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Em entrevista ao Money Times Brasil, Gustavo Assis, CEO da Asset Bank, analisou os impactos da guerra entre Israel e Irã no mercado financeiro global, com foco na alta do petróleo, riscos para cadeias produtivas e possíveis avanços nas energias renováveis.

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Transcrição
00:00E os conflitos entre Israel e Irã continuam afetando os mercados mundiais,
00:04principalmente quando se fala de petróleo, já que o Irã é um importante produtor dessa commodity.
00:10A gente vai ter uma conversa agora aqui no Money Times para entender como essa guerra
00:13reflete nos mercados financeiros, nos preços do petróleo.
00:17A entrevista é com o Gustavo Assis, que é CEO da Asset Bank.
00:21Tudo bem, Gustavo? Boa tarde para você. Bem-vindo ao Money Times.
00:25Boa tarde e obrigado pelo convite.
00:27A gente que agradece a sua disponibilidade.
00:30Felipe Machado, nosso analista, participa da conversa também.
00:33Bom, Gustavo, com esse conflito entre Israel e Irã em curso,
00:37como é que você vê o impacto de imediato no mercado financeiro global?
00:41O que a gente já pode atribuir a isso?
00:44E vem aí montanha russa, tem sinais de uma certa estabilidade, né?
00:50É possível contar com isso no horizonte?
00:52É, um ponto importante é que nós estamos, é muito recente ainda o início do conflito, né?
00:59Estamos aí há quatro dias, nesse primeiro momento vivemos de expectativas, óbvio que está claro,
01:05que não houve de nenhum dos lados motivos que demonstrem, né?
01:09Ações, atitudes que demonstrem o arrefecimento dessa situação.
01:13Enquanto isso, o que nós enxergamos é justamente uma escalada no preço do petróleo,
01:20dado o fato da importância da região onde está localizado o conflito.
01:2520%, um quinto da produção de petróleo, de gás natural,
01:30passa justamente pelo estreito que está ali no entorno do Irã.
01:35E a expectativa é que, se escalando, continuando o conflito, o Irã irá, de certa forma,
01:43paralisar o transporte de maneira parcial ou total,
01:48como será que ficará o mercado se isso acontecer, né?
01:51Nós já vimos aí uma escalada no preço do barril na sexta-feira.
01:56Hoje, grandes casas, grandes bancos avaliando que o preço do barril pode superar a 100 dólares.
02:02Outros já falaram em cifras na ordem de 200 dólares por barril.
02:06Então, a preocupação é frequente.
02:10Certo.
02:11Ela existe.
02:13Gustavo, boa tarde para você.
02:15Gustavo, é claro que isso é muito perigoso,
02:19está todo mundo preocupado com essa questão do petróleo,
02:21mas, de certa maneira, isso pode acelerar um pouco a aplicação,
02:26o uso de energias renováveis pelo Ocidente?
02:29Eu digo isso porque a questão no Oriente Médio não é apenas entre Israel e Irã,
02:34quer dizer, isso pode ampliar, isso pode ser mais longo.
02:37A gente tem o conflito também com o Hamas, a gente tem ali o Hezbollah no sul do Líbano.
02:41Então, a questão pode escalar de uma maneira que o Oriente Médio
02:44passe a não ser mais um produtor de petróleo confiável para o Ocidente.
02:48Você acha que isso pode acelerar o uso de energias renováveis pelos países aqui do Ocidente?
02:53Eu creio que sim, se a gente avaliar a porta para dentro, falando em Brasil,
02:58mas também outros países que têm a necessidade da importação,
03:02não só do petróleo, mas também dos derivados dele,
03:06a discussão já é antiga, outras matrizes de energia, sendo elas renováveis ou não,
03:12e até mesmo a capacidade interna de refino do petróleo.
03:16Vamos avaliar o caso do Brasil, apesar de sermos capazes de produzir petróleo
03:24acima do consumo, ainda não somos capazes de fazer o refino,
03:28ou seja, os derivados do petróleo nós ainda temos a necessidade de exportação.
03:33Então, eu entendo que nesse instante todos os países avaliam de maneira profunda
03:39justamente isso, minimizar ou, de certa forma, mitigar completamente a dependência
03:46da produção, do consumo do petróleo dos países árabes, dessa região,
03:51dado a permanência constante dos conflitos.
03:53Então, essa é uma agenda, uma discussão que tem que sim ser continuada,
03:57olhando para o Brasil.
03:58Hoje nós temos 17 refinarias, e elas, de certa forma,
04:03quando foram construídas, produzidas lá na era de Getúlio Vargas,
04:07não foram preparadas para o tipo de petróleo que é produzido no Brasil,
04:12justamente o petróleo de importação.
04:15É uma conversa de médio e longo prazo, mas eu acho que ela tem sim que ser discutida,
04:20além, obviamente, das fontes de energias renováveis.
04:24E um outro ponto, queria te ouvir aqui, em relação aos investidores,
04:28que tipo de conselho, de recomendação você tem trazido nesse momento,
04:33que é de incerteza, mas já era, vamos combinar que a gente já não estava
04:36num momento de muita estabilidade, né?
04:38Já tinha a questão da guerra tarifária, já tinha a questão do conflito Rússia e Ucrânia,
04:44e agora mais esse elemento, né, nesse contexto global.
04:47Quais são suas dicas para a turma que está preocupada,
04:50sem saber ali como proteger os investimentos nesse cenário volátil?
04:55Bom, o primeiro ponto, o investidor já acostumado com esses eventos,
05:00é procurar sustentar nela, ancorar os seus investimentos em ativos que não são só mais robustos,
05:08mas mais seguros.
05:10O efeito disso é o dólar, né?
05:12Nós já identificamos aí, já verificamos a valorização da moeda.
05:16Outros são ouro também.
05:18Enfim, o primeiro ponto, né?
05:20Procurar ativos de segurança, mas a velha e boa diversificação.
05:24Eu acho que o investidor, como sempre, como padrão,
05:28ele deve sempre avaliar bem a composição da sua carteira,
05:31aonde ele está posicionado, justamente para quando eventos como esse vierem a acontecer,
05:38e eles aconteceram sempre, é natural,
05:42o impacto nos seus investimentos não seja tão importante, né?
05:45E ele tenha tranquilidade para aguardar,
05:47para entender o ciclo natural, se ele deve fazer posição,
05:50sair desse risco, ou não aguardar até que a situação venha a voltar à sua normalidade.
05:58Enfim, ele não tenha perda, um prejuízo naquilo que, de certa forma,
06:03ele havia tomado de decisão atrás.
06:05Certo. Felipe, mais uma sua.
06:07Gustavo, queria te fazer uma pergunta,
06:10que tem um pouquinho a ver com a pergunta que eu fiz anterior,
06:12mas avançando um pouco mais.
06:14Com essa crise que a gente está vendo no Oriente Médio,
06:17o petróleo correspondente para uma grande parte do petróleo do mundo,
06:20o que você recomendaria, por exemplo, para os seus clientes?
06:24Você recomendaria mais o investimento em, por exemplo,
06:26empresas de combustíveis fósseis, de petróleo, fora do eixo do Oriente Médio,
06:31ou pensando mais a médio, longo prazo,
06:33investimento em empresas de energia renovável,
06:36que podem substituir esses combustíveis fósseis com um pouco mais de prazo?
06:42Bom, a exemplo do que nós já praticamos aqui dentro de casa, né?
06:45Primeiro ponto, a diversificação, tanto quanto nos combustíveis fósseis,
06:50a permanência, eu acho que, de novo, é muito cedo ainda para tomar decisão,
06:55acho que a gente precisa aguardar, temos aí o G7 acontecendo,
06:59há, obviamente, aí um exercício de convencimento para que o Trump
07:03possa, de certa forma, intervir de forma positiva,
07:07no sentido de buscar uma conversa, um ajuste entre os dois países,
07:12mas, de certa forma, pensando a médio e longo prazo,
07:16o investimento em empresas que estão produzindo e investindo em energias renováveis.
07:20Esse é o futuro da matriz energética do Brasil e qualquer outro país do mundo
07:23e, sem sombra de dúvidas, avaliando, obviamente, quem está por trás,
07:28a experiência, qual é o caminho, o canal que está sendo feito o investimento,
07:32ele terá êxito, nenhuma dúvida quanto a isso.
07:35E, Gustavo, a gente já falou aqui dessa perspectiva de escalada do preço do petróleo
07:43e aí, nesse contexto, que setores do mercado podem se beneficiar,
07:47quais podem sofrer mais, qual que é a tua leitura sobre isso?
07:50Bom, no primeiro momento, as pretolíferas, elas, por si só,
07:55e aquelas que atuam na venda dos derivados, são as primeiras beneficiadas.
07:59Agora, quando a gente olha para o outro lado do parque produtivo,
08:04qualquer que seja ele o setor ou o segmento,
08:06que necessita do petróleo, do combustível, dos derivados para a sua atividade,
08:11sem sobra de dúvida, ele vai sentir muito em breve o impacto desse conflito,
08:18principalmente se a permanência dele seguir ao longo dos meses,
08:22a exemplo do que a gente vem acompanhando,
08:24Ucrânia e Rússia já se vão anos.
08:26Então, olhando para dentro de casa, a economia brasileira,
08:31é muito provável que esse conflito chegue à bomba para o consumidor final,
08:38assim como em todas as nossas cadeias.
08:40Um exemplo muito claro, fornecimento de alimentos, que é algo frequente,
08:45isso vai refletir no frete, o transporte desse alimento,
08:48isso vai chegar para o consumidor final muito em breve.
08:51Felipe, mais uma sua.
08:52Gustavo, com essa escalada no conflito armado,
08:56a gente vê também uma série de outros países também investindo muito em defesa.
09:00Você acha que isso vai ser um setor também que vai dominar os investimentos?
09:04Acho que já começa no curto prazo, a Europa já anunciou investimentos nessa área,
09:08mas você acha que essa questão da defesa vai ser também,
09:10vai mobilizar bastante investimento a partir de agora?
09:13Olha, a cada conflito novo que nós vivenciamos,
09:17há um movimento interno nos países justamente sobre esse ponto de vista.
09:21onde estamos enquanto a proteção,
09:24e não é só a proteção bélica no sentido de guerra,
09:27mas proteção do próprio país em si, das suas fronteiras,
09:31e a cada movimento, como eu disse, nesse sentido,
09:34abre-se essa discussão.
09:36Quanto daquilo nós investimos no sentido de proteger o nosso patrimônio,
09:40de proteger as nossas empresas, as nossas fronteiras,
09:43não só no sentido de guerra, novamente falando,
09:45mas mesmo com relação ao Brasil, um país de tamanho continental,
09:52fronteiras espalhadas, e aí como nós estamos.
09:56Então é natural que isso aconteça,
09:59e aí a expectativa é quando é que isso virá também para o mercado privado,
10:03em forma de investimento.
10:05E para a gente finalizar, Gustavo, como é que está o dia aí,
10:08em que você está de olho?
10:10A gente vê que Bovespa hoje está num dia bem positivo,
10:12especialmente as ações da Vale, queria saber seus destaques.
10:17Bom, muito bem.
10:18Hoje os mercados abriram positivos,
10:21apesar da continuidade do conflito,
10:24ficou claro que Israel não tem como intenção
10:27bombardear justamente as regiões produtoras,
10:32não é essa a intenção,
10:34então o mercado amanheceu um pouco mais calmo nesse sentido.
10:37A nossa expectativa é que isso continue,
10:39e que esse reflexo continue sendo positivo a princípio,
10:42se é que há lado positivo num conflito como esse,
10:45até que os dois lados consigam, de certa forma,
10:48chegar a um consenso.
10:50Certo.
10:51Quero agradecer demais a participação aqui ao vivo no Money Times
10:54do Gustavo Assisi, CEO da Asset Bank.
10:58Muito obrigada, viu, pela sua participação.
11:00Ótima tarde, boa semana.
11:02Eu que agradeço a oportunidade.
11:04Uma ótima tarde a vocês.
11:05Bom, né, já estamos fazendo aqui,
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