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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros, a Selic, no patamar de 15% ao ano.
A decisão reflete a preocupação com a inflação persistentemente alta e a necessidade de ancorar as expectativas do mercado, apesar da pressão do governo para um ciclo de cortes.
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NotíciasTranscrição
00:00e a super quarta em relação aos juros no Brasil e nos Estados Unidos.
00:05Denise Campos de Toledo, não dê a notícia, você que vai comunicar aos nossos telespectadores.
00:12Aconteceu o que era esperado, tanto aqui como nos Estados Unidos, Thiago.
00:16Nos Estados Unidos houve o corte de 0,25 ponto percentual nas taxas,
00:21que ficaram na faixa entre 3,5% e 13,75% ao ano,
00:26e aqui no Brasil, Selic mantida em 15% ao ano.
00:30Lá nos Estados Unidos, o Federal Reserve até salientou que a inflação está rodando acima da meta,
00:35a meta lá é de 2%, a inflação estaria na faixa dos 3% ao ano,
00:40mas tem a preocupação também, o Banco Central de lá, diferente do Brasil,
00:44em manter bons números do mercado de trabalho.
00:47O mercado de trabalho lá vem dando sinais de desaceleração.
00:50Então a opção maior, mesmo com os riscos inflacionários,
00:53foi tentar preservar boas condições do mercado de trabalho.
00:57O Federal Reserve tem esse duplo mandato, ele tem que cuidar.
01:00de calibrar os juros de uma forma que faça a inflação cair,
01:03então teria que desacelerar a economia,
01:05mas não pode atrapalhar demais o mercado de trabalho.
01:08Então é uma tarefa bastante difícil e taxas bem mais baixas.
01:11Agora já foi o terceiro corte dos juros nos Estados Unidos.
01:14E aqui no Brasil, o Copom deu a impressão que ele não viu a divulgação hoje do IPCA,
01:19que saiu mais baixo do que se esperava,
01:210,18% em novembro, 4,46% em 12 meses, portanto abaixo do teto da meta.
01:28No comunicado que foi divulgado junto com a decisão de manter a Selic em 15%,
01:34o Copom repetiu as mesmas frases dos comunicados anteriores.
01:39Foi a quarta vez que ele manteve a Selic em 15%,
01:42mas falou do cenário de inflação, de projeções de inflação acima da meta,
01:48que a inflação recente e outras medições ainda estão rodando acima da meta.
01:53Ele deu a entender, como o Gabriel Galipo, o presidente do Banco Central,
01:56tem falado várias vezes,
01:57que o foco do Banco Central é chegar à meta de 3%,
02:01não é manter a inflação na margem de tolerância abaixo do teto dos 4,5%.
02:06Inclusive, ele não retirou do comunicado o Copom,
02:10inclusive o alerta quanto à possibilidade de voltar a elevar os juros.
02:15Lá no finalzinho do comunicado, ele disse que
02:17não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.
02:22Em relação aos Estados Unidos,
02:23salientou ainda o ambiente incerto por conta de políticas econômicas,
02:27falou que está acompanhando a política tarifária dos Estados Unidos,
02:31todos os acordos que estão sendo formalizados,
02:33enfim, o Banco Central ainda muito preocupado
02:36com a dificuldade de fazer com que a inflação caminhe para o centro da meta.
02:40A gente continua nesse assunto,
02:42a superquarta dos juros no Brasil e nos Estados Unidos.
02:45Denise permanece com a gente.
02:46Também o nosso entrevistado agora é o estrategista-chefe da Avenue,
02:50Will Castro Alves, direto de Miami,
02:53chegando para conversar com a gente aqui.
02:55Tudo bem, Will?
02:55Boa noite para você, bem-vindo.
02:58Boa noite, Thiago.
02:59Boa noite, Denise e todos aqueles que nos assistem.
03:01Bom, por aí, corte, né?
03:03Exatamente, conforme é amplamente esperado.
03:08Muitos falavam aqui que a gente ia ter o chamado corte hawkish.
03:12Como assim, né?
03:13O que isso quer dizer?
03:14Você corta o juros, mas você diz o seguinte,
03:16olha, não dá mais para cortar.
03:19Tem riscos aí, a inflação está aí,
03:21tem as tarifas, tem muita incerteza,
03:24shutdown do governo americano, não tem os dados.
03:26Então, você usa tudo isso na sua comunicação para dizer o seguinte,
03:31olha, a gente cortou agora, mas é melhor agora, para por aqui.
03:35O próprio presidente do, o Jeremy Powell, presidente do Banco Central,
03:39obviamente que ele não usou essa forma de falar,
03:42estou traduzindo aqui, mas ele falou em wait and see,
03:46ou seja, vamos esperar agora e ver o impacto desses juros.
03:51Conforme a Denise comentou, foram já três cortes nesse ano,
03:54ao longo desse ciclo de cortes foram 175 bips,
03:58como a gente fala no mercado,
03:59ou 1,75 pontos percentuais a menos de juros.
04:03Agora é ver como é que isso vai influenciando,
04:05isso vai impactando a economia,
04:08pensando nesse mandato duplo,
04:10que é, ou seja, manter as condições de pleno emprego
04:12da economia americana,
04:13a gente sabe que o mercado de trabalho tem dado alguns sinais de fraquejo,
04:17mas também não dá para descuidar da inflação,
04:19que também está aí rondando,
04:21e que não voltou ainda para o centro da meta.
04:23Bom, Denise Campos de Toledo,
04:25desde a sua volta aqui à Jovem Pan,
04:26primeira participação do Will com a gente aqui, Denise.
04:30Will, eu queria saber como é que fica a percepção
04:32em relação ao final do mandato,
04:34de Jerome Powell, frente do Federal Reserve.
04:37Trump, apesar de as taxas dos Estados Unidos
04:39serem muito mais baixas do que o Brasil,
04:41o Brasil está na segunda colocação global
04:43em termos de ranking dos juros,
04:46mas ele tem cobrado,
04:48ele tem falado mal de Jerome Powell,
04:49disse que vai indicar em breve o sucessor dele,
04:53já tem nomes, inclusive, sendo especulados,
04:56e fica aquela preocupação quanto à possível interferência
04:59do governo aí nos Estados Unidos
05:01da política de juros.
05:03Como é que você vê o ambiente nesse sentido?
05:06Pois é, Denise, é engraçado como as coisas se assemelham,
05:09você tinha aquela indicação do Galípolo,
05:11aquele receio dessa incerteza também
05:13de uma indicação política,
05:14de uma interferência política,
05:15eu acho que isso persiste aqui nos Estados Unidos
05:17e só vai passar depois que o próximo presidente
05:21assumir, de fato,
05:22e começar a tomar suas decisões de juros.
05:24Muito se fala do Hassan,
05:26Steve Hassan, que hoje é um republicano,
05:29é um cara que seria indicado,
05:30mais alinhado, sim, com o Trump,
05:31é um cara que já defendeu espaço
05:33para cortes de juros maiores e tal.
05:35Não está definido ainda,
05:39isso vai ser definido no ano que vem,
05:41provavelmente mais perto do primeiro trimestre,
05:43para você começar a fazer a passagem de bastão,
05:45porque o mandato do Powell acaba em maio.
05:48A partir de junho a gente terá um novo presidente
05:50do Banco Central aqui nos Estados Unidos,
05:52antes disso a gente já deve saber o nome,
05:54e aí vai continuar,
05:55acho que a gente vai continuar falando disso
05:57ao longo do primeiro semestre.
05:59A decisão de juros hoje já teve uma repercussão,
06:02o Trump já comentando de novo,
06:03ou seja, a história do Powell ser muito atrasado,
06:06demorar para cortar juros,
06:07ele quer juros mais baixos para isso incentivar,
06:10especialmente o mercado imobiliário,
06:13e incentivar a economia como um todo,
06:15aquele financiamento mais de longo prazo,
06:17ele é muito influenciado por taxa de juros,
06:21e também todo o gasto,
06:22o despêndio, que hoje é elevado,
06:24o despêndio fiscal, o Banco Central,
06:26o governo americano pagando juros,
06:29que é atrelado a essa taxa dos Fed Funds,
06:31então quando você baixa esses juros,
06:33consequentemente o encargo da dívida fica menor,
06:36então tem esses dois interesses do presidente americano,
06:40agora a gente sabe que bater na independência
06:42do Banco Central é muito perigoso,
06:44e para você cortar os juros,
06:45ou para que os juros caiam,
06:47o juro longo, como a gente fala,
06:49aquele juros de empréstimos de 10 e 30 anos,
06:51para eles caírem,
06:52depende de um equacionamento fiscal,
06:54de instituições e outras coisas que fogem,
06:56ao escopo do trabalho do presidente do Banco Central,
06:59então o Trump pode até reclamar,
07:02mas na verdade não cabe somente ao Jeremy Powell,
07:04cabe ao próprio governo fazer a sua parte,
07:06mas eu acho que vai ser outra coisa
07:07que a gente vai conversar bastante aqui,
07:09Denise, nos próximos meses.
07:10É, e no que se refere a Trump,
07:12a gente sabe que ele tem interferido
07:13nas várias áreas de governo,
07:15e tomado medidas que vão muitas vezes
07:16até contra a Constituição,
07:18ele puxando para ele toda a responsabilidade,
07:20então fica uma desconfiança talvez maior
07:22do que aqui no Brasil,
07:23porque aqui no Brasil poderia ser um palpite,
07:25alguma coisa assim um pouco mais leve,
07:27Galípolo está mostrando total independência,
07:29vai ser alvo de críticas,
07:31agora, Will,
07:31nos Estados Unidos,
07:33independentemente dos juros,
07:34houve uma pressão de saída de recursos,
07:36que acabou pressionando até os juros
07:38dos títulos americanos,
07:39pelas incertezas em relação à economia,
07:42como é que está a situação hoje
07:43em relação a isso,
07:44as dúvidas contra outras políticas
07:46adotadas por Trump no campo econômico,
07:49a questão de tarifas,
07:50a própria situação fiscal do país?
07:52Pois é,
07:54o interessante é notar que
07:56muito receio existia,
07:58logo que o Trump assumiu,
07:59ele tomou medidas muito drásticas
08:00e diferentes,
08:01as tarifas,
08:02briga com o mundo inteiro,
08:03e existe uma perspectiva,
08:04um receio muito grande
08:06de que as instituições americanas
08:08não eram mais a mesma,
08:09de que essa política tarifária
08:11ia gerar uma grave e grande crise,
08:13que a inflação ia explodir,
08:16e a verdade,
08:16eu acho que 2025 foi uma boa lição
08:18de que nada disso aconteceu,
08:20essa que é verdade,
08:22então os mais céticos
08:23em relação às políticas
08:25adotadas por esse governo
08:27acabaram que não acertaram,
08:30obviamente que ficam
08:32alguns resquícios disso,
08:34você ainda tem uma inflação
08:35especialmente de produtos
08:37que são afetados pelas tarifas
08:38que está aí,
08:39que continua presente,
08:41mas por outro lado,
08:42as tarifas estão gerando
08:43receitas importantes
08:44que ajudam numa questão fiscal,
08:48agora o que,
08:49eu acho que tem como qualquer governo
08:50tem erros e acertos,
08:53eu acho que sempre critica muito,
08:55e o Trump é um cara passível de crítica,
08:56especialmente pela forma de comunicação,
08:59mas a verdade é que a economia americana
09:00continuou crescendo esse ano,
09:02a AI está ajudando bastante,
09:04e tem muita gente que defende
09:05o próprio corte de juros,
09:07o Trump fala de um jeito meio atabalhoado,
09:10mas tem economista com bastante capacidade
09:13que vê na AI,
09:14nos ganhos de produtividade,
09:15um fator deflacionário
09:17que permite você já cortar juros
09:19e que defende o corte de juros,
09:21então não é só político,
09:22eu acho que também tem um fundamento por trás
09:24de alguns que defendem, sim,
09:25que há espaço para cortar juros.
09:27Oi, eu, rapidamente para a gente fechar,
09:29a gente sabe que a Selic aqui,
09:3015%,
09:31só que na prática,
09:32o dia a dia,
09:33os juros são bem mais altos,
09:34mas eu queria perguntar para você,
09:36um brasileiro que mora nos Estados Unidos,
09:38trabalha com dinheiro,
09:39como é viver num país,
09:41em relação ao consumidor,
09:43com uma taxa de juros
09:44que não passa dos 4%?
09:46Depende, né?
09:49Passa, em alguns casos,
09:50o cartão de crédito aqui
09:51tem uma taxa de juros
09:52bem mais elevada,
09:54que chega até 25%
09:56aqui na Flórida,
09:57tá?
09:58Eu sei que comparativamente ao Brasil,
10:00ainda assim,
10:00o cheque especial é muito maior,
10:02né?
10:03Mas 25% é bem diferente dos 4%,
10:05então, assim como no Brasil,
10:06tem, sim, nuances de crédito.
10:08Aqui, uma coisa que desde o início
10:09me chamou bastante atenção
10:11é como você
10:11é estimulado
10:13a construir o seu crédito.
10:15Como que você faz isso?
10:16Tomando o crédito.
10:18Para você mostrar
10:18que você é um bom pagador,
10:20você tem que tomar dinheiro
10:21emprestado e pagar.
10:23Então, desde o início,
10:24aqui na minha caminhada
10:25nos Estados Unidos,
10:25foi um pouco isso, né?
10:26Mesmo que você não precise,
10:27você tem o dinheiro
10:28para pagar à vista,
10:29você vai lá e toma o crédito
10:30para você gerar
10:31aquele fluxo de pagamentos
10:32e você mostrar
10:33que você tem renda
10:34e que você consegue pagar.
10:36Com isso,
10:36você vai criando
10:37o chamado Credit Score
10:38e esse Credit Score,
10:40ele cria taxas diferenciadas
10:42para os diferentes pagadores.
10:44Então, uma pessoa
10:45com um bom histórico
10:46de pagamento
10:47consegue ter taxas
10:48mais próximas
10:50a essas mais baixas
10:51que a gente fala
10:51e as pessoas
10:53com um histórico ruim
10:54acabam que não,
10:55acabam pagando mais mesmo.
10:57Isso é uma peculiaridade aqui
10:58e outra peculiaridade
11:01é que você tem muita taxa,
11:04você tem alguns incentivos
11:06em termos de taxa
11:06para comprar diferentes tipos
11:08de produtos.
11:09então, as casas aqui
11:11nos Estados Unidos
11:11elas chegaram a ter
11:12taxas de 2,85
11:14até menos,
11:16hoje elas estão
11:16com taxas bem maiores,
11:18mais perto de 6.
11:19Então, atrelada
11:21à taxa referência
11:22de juros
11:22da economia,
11:24mas não igual.
11:25Então, se a taxa
11:26do Fed Fund
11:27hoje,
11:28caiu hoje
11:29de 3,50
11:29a 3,75
11:31as taxas
11:33de mortgage
11:33elas estão
11:34muito mais
11:34lá na casa
11:35dos 6%.
11:36Perfeito.
11:37Will Castro Alves,
11:39estrategista-chefe
11:40da Avenue
11:41com sede em Miami.
11:42Muito obrigado
11:42mais uma vez.
11:43A gente volta a se falar
11:44até o fim do ano.
11:45Will, um abraço
11:45para você.
11:46Com certeza, Thiago.
11:48Boa noite a todos.
11:49Boa noite.
11:49Bom, estamos de olho
11:50nas votações, Denise,
11:52do Congresso Nacional
11:52e nesse momento
11:54o Senado...
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