A Petrobras anunciou US$ 109 bilhões em investimentos no plano 2026–2030. Fernanda Câmara detalhou cortes operacionais, expansão no pré-sal, aumento da capacidade de refino, foco em gás e projetos de baixo carbono, além da meta de neutralidade e projeções de produção. Confira análise de Mariana Almeida.
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00:00Vamos falar de Petrobras agora, porque a empresa anunciou que vai fazer investimentos na casa dos 109 bilhões de dólares entre os anos de 2026 e 2030.
00:11Esses dados foram divulgados com o novo plano estratégico aprovado pelo Conselho de Administração da empresa.
00:18E o montante representa uma redução de 1,8% em relação ao plano anterior.
00:24E para comentar essas mudanças, eu falo ao vivo então com a Fernanda Câmara, que tem todos os detalhes.
00:30Oi Fernanda, bem-vinda. O que você traz de atualização para a gente então em relação a esse caso da Petrobras, hein?
00:38Tudo bem, Paula. Muito bom dia para você. Bom dia a todos.
00:42Olha, Paula, desses 109 bilhões de dólares, 91 bilhões de dólares estão na carteira em implantação e 18 bilhões de dólares na carteira em avaliação.
00:52A carteira base soma 81 bilhões de dólares e a carteira alvo pode chegar a 91 bilhões de dólares, condicionada à financiabilidade trimestral.
01:03A estatal estima a economia de 12 bilhões de dólares em gastos operacionais gerenciáveis de 2025 a 2030, com queda média anual de 8,5%.
01:16As ações incluem redução de despesas em plataformas sem produção, ajustes logísticos, postergação de serviços não prioritários e otimização de rotinas de poços e inspeções submarinas.
01:29A área de exploração e produção concentrará 69,2 bilhões de dólares da carteira em implantação alvo, sendo 62% para o pré-sal e 24% para o pós-sal.
01:42A companhia projeta oito novos sistemas de produção até 2030, sendo sete já contratados.
01:49A empresa estima pico de 2,7 milhões de barris por dia até 2028.
01:56A produção total de óleo e gás deve alcançar 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2028 e 2029.
02:06A Petrobras pretende investir 7,1 bilhões de dólares em exploração e 9,7 bilhões de dólares em descomissionamento e abandono de poços no quinquênio.
02:18O plano destina 15,8 bilhões de dólares para o segmento de refino, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes.
02:29A capacidade de processamento deve subir de 1,8 milhão para 2,1 milhões de barris diários até 2030, com ampliação da oferta de diesel S10 em 307 mil barris por dia.
02:44Em logística, estão previstos 2 bilhões para frota de cabotagem em construção de 20 navios, 18 barcaças e afretamento de 40 embarcações de apoio.
02:55Gás e energia de baixo carbono receberão 4 bilhões de dólares, com foco no aumento da oferta nacional de gás, expansão comercial e projetos condicionados a leilões de capacidade.
03:08O total destinado à transição energética, incluindo biocombustíveis, renováveis, descarbonização e pesquisa e desenvolvimento, será de 13 bilhões de dólares, equivalente a 12% do plano.
03:21A Petrobras reafirmou a meta de neutralidade de emissões operacionais até 2050 e compromissos intermediários de redução até 2030.
03:30O estudo de financiabilidade estabelece caixa mínimo de 6 bilhões de dólares e limite da dívida bruta de 75 bilhões de dólares, com o objetivo de convergir para 65 bilhões de dólares.
03:44A estatal, Paula, planeja distribuir de 45 bilhões de dólares a 50 bilhões de dólares em dividendos ordinários de 2026 a 2030.
03:57E aí, no início de dezembro, a Petrobras informou que o resultado financeiro do terceiro trimestre de 2025 foi de 32,7 bilhões de reais,
04:06um aumento de 22,7% em relação aos 26,7 bilhões de reais registrados no segundo trimestre de 2025 e de 0,5% então na comparação anual.
04:21Eu volto com você, Paula.
04:23Muito obrigada, Fernanda Câmara, pelas suas informações.
04:27Daqui a pouco a gente conversa mais trazendo outros assuntos aí ao vivo com você.
04:31Obrigada.
04:32Mari, vamos aproveitar então essa pauta que a Fernanda Câmara trouxe para a gente.
04:38Passada a COP30, a gente viu que várias empresas estão se comprometendo, já estavam, mas eu acho que quando vem um evento como esse desse porte aqui no Brasil,
04:46parece que as empresas se prontificam mais a mostrar as suas possíveis metas.
04:53A gente viu aí a Petrobras falando que vai haver uma economia bilionária e que vai reduzir também as emissões de carbono.
05:00Então, eu acho que está todo mundo ali se juntando para poder cumprir de uma maneira que vá refletir na economia da própria empresa.
05:10É, Paula, acho que certamente o evento COP tem essa marca aí de geração de debate, reflexão e, portanto, tentativa de empurrar e criar incentivos
05:20para que o assunto seja, de fato, pautado no conjunto dos atores relevantes para a temática,
05:26que no caso climática é praticamente todo mundo, dos consumidores, das empresas aos governos.
05:31Agora, o tema específico de que trata a Petrobras aqui, o plano vem também colocar pontos nesse assunto,
05:38é a transição energética.
05:39A ideia de sair de uma matriz de combustíveis fósseis, razão pela qual a Petrobras é criada, na verdade é uma empresa de petróleo,
05:46e transitar para uma matriz mais eficiente do ponto de vista energético, então que seja menos, que cause menos emissões de carbono no meio ambiente
05:55e, portanto, tende a diminuir, possa diminuir o aquecimento global.
05:59Essa é a ideia.
06:00E esse tema foi muito tratado porque ele não conseguiu chegar num acordo.
06:02Então, do ponto de vista dos acordos globais, não deu para passar.
06:07E aí, acaba voltando, retornando um pouco para...
06:10Então, sem um acordo, sem uma obrigatoriedade, quem se mexe?
06:13Quando as empresas se mexem minimamente para isso, é um sinal positivo, ajuda a criar um caldo de alternativas,
06:19em alguma maneira, talvez, fazer ensaios importantes, embora os níveis que estão postos para cada uma das empresas,
06:25deixados assim, soltos, dificilmente resolve o problema climático,
06:28porque tem que acelerar mais, os compromissos têm que ser maiores,
06:30mas, como eu falei, dão um pouco a sensação de que é possível.
06:34Então, movimentações de planos, como o caso da Petrobras, que tem horizonte de neutralidade,
06:40que está apontando em quais seriam os investimentos, ainda que não sejam ideais,
06:44vai para a mesa, você debate e começa a construir alternativas e até exemplos
06:49para poder pautar para outros países e outras empresas possibilidades de como fazer.
06:53Então, de alguma maneira, o assunto vem para a roda, a empresa reage
06:57e a gente espera que isso estimule para, quem sabe, na próxima rodada,
07:01possa ter compromisso e aceleração para que a gente tenha um horizonte um pouquinho mais otimista na temática climática.
07:06E é o que você falou, o fato da Petrobras sendo uma empresa, de fato, de petróleo,
07:11tentando mudar um pouco esse estigma todo de combustíveis fósseis
07:17e incentivando também outras empresas a seguirem nessa mesma linha.
07:21Acho que qualquer tipo de anúncio como esse já dá um molho maior para as outras.
07:26É, o anúncio ele vem no, vamos ver se, que bom, vamos ver o que eles estão fazendo
07:30e do lado de quem acompanha o debate climático tem que ser, vamos ver se funciona mesmo.
07:35Então, acirram ânimos e nesse momento acirrar ânimos em relação a isso,
07:39se for com uma questão construtiva, onde eu tenho não só a, digamos assim, a narrativa,
07:45mas eu tenho, de fato, o concreto ali para analisar, melhor.
07:48Ânimos para assuntos que interessam, né, Mariel Meira?
07:50Exatamente, que interessam e que podem mudar, ânimo no sentido de debate construtivo para ter ações,
07:56não só o debate para ver quem está certo e quem está errado.
07:58Exatamente.
07:59Vamos construir juntos outras alternativas, testar, melhorar, implementar diferente.
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