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O primeiro lançamento orbital do Brasil terminou em explosão em Alcântara. No mesmo dia, a SpaceX registrou a marca Starlink Mobile, sinalizando entrada na telefonia global. Renan analisou os impactos tecnológicos e regulatórios com Diogo Cortiz, professor da USP e especialista em tecnologia.

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Transcrição
00:00O primeiro lançamento orbital do Brasil terminou em explosão.
00:06A Força Aérea Brasileira informou que o foguete sul-coreano da empresa Inospace
00:11iniciou a trajetória no centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão,
00:16às 10 da noite desta segunda-feira.
00:19Só que ele acabou se colidindo com o solo depois de apresentar uma anomalia, segundo a FAB.
00:25O voo não era tripulado.
00:28Imagens mostram o início do lançamento até o momento da explosão.
00:33Equipes foram enviadas para o local para avaliar os destroços.
00:37A FAB confirma que todas as ações de segurança, rastreamento e coleta de dados
00:43foram realizadas conforme o planejado.
00:46À medida que as avaliações avancem, novas informações devem ser divulgadas.
00:53E a SpaceX do bilionário Elon Musk deu um passo audacioso ao registrar a marca Starlink Mobile,
01:02sinalizando a entrada no mercado de telefonia móvel global.
01:07Através de uma tecnologia que conecta smartphones diretamente aos satélites da Starlink,
01:13a empresa pretende oferecer serviços como ligações, mensagens e dados em qualquer lugar do planeta,
01:22desafiando aí as gigantes tradicionais das telecomunicações
01:26e buscando uma avaliação de um mercado que pode chegar a 800 bilhões de dólares.
01:33E para a gente analisar esse cenário, eu converso agora com o Diogo Cortis,
01:38que ele é professor da USP e também especialista em tecnologia.
01:43Diogo, muito obrigado pela sua presença aqui, muito boa noite.
01:47Queria começar já te perguntando qual é o significado dessa entrada da Starlink Mobile
01:53no mercado de telefonia e como essa tecnologia pode impactar as pessoas em zonas remotas.
02:00A Starlink já faz isso, ajuda a conexão em regiões remotas
02:04e agora essa empresa também pretende chegar aí globalmente
02:08e vai ser uma grande concorrente nesse mercado.
02:12Boa noite, Renan. E é isso mesmo que você trouxe aqui para nós.
02:16Era um movimento já que o mercado estava aguardando,
02:19esperando que a Starlink fizesse esse movimento de tentar buscar o mercado
02:25quase como uma operadora de telefonia.
02:28Recentemente, ela lançou um serviço que já começa a engatinhar nesse sentido,
02:34que é o Direct to Sell.
02:36Então, hoje, em alguns países do mundo, não são todos,
02:39mas tem nos Estados Unidos, tem no Canadá, tem no Japão.
02:43Em regiões em que o celular fica sem sinal, por exemplo,
02:48o celular conecta diretamente a um satélite da Starlink
02:53e ele passa, então, a receber um sinal para receber dados, mandar mensagens.
02:59Ainda não está disponível por voz.
03:01Mas nesse serviço que está disponível, então, nesses países,
03:05ele ainda depende de uma parceria com as empresas tradicionais de telecomunicações.
03:11Então, nos Estados Unidos, ele tem essa parceria com a T-Mobile,
03:14que é uma das maiores operadoras.
03:16Então, ele funciona só como uma ponte de acesso.
03:19Então, isso está sendo ainda desenvolvido em parceria com as operadoras.
03:24Agora, a SpaceX, junto com a marca Starlink,
03:29eles registraram essa nova marca,
03:31que dá sinais de tentar, então, se transformar numa próxima grande operadora.
03:38Claro, e a gente sabe que toda essa infraestrutura de satélite
03:43também não é suficiente para substituir toda essa infraestrutura
03:47que a gente tem de antenas, que cobrem regiões.
03:50Então, mas ele pode ser um serviço complementar.
03:53Então, isso, nesse primeiro momento, a gente vê uma parceria,
03:57uma consolidação em parceria com essas grandes empresas de telecomunicações
04:02para, quem sabe, num segundo momento, avançar como oferecendo um serviço
04:07diretamente para o usuário.
04:09Então, em vez de você assinar uma empresa de telefonia normal,
04:13de telecomunicações, você pode, de repente, optar por esse novo serviço
04:18da Starlink.
04:20Mas é o que a gente vai precisar analisar com muita atenção,
04:23porque depende também de uma série de licenças
04:26das agências reguladoras dos diferentes países.
04:29Agora, Diogo, eu queria justamente entender
04:31esse passo, qual seria o desafio logístico da Starlink,
04:36quanto ela precisaria desembolsar, talvez,
04:39ou precisaria de uma infraestrutura para oferecer esse serviço.
04:42E aí a gente volta nessa questão das operadoras.
04:46Elas seriam concorrentes ou são aliadas da Starlink
04:49nesse momento, nesse avanço desse serviço mobile?
04:54Boa, essa pergunta é excelente, porque quando a gente está falando
04:57da Starlink, a gente está falando de uma empresa que proveu o acesso.
05:01Então, vamos pensar nesse caso desse serviço que já está disponível
05:05nos Estados Unidos.
05:07Então, você está numa região em que a sua operadora,
05:10imagina assim, você é assinante da T-Mobile,
05:12que tem essa parceria com a Starlink já.
05:14Então, você está usando na cidade, você está usando toda a rede da T-Mobile,
05:19nas antenas, normalmente, o seu 5G.
05:22Quando você vai para uma área remota que não tem cobertura de sinal por antenas,
05:26o seu celular, então, conecta com o satélite da Starlink.
05:30Só que, de novo, a Starlink não é uma empresa de telefonia.
05:35Então, o que ela faz?
05:36Ela recebe sinal e joga de volta.
05:39Então, você vai para o satélite, volta para a Terra.
05:42E quando ele volta para a Terra, a Starlink, ela se conecta na rede de operadora normal,
05:49da T-Mobile, que aí pode se conectar com outras operadoras,
05:52por exemplo, para fazer uma ligação para um celular que é IT&T.
05:56Então, essa infraestrutura, a Starlink não tem.
06:00Então, ela precisaria desenvolver ou fazer parceria com outras empresas de telecomunicações.
06:07Então, é esse desenho, esse arranjo que ainda não está definitivo.
06:13Então, o que a gente tem de informações que foram publicadas é o registro da marca,
06:18uma intenção que isso possa existir.
06:22E até mesmo o Elon Musk, em declarações recentes, ele falou,
06:26a gente pode ser uma operadora, mas a gente também, de repente, não vai substituir todas as operadoras.
06:31A gente pode trabalhar em parceria e, muitas vezes, suprindo essa necessidade
06:36que elas não conseguem alcançar somente com a operação de antenas.
06:41Agora, Diogo, pensando num cenário muito à frente,
06:44dizendo que essa tecnologia possa chegar ao Brasil.
06:48Qual seria o desafio de operar aqui no Brasil?
06:52Eu queria entender da sua perspectiva se agências reguladoras aqui no Brasil,
06:57como a Anatel, poderiam impor algum tipo de barreira para proteger, por exemplo, as operadoras locais.
07:03Então, esse processo de entrada de operação no Brasil vai passar por todo um aspecto regulatório.
07:11Recentemente, em outubro, novembro, se eu não estou enganado na data,
07:16a Anatel trouxe uma nova resolução que agora permite que essas empresas que operem por satélite,
07:23que hoje ela é focada muito na comunicação por dados,
07:28possa também, no futuro, a servir também de plataforma para voz.
07:35Então, funcionando quase como uma operadora de telefonia.
07:38Mas, claro, isso ainda vai depender de uma série de ajustes.
07:42Então, as empresas precisam fazer o pedido de outorga,
07:47isso precisa ser analisado, isso precisa ser aprovado
07:50e depois entrar numa fase de implementação.
07:53Eu acho que sim, é um fato relevante,
07:57relevante no sentido de que pode modificar o mercado,
08:02mas esse processo de transformação vai acontecer mais no médio e no longo prazo.
08:08No curto prazo, a gente vai entender melhor como esse modelo de negócios
08:12será desenhado e qual que é a intenção, por exemplo,
08:16da Starlink em diferentes regiões do mundo.
08:19Porque você tem o atrativo, muitas vezes, que é o alcance da cobertura.
08:26Por exemplo, se a gente pensar no Brasil, a gente tem a região da Amazônia,
08:29outras regiões do Brasil que não tem uma cobertura tão boa.
08:32Isso pode ser um incentivo para buscar prover serviço.
08:38Só que aí a gente também tem que entender que o serviço precisa se manter
08:42e precisa ter o retorno financeiro.
08:45Então, também tem que ter um estudo de viabilidade econômica.
08:48Então, em regiões onde a Starlink já tem uma presença forte,
08:51como Estados Unidos, Canadá e Japão,
08:55esses serviços acho que podem começar a ser ofertados de uma forma mais rápida.
09:00Agora, nos outros países, eu acho que a Starlink vai entrar com mais cautela,
09:05vai entendendo melhor o mercado e, de repente, começando essa operação,
09:09como ela começou nos Estados Unidos,
09:10fazendo parceria com as grandes empresas de telecomunicações.
09:14Agora, Diogo, eu queria ouvir uma avaliação sua,
09:17vamos dizer assim, uma projeção sobre o entendimento da cabeça de Elon Musk.
09:22Porque quando a gente analisa, ele é dono da SpaceX,
09:25que envia os satélites para o espaço.
09:28Ele é dono da Starlink, que também está ali ligada à infraestrutura.
09:32No passado, ele já falou que, inclusive, queria criar o aparelho celular,
09:37queria ter uma concorrente para a Apple, Samsung, com o próprio aparelho.
09:40Agora, a gente está falando da infraestrutura de telecomunicações.
09:44O que você acha do futuro?
09:46O que Elon Musk quer se cercar ainda mais nesse serviço?
09:49E se, de repente, ele pode enfrentar até um processo antitrust,
09:53por tentar ali dominar todas as esferas de uma indústria?
09:56Bom, a pergunta é difícil, porque entender a cabeça do Elon Musk
10:01já é super complicado, porque ele muda de ideias,
10:05às vezes ele diverge, às vezes ele muda o caminho.
10:09Mas o fato, sim, é que na estratégia dele, ele entendeu que controlar
10:13essas novas formas de comunicação traz um poder econômico,
10:19mas não só um poder econômico, um poder estratégico e um poder político também.
10:23Então, hoje, ele controla já toda essa parte da indústria de acesso via satélites.
10:31Então, a Starlink está dominando o mercado global.
10:36Claro, tem novas empresas chegando, principalmente empresas chinesas,
10:39que vão começar a competir, mas hoje eles são o estado da arte,
10:43tanto na tecnologia como também em prover esses serviços.
10:47Mas não só isso.
10:48Então, ele comprou também o Twitter, que é uma outra camada de comunicação,
10:53mas é a comunicação social entre as pessoas.
10:57Então, de fato, ele entende que essas infraestruturas,
11:00que a gente chama de tecnologias de propósito geral,
11:04e são essas infraestruturas que permitem que novas tecnologias
11:07possam ser desenvolvidas em cima, são aquelas que são mais estratégicas.
11:12Então, por isso que ele avança sempre em tentar criar as primeiras tecnologias
11:17para ganhar essa fatia de mercado e ir se consolidando.
11:23É claro, tentar entrar agora num serviço de telefonia por satélite,
11:28isso é muito desafiador, porque a indústria de comunicações tradicionais,
11:33ela já está bem estabelecida, já tem uma fidelidade para os seus clientes.
11:37Então, é um desafio muito maior do que entrar num negócio que não existia antes
11:42ou que não era tão bem consolidado como era o acesso por satélite.
11:47Tá certo, a gente conversou com o Diogo Cortis,
11:49professor da PUC e especialista em tecnologia.
11:53Muito obrigado, Diogo, e boa noite para você.
11:56Boa noite, Renan.
11:57Boa noite, Renan.
11:58Boa noite, Renan.
11:58Boa noite, Renan.
11:58Boa noite, Renan.
11:59Boa noite, Renan.
11:59Boa noite, Renan.
12:00Boa noite, Renan.
12:01Boa noite, Renan.
12:02Boa noite, Renan.
12:03Boa noite, Renan.
12:04Boa noite, Renan.
12:05Boa noite, Renan.
12:06Boa noite, Renan.
12:07Boa noite, Renan.
12:08Boa noite, Renan.
12:09Boa noite, Renan.
12:10Boa noite, Renan.
12:11Boa noite, Renan.
12:12Boa noite, Renan.
12:13Boa noite, Renan.
12:14Boa noite, Renan.
12:15Boa noite, Renan.
12:16Boa noite, Renan.
12:17Boa noite, Renan.
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