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Ricardo Assumpção, sócio-líder de sustentabilidade da EY para a América Latina, comentou no Fast Money sobre o rascunho da carta final da COP30, destacando avanços na transição energética e na colaboração entre setor público e privado, mas também desafios no financiamento e na implementação das metas climáticas.

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Transcrição
00:00E após quase duas semanas de negociações foi divulgado no rascunho da carta final da COP30 que traz recomendações para acelerar a ação climática global e tentar limitar o aquecimento do planeta a 1,5 graus centígrados e reforça a meta estabelecida no acordo de Paris em 2015.
00:24Mas exige esforços definidos por calendários e mecanismos de implementação, principalmente em relação ao fim dos combustíveis fósseis.
00:33Mas será que esses objetivos são alcançáveis?
00:37A gente vai falar agora aqui no Fast Money com o Ricardo Assunção, ele que é sócio-líder de sustentabilidade da EY para a América Latina, que comenta sobre o texto rascunho da carta final da COP30.
00:48Oi, Ricardo, muito boa tarde para você, seja bem-vindo aqui ao Fast Money. Tudo bem, meu amigo?
00:54Tudo bem por aqui? Clima quente em todos os sentidos.
00:58Eu imagino, na reta final, nós estamos também com o nosso analista Felipe Machado, que vai participar deste bate-papo.
01:05Agora, Ricardo, muito se falou da COP e da implementação e também da transição energética.
01:11Isso deve estar claro nesta carta.
01:14Será mesmo que nós vamos conseguir, desta vez, pelo menos tirar alguma coisinha do papel e colocar na prática?
01:19Olha, tem sentimentos aqui bastante ambíguos.
01:25Tem uma parte que acredita que sim, outra parte que está muito reticente e cética se isso vai entrando.
01:30Mas o texto draft, ele mostra, já consegue desenhar um pouco algumas coisas.
01:37Quer dizer, o que a gente chama de caminho, roadmap, o caminho para a descarbonização de cada país, é algo que deve entrar.
01:44E, do outro lado, adaptação, que é algo super importante, uma vez que ela tem a ver com adaptar o mundo,
01:51os impactos já observados, deu uma escorregada.
01:55Apesar de ter um apoio e ter uma intenção de ter novas metas para isso, não tem dinheiro na mesa.
02:03Então, a gente está vendo aqui de uma expectativa até, Eric, de fechar um pouco mais cedo esse texto do que tradicionalmente acontece,
02:10mas tudo indica que a gente vai até domingo.
02:13Legal.
02:14Ricardo, boa tarde mais uma vez para você.
02:17Ricardo, a gente acompanha várias iniciativas que estão sendo discutidas na COP30
02:22e torte para que seja realmente a COP da implementação e tudo mais.
02:27Agora, se você puder destacar uma coisa, a gente teve o fundo das florestas,
02:31que foi uma medida interessante do governo brasileiro,
02:34mas se você pudesse destacar uma coisa pela qual a COP vai ser lembrada, vai ser reconhecida.
02:39Não, na COP30 aconteceu isso.
02:42O que você destacaria entre os temas discutidos?
02:44Muito se falava dessa ser a COP da ação, a COP da implementação.
02:50Por um lado, foi do ponto de vista das diversas iniciativas do setor privado
02:55que aconteceram paralela à Blue Zone.
02:57Mas eu acho que o que marca essa COP é um alinhamento grande
03:01entre o setor privado, setor público e diplomacia.
03:05Eu vi encontros incríveis acontecendo aqui e as conversas vão para o mesmo caminho.
03:11Eu acho que essa vai ser uma herança importante, essa COP, para o trabalho que será feito ao longo do ano
03:16até a COP31, que já tem lugar para acontecer.
03:20Ricardo, é Turquia, né?
03:22Turquia foi anunciada aí, estava naquela disputa com a Austrália
03:25e acabou sendo anunciada como a anfitriã da COP do ano que vem, a COP31.
03:32Agora, Ricardo, também, além da implementação que eu falava aqui contigo,
03:35é a COP da transição energética.
03:37Porém, a gente sabe que tem alguns ruídos, principalmente com países do Oriente Médio
03:42que resistem ainda a assinar um pacto mais forte em relação à transição energética,
03:47já que, óbvio, a Arábia Saudita libera, por exemplo, o OPEP+,
03:50que é um grupo, um bloco de grandes produtores de petróleo.
03:55Não dá para um dia para a noite você parar de produzir petróleo, né?
03:59Até porque, senão, você pode até quebrar, neste momento, os países.
04:02Como fazer, então, esse equilíbrio da transição energética
04:07entre combustíveis fósseis e combustíveis limpos?
04:11Eric, eu acho que você tocou num ponto fundamental, né?
04:13A gente está num momento onde a demanda por energia só aumenta.
04:18Então, essa transição é muito delicada,
04:20porque a gente tem que empilhar matriz fóssil com matrizes renováveis, né?
04:24Então, a gente tem que ter responsabilidade, claro, para descarbonizar o mundo,
04:28para reduzir a dependência de combustível fóssil,
04:31mas tudo indica que isso vai ser mais lento do que a gente imaginava em anos anteriores, né?
04:37O desenho, o que a gente chama de pacote de Belém,
04:41ele mostra, sim, que tem caminhos para ser mais forte, média ou até mais fraco
04:48a parte de transição energética, mas como você bem mencionou,
04:52a ONU exige consenso.
04:53O que é consenso?
04:54Todo mundo vota igual e precisam concordar.
04:57A gente percebe que não vai ser dessa vez que a gente deve ter uma acelerização tão forte
05:03da redução dos combustíveis fósseis.
05:06Ricardo, como você falou, eu acho que é interessante essa união entre,
05:11sei que a gente pode dizer isso, união entre iniciativa privada e governos, né?
05:15Porque eu acho que aí tem um caminho longo de melhorias e de evolução nessa questão climática
05:19que é muito importante.
05:21Agora, você acha que a ausência dos Estados Unidos foi determinante para essa COP não ter chegado
05:26exatamente onde a gente imaginou que ela chegaria?
05:30Olha, eu acho que a gente não pode colocar tanto peso em cima disso, essa é a verdade.
05:37A gente já está, vamos dizer que estamos na COP30, já negociou durante 30 anos.
05:42Eu acho que, de fato, hoje existe uma necessidade da gente pôr em prática casos reais,
05:47comprovadamente alinhados com a ciência, mas que vão ajudar as empresas a continuarem
05:52gerando lucro, mas com efeitos colaterais muito positivos, né?
05:56Então, o que eu vejo é que a gente precisa dar um passo.
05:59Muita gente fala aqui nessa nova diplomacia corporativa e como o setor privado pode,
06:06de fato, dar a escala e a velocidade necessária.
06:09No final das contas, a gente tem que entender o seguinte, né?
06:12E de forma muito pragmática, a gente vai precisar sempre da governança,
06:16da diplomacia e do setor público, mas a liderança e a atuação virá do setor privado.
06:23Eu acho que os Estados Unidos, apesar da ausência aqui, teve boa representatividade,
06:28o governador da Califórnia esteve aqui, tiveram diversos congressistas,
06:32e que mostram que as empresas americanas, ao menos dois terços dela,
06:36continuam com uma agenda forte, principalmente na descarbonização.
06:40Isso mostra uma coisa muito clara, sustentabilidade ou mudanças climáticas
06:45é um pilar que ajuda a equalizar o risco dentro da empresa,
06:51ao mesmo tempo que destrava a oportunidade, ou seja, ela é, de fato, uma componente do negócio.
06:57Ricardo, para a gente finalizar aqui o nosso bate-papo,
07:01a gente ouviu agora há pouco o Antônio Guterres,
07:04diretor-geral da Organização das Nações Unidas,
07:06nós vamos trazer mais detalhes desse discurso, dessa fala dele já já aqui no Fast Money,
07:11mas ele cobra, por exemplo, financiamento para essa transição energética.
07:15E aí eu vou citar um exemplo, o que é isso, o que ele pede?
07:18Que países mais ricos ajudem a financiar a transição energética
07:22para lugares onde nem energia elétrica se tem.
07:25E muito é usado, por exemplo, aqueles geradores a diesel, né?
07:31São geradores barulhentos, que soltam muita fumaça.
07:33Então você vê, assim, por exemplo, no Afeganistão, que fica na Ásia Central.
07:37Muitos lugarejos lá, ou vilarejos, não têm energia elétrica.
07:41Você vê países lá nos confins do continente africano,
07:44que também não têm aquela condição de energia.
07:49Então é preciso fazer esse financiamento, essa transição energética,
07:53nesses lugares também.
07:54Só que isso custa caro, né?
07:56E aí como que pode-se fazer isso?
07:59Como chegar a um consenso?
08:00Quem vai financiar?
08:01Assim como tem esse fundo de florestas tropicais para sempre,
08:05teria que existir, por exemplo, um fundo para isso,
08:07para esse financiamento para países mais pobres?
08:11Com certeza, Eric, isso aí é fundamental, né?
08:14A gente tem que adotar uma premissa que é a seguinte,
08:16quem emitiu mais tem que pagar mais,
08:19e quem está sofrendo mais tem que receber mais.
08:24A gente precisa chegar numa transição justa e num equilíbrio.
08:27Então sim, é necessário que a gente tenha um fundo
08:29para financiar essas áreas mais vulneráveis.
08:33E por quê?
08:34Além, claro, de ser uma questão de cidadania e ter pessoas no centro,
08:38isso lá na frente vai ter um preço muito maior para a humanidade.
08:41Então a gente deve ver isso.
08:42E eu até adiciono ao que você falou do fundo do TFFF,
08:47que tem um modelo econômico interessante,
08:49porque ele remunera o capital e ainda direciona dinheiro para as florestas,
08:53apesar de que o volume de dinheiro direcionado ainda tem sido bastante questionado.
08:59Mas a gente vai precisar de instrumentos para equalizar, sim, essa diferença.
09:03E, Eric, vou colocar mais uma semente aqui,
09:06que é a parte do comércio climático,
09:08uma coisa que a gente tem falado muito aqui,
09:10que pode ajudar a equilibrar essas contas,
09:12que é justamente a taxa, as taxas de fronteira,
09:16para equalizar um pouquinho e tentar acelerar essa economia
09:21e esses produtos transacionados de baixo carbono no mundo.
09:25Ricardo Assunção, sempre bom falar contigo aqui, viu, meu amigo?
09:29Prazer tê-lo no Fast Money.
09:31Um grande abraço para você e um bom final de COP30 aí.
09:34Muito obrigado, um abraço para vocês aí também.
09:38Obrigado.
09:39Já, já a gente volta a conversar também, Felipe Machado.
09:41Obrigado.
09:42Obrigado.
09:43Obrigado.
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