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Parlamentares da oposição criticaram o programa Pena Justa, lançado pelo governo Lula, por oferecer benefícios como cinema e salão de beleza a presos. Deputados pedem modelo mais rigoroso, inspirado no sistema prisional de El Salvador. Para eles, o governo ignora as vítimas da criminalidade.

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Transcrição
00:00Beraldo, sempre quando a gente trata de questões que envolvem o sistema penitenciário, é importante lembrar e sublinhar
00:07que a maior parte da população não compra propostas e ideias como essa que a gente está destacando.
00:13É importante a gente lembrar.
00:15Tanto que uma enxurrada de mensagens que lembram do Secote,
00:19que é um exemplo que a gente tem trazido aqui de forma frequente,
00:24aquela prisão, uma mega prisão em El Salvador e o sistema que foi implementado por Naíbe Bukele.
00:33E também tem vários gestores aqui que veem no modelo de El Salvador algo a ser copiado.
00:38Inclusive, o Romeu Zema já chegou a destacar que, inclusive, o Brasil precisa mirar o exemplo de El Salvador de Naíbe Bukele.
00:47A depender do avanço dessa agenda e de uma mudança no comando do país,
00:52poderemos observar penitenciárias alá El Salvador, Beraldo?
01:00Keniato, infelizmente, o problema no Brasil é bastante mais complexo do que o problema
01:06que Naíbe Bukele encontrou quando assumiu a presidência de El Salvador.
01:12El Salvador é um país muito pequeno, dominado até então por gangues,
01:17e a ação feita foi praticamente uma ação única contra essas gangues,
01:24em que essas pessoas foram encarceradas, tatuagens que remetiam aos grupos
01:32que esses bandidos criminosos que pertenciam foram apagadas,
01:37todos os tipos de monumentos, de pichações,
01:39tudo foi descaracterizado porque a cultura das gangues estava completamente enraizada
01:46e dominando El Salvador naquele momento.
01:49Quando a gente olha para o caso brasileiro,
01:52nós estamos vendo um país de dimensões continentais
01:55que tem milhares e milhares de quilômetros de fronteira
02:01com países muito complicados,
02:04como é o caso da Colômbia e da Bolívia,
02:07que é a origem da cocaína que atravessa o Brasil
02:10para ser exportado pelos portos brasileiros.
02:13E aí, obviamente, é preciso se controlar os portos,
02:17lembrando que as organizações criminosas como o PCC
02:19já estão construindo os seus próprios submarinos
02:23que cruzam o Atlântico levando drogas.
02:27Olha o tamanho da ousadia e da sofisticação
02:31desse sistema de exportação de drogas no Brasil.
02:35Nós temos diversos estados com realidades diferentes
02:39que têm o agravante da floresta em boa parte desses estados.
02:45Então, você fazer o controle das fronteiras nessas áreas de floresta
02:50obviamente tem seus desafios próprios.
02:52Para isso, você precisa investir nas Forças Armadas,
02:55preparar e equipar as Forças Armadas,
02:59precisa se investir em tecnologia,
03:01depois precisa dar autonomia aos estados
03:05para que as Forças de Segurança Estaduais
03:07façam o seu papel e ajudem
03:10na contenção desse fluxo
03:14do tráfico de drogas sobretudo,
03:16mas também do tráfico de cigarros e tudo mais
03:18que faz inflar os números do crime organizado no Brasil.
03:21E aí vemos a sequência, Caniato,
03:26complexa de peças que precisam ser encaixadas
03:31dentro do Brasil para que aí nós cheguemos
03:34num ponto de superlotar,
03:38ou superlotar talvez não seja a palavra
03:40porque denota uma visão negativa,
03:43mas de lotar não um secote,
03:47mas diversos secotes,
03:50aonde criminoso vai levar a vida de preso
03:54num país que precisa ter no seu judiciário
03:58um aliado do combate ao crime
04:01e não um órgão que muitas vezes
04:04olha para o criminoso com pena ou com medo,
04:08não sabemos,
04:09mas o fato concreto
04:11é que penas são reduzidas,
04:15progressão de penas são concedidas,
04:18direito à saidinha são ofertados,
04:22mesmo com decisão contrária
04:24por parte do Congresso Nacional
04:26e há sempre uma medida favorável
04:31a esses criminosos.
04:32Não precisamos lembrar aqui
04:34de visitas pagas com dinheiro público
04:37de representantes das organizações criminosas em Brasília.
04:40Então, por todos esses aspectos,
04:42Caniato, infelizmente o Brasil
04:43dará mais trabalho,
04:45vai requerer muito mais investimento,
04:47entretanto, este é o investimento prioritário.
04:50Se não for feito esse investimento,
04:51se o Brasil não se tornar finalmente
04:53num país seguro,
04:55nós estamos completamente fora do jogo mundial.
04:57Dávila, você é um pouco reticente
04:59ao modelo El Salvador,
05:01ou pelo menos a Naíbe Bukele,
05:03mas alguns gestores brasileiros
05:05veem no modelo algo a ser seguido,
05:09ou pelo menos que o Brasil deveria se inspirar.
05:11Romeu Zema, que você bem conhece,
05:13inclusive acha que deveria haver uma coalizão da direita
05:19para se inspirar em El Salvador
05:21e também derrotar o atual governo
05:23nas próximas eleições,
05:25principalmente quando se trata das questões
05:27que envolvem segurança pública e política penal.
05:30É, Caniato, é que tem uma diferença muito grande, né?
05:35Todos nós somos favoráveis
05:36a penas duras,
05:38cumprimento integral e fim de impunidade.
05:40Sem essas três coisas,
05:42não dê nem como começar a combater o crime.
05:44E nesse sentido,
05:45há sim uma certa harmonia
05:48com a história de El Salvador.
05:49Mas ela termina aí,
05:51porque para fazer o tipo de ação
05:54que existe em El Salvador,
05:55você precisa de poderes autoritários.
05:57e eu sou contra qualquer tipo de poder autoritário.
06:00Nós precisamos fazer isso por meio
06:01da democracia,
06:03devido ao processo legal.
06:04Então nós precisamos ter leis que sejam cumpridas.
06:07O Brasil, às vezes, tem boas leis,
06:08só que elas não são cumpridas.
06:10Mas no caso da legislação penal,
06:12nós não temos nenhuma das duas coisas.
06:13Não tem nem boas leis
06:15e elas nem são cumpridas.
06:16Então você tem impunidade generalizada.
06:18É óbvio que precisa resolver isso.
06:20A segunda coisa,
06:23tem uma diferença muito grande
06:24entre combater gangues,
06:27como foi o caso de El Salvador,
06:29e combater o crime organizado,
06:31como é o caso da Itália com a máfia.
06:34Então, a primeira coisa é,
06:36lei penal, lei dura para todo mundo.
06:38E aí tudo bem.
06:40Mas atentar a questão das gangues,
06:43desmantelar a gangue,
06:45é uma estratégia diferente
06:46de combater o crime organizado.
06:49Combater o crime organizado
06:50é uma coisa que exige muito mais recurso.
06:54Por exemplo,
06:54o que o governo do Estado
06:57pode fazer para resolver lavagem de dinheiro?
07:00Não pode fazer nada.
07:01Não está no poder dele.
07:02O que ele pode fazer
07:03com o problema de fronteiras porosas
07:05por onde passa o tráfico de armas
07:07e o tráfico de drogas?
07:10Não pode fazer nada.
07:11Isso é trabalho do governo federal.
07:12Então,
07:13o ponto é que
07:14nós precisamos
07:15ter penas
07:17duras com o crime,
07:19descentralizar o poder,
07:20deixar cada Estado
07:21tocar a sua política
07:23de segurança pública
07:24para combater
07:25gangue, roubo, furto.
07:28E nós precisamos
07:29de um governo federal
07:31forte
07:32para combater
07:33o crime organizado.
07:35A máfia.
07:36Precisa ter lei anti-máfia,
07:38precisa ter penas rigorosas.
07:39E é uma estratégia diferente.
07:41Então,
07:42não dá para pegar assim,
07:44copy-paste de El Salvador
07:45e falar assim,
07:46olha,
07:46combater gangue
07:47de maneira autoritária
07:48dá certo.
07:49porque você usa
07:50a analogia errada.
07:52Não é assim
07:52que nós vamos combater.
07:54Nós temos que combater
07:55dentro do Estado de Direito
07:57como é que se combate
07:58duramente o crime.
08:00E existem
08:00mil exemplos bons
08:02de países
08:03avançados
08:04que por meio
08:05do Estado de Direito
08:06se combate o crime.
08:07Então,
08:08existe na Europa,
08:09nos Estados Unidos,
08:09vários lugares.
08:10E esses são os modelos
08:11que nós temos de seguir.
08:13Porque tudo que passa
08:14a ideia
08:15que combate ao crime
08:16precisa de governo autoritário,
08:18no fundo,
08:19a gente destrói
08:20uma das principais bandeiras
08:21da direita.
08:22Porque parece que a direita
08:23só sabe resolver crime
08:25com autoritarismo.
08:25Está errado isso.
08:27Não é.
08:27É por meio do Estado de Direito
08:29que nós vamos resolver.
08:30Então,
08:31esta é a minha discordância
08:33com aqueles
08:34que tentam pegar
08:35o modelo de El Salvador
08:36como um copy-paste.
08:38Não.
08:39Nós temos que combater
08:40o crime duramente,
08:41mas por meio da lei,
08:43respeitando a liberdade,
08:45respeitando o devido processo legal.
08:47E não usurpando
08:49dessas armas
08:50que fizeram países
08:52conciliar
08:53a democracia,
08:55a liberdade
08:56com segurança pública.
08:58Você, Mota,
08:59a gente sempre traz
09:00o exemplo
09:01de El Salvador,
09:02o método Bukele.
09:04Muitos políticos brasileiros
09:06entendem que,
09:07se não em 100%,
09:08algumas ideias
09:09poderiam ser implementadas
09:11aqui no Brasil.
09:12O que a gente pode
09:13considerar?
09:14o que poderia se aproveitar
09:16desse modelo
09:17de El Salvador?
09:19Eu acho que muita coisa,
09:20Caniato.
09:21Eu conversei com alguns
09:23políticos,
09:23inclusive parlamentares
09:25brasileiros,
09:26e outras pessoas
09:27que estiveram
09:28em El Salvador.
09:30São pessoas inteligentes,
09:32e elas fizeram
09:33uma avaliação.
09:35O que nós sabemos
09:36é que Bukele
09:37foi eleito.
09:39Bukele teve a autorização
09:40do Congresso
09:41para tomar as medidas
09:42que ele tomou.
09:44Até onde eu sei,
09:46El Salvador não é uma ditadura,
09:48não é um regime totalitário.
09:50Até onde eu sei,
09:51e pelo que me disseram
09:52as pessoas que foram lá,
09:53o que Bukele fez
09:54foi 100% legal
09:56e dentro do Estado
09:58de direito.
10:01Democracia
10:02não combate crime.
10:04O que combate crime
10:05é a disposição
10:06do Estado
10:07de representar
10:09uma ameaça
10:10aos criminosos.
10:11E, para mim,
10:12a coisa mais essencial
10:14é a mentalidade.
10:17São as pessoas
10:18que estão no Estado,
10:19dirigindo o Estado,
10:21especialmente o sistema
10:22de justiça criminal,
10:24elas terem a consciência
10:26de que crime é escolha
10:28e de que o criminoso
10:29tem que ser punido
10:30de forma proporcional
10:32ao crime que ele cometeu.
10:33Me parece que esse
10:34é o princípio
10:35que guia
10:37as ações
10:38de Naíbe Bukele.
10:39Então, só para dar
10:40um exemplo aqui,
10:41a polícia
10:44de El Salvador
10:44começou
10:45a prender
10:46os criminosos
10:47que tinham
10:47tatuagens
10:49de facções criminosas.
10:51Aqui no Brasil,
10:52tem membros
10:53de facções
10:54que fazem
10:54uma tatuagem
10:56específica
10:57para cada policial
10:58que eles matam.
11:00O sujeito mata
11:01um policial
11:01e faz uma tatuagem.
11:02Mata outro
11:03e faz uma tatuagem.
11:03como é que
11:05um Estado
11:06democrático
11:08onde vigora
11:08o Estado de Direito
11:09permite que isso aconteça.
11:11E parece óbvio
11:12se existe
11:14essa prática,
11:15se o Estado
11:15conhece
11:16essa prática,
11:17identificou alguém
11:18que tem essa tatuagem,
11:20qual é a dúvida?
11:22O que não se pode fazer
11:24é aplicar
11:27um padrão
11:28que são
11:29dois pesos
11:30e duas medidas.
11:31você trata
11:33com todo
11:34cuidado
11:35com inúmeros procedimentos
11:37e recursos
11:38o criminoso.
11:40E para a vítima
11:41você dá uma banana.
11:43Aqui no Brasil
11:43funciona assim.
11:45É só um exemplo
11:46que eu vou dar agora.
11:47Um micro exemplo.
11:49O sujeito
11:50assalta
11:51você.
11:52Ele é preso
11:53em flagrante,
11:54ele começa a responder
11:55um processo.
11:57Ele não foi condenado ainda,
11:58porque os processos
11:59no Brasil
12:00às vezes demoram anos.
12:02Aí ele é preso
12:03por um segundo assalto
12:05enquanto o primeiro processo
12:07ainda está correndo.
12:08Ele é considerado
12:09réu primário,
12:10meus amigos,
12:11porque o primeiro processo
12:13por assalto
12:14não foi concluído ainda.
12:16Esse é um pequeno exemplo.
12:17A gente viu outro.
12:18O Pena Justa.
12:20O que existe
12:21no Brasil
12:22é uma guerra
12:23movida pelo crime
12:25contra o cidadão comum.
12:26o Estado brasileiro
12:28se recusa
12:29a reconhecer
12:30esse estado de guerra.
12:32O Estado brasileiro
12:33não aceita
12:34responder
12:35a essa guerra
12:36que o crime
12:37trava
12:39contra o cidadão brasileiro.
12:41O que Naíbe Bukele
12:42fez em El Salvador
12:43foi dizer
12:43na dúvida
12:44que sofra
12:46o criminoso.
12:48Essa é uma decisão
12:49moral
12:49no Brasil
12:50na dúvida
12:52que se dane
12:53a vítima.
12:54Então,
12:55o resultado
12:55aqui no Brasil
12:56impera a injustiça.
12:58A gente tem
12:59um outro exemplo,
13:00Caniato,
13:00que são os Estados Unidos.
13:02Os Estados Unidos
13:03passaram por um período
13:05de baixa criminalidade,
13:08mas como resultado
13:09da política
13:10dos democratas
13:12em vários
13:13estados e cidades,
13:15o crime está voltando.
13:17Em Nova Iorque,
13:18lá,
13:19os promotores
13:20de justiça
13:21têm descrição,
13:23eles podem decidir
13:24se vão
13:25ou não vão
13:26processar
13:27um criminoso
13:27pelo crime
13:28que ele cometeu.
13:29É diferente
13:29aqui no Brasil.
13:30Aqui no Brasil,
13:31se for provado
13:31que o cara
13:32cometeu um crime,
13:32ele tem que ser processado.
13:33Nos Estados Unidos,
13:34isso é decisão
13:34do promotor.
13:36Vários
13:36promotores
13:37de justiça
13:38de Nova Iorque
13:39que foram eleitos
13:40pelo Partido Democrata,
13:42lá os promotores
13:43são eleitos,
13:44promotores
13:45que têm
13:46essas ideias
13:47da criminologia crítica,
13:48eles começaram
13:49a anunciar
13:50alguns anos atrás
13:51que não iam mais
13:52processar
13:53os criminosos
13:54acusados de assalto,
13:55de sequestro relâmpago,
13:57de agressões sexuais
13:58porque isso não era
14:00socialmente justo.
14:02Essas pessoas
14:03já sofriam
14:04a opressão
14:04da sociedade capitalista,
14:06então não era justo
14:07que, além de tudo,
14:09elas ainda foram
14:10à força empresas
14:11pelos assaltos
14:11que elas começaram.
14:12O resultado
14:13é que o crime
14:15voltou
14:15a Nova Iorque.
14:17Há pouco mais
14:18de um mês
14:19aconteceu,
14:20imaginem vocês,
14:21uma arrastão.
14:2342 menores
14:25de idade
14:26foram presos
14:27por terem realizado
14:28uma arrastão
14:29na Times Square,
14:31o lugar mais famoso
14:32de Nova Iorque,
14:33inclusive agredindo
14:34policiais.
14:35Então,
14:36é isso que
14:37a gente tem que dizer.
14:39A receita
14:40de combate ao crime
14:41é muito simples.
14:43É repressão dura
14:44aos criminosos
14:45e uma punição
14:47exemplar para eles.
14:48foi isso que
14:49Naíbe Bukele
14:50fez em Salvador.
14:51Essa é a única
14:54alternativa
14:54que o Brasil tem.
14:55Não existe outra.
14:56Pode botar
14:56televisão blindada,
14:58cursinho de jiu-jitsu,
15:00salão de beleza
15:00em todos
15:02os presídios brasileiros.
15:03O resultado
15:04disso vai ser
15:04uma explosão
15:06de crime
15:06até o dia
15:08que a nossa vida
15:09vai ficar
15:09tão inviável
15:11que vai surgir
15:12aqui no Brasil
15:12o Naíbe Bukele.
15:14E quando ele surgir,
15:16nunca esqueçam disso.
15:18ele vai ser
15:19o produto
15:20do trabalho
15:21dessa turma
15:22da criminologia
15:23crítica.
15:24O Naíbe Bukele
15:25do Brasil,
15:25quando ele surgir,
15:27vai ser a resposta
15:28que a sociedade brasileira
15:29vai dar
15:29a iniciativas
15:31como o Pena Justa.
15:32Daqui a pouco
15:33a gente vai trazer,
15:34inclusive reflexão
15:35sobre código penal.
15:36O que precisaria mudar?
15:37O que é urgente?
15:39Precisa ser alterado amanhã.
15:41Mas antes,
15:42eu vou trazer só o Beraldo.
15:43Como o Malta
15:43trouxe esse exemplo
15:44de Nova York,
15:45que sempre é compartilhado
15:48aqui pelos nossos comentaristas
15:50como um bom exemplo
15:51na época do Giuliani.
15:52Mas agora a gente
15:53também traz o exemplo
15:55negativo.
15:56E aí a gente pode trazer
15:57essa análise,
15:58né, Beraldo?
15:59A depender de quem está
16:00na cadeira de comandante
16:01da cidade ou do Estado,
16:03nos Estados Unidos,
16:05a gente tem uma mudança
16:06muito importante
16:07da condução
16:08do enfrentamento
16:09à criminalidade.
16:10Nova York pode
16:11entrar, inclusive,
16:12nessa discussão.
16:13Como era e como está?
16:14Pedro Neto,
16:16Nova York foi transformada
16:18no paraíso dos maconheiros.
16:21Houve uma decisão
16:22que permitiu o consumo
16:24livre de maconha recreativa.
16:28Então, já havia
16:29a maconha medicinal,
16:31agora tem a maconha recreativa.
16:32O resultado
16:33é que a Times Square,
16:35citada pelo Mota,
16:37o ponto certamente
16:38mais conhecido de Nova York,
16:40junto com o Estado da Liberdade,
16:42se tornou um maconhódromo.
16:44bares com livre acesso
16:48a maconha,
16:49as pessoas podem sentar
16:50na calçada,
16:51ficar fumando maconha,
16:54pessoas vendendo maconha
16:55a todo lugar.
16:58E o resultado
16:59desse experimento
17:03da imbecilidade
17:04de disponibilizar maconha
17:07para os maconheiros à vontade
17:09é isso,
17:11é o arrastão.
17:13O Mota trouxe
17:14uma informação
17:15absurda
17:16verificada por ele
17:18na praia de Ipanema,
17:21uma praia mundialmente conhecida,
17:23um dos símbolos do Brasil,
17:26cantada por Tom Jobim
17:27e Vinícius de Moraes
17:28na música Garota de Ipanema,
17:30que tem versões gravadas
17:32no mundo inteiro.
17:34Um sujeito
17:35anunciando
17:37venda de cocaína
17:38em alto e bom som
17:40para quem quisesse comprar
17:42esse tipo
17:45de ação
17:46que essas pessoas
17:50que ficam pensando
17:51no aconchego
17:53do seu ar-condicionado
17:55com drogas à vontade
17:57para ficarem filosofando
17:59e pensando
17:59como destruir a vida alheia,
18:02achando que a sociedade
18:03é um laboratório
18:04e aí chegam
18:06à conclusão
18:06de que não,
18:08é uma boa ideia
18:08liberar maconha.
18:09Aliás,
18:10o Brasil passa por isso,
18:11Caniato,
18:1240 gramas
18:13de maconha
18:14para todo mundo
18:15usar maconha
18:16à vontade.
18:17Somos um país
18:19de maconheiros
18:20agora
18:21onde os maconheiros
18:22estão à vontade.
18:24E esse consumo
18:25de maconha,
18:26ao contrário
18:27dos Estados Unidos,
18:28em que pelo menos
18:29a venda é legalizada,
18:31o Brasil
18:32teve a invencionice
18:34de permitir
18:36o consumo
18:37que só pode ser obtido
18:39de forma ilegal.
18:41Então,
18:41hoje é legal
18:42que as pessoas
18:43peguem o seu dinheiro
18:45e alimentem
18:45o crime organizado,
18:47o tráfico de drogas.
18:49Quer dizer,
18:49tem alguma coisa certa
18:50no Brasil hoje
18:51do ponto de vista
18:53de estratégia
18:54de tornar o país
18:55um lugar mais seguro?
18:57Sinceramente,
18:58fora iniciativas
18:59hoje consideradas
19:01pontuais
19:02como a gente vê
19:03em São Paulo
19:03com o governador
19:04Tarcísio de Freitas
19:05e o secretário
19:06Derrite,
19:07em Goiás
19:09com o governador
19:10Ronaldo Caiado
19:11e alguns outros lugares,
19:12sinceramente,
19:13não há nada
19:14sinalizando
19:15de que a gente
19:16vai entrar
19:17num rumo
19:17de tornar
19:18o Brasil
19:19um país seguro,
19:20muito pelo contrário.
19:21Davila,
19:21várias pessoas
19:22aqui mencionando
19:23sobre a necessidade
19:25de uma mudança
19:26robusta
19:27no Código Penal
19:28e aí,
19:28claro,
19:29tem vários
19:30que defendem
19:32redução
19:32da maioridade penal,
19:33há quem defenda
19:34prisão perpétua
19:36e por aí vai,
19:36mas na sua avaliação
19:38o que é urgente
19:40ser alterado
19:40na legislação
19:41para endurecer
19:43o nosso
19:44arcabouço,
19:44porque quando você
19:45coloca em paralelo
19:47a situação
19:48de El Salvador,
19:50você está querendo dizer,
19:51bom,
19:51não daria certo
19:52aqui por conta
19:53do nosso arcabouço,
19:55há dispositivos
19:56que tirariam
19:57camarada
19:58de uma super cadeia
19:59que cabe em
20:0040 mil pessoas,
20:01não adianta,
20:02a depender do crime,
20:04se ele tiver
20:05um bom comportamento
20:06depois de um
20:06cumprido um seto
20:08da pena,
20:08ele está na rua,
20:09seria preciso alterar
20:11o nosso código
20:12penal
20:13e inclusive
20:14endurecer
20:15uma série de penas,
20:16né Dávila?
20:18Com certeza,
20:19Caniato,
20:19nós temos de aprovar
20:20uma lei de execução
20:21penal para valer,
20:22ou seja,
20:23cumprir integralmente
20:24a pena
20:25sem esta
20:26manobra
20:28para cumprir
20:28um sexto
20:29da pena,
20:30nós temos de aumentar
20:31a resolução
20:32de crimes,
20:33o Brasil é baixíssimo,
20:34uma das mais baixas
20:35do mundo,
20:36nós precisamos ter
20:37um judiciário
20:39que não tolera
20:40a impunidade,
20:41são coisas fundamentais,
20:43e aí a minha discordância
20:44lá com o Mota
20:45nessa questão
20:46de El Salvador,
20:47primeiro eu não acredito
20:48em democracia
20:49de fachada,
20:49só porque uma pessoa
20:50eleita e o governo
20:51e o congresso
20:52está a plenos poderes,
20:53isso não é democracia,
20:55se der a democracia
20:55para não ter democracia,
20:57não é democracia,
20:58a Rússia não é democracia,
20:59e lá também tem eleição,
21:00o governo tem poder
21:02autoritário
21:02para fazer o que bem entender,
21:03não,
21:04não vale,
21:05olha,
21:06quando você olha
21:06leis duras penais,
21:08com liberdade,
21:10quais são os países
21:11exemplares do mundo?
21:13Está lá,
21:13Noruega,
21:14Japão,
21:15Portugal,
21:17Holanda,
21:18esses são países
21:19que conseguiram conciliar
21:20penas duras,
21:23cumprimento da lei,
21:25segurança pública
21:26de qualidade,
21:27com a democracia
21:29de verdade,
21:30não democracia
21:30de fachada,
21:31com eleições livres,
21:33com alternância de poder,
21:34e muito melhor
21:35que nos Estados Unidos
21:36nesse sentido,
21:37porque nesses países
21:38sempre teve
21:40alternância de poder,
21:42mas não desfizeram
21:43o trabalho
21:43que o outro faz,
21:44então não é o caso
21:45de Nova York,
21:45sai lá
21:46os dois republicanos,
21:48o Juliane
21:49e o Bloomberg,
21:50aí entra uma safra
21:52de democratas
21:52e destrói a cidade,
21:54não,
21:54isso não existe
21:54nesses outros países,
21:55pelo contrário,
21:56segurança pública
21:57de qualidade,
21:58e eu não conheço
21:59ninguém que quer
21:59morar em El Salvador,
22:00eu conheço gente
22:01que quer morar
22:01na Noruega,
22:02na Marca,
22:02no Portugal,
22:03na Holanda,
22:04não mostra que é
22:05exatamente isso
22:06que a gente tem que seguir,
22:07nós temos de seguir
22:08os bons exemplos,
22:10e não há dúvida
22:11que passa
22:12por uma reformulação
22:14dessa legislação,
22:15agora,
22:15caniato,
22:16a gente tem que lembrar
22:17que no Brasil
22:17não adianta só
22:18mudar a lei,
22:19nós temos que aprovar
22:20essas leis duras,
22:21mas precisamos ter
22:22uma justiça
22:23que faça cumprir a lei,
22:25o caso exemplar
22:26é,
22:27é,
22:28do mau exemplo,
22:29é o caso
22:29da justiça trabalhista,
22:31nós tivemos
22:32uma reforma
22:33trabalhista
22:34que melhorou
22:35significativamente
22:39a legislação
22:40trabalhista,
22:41dando mais
22:41flexibilidade,
22:43o legislado,
22:44o acordado
22:45sobre o legislado,
22:46tudo bonitinho
22:47na lei,
22:48aí isso que acontece,
22:49tem juiz
22:50trabalhista
22:51que não cumpre a lei,
22:52foi aprovado
22:53pelo Congresso,
22:54então nós precisamos
22:55de duas coisas,
22:56aprovar um código
22:57mais duro,
22:59leis mais duras,
23:00principalmente a lei
23:01de execução penal
23:01e de esclarecimento
23:03de crimes,
23:04mas nós precisamos
23:05ter uma justiça
23:06que faça a lei
23:07ser cumprida,
23:08não dá pra chegar
23:08e falar assim,
23:09não, não,
23:10essa lei é muito dura
23:11e é contra
23:12os direitos humanos,
23:14então nós não vamos
23:14cumprir a lei,
23:15bom,
23:15então não adianta nada,
23:17é o que está acontecendo
23:18hoje no Brasil,
23:19a interpretação
23:20da lei,
23:21ela é na verdade
23:22uma interpretação
23:23completamente
23:24descabida
23:26e dissociada
23:27daquilo que a lei
23:27fala,
23:28então,
23:29pena dura,
23:31justiça cumprindo
23:32a lei
23:33e seguindo
23:34as regras
23:36do jogo democrático
23:37de verdade
23:38e não da democracia
23:39de fachada.
23:40Mota está fazendo
23:41alguma anotação,
23:42vai ter o contraponto
23:43do Mota,
23:43depois do break comercial,
23:45é bem rápido,
23:46viu,
23:47um minuto e vinte
23:47a gente está de volta,
23:48eu conto com você,
23:49fique por aí.
23:50Mota.
23:51Mota.

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