O presidente Lula ligou para Donald Trump e solicitou cooperação dos EUA para prender Ricardo Magro, do grupo Refit, apontado como chefe do crime organizado. Lula destacou a importância da PEC da Segurança e reforçou o protagonismo da União na segurança pública. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.
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00:00E o presidente Lula disse que telefonou ontem para Donald Trump e pediu cooperação dos Estados Unidos em ações contra o crime organizado.
00:09A conversa deve ajudar a estreitar ainda mais a relação entre os dois países, já que o assunto também é de interesse norte-americano e pode ajudar na negociação comercial.
00:19Neste telefonema, Lula também disse ter falado em ajuda para prender um empresário brasileiro que vive em Miami e que é, segundo o presidente, um dos grandes chefes do crime organizado do país.
00:33Vamos acompanhar.
00:35O presidente Lula afirmou nesta terça-feira que ligou para o presidente norte-americano Donald Trump e pediu para que ele prendesse o empresário Ricardo Magro, do grupo Refit, que mora em Miami.
00:45Essa declaração foi feita aqui no Palácio do Planalto, em Brasília, no momento em que Lula defendeu que a União tivesse mais força, mais protagonismo para atuar na segurança pública.
00:58Além disso, o presidente Lula destacou que o empresário Ricardo Magro é um dos grandes chefes do crime organizado, um dos maiores devedores brasileiros e também tem importação de combustível facilitada em Miami.
01:12Além disso, o presidente Lula falou que essa conversa com Donald Trump teve o objetivo de apresentar ao governo americano as demandas, as propostas brasileiras e também pedir cooperação internacional.
01:25Além disso, para o presidente Lula, durante o seu discurso, ele reforçou a importância da aprovação da PEC da Segurança para ampliar a atuação federal em crimes de alta complexidade,
01:37como, por exemplo, tráfico internacional, lavagem de dinheiro e também movimentação financeira no exterior.
01:45Além disso, o presidente Lula afirmou que a atual estrutura fragmentada entre a União e Estados limita a capacidade de resposta.
01:55Outro ponto importante do presidente Lula, nesta terça-feira, aqui no Palácio do Planalto, é que ele reforçou que o governo pretende fortalecer a inteligência, a integração policial e acordos internacionais.
02:09Nós separamos um trechinho da fala do presidente Lula. Vamos ouvir.
02:12Liguei para o presidente Trump, dizendo para ele que se ele quiser enfrentar o crime organizado, nós estamos à disposição.
02:21E mandei para ele, no mesmo dia, a proposta de o que nós queremos fazer.
02:27Disse para ele, inclusive, que um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro, que é o maior devedor deste país,
02:35que é importador de combustível fáceo, mora em Miami.
02:39Então, se quiser ajudar, vamos ajudar, aprendendo logo isso aí.
02:46Mariana Almeida, o presidente Lula e mais um telefonema Donald Trump.
02:50Realmente existe um canal aberto agora entre os dois presidentes, depois daquela petroquímica que rolou entre os dois, segundo o presidente Lula.
02:59E é interessante porque Donald Trump, o presidente norte-americano, vem defendendo, ou tem cobrado, os países da América Latina
03:08em relação ao crime organizado, apertou o cerco contra o México na relação dos cartéis, de enviar drogas, inclusive em relação ao fentanil.
03:18Então, o presidente Lula pediu ajuda a ele, já que ele quer ajudar a combater o crime organizado e vem apertando o cerco aí.
03:25Ele falou, olha, tem um brasileiro procurado nos Estados Unidos.
03:29Se quiser ajudar, é só prender ele, né, Maria Almeida?
03:32Pois é, é interessante porque esses últimos acontecimentos têm elevado o debate sobre quais são as possibilidades de ação contra o crime organizado a um outro nível.
03:43Por que o governo é um outro nível?
03:44Porque a gente está começando a discutir a cadeia um pouco mais completa, que vai dentro dos efeitos na ponta mesmo, da segurança para o cidadão e para a cidadã,
03:51que é como se manifesta da maneira mais cruel o crime organizado, né, ali na ponta, na venda de drogas, e aí na violência direta que isso pode engendrar.
04:02Mas tem uma cadeia inteira de distribuição, né, de organização dos cartéis que Donald Trump tem tentado atuar aí com alguns países que você mencionou,
04:09até o financiamento, ou seja, alguém paga, alguém organiza também de uma maneira mais estruturada a inteligência dessa cadeia toda.
04:18É uma indústria, né, crime organizado não é só uma ação a que um cidadão acorda e comete uma ação, um crime.
04:25Ele é organizado exatamente porque ele tem uma estrutura mais ampla que precisa de financiamento.
04:29Então, na medida em que a gente associa os crimes, inclusive crimes fiscais, que é o caso que a gente está falando, o maior devedor brasileiro,
04:37porque tem a estruturação de lavagem de dinheiro, de recursos não declarados, de intencionalmente não pagamentos ao fisco brasileiro,
04:46que permitem ter a liquidez necessária para essa cadeia como um todo funcionar e remunerar e acabar crescendo como cresce o crime organizado.
04:55Então, e nessa parte, nesse olhar aqui de cima da inteligência do financiamento,
05:00os fluxos financeiros internacionais acabam cumprindo um papel muito importante.
05:04Por quê? Porque tem várias alternativas de lavagem que acabam sendo transnacionais.
05:09A gente tem visto o governo falando um pouco mais desses esforços de articulação com os Estados Unidos.
05:15E agora, o presidente tocando o telefone lá de Donald Trump falando,
05:19prende esse, fala, dá uma olhada nesse aqui, vamos ver os dobramentos, se isso tem consequência.
05:25Porque se a gente conseguir sustentar essa análise, de novo, estruturada aí do crime organizado,
05:31e pegando também pela inteligência, estando na cadeia toda, mas conectando esse lado do financiamento,
05:37pode ser um saldo significativo e, quem sabe, ter alguns efeitos nessa história que pareçam menos enxugar gelo,
05:45que é uma sensação que a gente tem muito forte aqui, com a segurança pública crescendo como um problema fundamental
05:49no sentimento dos brasileiros e brasileiras.
05:52Então, achar um jeito de fazer, e se a nossa nova química nesse relacionamento puder ajudar,
05:59é tanto melhor, porque ali certamente tem um impacto nesse ponto financeiro muito significativo.
06:06Maria Almeida, e é curioso que Donald Trump sempre cobra os seus vizinhos ou os países,
06:10seja da América do Sul, seja da América Central, Norte, enfim, da América Latina de uma forma geral,
06:17e até de outros países fora da América, sobre essa questão do crime organizado, do combate aos criminosos.
06:25Mas nós temos leis em alguns estados norte-americanos, como em Delaware,
06:29que você pode abrir, por exemplo, uma empresa no anonimato, no anonimato perante ao público.
06:35Inclusive, é isento de impostos se você não operar dentro do Estado.
06:39Aí é uma forma que talvez o crime organizado, ou aqueles cabeças do crime organizado,
06:45encontram essas brechas, essas manobras, para conseguirem operar criminosamente em outros países
06:51a partir dos Estados Unidos.
06:53Exatamente.
06:54É porque tem uma questão nos Estados Unidos de desregulamentação financeira, de flexibilização,
07:00que o federalismo deles permite que alguns estados levem a extremos,
07:04como nós estávamos falando no caso de Delaware.
07:05Isso, sim, abre um caminho para que alguns criminosos, inclusive em outros países,
07:11acabem usando essa facilitação para maior lavagem, para também ser um espaço de acumulação
07:20da sua própria riqueza nesse sentido.
07:23E dificulta o contato, no caso do Brasil e da diplomacia brasileira,
07:27para falar, negociar com os Estados Unidos.
07:30A gente estava aqui falando, pô, o dono Lula ligou para o Trump e combinou.
07:33É sempre muito importante essa ênfase política, né, que vem do chefe do governo.
07:40Agora, para ter um processo de fato mais orgânico, em termos de fiscalização, análise, troca,
07:49a burocracia dos países também vai ter que trabalhar conjuntamente.
07:53E, no caso dos Estados Unidos, não é só a burocracia federal.
07:56Dada essas questões de cada estado, alguns estados também têm que entrar no jogo,
08:01o que, obviamente, só dificulta porque coloca mais gente para sentar, para entrar de acordo,
08:05para aprender a trabalhar junto, para poder fazer análise conjunta.
08:09Então, é complexo.
08:10Mas o fato de ser complexo não deve nos tirar do jogo.
08:13Vamos entrar, vamos assumir isso, porque o problema só cresce
08:16e as novas tecnologias, de um lado, aceleram o problema,
08:20de outro, dão mais novidades para poder atuar conjuntamente, de maneira mais efetiva.
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