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A votação do PL Antifacção deve ser novamente adiada diante da falta de consenso entre governo e oposição, o que tem travado a tramitação do texto na Câmara. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista o deputado federal Otoni de Paula (MDB).
Reportagem: Janaína Camelo
Entrevistado: Otoni de Paula

Assista ao Jornal da Manhã na íntegra: https://youtube.com/live/Is_Zsnk96lA

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Transcrição
00:00Muito discutido na semana passada e até previsto para ser votado nesta semana, o PL antifacção deve ser adiado novamente por falta de consenso entre governo e oposição.
00:11A Janaína Camelo tem aqui detalhes direto de Brasília, inclusive em meio a tudo isso, o presidente da Câmara, Hugo Mota, tenta agradar todo mundo, né Janaína? Bom dia pra você.
00:20Pois é, né Nonato? Aquela função de presidente da Câmara dos Deputados, né? Tentando agradar todos os lados.
00:31É isso que o Hugo Mota tem tentado fazer, mas essa confusão toda começou mesmo com a escolha dele por Guilherme Derritte pra relatar o PL antifacção, né?
00:42Ele acabou sendo muito criticado ali pela base governista, pelo Palácio do Planalto e agora ele adiou essa votação que seria da semana passada, aconteceria na semana passada, adiou pra próxima terça-feira.
00:55E adiou, inclusive, a próprio pedido ali do deputado federal Guilherme Derritte, licenciado ali, né? Da Segurança Pública de São Paulo, que também tá sendo muito pressionado ali por aliados e também pelo governo.
01:09E tudo isso começou quando Derritte apresentou a primeira versão do relatório dele, desse projeto de lei, retirando ali a autonomia da Polícia Federal nas investigações nos governos dos estados, né?
01:20Condicionando aos governadores essa autorização pra essa investigação.
01:24Enfim, Derritte já tá ali na quarta versão do relatório dele. Nessa última versão, ele acatou ali uma parte das reivindicações da base governista, do PT, pra mudanças ali nesse relatório.
01:38Mas mesmo assim, Nonato, a discussão ali, por uma negociação mais ampla, né? Um tempo maior ali, tá todo mundo preocupado com relação como esse texto vai ficar pra ser votado.
01:49Então, tanto é bom lembrar que na semana passada, governadores, por exemplo, de direita, se reuniram com o Hugo Mota pedindo pra que esse texto tenha mais tempo pra ser discutido, pra que seja adiado.
02:01Quem se reuniu ali com o Hugo Mota, por exemplo, foi Ronaldo Caiado, governador de Goiás, Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, Celina Leão, que é vice-governadora aqui do Distrito Federal.
02:11Enfim, todos eles pediram aí mais tempo pra que esse texto possa ser discutido.
02:16Os próprios líderes, tanto do PT como do PL, também têm pedido mais esse tempo pra essa negociação ali mais ampla, né? Mais profunda.
02:27Cláudio Castro, por exemplo, nessa reunião com o Hugo Mota, pediu até 30 dias pra que esse texto possa, de fato, ir pra votação, pedindo que ele seja, o texto seja discutido,
02:37inclusive ali pelo judiciário. Agora é uma expectativa, Nonato, pra saber como é que vai ser essa próxima semana, qual vai ser o posicionamento aí do presidente da Câmara dos Deputados e do relator, Guilherme Derrite, viu?
02:48E você.
02:49Tá certo, Janaína. Obrigado, trazendo essas informações pra gente direto da capital federal.
02:54Vamos seguir no tema, né, ainda nesse assunto, porque a gente conversa agora com o deputado federal pelo MDB do Rio de Janeiro, o Tony de Paula, que gentilmente atende aqui a Jovem Pan.
03:02Deputado, bom dia, bem-vindo, hein?
03:03É um prazer muito grande estar aqui com vocês, estar aqui na nossa Jovem Pan, e eu quero saudar todos vocês e os assinantes.
03:14O que é que tá faltando pra se chegar nesse consenso, deputado, que parecia ser uma questão absolutamente urgente, mas tá ganhando cada vez mais adiamento?
03:23Na verdade, na política, você precisa compreender que nada caminha sem senso, sem diálogo, não é?
03:35Na política, você vota o que é possível.
03:39Você vota aquilo que você conseguiu, o entendimento entre oposição e situação.
03:47O grande problema foi a condução desse processo.
03:52Como o presidente Hugo Bota já havia decidido de que entregaria essa relatoria para a oposição ao governo federal,
04:06que é hoje representada por um representante do governador do nosso Tassiso, não é?
04:14Quando ele entrega essa relatoria para o De Ritchie, ele faz um brólio. Por quê?
04:22Porque ele entrega um projeto de lei que vem do governo para que o relator de oposição possa relatar.
04:35E o mais, o próprio De Ritchie já tinha já esse relatório praticamente pronto.
04:40Quando ele foi anunciado, com menos de uma hora depois, o relatório já estava sendo apresentado.
04:48Então, faltou realmente sentar.
04:53Eu disse ao presidente da casa até no próprio plenário, pedi a ele que nós constituíssemos uma comissão especial
05:03que pudesse analisar tanto o projeto anti-facção quanto o projeto terrorismo, né?
05:11Mas ele entendeu de que a sociedade precisava de uma resposta celere e então resolveu trazer isto logo a plenário.
05:20Mas eu acho que não deu certo conforme está todo mundo vendo.
05:24Deputado, bom dia. O senhor acredita, então, que o presidente da Câmara errou ao colocar alguém de oposição
05:31para relatar esse projeto?
05:34Ou que, pelo menos, de alguma forma, como ele argumentou, isso auxilia para que todos os lados sejam colocados em pauta?
05:43Eu não acho que o presidente Hugo Mota tenha errado.
05:49Eu acho que o presidente Hugo Mota tentou fazer com que esse projeto nascesse de várias mãos.
05:57Ou seja, ele tentou não polarizar esse processo, não é?
06:05Mas, na verdade, aconteceu justamente o contrário.
06:09Aí é que o processo foi realmente polarizado.
06:12Porque tanto o governo quanto a oposição querem ser o pai da criança.
06:18Querem dizer de que, olha, nós é que apresentamos um projeto de lei
06:24que vai mudar a história da nossa segurança pública no nosso país,
06:28que hoje é o maior problema pelas pesquisas que o povo identifica, não é?
06:33Mas, certo, é que o projeto apresentado pelo deputado de Ritchie, principalmente o primeiro projeto,
06:40e agora nós já estamos, parece, que no quarto projeto dessa sua relatoria, não é?
06:48O quarto relatório, melhor dizendo.
06:52Mas ele já começou muito ruim.
06:54Quando ele tira esse papel da nossa Polícia Federal, não é?
07:02Que, a princípio, teria, para participar do processo, isso é um absurdo.
07:08Teria que ser convocada pelo governador do Estado, não é?
07:12Mas mesmo agora, nesse quarto relatório, ainda está muito ruim.
07:16E muito ruim por quê?
07:17Porque ainda a Polícia Federal tem ainda um papel, mas é um papel ainda secundário, não é?
07:25E fica muito ruim, porque fica uma pergunta no ar.
07:28A quem interessa não ter a Polícia Federal investigando?
07:34A quem interessa tolir o poder da nossa Polícia Federal?
07:39E nós sabemos que isso interessa a muitas pessoas,
07:43que isso interessa a muitos grupos políticos, não é?
07:47Por quê?
07:48Porque a Polícia Federal, ela é uma polícia de Estado.
07:52Portanto, influenciar politicamente sobre ela é muito difícil, não é?
07:57Portanto, controlá-la é muito difícil.
08:00Ainda que haja várias tentativas e o decorrer da nossa história política mostra isso,
08:08mas a Polícia Federal tem se comportado ao longo da nossa história como uma polícia de Estado.
08:16A prova disso foi agora, em que houve uma operação investigando licitações junto ao Ministério da Educação
08:26e a Polícia Federal foi na casa da ex-nória do presidente da República
08:32e quem a atendeu foi o filho do presidente da República.
08:36Ou seja, mostrando a lisura ou a liberdade de investigação que a Polícia Federal tem.
08:46E quando ela entra nos Estados, ela vai poder ver coisas que talvez alguns políticos,
08:53alguns poderosos não querem que ela enxergue.
08:56Isso é que ficou muito claro.
08:57E aí ficou muito ruim para o deputado de Ritchie e ficou muito ruim também para a nossa direita
09:06e principalmente a direita bolsonarista, porque a sociedade passou a perguntar.
09:13Por quê? Por que tirar a Polícia Federal desse processo? A quem interessa?
09:19Deputado, a nossa comentarista Deise Siocari tem uma pergunta também ao senhor. Deise.
09:23Deputado, bom dia. Eu queria saber se na sua avaliação o adiamento da votação desse PL
09:31é uma defesa legítima da segurança jurídica ou foi uma tentativa do Palácio do Planalto
09:38de evitar que a oposição capitalizasse politicamente em cima do tema?
09:43Eu acho que as duas coisas. Eu acho que tanto o governo não quer que a oposição capitalize o tema
09:54quanto também estava muito ruim realmente o relatório.
10:01Tinha que ter um freio de arrumação, não é?
10:04Eu nem sei se essa semana nós ainda estaríamos com isto amadurecido para ser votado.
10:16Eu acho que o presidente vota, ele vai querer colocar esse projeto essa semana
10:25mesmo sem um entendimento muito claro, não é?
10:29Ou sem um consenso claro, não é?
10:35Há uma pressão social que o presidente da Câmara sofre, isso é muito natural
10:40e essa pressão talvez fará com que ele, que tem essa prerrogativa, decida colocar.
10:49Acho também que nós vamos ter um outro problema.
10:51E qual é o outro problema?
10:53É que mesmo que se chegue a um consenso no relatório do Derrite,
11:02eu tenho convicção pessoal de que o PL vai tentar colocar durante esse processo
11:10a questão de transformar facções criminosas em grupos terroristas.
11:16Isso vai ser colocado pelo PL, por quê?
11:19Porque tem apelo popular, ou seja, a população entendeu que se fizer isso,
11:26que se fizer essa troca de nomenclatura, você consegue segurar mais o crime organizado.
11:34Mas que é um erro, na verdade.
11:36Eu acho, por mais que eu entenda essa necessidade da população,
11:42esse grito da nossa população, transformar grupos criminosos, facções criminosas em grupos terroristas,
11:52isto vai mais prejudicar o nosso país do que resolver realmente o problema de segurança pública.
11:59Deputado Federal Ottoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro,
12:02muito obrigado pela entrevista aqui ao Jornal da Manhã.
12:04Um bom dia aí para o senhor.
12:07Eu é que agradeço.
12:08Obrigado.
12:08Obrigado.
12:09Obrigado.
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