O foguete da Innospace lançado de Alcântara apresentou uma anomalia e colidiu com o solo. Apesar da falha, especialistas destacam o potencial da base brasileira para atrair empresas privadas e impulsionar o país no mercado de lançamentos espaciais. Felipe Machado analisou o caso.
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
00:00Fast Money de volta e o primeiro lançamento orbital do Brasil terminou em explosão.
00:06A Força Aérea Brasileira informou que o foguete sul-coreano da empresa Inospace
00:11iniciou a trajetória do centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão,
00:16às 10 da noite desta segunda-feira.
00:19Só que ele acabou colidindo com o solo depois de apresentar uma anomalia, segundo a FAB.
00:25O voo não era tripulado.
00:26Imagens mostram o início do lançamento até o momento da explosão.
00:32Equipes foram enviadas para o local para avaliar os destroços.
00:36A FAB confirma que todas as ações de segurança, rastreamento e coleta de dados
00:42foram realizadas conforme o planejado.
00:45O CEO de criação do foguete sul-coreano pediu desculpas pela falha.
00:50As ações da Inospace despencaram quase 29% em Seul em sua maior queda diária
00:57e o menor volume diário de negociações desde sua listagem em julho de 2024.
01:05E aí a gente vê as imagens do foguete subindo.
01:07E eu chamo de volta agora para conversar sobre esse assunto o nosso analista, né, Felipe Machado.
01:13Felipe Machado, a base de Alcântara, claro, é um ativo importante para o Brasil.
01:16O Brasil, obviamente, quer literalmente decolar o seu programa espacial, né.
01:21O Brasil tem muitas vantagens, localização privilegiada, próximo da linha do Equador, o que é ótimo.
01:26Mas fica esse gostinho amargo, né.
01:28Ah, com certeza, né, Renan.
01:29Mas assim, vamos ver pelo lado positivo, né.
01:32Quer dizer, o Brasil entra de alguma maneira nesse mercado, né.
01:36Essas companhias aeroespaciais estão muito populares já nos Estados Unidos, na Europa um pouco.
01:40Mas nos Estados Unidos, com certeza, a gente vê, por exemplo, a SpaceX e a Blue Origin fazendo lançamentos, assim, praticamente semanais, né.
01:49Os grandes lançamentos ali que vão para a estação internacional, eles são mais raros, claro, são mais estratégicos e menos vezes ao longo do ano.
01:56Mas os lançamentos que lançam satélites de baixa órbita no mundo inteiro, principalmente nos Estados Unidos, estão muito populares.
02:03Tanto que a gente tem lá nos Estados Unidos um cenário assim.
02:05Você tem a SpaceX, que é a principal companhia, companhia do Elon Musk, colocando os satélites Starlink, né, os satélites que são os satélites de baixas órbitas, que são usados para meteorologia, para conexões à internet e tudo mais.
02:21E você tem a Blue Origin, que é da Amazon, com o seu projeto Leo, que também é um projeto Leo, né, de leão, L-L-E-O, Leo, que é usado também, que também está colocando satélites de baixa órbita nos Estados Unidos.
02:32Então, essas duas companhias estão brigando por esse mercado, que é um mercado muito grande.
02:38Então, a Inospace, tendo aqui no Brasil, né, esse primeiro satélite, esse primeiro lançamento não deu certo no Brasil, mas esperamos que isso mostre que a base de Alcântara, né, até agora a gente não sabe exatamente qual foi o problema, mas não foi um problema ligado, por exemplo, à base em si, né, foi um problema mais ligado à companhia mesmo, ao foguete.
02:56Então, ou seja, a companhia sul-coreana até pediu desculpas por esse problema, mas o que a gente vê é que a base de Alcântara, ela tem que estar aberta, eu acho que é importante que ela esteja aberta para outras empresas que queiram fazer os seus lançamentos a partir daí.
03:09Então, o Brasil, ele passa a ser um outro player nesse mercado, não pelos seus foguetes próprios, né, não temos ainda a tecnologia para isso, mas com uma possibilidade de ter uma base que pode ser explorada por outras companhias.
03:22Então, acho que nesse lançamento não tivemos, não foi bem sucedido, mas mostra que o Brasil está aberto e que pode ser usada por outras companhias, eventualmente até a SpaceX ou a própria Liu da Amazon.
03:33E esse é um mercado enorme, eu não sou tão especialista como você, mas no ano passado eu estava em Miami, por curiosidade eu dirigi até Cabo Canaveral, porque eu queria conhecer o Kennedy Space Center, de onde saem os foguetes.
03:44Infelizmente não tinha ali lançamento no momento, mas na entrada do Kennedy Space Center você tem a Blue Origin com a fábrica de foguetes bem ali do lado do Airbus e logo você pode ver todo o lançamento de foguetes.
03:56E aí você tem uma ideia daquele parque, né, enorme, quanto isso gera de dinheiro e quanto isso é um comércio grande, né, porque são fábricas enormes, galpões enormes para construir esses foguetes e, obviamente, os Estados Unidos estão bem à frente nessa corrida que o Brasil também pode se aproveitar disso no futuro.
04:14Ah, com certeza. Renan, é interessante, né, porque a gente tinha antigamente ali na época da NASA, é interessante a gente lembrar como isso se transformou, esse mercado se transformou.
04:23Antigamente você tinha a NASA, que era um órgão, enfim, uma entidade ali ligada ao governo americano, totalmente ligada para parte do governo americano, e hoje você tem praticamente duas companhias que são privadas.
04:35Você tem a SpaceX, você tem a Blue Origin, você tem a Virgin Galactic também na Europa, que é uma companhia inglesa, mas que também está querendo entrar, principalmente nessa questão do turismo espacial, que está se tornando uma coisa mais popular, né.
04:46A gente viu que até a própria cantora Katy Perry, esse ano, foi para o espaço, ali num voo mais curto, mas, enfim, o turismo espacial é uma realidade.
04:55Você tem o turismo espacial com a Virgin Galactic e com a Blue Origin, você tem a questão de lançamento de satélites de baixas órbitas, a SpaceX e também a Leo, que também está entrando nessa área.
05:05Então, você vê que é uma área que está se tornando uma área privada, né, primeiro porque ela precisa de investimentos muito grandes, e os governos acabam não querendo investir nisso, acabam deixando para as empresas privadas.
05:15Então, o que o Brasil pode fazer? A gente não tem tecnologia e nem investimento para investir, para colocar dinheiro num tipo de empresa desse tipo de tecnologia, mas nós temos a base de Alcântara, eu acho que aí vale o investimento do governo brasileiro para tornar essa base cada vez mais uma opção para as empresas privadas americanas ou europeias, ou até no caso sul-coreana, como foi o caso aqui no Brasil, tornar a base de Alcântara uma opção a mais para essas empresas participarem e lançarem os seus projetos, lançarem os seus foguetes.
05:44Você lembrou bem no Cabo Canaveral, ali na Flórida, ali era praticamente a base principal da NASA e hoje você tem no Texas, também bases muito grandes, a própria base da SpaceX é numa cidade do Texas, Star City, uma cidade que praticamente o Elon Musk é o dono da cidade.
06:01O governo americano entregou a gestão da cidade para o Elon Musk e falou, olha, faz o que você quiser aí, contanto que você tenha essa base bem sucedida.
06:08Então, as empresas privadas estão muito presentes. Então, o Brasil pode fazer, disponibilizar a base de Alcântara, com toda a tecnologia necessária, é claro, e todos os benefícios necessários para atrair essas empresas e se tornar uma opção a mais para as empresas privadas que quiserem lançar os seus foguetes a partir do Brasil.
06:24E se o Felipe for no Turismo Espacial, ele volta aqui no Fast Money para contar tudo para a gente, né?
06:29Com certeza, adoraria fazer o voo suborbital.
06:32Tá certo, Felipe. Muito obrigado por hoje. Amanhã você volta aqui no Fast Money e a gente vai conversar ainda mais, Felipe.
Seja a primeira pessoa a comentar