O deputado federal Guilherme Derrite (Progressistas) conversou com exclusividade com a Jovem Pan News sobre o Projeto Antifacção e fez duras críticas ao governo federal. Para o secretário de Segurança Pública de São Paulo, o projeto é o início de uma virada no setor de segurança. Reportagem: Misael Mainetti
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00:03Seguimos aqui no Jornal da Manhã, hora da gente falar de segurança, que é outro assunto que tem dado que falar nos últimos dias aqui no Brasil, né?
00:11O deputado federal por São Paulo, secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrit, conversou com exclusividade com a Jovem Pan sobre o projeto antifacção e fez duras críticas ao governo federal.
00:25Você tem os detalhes na reportagem do Misael Mainet.
00:28O início de uma virada na segurança pública é a avaliação do deputado federal Guilherme Derrit, do PP, sobre o projeto de lei antifacção aprovado pela Câmara.
00:40Ele considera que a versão final, a sexta apresentada, produziu uma estrutura que protege a sociedade.
00:47Segundo o secretário licenciado da Segurança de São Paulo, a proposta inicial do governo era branda com alguns integrantes de facções.
00:54Quem está descontente é só quem defende bandido, né? Porque é o projeto mais duro que o Congresso Nacional aprovou, que a Câmara dos Deputados aprova, na história da Câmara.
01:05Nós estamos falando aqui de penas que começam com 20 anos de prisão, que podem chegar a 66 anos de prisão, se o indivíduo for membro de organização criminosa e praticar uma das 11 condutas típicas previstas nesse novo ordenamento jurídico.
01:18Por isso que a gente chamou de marco legal de combate ao crime organizado.
01:20Derrite disse que a eventual equiparação das facções como organizações terroristas não está totalmente descartado, uma vez que existe um projeto de lei do deputado federal Danilo Fortes, do União do Ceará, que tem requerimento de urgência aprovado para ser discutido no plenário a qualquer momento.
01:40Também relata uma cena que o motivou a batalhar pelo projeto.
01:43Uma menina de 12 anos no Ceará, que a mãe foi morta pelo crime organizado, porque ela não quis envenenar a comida dos policiais.
01:52Quando você assiste o vídeo daquela menina de 12 anos chorando, lamentando a morte da mãe, que morreu por essas organizações criminosas,
01:58a gente tem que deixar alguns objetivos ali de lado e tem que ser estratégico, pensar na população que sofre as mazelas do domínio territorial.
02:09Guilherme Derrite disse que não foi procurado pelo presidente Lula e nem pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski,
02:18a não ser no dia em que o projeto foi colocado para votação.
02:22Também afirma que foi procurado as escondidas por integrantes do Ministério da Fazenda, da Receita Federal e da Segurança Pública,
02:31em relação às sugestões sobre o texto do projeto de lei antifacção.
02:35Fiquei duas semanas em Brasília à disposição para dialogar tecnicamente, o governo federal não procurou,
02:40nem a Secretaria de Relações Institucionais, nem o Ministério da Justiça, nem outros ministérios.
02:44Preferiram criar as falsas narrativas e o ataque à briga política.
02:48E perderam nos dois, perderam na parte técnica e perderam na política com a votação expressiva no plenário.
02:56Para Guilherme Derrite, a aprovação do texto do pacote antifacção foi um massacre para o governo federal.
03:02Eu fiquei quieto, fiz um trabalho técnico e o resultado veio na urna, 300, na urna não, no plenário,
03:08370 votos, um massacre para cima do governo federal e a Câmara decidiu, pelo endurecimento das penas,
03:15por liderança direto no sistema penal federal, por uma legislação que de fato vai dar poder ao Estado
03:21de retomar territórios dominados pelas organizações criminosas.
03:23Em entrevista ao programa Pingos nos Is, da Jovem Pan, também chamou de falsa narrativa
03:29o fato de o governo considerar que o projeto de lei relatado por ele enfraquece a Polícia Federal.
03:36Houve um conflito ali, gerado por uma falsa narrativa, que dizia, por conta do conflito de competência,
03:42eu deixei expresso que os crimes praticados dessa lei serão investigados pelas polícias estaduais,
03:47como já são hoje quem investiga o PCC ou o Comando Vermelho.
03:49Agora, se tiver um crime interestadual ou um crime de lavagem de dinheiro, evasão de divisas,
03:55que envolvesse a competência da Polícia Federal, estaria mantida a competência da Polícia Federal.
04:00Mas eles quiseram criar essa falsa narrativa.
04:03O texto não tem previsão para ser votado no Senado Federal, onde ainda será analisado pela CCJ.
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