eleições gerais para governador, presidente, mas fica aquele dinheiro reservado ali.
27:26No caixa geral.
27:26Não quer dizer que se pagou ali.
27:28Não quer dizer isso, não.
27:30Tá.
27:31Muito obrigada, Ministério Público.
27:32Até porque...
27:33Doutores, as outras defesas...
27:36Não conclui, excelência.
27:37Pode continuar.
27:38Pode continuar.
27:39Em relação...
27:40O senhor disse há pouco que o senhor não participava, pelo que eu entendi, desses supostos pagamentos que eram feitos pelo senhor Léo Pinheiro, correto?
27:53Para os partidos políticos?
27:54Sim.
27:56Não.
27:56Léo tinha uma lista de candidatos a deputados estaduais, federais, prefeitos, governadores.
28:05Nunca sentou comigo para dizer, ah, de novo, vou para...
28:08Não.
28:09Isso é uma atribuição...
28:10E o senhor não tinha conhecimento?
28:11Não.
28:11Dessa...
28:12Presidente da empresa?
28:13Não, não.
28:14Quem supostamente recebia e nem quando?
28:17Não, eu não tinha.
28:18Então, tudo que o senhor fala a respeito desse tema é suposição?
28:22Não.
28:22Que suposição?
28:23Doutor, ele está querendo dizer a respeito...
28:27Não existe nenhuma suposição.
28:28Eu não fiz...
28:29Vamos, vamos deixar.
28:31Por favor.
28:33Eu não fiz nenhuma suposição aqui.
28:35Doutor, fala.
28:36Tudo que eu falei foi muito direto e claro.
28:38Agora, distribuição para candidatos a cargos eletivos, jamais participei, jamais fui comunicado.
28:46Jamais.
28:46Mas é que o senhor afirmou aqui que não era condicionado a data do recebimento.
28:50Não, jamais foi condicionado a data do recebimento.
28:52Então, o que eu pergunto e eu entendo a pergunta da defesa é como é que o senhor sabe dessa informação
28:58se o senhor não participava disso, né?
29:01O senhor não participava diretamente desse pagamento...
29:05A políticos, não.
29:06É, e como é que o senhor sabe que era pago, às vezes, um ano ou dois anos depois?
29:12É porque eu conheço as dificuldades da empresa.
29:16A empresa, ela faz o contingenciamento e paga quando pode.
29:21A empresa tem dificuldades financeiras.
29:24A empresa, esse setor também, tem dificuldades para gerar caixa dois.
29:28Então, é coisa disso.
29:30Não quer dizer, olha, o contrato acabou em julho de 2012.
29:36Então, a partir de agosto, setembro, eu não posso considerar que houve pagamento desses valores.
29:43Isso eu não sei.
29:44Eu sei que a empresa sempre teve dificuldades, principalmente nessa área de gerar caixa dois.
29:49E qualquer empresa tem.
29:52Então, o que eu quero dizer é o seguinte, não está carimbado.
29:55Cessou o contrato, então, a partir dali, desse dinheiro não tem pagamento a partir dos políticos.
30:01Então, não é uma suposição, é uma afirmação.
30:04Eu não estou supondo.
30:05Eu vou interromper o áudio.
30:07Eu não sei se...
30:07Eu não sei se eu...
30:08Eu não sei se eu fico...
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