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A última Super Quarta do ano, com decisões de taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nos Estados Unidos e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) no Brasil, chega em um cenário de alta volatilidade e antecipação do debate eleitoral de 2026.

As expectativas para o Brasil e EUA são de manutenção e corte de juros, respectivamente, mas os comunicados serão cruciais, disse Igor Lucena, economista-chefe da Amero Consulting, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC. Mariana Almeida analisou no Agora.

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Transcrição
00:00Super quarta, o que o Banco Central e o FED escondem nos comunicados de final de ano?
00:06A última super quarta do ano chega em um cenário de alta volatilidade e antecipação do debate eleitoral de 2026.
00:15Igor Lucena, economista-chefe da Amero Consulting, falou sobre o tema em entrevista ao Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
00:24Celson Plácido, consultor de investimentos, reforçou a possibilidade do BC ser mais cauteloso.
00:32E já vamos conversar então com a nossa analista Mariana Almeida, que hoje está com a gente de forma remota.
00:40Oi Mariana Almeida, muito bom dia para você, tudo bem contigo? Fala direto da capital federal, não é isso?
00:46É isso mesmo, pai, sua cidade favorita, não é mesmo? Estou aqui, bom dia para você, bom dia para todo mundo que acompanhou agora.
00:54Minha cidade favorita, adoro Brasília, morei aí durante 15 anos e sinto falta, viu? Confesso para você.
01:00Mariana Almeida, agora falando de juros, super quarta hoje.
01:04Aqui no Brasil, favas contadas, o Banco Central deve anunciar a manutenção da Selic em 15%.
01:10Já nos Estados Unidos, apesar das apostas serem maiores para um corte de 0,25 ponto percentual,
01:18que seria o terceiro corte consecutivo, o Fed anda dividido.
01:22Por quê? Há uma parte que acha que é preciso mais um corte para que não se enfraqueça muito o mercado de trabalho.
01:29Por outro lado, há um grupo que diz que o afrouxamento monetário já foi longe demais e poderia afetar ainda mais a inflação,
01:37que está acima da meta 1 ponto percentual, não é, Mari?
01:41É isso mesmo, pai. Inclusive, é isso.
01:43Na superquarta, se tivesse que escolher qual você ia, qual cupom, qual reunião você tem que assistir,
01:50assistiria a do Fed, obviamente a gente consegue acompanhar todas, mas ali tem mais, digamos assim, dúvidas pairando,
01:58inclusive porque nessa divisão aí que você trouxe sobre dentro do Federal Reserve,
02:03quer dizer, quais são os olhares da possibilidade de baixar novamente os juros,
02:07o Jerome Powell, que é o presidente, pelo menos até maio, ele se posiciona muito fortemente com relação às dúvidas.
02:17Ele nunca foi enfático em relação à redução da taxa de juros.
02:20Ele abriu essa possibilidade no comunicado da última reunião em que sim foi reduzido em 0,25 a taxa de juros.
02:28Ele abriu esse espaço e gerou essa expectativa de redução porque mencionou a lentidão do mercado de trabalho norte-americano.
02:37Agora, quando ele olha para frente, além dessa questão da inflação, que está acima da meta,
02:42na verdade, o ponto principal é, analisando o contexto aí do que é que pressiona acima da meta
02:48e as instabilidades que tem à frente, ele não vê, não tem certeza, na verdade.
02:55Quer dizer, olha, Donald Trump chegou, mudou os preços relativos, colocou um monte de tarifa,
03:00tem aí uma briga com diversos países e tem uma aposta,
03:03que aposta que isso faria com que a economia americana crescesse.
03:07Agora, esse modelo de crescimento, que tende a tentar trazer de volta para os Estados Unidos
03:13uma atividade industrial, com um parênteses junto, que é também, no paralelo,
03:18uma ação com relação ao mercado de trabalho muito forte com a expulsão de imigrantes,
03:22portanto, pressionando o número de trabalhadores e o salário interno.
03:26Esse cenário, Donald Trump, é uma pressão para frente para a inflação americana?
03:30Ou seja, além de dar um ponto a mais, será que eu consigo dizer de maneira consistente
03:34que ela não terá pressões no futuro?
03:37Dá para baixar a taxa de juros agora e estimular esse investimento
03:40sem colocar em risco as bases dessa sustentabilidade monetária futura?
03:46Trump falou muito disso e é isso.
03:47Dada as grandes incertezas no novo modelo americano, pós-Trump,
03:51é dificilmente abraçar e falar, não, com certeza não tem mais espaço de pressão.
03:56Então, é isso.
03:58Acho que a quarta-feira por lá vai ser bastante quente
04:00e interessa muito saber o que vai ser feito, mas também como vai ser justificado.
04:06E a parte da notificativa vale para os Estados Unidos e vale para o Brasil,
04:09porque, a depender de como, embora 15% deve ser mantido,
04:14a dúvida é para sempre?
04:15Ou seja, quando será que a gente começa a baixar?
04:18Será que o Banco Central brasileiro vai dar algum sinal adicional?
04:21Eu sou um pouco cético, acho que ele vai ficar em cima do muro,
04:24porque vai navegar justamente nessas incertezas que Jerome Powell também identifica,
04:29mas sobre as quais ele tem que se manifestar um pouco mais de ênfase,
04:33até em função das dificuldades internas do alinhamento ou desalinhamento dele com o governo Trump.
04:39É tão importante quanto a taxa, propriamente dita,
04:43os investidores estão de olho, como você disse, no viés, no guidance,
04:46tanto do Fed quanto do Copom, principalmente aqui no Brasil,
04:50que, apesar dessa manutenção já estar dada de 15%,
04:55existe ali a dúvida, né?
04:56Quando que o Banco Central brasileiro vai começar a reduzir as taxas de juros?
05:00Já a partir de janeiro ou só em março?
05:03Existem aí apostas diferentes.
05:06Até porque, né, Maria Almeida, hoje sai o IPCA, a inflação,
05:09e é um dado importante para balizar também as decisões de política monetária
05:14do Banco Central aqui no Brasil, né?
05:16Não, sem dúvida, o pessoal é, ao contrário,
05:18se no Federal Reserve a gente tem esse olhar aí que a gente estava brincando,
05:21que o Jambal trouxe, inclusive, para dar mais ênfase,
05:25que é um olhar sobre inflação e crescimento,
05:28sendo o mandato do Fed garantir a aproximação aí do plano emprego,
05:33ou seja, ritmo aquecido de economia junto com inflação baixa,
05:36aqui o foco é a inflação.
05:38Então, o IPCA é a variável principal aí que acaba tendo todo o foco aí
05:43de quem está analisando no Banco Central.
05:45O IPCA que tem sempre surpreendido nos últimos meses positivamente,
05:50no sentido de que ele tem se aproximado aí cada vez mais,
05:54da meta é muito forte, mas ele entrou no teto da meta, né,
05:58as perspectivas, a expectativa de que pudesse, inclusive,
06:01estourar mais esse ano, acima de 4,5.
06:03Isso eu acho que foi afastado já, a gente está com a,
06:06seja no boletim POCO, seja nos dados concretos até agora,
06:09uma maior aproximação de 4,40 ali para baixo, um pouquinho abaixo do teto,
06:15e acho que o Banco Central não deve receber muitas surpresas
06:18em relação a esse dado, mas vai ter que lidar com isso.
06:21O dado, qual que é a notícia? O que ele vai ter na mão?
06:24É um IPCA que continua baixando, né, ele tem uma reação,
06:28mas acima do centro da meta.
06:30Um centro de meta que, diga-se de passagem,
06:32é algo que a economia brasileira nunca viveu de maneira consistente,
06:353% de inflação.
06:36Mas é uma intenção, uma intenção forte, importante,
06:40o enunciado de que se quer alcançar esse patamar.
06:44Agora é isso, a gente vai continuar um pouco distante disso,
06:47e aí quanto vale para chegar lá?
06:49Qual o remédio, o ritmo desse remédio que o Banco Central pretende usar?
06:53Essa é a grande questão que deve vir no guidance, né, Klein?
06:55É isso aí. Já quem defenda, né, Maria Almeida,
06:57uma revisão, inclusive, do centro da meta, né,
07:01desses 3%, porque dizem que está muito distante
07:05do que, por exemplo, do teto, né,
07:07que geralmente é 1,5 para cima dos 4,5
07:10e fica muito distante da realidade brasileira.
07:13Isso pode ser uma discussão aí, talvez, para os próximos anos.
07:16Já, já a gente volta a conversar, Mari. Obrigado.
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