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Após 11 dias de debates e negociações sobre sustentabilidade e transição energética, Tatiana Sasson, head de impacto da LightRock e comentarista do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, analisa o legado da COP30 e o que ficou para implementação. Ela detalha oportunidades para investidores em energia renovável, bioeconomia e financiamento climático no Brasil e no mundo.

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Transcrição
00:00Acabou no calendário oficial, mas os efeitos continuam, as conversas também e de preferência as ações, né?
00:10Porque depois de 11 dias cheios de debates e negociações sobre sustentabilidade, transição energética e mudanças climáticas,
00:18a COP30, chamada de COP de implementação, agora entra na fase de entender o que realmente ficou decidido, né?
00:25E como realmente colocar essas decisões em prática? O que isso significa para investidores?
00:31Bom, tudo isso é o que eu quero saber na conversa com a nossa comentarista, Tatiana Sasson, Head de Impacto da Light Rock.
00:38Tudo bem, Tati? Tudo certo. A Tati falou com a gente direto de Belém, né? Algumas vezes aqui.
00:44E agora voltou, organizou todas as ideias, que eu imagino que são muitas, né, Tati?
00:50Foram dias entendo.
00:50E agora vai trazer para a gente o pós-conferência, como é que fica.
00:54Então, bem-vinda de volta.
00:56Obrigada, muito obrigada.
00:57Ô, Tati, ela é, então, no fim das contas, vista como um negado positivo, negativo, frustrou em algum aspecto, surpreendeu em outro?
01:07Quais foram os avanços mais importantes?
01:10Ela depende da ótica, né, que a gente analisa.
01:12Se a gente olha para trás, há um ano atrás, as expectativas que a gente tinha quando a COP foi anunciada em Belém,
01:18eram várias dúvidas.
01:19Era se Belém teria infraestrutura, se a gente teria delegações de fatos presentes,
01:23se, com a ausência dos Estados Unidos, de fato, né, o multilateralismo climático iria se confirmar relevante.
01:30E, sob essa ótica, foi um grande sucesso.
01:32A gente teve mais de 190 delegações presentes, um público super relevante presente, discutindo as questões climáticas.
01:38Do ponto de vista, também, das negociações, por mais técnico que pareça, foram mais de quase 30 textos aprovados,
01:44e, dentro deles, alguns avanços relevantes, como, né, o valor dedicado à adaptação climática,
01:50três vezes maior do que o que tinha sido definido antes, chegando, então, né, a 1,2 trilhões de dólares.
01:56A questão, né, de povos originários e sociedade civil como, né, centrais no papel de transição climática.
02:03Então, também, desse ponto de vista, foi um dos avanços, foram avanços super relevantes e foram negociações super difíceis, né.
02:09Mas, claro, que também teve pontos que acabaram frustrando as expectativas, né.
02:14Então, por exemplo, né, o que se tanto falou na semana passada, que a gente cansou de falar, né,
02:18que era o mapa do caminho, como que ia se dar a transição, né, fora dos combustíveis fósseis,
02:23e que ali, né, um pouco antes dos incêndios, chegou a criar-se uma expectativa de que o texto seria aprovado,
02:28que tinham mais de 80 países comprometidos em aprovar um texto nessa direção,
02:32acabou sendo uma frustração com o texto final, não fazendo nenhum tipo de menção ao mapa do caminho, né.
02:38Então, a transição para fora, né, dos combustíveis fósseis.
02:42Dessa ótica, talvez tenha sido, né, um ponto um pouco mais negativo,
02:45mas o balanço geral, acho que foi super positivo, acho que o Brasil conseguiu entregar uma excelente COP
02:50e segue, né, como presidente da COP até passar o bastão para a Turquia no ano que vem.
02:55Tati, eu queria te ouvir mais sobre essa ausência no texto final,
02:59dessa questão do mapa dos caminhos aí para a transição dos combustíveis fósseis,
03:03porque isso, de fato, decepcionou, né, e surpreendeu negativamente algumas pessoas.
03:07E como é que isso pode influenciar daqui para frente o cenário para investidores,
03:12no curto, no médio prazo, considerando a pressão também dos países que produzem petróleo?
03:17Exato. A gente fala muito, né, de transição fora dos combustíveis fósseis
03:22e a gente fala de muitas oportunidades.
03:24Então, combustível sustentável da aviação, hidrogênio verde.
03:27E se a gente tivesse, né, na COP, uma direção de que esse é um compromisso,
03:32acaba que esses temas você vai criando uma espiral mais positiva e acelerando.
03:36É irreal a gente pensar que, né, que no texto final da COP teria um mapa do caminho,
03:41já falando como que a gente vai fazer essa transição num período de 5, 10 anos.
03:45Não era isso que a gente esperava.
03:47Mas se tivesse essa menção, talvez de alguma forma a gente esperasse que o compromisso fosse mais forte
03:52e os investimentos nessas áreas, né, que vão ser as alternativas para os combustíveis fósseis,
03:58fossem acelerados.
03:59Mas, dito isso, a COP não é tudo, né?
04:01Então, assim, se a gente pensa no Brasil, a gente tem o sistema brasileiro de comércio de emissão.
04:06Esse também já é uma alavanca que, né, as alternativas aos combustíveis fósseis se tornam um incentivo.
04:12Na Europa, você tem, né, também o mercado, né, que incentiva a transição.
04:16Então, você tem várias outras, né, incentivos que vão auxiliando também nesse caminho.
04:21Claro que ter isso na COP, ter esse compromisso, ter essa indicação de que todos os países, né,
04:26que fazem parte da conferência, estariam comprometidos de alguma forma a discutir, seria um avanço.
04:31Mas, por outro lado também, né, foi combinado que esse tema não sai de pauta.
04:36Então, por mais que ele não tenha entrado, né, no texto final, ele segue muito vivo, ele segue com uma discussão.
04:42O próprio presidente da COP, o André Corrêa do Lago, combinou de apoiar uma conferência liderada pela Colômbia
04:47no ano que vem, em abril do ano que vem, que vai, né, com os países que apoiaram o texto final, né,
04:52que era em torno de 80, seguir nessa discussão, seguindo, discutindo esse caminho.
04:56Ou seja, só a discussão estar viva também já é um avanço por si, né.
04:59É porque não está no papel ali, no documento oficial, que morreu o assunto, né.
05:02Que a gente esqueceu o assunto, né.
05:04Exatamente, isso já é super importante.
05:06O que a gente mais ouviu é, por mais que não tenha entrado, o tema ficou.
05:09Então, é uma ambiguidade, mas que é a verdade, né.
05:13E o setor privado, de fato, está discutindo e está trabalhando nisso.
05:17Está discutindo, está trabalhando, estão surgindo as oportunidades.
05:20O Brasil, a gente sempre fala, tem muita vantagem competitiva e o número de empresas investindo
05:25nesses temas, em combustível sustentável da aviação, biocombustíveis, buscando essas
05:30alternativas, é muito grande.
05:32E aqui no Brasil, a gente tem a vantagem, né, de muitas delas ser economicamente competitiva
05:36com combustíveis fósseis.
05:38O Tati, e o financiamento climático, que papel que ele desempenha hoje para mercados
05:43emergentes, assim, como o Brasil e com destaque para iniciativas como aquela...
05:48TFS.
05:49É, exatamente.
05:51Para o Brasil e para outros países emergentes, nós somos os que mais sentimos os efeitos
05:55da mudança climática.
05:57Então, o financiamento climático é super importante para ver os países que são
06:01desenvolvidos, né, que mais poluíram, como que eles vão ajudar.
06:04Então, tem um papel muito relevante, e esse papel, né, de indicação, de como que vai
06:08servir, e acho que a COP trouxe muito à tona também os impactos que a crise climática
06:13tem na nossa vida, no dia a dia, que muitas vezes as pessoas não pensam.
06:16Então, muitas vezes a inflação de alimentos, outros exemplos citados, né, na Califórnia
06:21já é hoje muito difícil você conseguir fazer um seguro da sua casa, porque a chance,
06:26né, dos sinistros tem sido cada vez maior.
06:29Na Índia, você já tem seguros para adaptação individuais até, então, né, parcerias públicas
06:35e privadas, no quais financiamentos têm apoiado, por exemplo, trabalhadores que são muito
06:41expostos à crise climática, como construção civil, terem direito a seguro para dias, né,
06:46de calores extremos conseguirem ter alguma alternativa.
06:49Então, o financiamento climático vem muito para ajudar a gente a enfrentar esses desafios,
06:54né, que se tornam cada vez mais relevantes.
06:56E agora, então, terminou o COP30, é hora de dar implementação, de fato, né, Tati?
07:02E quais que têm sido os sinais, assim, de mobilização de governo, de banco de desenvolvimento,
07:07de empresas nessa agenda de sustentabilidade, de descarbonização?
07:11Saiu muito da COP, o compromisso de banco de desenvolvimento muito grande de continuar
07:16investindo na agenda e bancos privados também.
07:19Então, assim, está vindo cada vez mais, né, esse apoio, né, de investimento.
07:24E também, né, cada vez mais inovação no tema de uma maneira mais economicamente viável.
07:29Então, tem sido criado, assim, uma espiral mais positiva para a gente poder continuar implementando.
07:35Então, muitos temas que antes pareciam, né, muito distantes da nossa realidade, saindo do papel,
07:40vários já, né, acontecendo aí de uma maneira super rápida e a gente espera que continue.
07:44Enfim, acabou a COP, mas o tema continua sendo super relevante, é indiscutido e Brasil recebendo muito investimento.
07:51Assim, acho que uma das coisas que todo mundo se surpreendeu muito foi, né, vários investidores estrangeiros
07:56presentes no Brasil, seja na COP, seja na pré-COP aqui em Belém, falando que o Brasil volta a ser uma prioridade
08:02de investimento para eles.
08:03E para fechar, Tati, só mais uma pergunta, porque, assim, considerando incertezas diplomáticas, tudo isso,
08:09como é que os investidores podem usar regulamentos domésticos, instrumentos financeiros locais
08:16para avançar nesses setores, né, de energia renovável, de bioeconomia amazônica?
08:22Como é que, como que se deve transitar por tudo isso?
08:26Eu acho que tem que estar muito atento aos incentivos que existem hoje.
08:29Então, por exemplo, o próprio Task Force para as florestas tropicais.
08:34Foram mais de 6 bilhões de dólares de países que estão comprometidos com isso.
08:38Então, tem tantos agentes privados que vão, né, exercer suas funções de preservar junto, né,
08:43com os povos originários, mas também todo um ecossistema que surge em volta.
08:47Seja, né, para plantação de sementes, preservação da floresta, inteligência artificial, para monitoramento.
08:53Então, todo esse ecossistema que vai surgindo em volta, que é muito importante e traz muitas oportunidades.
08:59Então, às vezes, a gente ambiciona coisas muito grandes, assim, olhando, né, temas muito transformadores
09:04e temas que já estão dentro do dinheiro, que já acontece hoje, que já tem um mecanismo ali,
09:09a gente pode aproveitar mais, né, e vir com soluções criativas, né, muito mais viáveis, assim.
09:14Maravilha. Então, quero agradecer.
09:16Nossa comentarista Tatiana Sasson, Head de Impacto da Light Rock,
09:20que a gente continue falando bastante sobre esses temas.
09:23Obrigada, viu, Tati?
09:23Obrigada a você.
09:24Boa tarde.
09:24Boa tarde.
09:25Boa tarde.
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