Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O repórter Pablo Valler conversou com a economista-chefe Tatiana Pinheiro, da Galápagos Capital, sobre a ressaca pós-superquarta, a sinalização de pausa nos juros americanos e a possibilidade de corte da Selic no início do ano. Análises detalharam riscos fiscais e cenário para 2025.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Quinta-feira é dia de radar do mercado, vamos agora a Galápagos Capital, onde o nosso repórter
00:15Pablo Waller conversa com a economista-chefe Tatiana Pinheiro sobre a ressaca pós-superquarta.
00:21Oi, passamos então por essa data super quarta, super aguardada por todo o mercado financeiro, não só aqui, mas pelo mundo.
00:31E a Tatiana Pinheiro também, estava esperando por isso, porque já para fazer as análises dela.
00:36Vamos entender um pouquinho do que ela está achando então de ontem para hoje, o que está acontecendo no mercado financeiro.
00:42Boa tarde, Tati. A gente já esperava por esses números, então como é que hoje a Bolsa amanheceu?
00:48Bom, aqui no Brasil, meio de lado, lá fora também, porque a sinalização ali nos Estados Unidos foi de pausa.
01:01Então, foi em linha com o que estava sendo esperado, eu cheguei a comentar aqui que a expectativa era corte na taxa de juros americana,
01:09mas um corte ROC, um corte sinalizando pausa para frente, foi exatamente isso que eles fizeram.
01:16Na nossa opinião, tanto no texto após o comunicado, como na entrevista, naquela coletiva que o presidente do FED dá para os jornalistas,
01:26ele sinalizou pausa além de janeiro.
01:30E aí é isso que a gente vê no mercado de juros.
01:32As apostas são de probabilidade de corte em janeiro, na decisão de janeiro, março e abril, são baixas, são em torno de 20%, 25%.
01:42E só ali em junho que a probabilidade de corte, as apostas, a probabilidade passa para 55%, ou seja, o mercado apostando de corte de juros só ali mais para a metade do ano que vem nos Estados Unidos.
01:57Isso, inclusive, também já estava precificado até, né, Tatiana, de que a gente teria esse corte agora bem pontual, depois não teríamos mais,
02:06e de que então até alguns investimentos que poderiam melhorar por conta de uma queda de juros,
02:11também quem apostava nisso, quem precisava, a gente não estava contando tanto com isso mesmo, né,
02:16de que só realmente esse 0,25 ponto percentual e pronto.
02:19Eu acho que o mercado, um pouco antes da decisão, ele tinha sim uma expectativa que janeiro era a pausa,
02:27mas as probabilidades para a decisão de março e abril eram maiores, né, do que elas passaram a ser hoje
02:37por conta dessa sinalização do FONC de um pouco mais além, a pausa durando um pouco mais.
02:43Então, o mercado, o FED, ele já desde a decisão de setembro, ele falava, olha, um corte nos dotes,
02:50ele mostrava ali uma expectativa de um corte de juros só de 0,25 para 2026, mas o mercado estava um pouco mais animado que isso.
02:59E aí a coletiva, o texto do comunicado e a coletiva reforçou o ponto que o FONC já tinha sinalizado que, olha,
03:08é um corte no ano que vem. E aí sim, essas expectativas diminuíram mais e só com a sinalização,
03:17só com uma probabilidade mais expressiva para junho.
03:21E falando em sinais, né, que a gente sempre comenta sobre Galípolo e a necessidade dele de não dar sinais,
03:27dessa vez deu sinais de que também pode nem acontecer corte por aqui já no começo do ano, né?
03:33É, a decisão foi de estabilidade, era dentro mais do que o esperado, eles já tinham sinalizado isso
03:42na ata da decisão anterior, nas falas do próprio Galípolo, que todo mundo estava querendo prestar atenção
03:48era no comunicado. E o comunicado veio muito parecido com o comunicado da decisão de novembro,
03:55mas, na nossa opinião, veio alguns sinais, veio mudanças sutis, que dá espaço para corte de juros, sim,
04:07no início do ano, mas vai depender muito dos indicadores. O principal indicador é o mercado de trabalho.
04:12Por quê? Quais são esses sinais? O primeiro sinal que a gente ressalta é a avaliação do Banco Central
04:18anteriormente era que o mercado de trabalho estava dinâmico. E no comunicado de ontem,
04:24ele passou a ser um mercado de trabalho resiliente. Dinâmico quer dizer que o mercado de trabalho
04:31está crescendo. Resiliente é que ele não começou a cair.
04:34Que ele está suportando algumas situações, né?
04:36É, ele não começou a cair. Outro ponto que a gente ressalta aqui, para ser bem rapidinho,
04:41que é super importante, é a mudança na frase da estratégia de manter a Selic em 15%
04:50por um período prolongado, bastante prolongado. Antes, ele via essa estratégia de manutenção
04:57da Selic como suficiente. Agora, ela é adequada. O que é adequado hoje pode não ser adequado
05:04amanhã. E a gente acredita que quem vai fazer essa adequação ou não para o Banco Central,
05:11quem tem um grande papel protagonista nessa avaliação de adequado ou não é o mercado de trabalho.
05:21Então, o mercado de trabalho, se começar realmente a contrair, a desacelerar, a enfraquecer,
05:29leva o Banco Central a início de corte de juros. Por quê? Porque a inflação de novembro,
05:35que foi divulgada também ontem, já veio com uma inflação abaixo do teto da meta,
05:40ficou em 4,46 nos últimos 12 meses até novembro. A atividade econômica, o Banco Central já avalia
05:48que ela está moderando, que ela está desacelerando, ressaltou o resultado do PIB do terceiro trimestre,
05:55que foi uma estagnação da economia. Então, o que está faltando realmente é esse mercado de trabalho
06:01enfraquecer, na nossa opinião. Então, tem essa possibilidade, sim, de começar no começo do ano.
06:06Agora, é fato que a ata que vai ser divulgada na semana que vem vai ser super importante
06:12para a gente realmente ver se o Banco Central já tem essa, já visualiza alguma coisa para janeiro
06:19ou se vai ficar realmente para março. A gente continua apostando aqui em janeiro,
06:25mas a gente tem que ver aí. A semana que vem, você tem a ata sendo divulgada,
06:31também vai ter o relatório de política monetária. Então, são canais importantes
06:37onde o Banco Central vai realmente sinalizar se tem essa possibilidade de ser janeiro
06:41ou se fica realmente para março.
06:43Certo. Ainda assim, só para até complementar, quem sabe até a própria opinião,
06:48o governo tem comentado não só de que a Selic, assim, acaba atrapalhando investimentos,
06:53até do setor privado, das indústrias, por exemplo, já estão reclamando também sobre isso,
06:57mas de que essa própria Selic também dificulta para o próprio governo manter as contas em dia.
07:03A questão de gastos e também a questão do que arrecada e tudo mais,
07:08eles estão só jogando politicamente ou isso realmente atrapalha o governo?
07:12É, é uma questão, tem vários riscos para o alcance da meta primária
07:18e da evolução de gastos no ano que vem.
07:22Com relação à meta primária, um dos riscos é o macroeconômico.
07:26Quando a gente fala do risco macroeconômico, a gente está falando o seguinte,
07:28olha, o quanto que a economia vai crescer o ano que vem.
07:32Por quê? Porque a receita, a arrecadação do governo, ela depende do crescimento econômico.
07:37E a Selic de 15% e esse longo período de Selic a 15% pode resultar numa economia muito enfraquecida no ano que vem,
07:47que por sua vez dá uma arrecadação mais baixa do que o necessário para alcançar a meta primária do ano que vem.
07:53Então, é um risco, sim.
07:55Certo. E Tati, só para a gente fechar então, a gente fica nesse clima de fim de ano,
08:02esperando que as coisas fiquem mais calmas, mas pelo jeito no Brasil não é bem assim.
08:06A gente está vendo até na política isso acontecendo, com muita balbúrdia aí.
08:12Mas daqui até o fim do ano, algum índice importante também que pode sair?
08:15Sim. Lá nos Estados Unidos, a agenda da semana que vem também é cheia.
08:19A gente vai ter o mercado de trabalho, o non-farm payroll, sendo divulgado no mês de novembro.
08:26Vai ter inflação, dado de inflação, o CPI sendo divulgado em novembro.
08:31Os membros do FUNC voltam a falar depois do período de silêncio.
08:36Então, tem bastante coisa ainda.
08:38Não chegou ainda o final do ano.
08:39E a efervescência não é só no Brasil, também nos Estados Unidos.
08:42Como eu disse, a semana que vem está cheia de indicador importante.
08:45Como dizem por aí, chega Natal, mas a gente vai ter mais algumas coisas para analisar ainda, né?
08:49Antes do Natal, sim.
08:52Obrigado, Tati, pelas informações, pela análise.
08:54Bom trabalho por aqui, então.
08:56É com vocês aí no estúdio.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado