Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil), cancelou a sabatina de Jorge Messias, o atual Advogado-Geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (02). O senador adiou a votação, que estava prevista para 10 de dezembro.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/yQLn4PnAcV0

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#3em1

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olha, eu só quero trazer uma informação aqui, não precisa nem se preocupar com o Tarjanada, pessoal,
00:04mas é que acabou de chegar aqui, da Janaína Camelo, dizendo que Davi Alcolumbre cancelou a sabatina
00:09que estava estipulada para 10 de dezembro. Então ele coloca aqui, ó,
00:12comunico às senadoras e aos senadores que esta presidência, em conjunto com a presidência da CCJ,
00:17havia estipulado os dias 3 e 10 de dezembro para a leitura do parecer, concessão de vistas coletivas,
00:23realização da sabatina e apreciação em plenário da indicação feita pelo presidente da república.
00:27A definição do calendário segue o padrão adotado em indicações anteriores.
00:31Essa omissão de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo é grave e sem precedentes.
00:37É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo.
00:42Para evitar a possível alegação de vício regimental no trâmite da indicação,
00:46diante da possibilidade de se realizar a sabatina sem o recebimento formal da mensagem,
00:51esta presidência e a Comissão de Constituição e Justiça determinam o cancelamento do calendário apresentado.
00:59O que ele coloca aqui?
01:01Após a definição das datas pelo Legislativo, o Senado foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita
01:08referente à indicação já publicada no Diário Oficial da União e amplamente anunciada.
01:13Ou seja, o que a gente conversava aqui no nosso 3 em 1, logo de início da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal,
01:20que o caldo, em vez de amaciar, vai entornando cada vez mais seu Mano Ferreira.
01:25Exatamente.
01:26O presidente Lula parece estar jogando com o prazo de uma forma que contraria a tradição das indicações.
01:34Isso explica o grau de raiva de Davi Alcolumbre, porque, afinal de contas, o controle da pauta é uma prerrogativa da presidência da casa.
01:46Quando o presidente anuncia a indicação, mas não cumpre todos os ritos burocráticos,
01:53para que o Senado possa proceder com a análise dessa indicação,
01:58ele está manipulando a pauta e, portanto, invadindo a prerrogativa do presidente do Senado.
02:07E aí, veja só, mais um elemento na bagunça institucional brasileira, como estava falando o Musa,
02:14é mais um caldo de anormalidade.
02:17Porque a gente vive no país em que os parlamentares invadem a prerrogativa do Executivo com emendas parlamentares,
02:25o Judiciário invade prerrogativa do Legislativo com regulamentações
02:30e o Executivo invade prerrogativas do Legislativo fazendo manipulações burocráticas
02:37como essa que impedem a autonomia do presidente do Senado na definição do cronograma de funcionamento da própria casa.
02:46E Zé Maria Trindade, eu ressalto aqui, essa nota com toda essa argumentação
02:49está assinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
02:55É a segunda nota.
02:57Na primeira nota, ele fala em desrespeito ao Congresso Nacional,
03:03porque ele diz ali na nota, uma nota longa, né?
03:07Afirmando que o governo passa a ideia de que critérios fisiológicos
03:13estariam movendo o Senado Federal, ou seja, votação por dinheiro, por interesses do governo, né?
03:20Ele ficou irritado porque vazou do governo o que eles queriam,
03:25que havia um pleito aí para dominar a diretoria do Banco do Brasil, né?
03:28Não é mais nem a indicação de Rodrigo Pacheco, mas também do governo.
03:33E aí ele se irritou, soltou a primeira nota no domingo.
03:36Aí, agora, essa segunda nota, havia uma expectativa, ele poderia promulgar a publicação no Diário Oficial
03:43e, com base na publicação do Diário Oficial, tomar aquilo como oficial e levar para a votação, né?
03:51Mas não, agora ele está dizendo que cancela e deve ficar para o ano que vem.
03:55Olha, senhores, eu devo dizer que aqui no Congresso Nacional o calendário é diferente do calendário nosso de cada dia
04:02e já tem muita gente de férias, só vota em fevereiro.
04:06Os dois grandes projetos a serem votados aqui é LIDO e Orçamento Geral da União.
04:11Ali tem uma guerra surda de bastidores, uma guerra forte que ninguém vê.
04:16Mas porque chafurdam ali no orçamento querendo dinheiro no ano que vem para a campanha eleitoral.
04:22Então, esse é o grande interesse.
04:24Quem não está envolvido em LIDO, quem não está envolvido em orçamento, já está fora há muito tempo.
04:30O Congresso está esvaziado.
04:32Exatamente.
04:33Bruno Musa, eu quero ressaltar até uma das principais partes aqui da nota do presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
04:39que diz o seguinte, a definição desse calendário segue o padrão adotado em indicações anteriores
04:45e tinha como objetivo assegurar o cumprimento dessa atribuição constitucional do Senado
04:50ainda no exercício de 2025, evitando sua postergação para o próximo ano.
04:55E ressalto aqui, tinha como objetivo assegurar o cumprimento dessa atribuição constitucional
05:02do Senado ainda no exercício de 2025.
05:06No entanto, após a definição pelo Legislativo, o Senado foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita
05:15referente à indicação já publicada no Diário Oficial.
05:18Então, ele traz todas as definições a o que é prerrogativa do Senado e por que que o Palácio do Planalto
05:26estaria tentando derrubar, por causa do não envio de algo que sempre aconteceu em todas as indicações anteriores,
05:35essa prerrogativa que é do Senado.
05:38Fala, Moza.
05:39Serei bem simples e bem objetivo.
05:42Eles falam bonito, né, Evandro?
05:44Sempre assim, as falas parecem que te deixam perdido.
05:47Você começa a não saber de que lado você está.
05:50Quem é o bonzinho, quem não é, é sempre a mesma coisa.
05:53A narrativa, ela tem que ser bonita, sempre defendendo as prerrogativas legais,
05:58cumprindo o seu papel constitucional.
06:00Sempre assim, como se no Brasil não houvesse uma mistura e uma bagunça completa institucional
06:07de onde acaba o limite constitucional de determinada instituição e onde começa o do outro.
06:14Isso já se perdeu há muito tempo.
06:16Mas isso, mais uma vez, como eu disse, serei objetivo,
06:20me dá a sensação do que eu comentei ontem e repeti hoje no meu primeiro comentário.
06:25Me parece que as negociatas com o nosso dinheiro, onde você não é bem-vindo,
06:31não pode participar e se tentar, será expulso.
06:34Me parece que essas negociatas começaram e que o fim será o mesmo.
06:38Nós pagaremos por um acordo entre eles.
06:41Ah, tá, não.
06:42Eu estava achando aqui que a imagem do Davi Alcolumbre era ao vivo,
06:44estava perguntando para o nosso querido Demetrius Trindade.
06:46Está ao vivo isso aí, ele está falando agora também, mas não.
06:49São as imagens que a gente traz para vocês aí de outras manifestações do presidente do Senado.
06:53Fala, Cássio Miranda, como é que se avalia esse momento na relação
06:57entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional?
07:02A nota é autoexplicativa.
07:04Não é o melhor momento.
07:06Verdade seja dito, o governo vem enfrentando dificuldades
07:09no relacionamento com o Congresso Nacional desde o seu início.
07:14E é até engraçado nós constatarmos isso.
07:17No primeiro governo, nos dois primeiros governos do Lula,
07:20ele tinha muito mais penetração com o Senado e dificuldade na Câmara.
07:26Hoje essa situação inverteu um pouco.
07:29Ele tem mais dificuldade no Senado, aliás, muita dificuldade no Senado Federal
07:34e tem um pouco mais de facilidade na Câmara dos Deputados.
07:40Mas fato é que, desde o primeiro momento,
07:42o Davi Alcolumbre nunca escondeu isso.
07:45ele não vê com bons olhos a indicação do Messias.
07:50Em determinado momento, chegou-se a divulgar que o candidato dele
07:54era o Rodrigo Pacheco, que é seu par no Senado Federal
07:58e intercalou com ele a presidência daquela casa.
08:02Mas fato é que, quando foram divulgados interesses e objetivos
08:08um pouco mais fisiológicos do que ideológicos,
08:12o Davi Alcolumbre se...
08:14E essa nota é o resultado de toda essa confusão.
08:22Eu acho também que o governo, por mais que venha a ser taxado de vilão nessa história,
08:29minimamente de omisso, sai ganhando também.
08:32Porque ganha uns dias, ganha umas semanas, ou talvez ganhe meses,
08:39se essa escolha ficar pra volta do recesso em fevereiro do ano que vem,
08:45pra construir melhor a indicação do Jorge Messias.
08:49E se na política as coisas funcionam como nuvem,
08:53pode ser que nesses 45 dias o governo possa amaciar,
08:58vou usar um termo que você mesmo usou, Evandro,
09:01a indicação do advogado-geral da União ao posto no Supremo Tribunal Federal.
09:07Parece até que a história vai agora se encaixando mesmo diante dessas confusões, né, mano?
09:13Porque o presidente da República começa a sinalizar
09:16que quer entrar pessoalmente numa articulação com os senadores
09:19pra que o nome de Jorge Messias seja mais palatável.
09:23Inclusive pra garantir depois um caminho mais próximo também
09:26do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
09:28Aí vem, ou seja, haveria uma necessidade de um tempo maior
09:31pra que o presidente da República pudesse conduzir essa estratégia.
09:36Diante disso, o prazo de se apresentar um relatório amanhã
09:40pra uma sabatina no dia 10 já ficaria bastante apertado.
09:43E aí o que o presidente do Senado faz?
09:45Cancela essa votação, essa sabatina,
09:49e agora a gente precisa esperar o lançamento de um novo prazo
09:53a partir também dos movimentos que serão feitos pelo presidente da República.
09:58Ou seja, várias peças vão se movimentar.
10:01Mas eu quero entender de você, mano, se você percebe que
10:04quando se tem uma indicação que gera esse tipo de reação logo na saída,
10:11se, digamos, a relação depois já fica um pouco balançada também.
10:17É, certamente, Evandro.
10:19A cada atrito, o custo de articulação do governo no Congresso aumenta.
10:26Interessante, é.
10:27E além disso, quanto mais próximo ao fim do mandato,
10:31menor as moedas que o governo dispõe pra ter apoio dos congressistas.
10:36Então, a gente tá assistindo a uma situação realmente de corda sendo esticada.
10:45Porque também faz parte da narrativa eleitoral do presidente Lula,
10:51nesses últimos meses, a construção de um antagonismo
10:55entre o executivo e o legislativo,
10:59num contexto em que o executivo seria o defensor dos pobres e oprimidos,
11:04o legislativo, por outro lado, seria o defensor dos ricos e dos seus próprios interesses.
11:11E isso foi segmentado, foi construído lá atrás,
11:18quando tivemos a PEC da blindagem,
11:20quando tivemos discussões econômicas e o governo se colocou
11:25como se fosse um defensor dos mais pobres,
11:28em contraposição ao Congresso Nacional, que estaria criando dificuldades.
11:32E agora, quando o governo faz vazar notícias sobre interesses exclusos,
11:40um toma lá da cá, muito baseado nos interesses próprios dos senadores,
11:46mais uma vez, é essa narrativa que vai sendo consolidada.
11:51E isso gera desgaste e raiva por parte dos legisladores.
11:57A questão é, terá o Congresso Nacional, de fato, capacidade de peitar o governo
12:04e de fazer uma contraposição a essa narrativa?
12:09A última vez que tivemos algo nesse sentido foi na tramitação da PEC antifacção,
12:16onde o Hugo Mota, naquele caso, se colocou de forma muito vocal
12:20em oposição ao governo federal, tentando jogar no governo federal
12:26a peste de defensores de bandido.
12:29Resta saber qual será a próxima jogada agora de Davi Alcolumbre.
12:34José Maria Trindade, você entende que o Senado teria essa capacidade
12:36de peitar o governo agora, no caso de uma indicação de ministro do Supremo Tribunal Federal?
12:40Eu tenho a impressão que, primeiro, isso ficou para o ano que vem, né?
12:45Não tem mais tempo hábil, só um acordão que poderia revogar isso.
12:49Isso ficou para o ano que vem, a ideia é essa, acho que os votos estão ali no limite,
12:55no limite mesmo, e o grande desafio é convencer a base governista,
12:58porque, teoricamente, a base governista tem maioria no Senado Federal
13:03e poderia aprovar.
13:04Há um trabalho sendo feito, mas o Mano tem razão, né?
13:12A gente está achando que, no final, será aprovado.
13:16O que a gente vai discutir é o preço disso,
13:18o que terá que ceder o presidente Lula para aprovar.
13:22E todas as indicações são no sentido de que ele tem que pegar na massa
13:26e fazer esse trabalho de articulação e não terceirizar.
13:30Ele não pode fazer como antes de soltar na chuva e deixar o indicado dele no Senado.
13:36Tem que trabalhar, tem que ouvir os senadores, ver o que eles querem,
13:40e aí, assim, a gente discute o preço dessa indicação, mas será aprovado.
13:44Mas deve ficar para o ano que vem, não tem mais tempo, né?
13:49Constitucionalmente, o Congresso entra em recesso no dia 17 agora, né?
13:52Mas muito antes sai.
13:54Agora, daqui para frente, aprovaram a LDO e orçamento e pronto, né?
13:58O Davi Alcolombre é bastante agressivo nas defesas dele.
14:06E acho que o Jorge Messias, o ministro Jorge Messias, é muito preparado.
14:10Ele foi pego nesse tiroteio aí e está tendo dificuldade que não é dele, né?
14:17E depende muito pouco dele.
14:20Percebe que não há resistências a ele e que é um programa político muito maior?
14:25E o presidente Lula chegou numa condição que não pode ceder.
14:30Se ele ceder agora, até os próximos presidentes da República terão dificuldades para indicar ministro do Supremo, né?
14:37O Congresso vai ter que interferir forte.
14:40Exatamente.
14:40Agora, Acácio, a nota do presidente do Senado, a segunda nota, né?
14:45Porque a primeira já chamou a atenção, mas a segunda, ela é bastante dura,
14:48porque o Davi Alcolombre diz que houve uma omissão de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo
14:54e essa omissão, na visão dele, é grave e sem precedentes.
14:58Ou seja, como se o governo estivesse construindo uma nova história bastante negativa
15:02com a indicação de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
15:05É um jogo de empurra.
15:09Ninguém quer terminar com esse abacaxi no colo no final do dia.
15:13E o Davi Alcolombre precisa de um posicionamento contundente
15:18para dar um recado, obviamente, ao governo federal
15:22e precisa deste mesmo posicionamento contundente
15:27para que ele mostre a população em geral, se vai colar ou não, são outros 500,
15:33mas para que ele mostre para a população em geral que o erro não é dele,
15:37que o erro é do governo.
15:39Nós falávamos aqui, ele se sentiu muito prejudicado
15:43quando vazaram as informações que a contraproposta pela admissibilidade
15:50do Jorge Messias seria a diretoria do Banco do Brasil de porteira fechada.
15:56Então, para se desvencilhar, repito, disso, dessa pecha,
16:01ele precisa de uma nota dura.
16:04Agora, se ela surtirá ou não efeitos,
16:07a gente precisa aguardar os próximos dias.
16:11Eu quero receber o pessoal que nos acompanha pela rádio.
16:13Bem-vindos. Muito bom ter vocês por aqui.
16:15Vocês acompanhavam a análise de Acácio Miranda
16:17porque nós estamos discutindo no nosso 3 em 1 agora,
16:20às 5 horas da tarde,
16:21uma nota que foi enviada agora há pouco pelo presidente do Senado, Davi Alcolombre,
16:24cancelando a sabatina de Jorge Messias,
16:28que estava prevista para o dia 10 de dezembro,
16:31diante do que Davi Alcolombre chama de uma omissão grave
16:34sem precedentes do presidente da República do Palácio do Planalto
16:38que não teriam enviado ou não enviaram um documento
16:42chancelando a indicação,
16:43uma carta chancelando a indicação
16:45diretamente para o presidente do Senado,
16:48para o presidente do Congresso Nacional,
16:50apenas com anúncio no diário oficial.
16:52Diante disso, Davi Alcolombre cancela a sabatina,
16:55e o que a gente está analisando agora no nosso 3 em 1
16:57é se isso pode prejudicar o andamento
17:00em torno da indicação de Jorge Messias
17:02e quais seriam, inclusive, os novos prazos,
17:05provavelmente com uma nova indicação,
17:08mesmo que seja do mesmo nome,
17:09apenas para o ano que vem,
17:11com a sabatina também marcada a partir de janeiro de 2026,
17:15ano eleitoral e bastante delicado para o presidente da República.
17:20Ô Bruno Musa,
17:21você acredita que essas movimentações
17:24elas possam trazer um desafio maior
17:27justamente por se tratar de um ano eleitoral
17:29e se tratar de um ano em que o presidente da República
17:32terá de, digamos, reconstruir ou refazer as suas bases
17:36em busca de mais uma reeleição?
17:40Claro, sem dúvida, ela fica muito clara.
17:41Quanto mais próximo das eleições vão chegando,
17:44menor o apoio do presidente.
17:45Hoje saiu uma pesquisa da Atlas
17:47mostrando a rejeição do presidente crescendo novamente,
17:49os preços vão ficando mais caros.
17:51Fica muito óbvio isso.
17:53As ideologias simplesmente não existem
17:55e o que vale é o preço,
17:57como muito bem definiu aqui o Zé Maria.
18:00E o que é o preço?
18:02É o nosso dinheiro, é do pagador de imposto.
18:04Quanto mais próximo do evento eleitoral,
18:07que é o que movimentará o Brasil
18:09e convenhamos, a partir de março,
18:10o país para por completo para viver as eleições,
18:13o custo simplesmente sobe.
18:15E cada vez mais.
18:16Eles estão lá, quietos, lutando pelo poder que eles querem.
18:21Nós, obrigados aqui a financiar tudo isso.
18:24Então, o custo vai chegando cada vez mais
18:28e as trocas de favores vão se tornando cada vez mais explícitas
18:32em um cenário onde tudo tende a ter
18:34umas eleições completamente disputadas,
18:39não apenas sob o ponto de vista eleitoral, numérico,
18:42mas também na sociedade.
18:44Mais uma polarização intensa,
18:46mais uma briga total
18:48e as grandes reformas vão sempre ficando para o passado.
18:51Saíram dados importantes hoje, por exemplo, Evandro,
18:54de produtividade da indústria.
18:57E eu vou fazer o link com o que eu estou falando.
18:58Olha que interessante.
19:00O estudo é de 1995 até 2024.
19:0430 anos ali de análise, tá?
19:06A queda anual de 0,9% na produtividade da indústria
19:13em termos reais nos últimos 30 anos.
19:15A produtividade do brasileiro na indústria
19:18hoje é a mesma do que de 2009.
19:2216,5% abaixo do pico de 2011.
19:26O que eu quero dizer com tudo isso?
19:27Que o tema atual das eleições e jorrar o dinheiro público,
19:33gastar, desperdiçar o dinheiro público,
19:35se torna prioridade para quem está na briga pelo poder.
19:41Só que a produtividade é o que leva o país adiante,
19:45vai ficando para depois.
19:47O Brasil passou e muito do tempo de trazer reformas estruturais.
19:51E a gente ficou discutindo ainda coisas pequenas.
19:55Enquanto a sociedade não perceber a urgência,
19:58não digo nem necessidade,
20:00a urgência de mudanças fundamentais na economia brasileira,
20:04nós continuaremos ao estar no final da tabela
20:09de grande parte dos índices que mostram
20:12liberdade, avanço econômico, liberdade de expressão,
20:16liberdade empresarial e um país mais aberto.
20:19A gente continuará lá embaixo.
20:20Valeu, Bruno Mousa.
20:22Eu quero falar um pouquinho também com Zé Maria Trindade.
20:24Oi, Dema?
20:26Ah, vamos ouvir um pouquinho ali da sessão do Senado?
20:28Ah, Davi Alcolumbe está falando e essa sessão é ao vivo, tá pessoal?
20:30Está acontecendo agora. Vai lá.
20:33A maioria esmagadora dos senadores e das senadoras
20:37no último domingo, a partir da nossa manifestação,
20:42me ligaram e me cumprimentaram pela mensagem ao povo brasileiro
20:47na defesa das prerrogativas do Senado Federal.
20:52O Senado Federal tem as suas prerrogativas,
20:55como cada poder constituído desse país,
20:59e eu tenho certeza absoluta que elevar essas prerrogativas
21:03é elevar a estatura da Casa da Federação.
21:07E isso foi feito no último domingo.
21:10Conceda a palavra ao senador Sérgio Muro.
21:12Presidente, quero aqui registrar também a minha restrita solidariedade,
21:15a vossa excelência, a postura que tomou,
21:18e a minha indignação em relação às críticas.
21:20Bom, vocês acompanharam um trecho aí da fala do presidente do Senado
21:23da Vé Alcolumbre nessa sessão ao vivo,
21:25e ele dizendo que recebeu um apoio massivo dos outros senadores
21:29diante da manifestação de que a Casa tem as suas prerrogativas
21:33e que essas prerrogativas precisam ser respeitadas por todos os poderes,
21:38exatamente porque a Casa é independente do Palácio do Planalto.
21:43Zé Maria Trindade, presidente do Senado, está puto?
21:45Está irritado, essa história de vazar o que ele queria no governo
21:51não foi boa não, né?
21:52Essas coisas se falam na surdina.
21:55E aí ele fez a nota dele, que eu citei nessa nota de domingo,
22:00é muito indefesa mesmo das prerrogativas do Congresso.
22:04Mas o Executivo também tem a prerrogativa, inclusive,
22:07de retirar o nome, de colocar de novo, né?
22:10Enfim, são prerrogativas que cada um tem.
22:14O que precisa mesmo é voto.
22:16Aí vai ter um bate-chapa.
22:19O presidente do Senado está puxando,
22:22está aprofundando a crise,
22:24pelo jeito ele está chamando e pedindo
22:27apoio dos senadores para essa luta contra o governo.
22:32O governo vai fazer uma fila de senadores,
22:36principalmente de oposição,
22:38prestando solidariedade a ele,
22:40colocá-lo como um digno representante do Congresso
22:44que defende as prerrogativas congressuais, né?
22:47Essas palavras bonitas e cumpridas e que impressionam, né?
22:51Mas, na verdade, é essa luta política
22:53e ele está puxando muito, né?
22:57Surpreendeu o governo,
22:58porque o governo achou que ele iria simplesmente cruzar os braços,
23:02o que já era um fator muito negativo.
23:05Mas não, parece que ele vai trabalhar para derrotar o presidente Lula
23:10e o governo terá mesmo que expor os seus músculos
23:15e aprovar essa indicação.
23:17Mas a estratégia do governo é mesmo deixar para o ano que vem.
23:20Exatamente, Zé Maria Trindade.
23:21Sabe que eu até recebi aqui uma manifestação de uma telespectadora,
23:24que é a Deise Clarice Pereira,
23:25dizendo o seguinte,
23:26diante de tudo que nós costuramos aqui das estratégias do governo
23:29e agora com essa decisão do presidente do Senado.
23:31O adiamento da Sabatina era o que Lula queria,
23:34dar tempo para convencer os senadores.
23:37Então, mesmo vindo com críticas
23:39e com, digamos, uma indicação amarga ali pelo presidente do Senado,
23:43pelo menos o prazo aumenta para o presidente da República, né, Mano?
23:46Exato, só que em contraposição,
23:49o presidente do Senado tenta evocar para o posicionamento dele
23:53uma defesa das prerrogativas do Senado,
23:57que, na prática, é um apelo ao espírito de corpo, né?
24:02Ao espírito dos senadores, no fim das contas,
24:06de dizerem, nós devemos ter o poder
24:09de definir quem é o ministro do Supremo.
24:14Então, acaba sendo, mais uma vez,
24:17agora, um cabo de guerra
24:21em que o presidente do Senado quer dizer
24:24que o Senado não pode ser uma casa
24:27simplesmente carimbadora
24:29das indicações da presidência da República,
24:32que o Senado precisa ser ouvido nessas indicações
24:36e isso começa a levantar a possibilidade
24:40de, pela primeira vez, desde Floriano Peixoto,
24:43assistirmos a uma negativa de uma eventual indicação
24:48para o ministro do Supremo Tribunal Federal.
24:53Seria histórico e, talvez,
24:55possa representar pelas vias tortas
24:58próprias à política brasileira
25:00um limite ao grau de politização
25:03do Supremo Tribunal Federal
25:05que tanta gente enxerga
25:08ou, pelo menos, um grau de alinhamento
25:11do Supremo Tribunal Federal
25:12com o governo federal,
25:15porque seria uma outra forma de politização
25:18o Senado trazendo a indicação para si mesmo.
25:21Só para arrematar, o Acácio Miranda,
25:23isso também, agora, traz um novo elemento,
25:26uma nova camada para essa história política
25:28que é o fato de o Senado ser, até então,
25:30o principal aliado do Palácio do Planalto
25:32em muitas decisões e propostas.
25:35O que se apresenta agora
25:39é a possibilidade de uma atuação
25:41que fique mais próxima do que é a Câmara,
25:43ou seja, uma necessidade maior de negociação
25:46que pode custar também mais caro.
25:50Em termos, Evandro,
25:52eu acho que a Câmara sempre esteve,
25:54pelo menos neste governo,
25:56esteve mais próxima,
25:57esteve mais alinhada ao governo.
25:59A complexidade da Câmara
26:01é que há uma maior quantidade de parlamentares,
26:05e isso faz com que o governo precise atuar,
26:08vou usar um termo chulo para isso,
26:09mas é o que tem,
26:11no varejo em relação aos deputados.
26:14Não dá para fazer essas negociações
26:16através das bancadas,
26:18porque nós temos bancadas de partidos divididos,
26:22nós temos bancadas que têm aspectos regionais,
26:26nós temos bancadas que quando entram
26:29em temas específicos,
26:31elas acabam fragmentando.
26:33No Senado isso acontecia um pouco menos,
26:36porque há uma quantidade menor de senadores,
26:39e porque, obviamente,
26:42os senadores, em tese,
26:44têm um maior nível de independência partidária,
26:48e por vezes até independência eleitoral.
26:52Mas não é o que nós estamos acompanhando nesse momento.
26:55O Senado assumiu um certo protagonismo
26:58também nos últimos anos,
27:00por conta das discussões relacionadas a impeachment,
27:03impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal,
27:07então todos esses aspectos empoderaram o Senado,
27:10e no momento que nós temos o Senado empoderado,
27:14a dificuldade no trato acaba sendo maior.
27:18Os pedidos dos senadores,
27:20as imposições dos senadores acabam sendo inflacionadas.
27:26Então isso, repito, impõe maiores dificuldades.
27:30E também tem um fator relacionado à legitimidade.
27:34Os negociadores do governo,
27:37tanto o ministro Alexandre Padilha,
27:39que hoje está na saúde,
27:41como a ministra Glaise Hoffman,
27:43vieram da Câmara dos Deputados.
27:45Então os senadores acabam olhando um pouco diferente
27:49para esses ministros,
27:51o que dificulta o trato.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado