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O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa Selic para 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. O comunicado do Banco cita a inflação brasileira acima da meta e um cenário externo que aponta para um futuro incerto na política econômica dos Estados Unidos. A bancada do Linha de Frente, coordenada por David de Tarso, com comentários de Maria de Carli, Helen Braun, João Belucci e Ricardo Holz, analisa os desdobramentos do cenário internacional.

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00:00Falar que a política, o comitê de política monetária do Banco Central elevou a taxa Selic para 15% ao ano, o maior patamar desde 2006.
00:09O comunicado do banco cita a inflação brasileira acima da meta e no cenário externo aponta para um futuro incerto na política econômica dos Estados Unidos.
00:18Havia até mesmo a expectativa de que o COPOM pudesse interromper o ciclo de alta dos juros já nesta reunião.
00:24Mas o comitê antecipou que o atual patamar pode ser mantido por mais tempo enquanto são examinados os impactos na política monetária.
00:33Inclusive, a ministra das Relações Institucionais, a Gleisi Hoffmann, disse que a decisão do COPOM é incompreensível em um momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero.
00:47E finalizou dizendo que o Brasil espera que seja, de fato, o fim do ciclo dos juros estatosféricos.
00:57É isso mesmo.
00:57Então, já começo debatendo com a Maria De Carli sobre essa alta do COPOM e alguns cenários também já sendo demonstrados em relação à insatisfação por parte de aliados do governo.
01:09E a Gleisi Hoffmann se manifestando, mas ela não foi a única do PT a se manifestar pelas redes sociais, criticando mais uma alta na taxa de juros.
01:17Ó, numa coisa eu vou concordar com a Gleisi Hoffmann, que é a relação da taxa estratosférica.
01:25De fato, o Brasil agora aumentando para essa taxa de 15%, estamos no segundo lugar em ranking de maior inflação, perdão, de maior taxa de juros no mundo atualmente.
01:35E uma das maiores, quer dizer, acho que a maior em quase 20 anos.
01:39Desde 2006 não chegávamos nesse patamar.
01:41E como você colocou, David, contrariando a expectativa de muitos atores no mercado financeiro que acreditavam que a taxa Selic se manteria ali em 14,75% e foi, de fato, aumentou em 0,25% para 15%.
01:58Mostrando, acredito eu, que o Galípolo demonstrando seu comprometimento, de fato, com o cenário que está acontecendo.
02:05A gente que vive atualmente um cenário de inflação estrutural, provocado justamente por a questão fiscal do nosso governo.
02:12contrariou aí a Gleisi, que fala que tem um déficit primário zero, não é verdade.
02:18Estima-se que seja um déficit de quase 90 bilhões, quiçá maior que isso, para esse ano de 2025, 2026.
02:25E a nossa inflação cresce, né?
02:27Estamos aí com uma meta que não conseguimos atingir.
02:29Então, faz sentido, infelizmente, manter essa taxa Selic alta, mostrando, como eu dizia, a independência do Banco Central.
02:38E, enfim, acredito eu que esse cenário só vai piorar, o cenário fiscal no Brasil, o governo não se compromete com a questão de responsabilidade nas contas públicas,
02:48quer trazer, resolver as contas aumentando o imposto, mais uma vez a classe média pagando sempre o pato,
02:56criando outras isenções para conseguir ali manter uma certa competitividade em 2026, nas eleições de 2026.
03:03E, para piorar ainda esse cenário, toda essa incerteza geopolítica.
03:07Então, vocês acham que o que a gente estava comentando aqui atrás, há pouco, sobre o Irã e Israel,
03:11não vai impactar o preço, principalmente, de energia, sendo o Irã um exportador de petróleo?
03:16Pois é. O cenário é feio e a Selic vai se manter em alta até, pelo menos, o final do ano que vem.
03:21Pois é. E, também, as sinalizações eram contra o presidente Campos Neto, presidente do Banco Central.
03:29E, agora, o Galípolo, que está no comando do BC, realmente foi escolhido pelo presidente Lula.
03:35Mas, as sinalizações, por parte dos políticos ligados ao governo, são referentes a um coletivo.
03:42Agora, não é mais nominal, Ricardo Rouss.
03:44Exatamente, David. Isso é a hipocrisia que me assusta, ou não me assusta mais, na esquerda brasileira,
03:51ou, em especial, nesse governo.
03:53Quando o Campos Neto deixou o comando do Banco Central, a taxa de juros era 12,25%.
03:57E, ali, havia um estardalhaço. Não era um tweet da Gleisi Hoffman.
04:01Era pedido de ir para as ruas.
04:02Era fala do presidente da República contra o presidente do Banco Central,
04:07querendo atribuir a Campos Neto a culpa da alta de juros, que estava em 12,25%.
04:12Pois bem, o presidente trocou, o presidente do Banco Central,
04:14e, agora, nós atingimos a segunda maior taxa de juros real do planeta.
04:20A gente só fica atrás da Turquia.
04:22Enfim, o que mais me preocupa é a ausência de posicionamento dos poderes da República.
04:29Os três poderes. Um joga a culpa no outro.
04:31O poder executivo não faz o dever de casa, não tem uma política fiscal robusta para o país.
04:36Por isso, a taxa de juros vai subindo e a gente não vê boas perspectivas para o futuro.
04:39O poder legislativo critica o executivo, mas também não faz a sua parte.
04:44Por quê? É aumento constante de emendas parlamentares.
04:47Agora a gente está vendo aí a possibilidade de aumento no número de parlamentares.
04:51É aumento acima de aumento de gastos.
04:53Ninguém faz a sua parte.
04:54E o judiciário que quer legislar, que também faz aumento,
04:58agora acabou de aprovar segurança vitalícia para ex-ministros do Supremo Tribunal Federal.
05:04Enfim, é só aumento de gastos.
05:06E a única política que o governo tem é aumentar os impostos para que você,
05:11para que todos nós possamos pagar essa conta absurda que está ficando o país hoje em dia.
05:16Mas aumento de impostos a gente não vai ter nos próximos dias,
05:19porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está de férias.
05:21Inclusive, foi muito criticado porque os parlamentares tiram férias em julho
05:25e ele antecipou as férias dele para agora.
05:27Qual a sua interpretação, Helen?
05:30Bom, eu entendo...
05:32Estive com o Galípolo faz uns 15 dias
05:34e a leitura de cenário que ele fazia do Brasil naquele momento
05:38era, assim, apontava para zero surpresas para o resultado da reunião do Copom.
05:44Era, assim, um cenário macroeconômico ainda muito instável.
05:48E quando a Gleisi diz, olha, a gente está num momento...
05:50Como que houve mais um aumento se está numa estabilidade?
05:54Mas o que, pelo menos ali a leitura que o Galípolo fazia,
05:57por exemplo, a gente não sentiu ainda concretamente
06:00ou não totalmente os impactos do crédito consignado que o governo está dando.
06:05E isso é um grande aquecimento da economia.
06:09Então, tudo isso são efeitos que vão seguir impactando a nossa economia
06:16num médio prazo.
06:17Não dá para você simplesmente parar com o aumento na taxa Selic
06:22ou, pelo menos, fazer uma redução na taxa Selic
06:25se o cenário macroeconômico ainda é muito instável,
06:29se ainda há uma previsão de um superaquecimento econômico.
06:33Então, o que ele apontava é o que a gente chama ali no mercado de high for longer.
06:37Ou seja, manter um patamar mais restritivo dessas taxas
06:40por um tempo maior
06:42para que você possa calibrar a situação econômica do país.
06:46Então, não me parece uma grande surpresa.
06:48Agora, do outro lado que eu olho,
06:50os dois lados do balcão que eu atuo ali,
06:52de quem apura e de quem está fazendo qualitativa,
06:54está com pulso, sentindo o que a população está entendendo
06:57e como é que isso vai impactar na leitura.
06:59Me parece que tem uma leitura complicada aqui,
07:02que é, sobretudo, para o governo,
07:04a população não entende essa separação de banco central independente
07:08e o executivo é outra coisa,
07:10porque executivo, legislativo,
07:12em geral, a população não sabe o que é isso.
07:14Então, é difícil você explicar e fazer uma leitura
07:18enquanto, de um lado, você teve, de fato,
07:21um aumento real da renda,
07:23você tem uma estabilidade ali no emprego,
07:27mas as pessoas sentem dificuldade de acesso a crédito real.
07:31Mas o cidadão, no dia a dia,
07:33tem uma dificuldade real de fazer um empréstimo
07:38ou de pagar o juros do cartão de crédito.
07:40São coisas muito difíceis.
07:42E, para o governo, isso é um desafio a mais.
07:45Como é que eu explico, então?
07:47Olha, e era por isso que o Lula fazia a estratégia lá,
07:49disso aqui é culpa do Campos Neto,
07:51agora não dá a fazer isso.
07:53Então, é um desafio extra para o governo,
07:56se ele quisesse mostrar que houve algum tipo de avanço
07:59em sua política econômica,
08:00porque não é essa a informação que está chegando lá,
08:03na ponta final,
08:05em quem precisa pagar o cartão,
08:07quem precisa fazer um empréstimo,
08:09quem vai fazer a compra e ver o preço da comida mais cara.
08:14Então, essa informação não está chegando.
08:17Pois é, e a pessoa que não tem um nível tão esclarecido assim,
08:20ela vai financiar alguma coisa,
08:22faz uma cotação e não consegue.
08:24Vê que é perceptível,
08:25que é impossível você fazer um financiamento
08:27de qualquer coisa hoje em dia,
08:29de um carro, de um imóvel.
08:31Então, a situação vai ficando cada vez mais complicada,
08:33porque o brasileiro já está sendo, vamos dizer assim,
08:36atingido com a inflação,
08:38em relação a preços dos alimentos,
08:41de diferentes setores também,
08:43mas o que mais impacta realmente para as classes mais baixas
08:46é o setor de alimentos,
08:48e as pessoas não conseguem também obtenção de crédito.
08:52Belut.
08:52Justamente, David,
08:53você colocou o cenário de forma bastante precisa.
08:56Tem todo esse cenário,
08:57o que a pessoa sente,
08:58como a Ellen bem colocou,
08:59é no dia a dia dela.
09:00É muito difícil essa separação
09:02para a população no geral da classe política.
09:05Você tem uma casta política
09:06que você vê de vez em quando na mídia,
09:08tomando decisões,
09:09os tomadores de decisão,
09:10e você aqui embaixo
09:10só sente os reflexos e paga a conta.
09:13Uma taxa alta de juros,
09:14a taxa básica do país,
09:15é reflexo de uma economia ruim,
09:17de um país desacreditado
09:19em termos de mercado financeiro,
09:21como o Rous colocou de forma bastante correta,
09:23é uma taxa de juros alta
09:25é um país de terceiro mundo,
09:26como se dizia antigamente.
09:27Não tem outro jeito.
09:28E se você analisar friamente
09:30o Galípolo e o Banco Central,
09:32estão tocando a política econômica
09:34que é a mesma do Jair Bolsonaro,
09:35que é a política econômica
09:36que tem que ser feita mesmo.
09:38Agora, mostra-se desalinhamento.
09:41A política econômica sendo tocada
09:43pelo Banco Central em tese independente,
09:45apesar de alguma interferência política,
09:47e o governo como um outro discurso.
09:50E espanta muito, evidentemente,
09:52a suavidade na cobrança agora da Gleice
09:55e dos demais petistas raiz
09:57diante desse novo aumento de juros,
09:59sendo que os aumentos anteriores,
10:01o Campos Neto era bastante cobrado,
10:03inclusive até colocando a segurança dele,
10:05na minha visão, em risco,
10:06porque a Gleice falava
10:06que ele tinha que ser cobrado no dia a dia,
10:09sabe-se lá o que isso quer dizer,
10:10ainda bem que não aconteceu
10:11nenhum incidente com ele.
10:12Mas o que o Lula está apostando
10:14é nesse combo eleitoral
10:15para o próximo ano,
10:16que é a conta de luz grátis
10:17para uma faixa de preço,
10:19que é o consignado do FGTS,
10:21que são as emendas de bilhões
10:23lá para os parlamentares,
10:24são as estatais dando prejuízo
10:25para tocar um monte de obra
10:26que sabe-se lá a necessidade.
10:29Então, ele está preparando
10:29esse combo eleitoral.
10:30Agora, a economia,
10:31a população sente,
10:32de todos os temas de economia,
10:34eles mexem muito com a população
10:35e acabam sendo os grandes empurradores
10:38de grandes movimentos na política.
10:40Então, espero que isso aconteça.
10:41Mas me parece também, David,
10:42que chegou no teto.
10:43Acho que esse 15 é o teto,
10:45mas evidencia o descolamento
10:46do discurso do Lula com a prática.
10:49Na prática,
10:50país dos rentistas,
10:51juros alto,
10:52país dos bancos,
10:53bancos lucrando como nunca.
10:55No discurso,
10:56há um país preocupado com o social,
10:57outras coisas.
10:58Há sempre esse descolamento,
10:59o Lula prático
11:00e o Lula do discurso.
11:01Pois é,
11:02e quando perguntado,
11:03inclusive,
11:04a nossa repórter,
11:04Aline Beckett,
11:05ela esteve,
11:06em uma das coletivas,
11:07perguntou para o próprio
11:08ministro da Fazenda,
11:10Fernando Haddad,
11:10antes dele sair de férias,
11:11e a reforma administrativa.
11:13Ele tratou como um fetiche.
11:15Não sei por que vocês
11:15têm tanto fetiche
11:16em relação à reforma administrativa.
11:18Que é justamente isso
11:19que vai reduzir os custos
11:20da máquina pública
11:21e, dessa forma,
11:22mostrar uma sinalização clara
11:23ao Banco Central
11:24de que, olha,
11:25a gente pode baixar os juros
11:26porque realmente o governo
11:27vai conseguir cortar os gastos.
11:29Só que a gente vê,
11:30não vê nenhum movimento
11:30nesse sentido,
11:31só de aumento de impostos.
11:33Não é mesmo, Maria de Carlinhos?
11:34Totalmente.
11:34Inclusive, vocês,
11:35o Rolts e vocês tocaram aqui
11:37essa questão da reforma administrativa,
11:38a questão do custo,
11:39que ninguém quer abrir mão do seu,
11:41todo mundo quer ali um pouquinho,
11:43ou mencionando aqui também
11:44os super salários do judiciário,
11:45é importante demais tocar nisso,
11:47e falar aqui
11:48que nós temos
11:48o segundo mais caro
11:50parlamento do mundo
11:51e queremos aumentar
11:52o número de deputados.
11:53É isso que eu ia dizer.
11:54Ainda quer aumentar, né?
11:55Exato.
11:56Ninguém quer abrir mão
11:57ali da boquinha.
11:58Brasília é o corporativismo na veia,
12:00cada um defendendo o seu
12:02e a população a ver navios.
12:04Acredito que vivemos atualmente
12:06um cenário de um país
12:07que não tem plano de país,
12:08e sim um plano de eleição
12:10para 2026.
12:11Meus colegas colocaram
12:12muito bem,
12:13o próprio João falou,
12:15o presidente atual
12:16quer ali,
12:17e eu também disse anteriormente,
12:19incorporar taxas,
12:20trazer benefícios
12:21de curto prazo
12:22para conseguir
12:23angariar votos,
12:24angariar um apoio
12:25de base eleitoral,
12:26visto que ele se encontra
12:27num cenário
12:28de muita desaprovação,
12:29um dos piores
12:30da sua história política,
12:31um político experiente,
12:33que tem uma longa jornada
12:34de vida na política,
12:36mas que se vê diante
12:37de um dos seus piores
12:37momentos políticos
12:39e que vai impactar
12:40de fato
12:41as eleições de 2026.
12:43Então acredito eu
12:43que só tende a piorar
12:45e discordo aqui
12:46do meu colega João
12:46na mesa,
12:47que disse que não
12:48vamos aumentar mais.
12:49Eu acho que vamos
12:49aumentar mais um pouco sim.
12:51Até estava dando
12:52uma olhada aqui
12:53nas notícias,
12:54o próprio Campos Neto
12:55afirmou que ele faria
12:56o mesmo que o Galípolo
12:57fez hoje em dia.
12:58Sim.
12:58E mencionar também
13:00que é isso,
13:01se não tem melhora,
13:03se não tem comprometimento
13:04do que eu disse,
13:05a inflação tem a ver
13:06com a questão fiscal.
13:07Se não tem comprometimento
13:08do governo com isso,
13:09não tem por que baixar
13:11a Selic,
13:12infelizmente.
13:13E é exatamente isso,
13:14né, Rosa?
13:14É como o Brasil,
13:15vamos colocar o Brasil
13:16como uma empresa
13:16e ela vai buscar crédito
13:18com o banco.
13:18O banco vê se você
13:19é um bom pagador ou não
13:20ou se você tem condições
13:21também de arcar
13:22com aquela dívida
13:23que você está contraindo.
13:24Visto que você
13:25é uma empresa
13:26que está já com as contas
13:27no vermelho,
13:28não tem conseguido
13:29ter um superávit
13:31e tem a chance
13:32de dar um galope
13:33e não pagar,
13:34porque é isso
13:35que é o risco,
13:36justamente que o Banco Central
13:37equilibra essas contas,
13:39você sobe os juros
13:40para tentar frear
13:41toda essa gastança.
13:43E não há sinalização
13:44nesse sentido.
13:45A única expectativa é
13:46vamos aumentar
13:47os impostos.
13:49Não tem nenhum movimento
13:50em relação
13:50a uma possibilidade
13:52de enxugar
13:52a máquina pública
13:53e dessa maneira
13:54a gente vê
13:54uma demonstração
13:55de queda
13:56na taxa de juros.
13:57Exatamente.
13:58E esse é o nosso
13:59grande problema.
14:00Não há demonstração
14:01de nenhuma política fiscal
14:02séria.
14:03O governo bate
14:04cabeça nesse aspecto.
14:06Ora é um caminho,
14:07ora é outro caminho,
14:08apresenta uma solução,
14:10retira essa solução,
14:11inclusive no aumento
14:12de juros,
14:13que é o único pensamento
14:14que hoje o governo
14:15do presidente Lula
14:16busca,
14:16é aumentar juros.
14:17Foi a questão do IOF,
14:18sobe,
14:19vem,
14:19aí o mercado reage,
14:20ele dá um passo
14:21para trás,
14:21passa mais um dia,
14:22busca um outro caminho.
14:23Agora você vê
14:24que o próprio Congresso
14:25já tem um PDL
14:27para poder então
14:28dar uma vetada
14:29na MP do IOF,
14:30é um desencontro
14:32entre os poderes,
14:33lembrando que nenhum
14:34deles faz a sua parte,
14:36o Legislativo também
14:36que critica demais,
14:38está numa onda
14:39também eleitoral,
14:40é bacana vetar
14:41o aumento do IOF,
14:42que eu também sou
14:42a favor de vetar o IOF,
14:44porém é bacana
14:45eleitoralmente,
14:46mas as emendas parlamentares,
14:47cerca de mais
14:48de 60 bilhões de reais,
14:50ninguém abre mão,
14:51ninguém mexe,
14:52o aumento de deputados
14:53completamente desnecessário,
14:56atendendo um corporativismo
14:58que a Maria colocou
14:59muito bem aqui
14:59que existe em Brasília,
15:01cada um para si,
15:02o povo que se dane,
15:03essa é a realidade
15:03que hoje nós temos
15:04em Brasília,
15:05do outro lado também
15:06tem um judiciário gastador
15:07que tem dos mais altos salários
15:10ali seus privilégios
15:11e suas benesses,
15:12e o povo tendo que acordar
15:14cada vez mais cedo,
15:15cada vez mais que ralar
15:16para pagar mais tributos,
15:18só que chega um momento
15:19na curva de Laffer ali
15:21que não dá mais
15:22para pagar tributo,
15:23que a gente não aguenta
15:24e esse momento está chegando.
15:25E se o governo,
15:26se o líder do país,
15:27que nós não temos
15:28um projeto de nação,
15:29nós temos um projeto eleitoral,
15:30está todo mundo olhando
15:312026 e o Brasil
15:33indo para o brédio,
15:34que essa é a realidade,
15:36hoje nós estimos bem,
15:37temos um aumento
15:38de investimentos internacionais,
15:39porque o mundo
15:40também vai mal,
15:41não existe uma outra
15:41grande economia
15:42do pote do Brasil
15:43boa para que investidores
15:44possam colocar o seu dinheiro,
15:46a China está
15:46em uma condição ruim,
15:47a Índia está super valorizada,
15:49resta o Brasil aqui.
15:50Então,
15:51apesar do governo
15:52ruim e fraco
15:54que nós temos,
15:55a gente ainda tem
15:56uma economia
15:57que vai crescendo
15:58devagarzinho.
15:59Ô,
16:00Rosa,
16:00deixa eu só corroborar
16:01com uma informação
16:02que você está colocando,
16:03que você disse,
16:03ah,
16:04os poderes também não fazem
16:05o seu papel
16:05e não tem interesse nenhum,
16:07tá?
16:08Recentemente,
16:08estava apurando
16:09com o presidente da Câmara,
16:10Hugo Mota,
16:11e aí ele dizia assim,
16:12não,
16:12eu entendo,
16:13e ele tem a intenção
16:15de se colocar
16:15como um jovem presidente,
16:17bom articulador,
16:17que teria uma pauta
16:19mais moderna,
16:20uma agenda
16:20mais moderna
16:21de Brasil.
16:22Ele disse,
16:22mas se não for
16:23iniciativa do executivo,
16:25não dá pra gente
16:26do legislativo
16:26pautar aí
16:27uma reforma administrativa.
16:29Ou seja,
16:30é interessante
16:31pra todo mundo
16:32no ano pré-eleitoral
16:33ganhar a sua lasquinha
16:34com o seu quinhão
16:35ali de eleitores
16:37lobistas,
16:38né?
16:38Aqueles que influenciam
16:39direto lá em Brasília
16:40nos seus votos.
16:41Porque se desse governo,
16:43ele disse,
16:43ah,
16:43desse governo não tem
16:44perspectiva de vir
16:44uma proposta
16:45de reforma,
16:46de ajuste.
16:47Então,
16:48não dá pra gente
16:48também fazer essa provocação.
16:49Nisso,
16:50não dá pra fazer
16:50essa provocação.
16:52Então,
16:52nesse empate aí
16:53nós vamos continuar.
16:54É,
16:54mas a última palavra
16:55nunca é do executivo,
16:56e sim do legislativo.
16:58Inclusive,
16:58colocou ali veto
16:59em relação
17:00à questão da energia
17:01que ficou mais cara,
17:03né,
17:03Veluti?
17:03Pois é,
17:04você vê que em termos
17:05de reforma administrativa,
17:06que é fundamental
17:07e absolutamente necessário
17:08que se ocorra,
17:09a gente tem uma questão
17:10envolvendo os próprios
17:12órgãos públicos.
17:13Se você perguntar
17:14em cada órgão público,
17:15100% deles dirão
17:16pra você que operam
17:17com déficit de pessoal
17:17e que necessitam
17:18de mais contratações
17:19e não de enxugamento.
17:20Então,
17:21e esse lobby ali,
17:21principalmente no Senado,
17:23no Congresso,
17:24ele é muito forte.
17:25Então,
17:25uma reforma administrativa
17:26é muito difícil
17:27que ocorra
17:27e se ocorrer,
17:28ela vai ser bastante
17:29enxugada no final das contas
17:31e não vai atingir
17:32essa alta prateleira
17:33do funcionalato público,
17:35nunca será atingida,
17:36até porque no final das contas,
17:37por exemplo,
17:37o próprio STF,
17:38que tem mais de mil funcionários,
17:40ele dá a canetada final.
17:41Sabe-se lá
17:41por que o Supremo
17:42precisa de mais de mil funcionários
17:44com 11 juízes,
17:45mas é o que opera-se na prática,
17:47eles têm vários juízes
17:48contratados
17:49pra fazer as decisões por eles.
17:51Enfim,
17:51tem essa ideia
17:52de como se fosse
17:53a corte brasileira,
17:54os políticos,
17:55o autofuncionalismo público,
17:57eles entendem
17:57como que o Estado
17:58deve servi-los mesmo.
17:59Esse é um tema
18:00que une conservadores,
18:01progressistas,
18:02ou nem todos
18:02que estão dentro
18:03da máquina pública,
18:04que é acharem
18:04que merecem
18:05todos esses benefícios,
18:06como, por exemplo,
18:07férias de 60 dias
18:08pra juízes,
18:09entre outros absurdos.
18:10Agora,
18:11como o Rous mencionou,
18:12segurança vitalícia
18:13pra ex-juiz do Supremo,
18:15eles usam
18:15esses pastéis de vento,
18:17ataque às instituições,
18:19o ambiente polarizado,
18:20cria-se qualquer pastel de vento
18:21e fala,
18:22precisamos disso,
18:23encaixa mais um benefício
18:24e aí é que é o mais legal,
18:26eles decidem
18:26pra eles próprios.
18:27Então,
18:27esses temas
18:28acabam unindo
18:28todos os espectros políticos,
18:30espectros,
18:31até porque,
18:31por exemplo,
18:32o Congresso
18:32caberia cobrar isso
18:33do Supremo,
18:34mas a gente já viu
18:34que o Congresso
18:35diante do Supremo
18:36acaba sendo
18:37um mero despachante,
18:38David.
18:39Claro que a gente
18:39não quer desmerecer
18:40o trabalho de ninguém,
18:41mas existem muitos postos
18:42realmente
18:43em diferentes setores
18:44do governo,
18:45não só do Executivo,
18:47Legislativo,
18:47Judiciário,
18:48que realmente
18:49se tornam dispensáveis
18:50nos dias atuais.
18:51Hoje,
18:52nós convivemos
18:53com inteligência artificial,
18:54não que vá
18:54substituir tudo,
18:56mas existem mecanismos
18:57que é possível
18:58de se implementar
19:00pra que a gente tenha
19:00mais eficiência
19:01nos serviços públicos
19:02e dessa maneira
19:03também a gente
19:04consiga reduzir
19:06todos os gastos
19:07que a gente vê
19:08crescendo cada vez mais.
19:10Então, assim,
19:10falta onde realmente precisa,
19:12faltam policiais,
19:13faltam pessoas ligadas
19:15à área de saúde,
19:16faltam em diferentes setores
19:17e nos setores
19:19onde a gente vê
19:20pessoas que são
19:21dispensáveis
19:22pra aquela função,
19:23a gente não vê
19:24nenhum corte,
19:24nenhum ouvido
19:25em relação a isso.
19:25Não falta o funcionário
19:26pra pôr a beca no juiz,
19:27esse não falta nunca.
19:28Exatamente isso,
19:29sabe,
19:29é o que eu disse,
19:31não quero desmerecer
19:32o trabalho de ninguém,
19:32mas de apertar
19:34um botão do elevador,
19:35de, enfim,
19:37a gente vê tantos
19:38profissionais
19:39que eventualmente
19:40podiam estar
19:40desempenhando
19:41outras funções,
19:42não,
19:43estão servindo
19:44àqueles que realmente
19:45compõem ali
19:47as mais diferentes
19:48esferas
19:49do nosso governo
19:50que vai também
19:51encarecendo cada vez
19:53mais a máquina
19:54pública,
19:54Maria De Carli.
19:55Pois é,
19:55eu estava aqui
19:56ouvindo vocês falarem
19:57e estudando um pouco
19:58sobre a máquina
20:00pública municipal
20:01e a questão
20:03de como funciona
20:04a progressão
20:07da carreira
20:07de professores,
20:08por exemplo,
20:09como funciona
20:10os atendimentos
20:11dos médicos do SUS
20:12e assim,
20:14acho que a gente
20:15pode começar
20:15nivelando ali
20:16por baixo,
20:17passando um raio X
20:19por conta
20:20de desempenho,
20:21justamente.
20:22Temos aqui
20:23escolas
20:24na cidade de São Paulo
20:25com o IDEB
20:26pífio,
20:26baixíssimo,
20:28e com um tipo
20:29de avaliação
20:30com os professores
20:31que não faz
20:32juiz a carreira.
20:33Ou seja,
20:34não é por
20:35nota
20:36que esse professor
20:38recebe uma bonificação
20:39ou um tipo
20:39de progressão,
20:40não,
20:40é por tempo
20:41em sala de aula.
20:43A mesma coisa
20:43acontece com o atendimento
20:44dos médicos
20:44no SUS,
20:45que é justamente
20:46tempo de atendimento
20:47e não por resolução
20:49das situações.
20:50Ou seja,
20:50como é que a gente
20:51vai ter um setor
20:53público eficiente
20:54se a gente não consegue
20:55ali na base
20:56entender
20:57o que dá certo
20:58e o que não dá certo.
20:59Então você tem
21:00uma máquina pública
21:00extremamente inchada
21:02com pessoas
21:02que gostam,
21:03gostam assim,
21:04ficam por lá
21:05porque não tem
21:05nenhum tipo
21:06de punição,
21:07não tem nenhum tipo
21:07de bonificação,
21:10então não tem
21:10nem incentivo
21:10para você ser
21:11um bom profissional
21:11e você não tem
21:12nenhum tipo
21:13de punição
21:13se você é
21:14um mau profissional.
21:15É isso.
21:15Exatamente.
21:16A métrica
21:16não existe
21:17em muitos setores.
21:18é isso.
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