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A Polícia Federal realizou uma operação contra irregularidades no uso de emendas parlamentares. Mariangela Fialek, que foi ex-assessora do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), é um dos alvos da Operação. Lira não é alvo da investigação.

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Transcrição
00:00A Polícia Federal fez hoje uma operação com o objetivo de apurar irregularidades na destinação de verbas públicas de emendas parlamentares.
00:07Obrigado, Mano.
00:08Eu quero trazer com vocês, inclusive, a informação de um alvo dessa operação, que é a Mariângela Fialek,
00:16que trabalha ali para o Partido Progressista na Câmara dos Deputados,
00:24que também é ex-assessora parlamentar do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira,
00:30a gente ressalta para vocês que Arthur Lira não foi alvo dessa fase da investigação, não foi alvo dessa operação,
00:37e também diz que a Mariângela Fialek tem uma atuação libada ali na Câmara dos Deputados,
00:43sempre foi uma pessoa de bastante confiança, que não só atuava com ele, mas também com vários outros parlamentares,
00:49exatamente porque sempre foi uma pessoa bastante responsável nas tratativas relacionadas ao orçamento.
00:55Mas o que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, diz, a partir daquilo que vem de apuração da Polícia Federal
01:04e também com autorização da Procuradoria-Geral da República, é de que ela seria responsável pelo desvio de emendas parlamentares,
01:13que é uma investigação que tem sido acompanhada com o uso de lupa ali pelo ministro Flávio Dino.
01:19E eu quero saber de você, Alangani, como é que você avalia a maneira como esses desdobramentos podem expor parlamentares importantes
01:27e certo bastidor da maneira como as emendas eram encaminhadas ali na Câmara dos Deputados?
01:32Exatamente, Evandro, porque veja, apesar do Arthur Lira não estar envolvido, pelo menos é o que saiu na imprensa,
01:40é algo relacionado à assessora, é claro que isso acaba manchando a reputação do parlamentar.
01:47Não tem como, né?
01:49Ali é uma pessoa que trabalha no seu gabinete, então você tem ali um dano de imagem.
01:54Agora, é claro também que levanta-se a hipótese de que até que ponto,
02:02quando há um desvio por parte dos assessores,
02:04o chefe do assessor também não sabia deste desvio.
02:09Mas, de qualquer maneira, essa questão das emendas parlamentares, do desvio de emendas parlamentares,
02:15sem critério, sem transparência, o ministro Flávio Dino, nesse quesito, ele age corretamente,
02:22mostra que o problema é muito maior.
02:25É um desvio bilionário, o parlamento hoje tem um poder de 50 bilhões de reais em emendas,
02:36muitas delas impositivas e muitas delas sem a transparência.
02:40E com o fim do orçamento secreto, não se resolveu o problema.
02:43Pelo contrário, se agravou ainda mais porque o pessoal lá, a turma,
02:47sempre acha meandros para continuar com os desvios de emendas.
02:52Então, isso tem que ser investigado, porque, afinal de contas, Evandro, trata-se do nosso dinheiro.
02:56Eu quero deixar claro para vocês que foram cumpridos mandatos de busca e apreensão.
03:01Ou seja, a Polícia Federal foi até ali aos corredores,
03:03onde havia a atuação da Mariângela Fialek,
03:06que é apontada nessas investigações como alguém responsável por garantir
03:10que houvesse o desvio relacionado a essas emendas.
03:13Esses corredores foram tomados pelos policiais federais,
03:16que recolheram dados e documentos para que se possa avançar nas investigações.
03:20E aí, o que o presidente da Câmara falou numa entrevista muito curta
03:26que ele concedeu ao portal Metrópolis, é de que não dá para você acusar
03:30uma assessora parlamentar ou a Mariângela Fialek
03:34sem que haja ainda a conclusão das investigações.
03:37Então, o ex-presidente da Câmara segue na defesa de que
03:42só se teria uma irregularidade confirmada ao fim das investigações,
03:46o que ele não acredita que Mariângela Fialek tivesse cometido, Bruno Moussa.
03:52Pois é, me parece mais uma das múltiplas brigas escaladas entre os poderes agora aqui, né?
03:57Você entende dessa maneira?
03:58Eu entendo dessa maneira, porque, vamos lá, o Arthur Lira,
04:01ele era o ex-presidente, ele foi o ex-presidente da casa,
04:05foi ele quem indicou o Hugo Mota, não foi?
04:07Foi.
04:07Ou seja, que está passando agora por todos os problemas que a gente vem relatando aqui.
04:11E o Flávio Dino foi em cima, diretamente, do parlamento, da Câmara,
04:17por conta das emendas totais.
04:19Repito, eu já falei isso aqui há um tempo atrás, quando esse assunto veio à tona.
04:23Na minha opinião, o Flávio Dino agiu de maneira correta ao buscar essa transparência.
04:27É que eu, Bruno, não consigo acreditar que ele fez pensando único e exclusivamente
04:31no bem e na transparência do dinheiro público.
04:34Eu acho que é mais um jogo político que, mais uma vez, os interesses se sobrepõem
04:37e nós somos meros coadjuvantes, apesar de financiarmos tudo isso.
04:42Então, me parece que é mais um capítulo de uma briga que escala entre eles.
04:47E, repito, nós somos obrigados a financiar, mas não somos convidados a participar disso tudo.
04:51Então, acho que sim.
04:52Acho que a coisa está escalando.
04:54Acho que a coisa toma uma proporção maior.
04:58Me parece que cada briga que passa é um caminho a mais sem volta.
05:02Na política, tudo pode ser deixado na mesa.
05:06Nada nos surpreenderia.
05:08Mas, cada vez mais, chegando perto de março, que é onde eu acredito que começa a funilar tudo para a eleição,
05:14essa briga está sendo muito mais escalada do que tentando colocar uma poeira em cima dela.
05:18Então, no meu entender, a coisa segue complicada entre os poderes.
05:21E, Perno, você entende que haja uma disputa entre poderes que possam favorecer algum tipo de operação
05:26que, digamos, enfraqueça alguma das partes?
05:28Eu acho que há uma disputa entre poderes, sim.
05:31E eu acho que, inclusive, isso vai ensinando a gente que muitas suspeitas são coerentes com esse momento.
05:42Por exemplo, lá atrás, e nós discutimos muito aqui, a primeira e a segunda versões aí do PL, antifacção,
05:50que, de alguma forma, limitava a atuação da Polícia Federal, eu falei, olha, está me cheirando uma espécie de PEC da blindagem 2.0.
06:01Por quê? De novo, a Polícia Federal investigando.
06:04Então, vejam só, a Polícia Federal, ela está trabalhando mais do que nunca,
06:10até porque os políticos brasileiros, eles dão motivos para isso.
06:15Eu li hoje relatos estarecedores sobre a atuação dessa senhora.
06:23Um dos textos apontava que, e isso, Zé, certamente conhece muito melhor do que nós,
06:28que tinha dito que havia fila de parlamentares para serem recebidos por ela.
06:36Ela concedia, praticamente, audiência para eles para liberar dinheiro de emenda.
06:42Ela era uma despachante.
06:45E eu não estou aqui dizendo, categoricamente, que isso aí é uma evidência de corrupção.
06:52Mas eu estou dizendo que essa é uma prática muito suspeita.
06:55Como é que uma assessora parlamentar, ela se torna uma figura tão poderosa assim,
07:02com o condão, inclusive, de liberar recursos, a ponto de, então, de se encher de deputados aí o gabinete dela?
07:09Não, é óbvio que tem coisa muito suspeita nisso.
07:12Tem que mexer, tem que investigar a fundo, sim.
07:15Agora, eu acho que nós vamos ter um 2026 emocionante.
07:20Porque a fila de parlamentares que estão sob investigação já passa de 80 a quem diga que já beiram 100 parlamentares.
07:29Onde é que vai parar isso aí?
07:31Agora, 4 horas e 37 minutos.
07:33Quem nos acompanha pela rádio, um rápido intervalo.
07:35Daqui a pouco espero vocês.
07:36Nas outras plataformas, seguimos.
07:38Olha só os crimes que são investigados no caso envolvendo a Mariângela Fialec e, provavelmente, outras pessoas também.
07:45Peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.
07:50Então, se conectando a essa informação que o Fábio Piperno trouxe pra gente agora,
07:54de que havia fila ali de parlamentares que queriam algum tipo de condução da emenda parlamentar
08:00da maneira não mais transparente possível, como afirma a Polícia Federal.
08:04Alangani.
08:05Pois é, uma vez eu ouvi de um deputado, não posso falar a fonte, né?
08:09Mas dizendo que todos gostavam muito de umas emendas porque tinha desvio, né?
08:18E que era majoritário isso, né?
08:22Evidentemente que esse deputado falou eu não.
08:24É porque a gente passou a reconhecer nos últimos anos que as emendas, elas se transformaram num grande balcão de negócios.
08:30Exatamente.
08:30Negócios políticos pra essas pessoas.
08:32Não necessariamente todos pratiquem dessa maneira, mas muitos utilizam como uma forma de manter os seus redutos eleitorais
08:38e principalmente de conseguir negociações.
08:40Ou seja, você deixa um pouquinho aqui que eu te repasso o restante e esse dinheiro vai ser importante
08:46pra que também os políticos locais possam acessar a demanda eleitoral que eles têm.
08:52É, e eu não vejo como é que a gente vai conseguir retroceder.
08:56Quer dizer, voltar numa situação como era antes, razoável, talvez com um orçamento menor e com muito mais transparência.
09:03Chegou num ponto que eu não vejo como pacificar e solucionar isso, né?
09:09Até porque o ministro Flávio Dino agora tá na cola e não pretende arredar pé.
09:13Não pretende, exatamente, Evandro.
09:15E tudo deve se intensificar num ano eleitoral, como bem colocou o Piperdo.
09:21Agora, a questão é como que a população também vai receber isso, né?
09:24Porque me parece que essa questão, se ocorre, né?
09:29E tudo indica que sim, corrupção em relação às emendas parlamentares,
09:32é algo que toma conta do parlamento, não é algo minoritário.
09:37É algo que tá envolvido muita gente de diferentes espectros ideológicos.
09:41Da esquerda à direita, passando principalmente pelo centrão.
09:44Então, é uma corrupção assim tão generalizada, possivelmente tão generalizada,
09:49que eu também não sei se isso vai beneficiar A ou B, porque tá todo mundo envolvido.
09:54Eu quero saber de você, Bruno Musa, se você enxerga também nesse movimento do ministro Flávio Dino
09:58algum tipo de possível retaliação às questões do governo lá na frente.
10:02Porque muitos parlamentares podem entender esse movimento como o de um interesse direto
10:07do Palácio do Planalto, que utiliza então a ferramenta ou as mãos do ministro Flávio Dino
10:12e as decisões que ele pode tomar no Supremo Tribunal Federal,
10:15pra tentar barrar um pouco a cobrança que o governo vem sofrendo em torno das emendas parlamentares.
10:22Porque a gente sabe o quanto o presidente Lula tentou estipular nas emendas parlamentares
10:27um cabo de guerra da negociação, que acabou não funcionando.
10:31Porque o Congresso Nacional tem muito poder sobre isso.
10:34E acabou não entregando também muitas das questões do governo exatamente como um recado.
10:38Você não cumpre o calendário, a gente não cumpre o que foi combinado.
10:42E assim se segue.
10:43Mas vem o ministro Flávio Dino e começa a investigar isso mais a fundo.
10:47E não só investigar, mas conduzir operações que possam, inclusive,
10:51alterar a maneira como as emendas parlamentares serão pagas lá na frente.
10:56Você acha que rola uma, digamos, uma raiva política aí nos bastidores, hein, Bruno Moussa?
11:02Olha, Evandro, a sua pergunta tem muito a ver com o meu comentário anterior.
11:05Exatamente.
11:05Ou seja, não é porque há uma legítima, necessária e quase que obrigatória preocupação
11:13com o dinheiro do pagador de imposto.
11:15Porque as emendas, em última instância, elas é nossas.
11:18É nosso dinheiro.
11:19Nós trabalhamos e uma parte vai para ela.
11:22Não há essa preocupação.
11:24Há talvez esse jogo todo que você está falando.
11:27Porque, veja só, o ministro Flávio Dino, ele sempre foi muito próximo ao presidente Lula.
11:32Foi indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal.
11:38E cada vez mais o Lula coloca, expõe as suas preocupações de como lá nos primeiros mandatos dele,
11:46ele possuía uma interlocução muito melhor com o parlamento,
11:50uma vez que o parlamento não era tão, vou usar uma palavra que eu não gosto muito de hoje em dia,
11:55empoderada pelo tamanho das emendas parlamentares.
11:59O que dá um poder muito grande hoje em dia do parlamento sobre o Executivo que não existia anteriormente.
12:05E ele não para de crescer.
12:07Então eu acho que sim é a resposta.
12:08Mas vamos contextualizar para aquelas pessoas que não compreendem o tamanho disso.
12:14O orçamento brasileiro de 2 trilhões e meio, que é o orçamento primário, Evandro,
12:18sabe quanto que são as emendas hoje?
12:212% do orçamento.
12:23São 50 bilhões de reais.
12:24É 2% do orçamento total do governo só para emendas parlamentares.
12:29Só que a coisa piora, porque o orçamento está completamente engessado.
12:34Quase 92% são gastos obrigatórios.
12:37Sobra 8% para investimentos.
12:39Desses 8%, você ainda tem um quarto deles que é emenda parlamentar.
12:44Engessa o orçamento por completo, que evita ou inibe investimentos em áreas importantes para a população.
12:50Então sim, há um jogo político, há uma troca aí.
12:54E diferentemente daquilo, imagina a tua filha, ela te pede alguma coisa e você fala,
12:59olha, você está de castigo, eu não te dou a tua mesada.
13:01É o teu dinheiro.
13:02Lá não.
13:03O que tem jogo aqui é o teu dinheiro, só que você sequer tem autonomia sobre ele
13:08ou sequer pode questionar.
13:10São eles, os poderes jogando.
13:12E de novo, a gente só pode assistir.
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