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Após intensa disputa entre governo e oposição, a Câmara dos Deputados aprovou o PL Antifacção, projeto que endurece o combate a organizações criminosas em todo o país. Em entrevista ao Morning Show, o presidente da Casa, Hugo Motta, afirmou que “a Câmara fez história” ao garantir a aprovação de um texto considerado central para a segurança pública.

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Transcrição
00:00O presidente da Câmara dos Deputados, que é o deputado Hugo Mota,
00:04ao vivar-se aqui no Morning Show.
00:05Muito bom dia, presidente. Obrigado pela presença do senhor.
00:09Você classificou o avanço da lei antifacção
00:12não como uma vitória de determinado grupo A ou grupo B,
00:15sendo que é uma vitória da sociedade.
00:17Agora, olhando adiante os próximos passos,
00:21sua expectativa até a estratégia da mesa diretora,
00:23caso haja mudanças significativas na próxima Câmara Revisora.
00:28Palavra sua.
00:30Bom dia, André. Bom dia, ouvinte da Jovem Pan.
00:33É uma alegria muito grande poder estar aqui participando do programa
00:37e dizer que ontem a Câmara dos Deputados fez história
00:41na aprovação do pacote mais duro que a Casa já aprovou
00:46na área da segurança pública no combate ao crime organizado.
00:51Um trabalho feito com muito compromisso com o Brasil.
00:55Nós pegamos uma proposta que veio do governo federal
00:58e procuramos expandir a sua ação, poder entregar à sociedade
01:05um projeto mais completo, mais abrangente.
01:08Mantivemos, sim, os pontos positivos que esse projeto trouxe,
01:11mas fizemos todo o endurecimento de penas para novas modalidades criminais
01:17que nós não tínhamos em nosso Código Penal, nem muito menos em outras leis
01:22que tratam de crimes.
01:24A exemplo do domínio de cidades, que hoje as facções criminosas já dominam muitas comunidades no Brasil.
01:29O novo cangaço, que é uma prática de poder, a exemplo daquilo que acontece, por exemplo,
01:35em assalto a bancos, explosão, uso de armas de grande calibre.
01:40Tudo isso está sendo tipificado agora nessa nova legislação que nós aprovamos ontem.
01:45A obstrução de vias, as barricadas que impedem muitas das vezes as polícias
01:49de subirem os morros, por exemplo, também estamos tipificando nessa nova modalidade penal
01:57que estamos chamando de novo marco legal de combate ao crime organizado no país.
02:02Então, esse trabalho foi feito visando justamente construir um pacote de entrega à sociedade
02:08nesse enfrentamento ao crime organizado.
02:12A Câmara tem a pauta da segurança como uma prioridade.
02:14Nós aprovamos mais de 40 propostas desde que me tornei presidente
02:18e eu penso que ontem tivemos o ponto alto dessa discussão sobre segurança pública
02:24sendo abordada no plenário, uma votação que foi ali aprovada por 370 votos
02:30demonstrando assim o compromisso da Casa com essa pauta tão importante.
02:35Eu quero aqui registrar que houve-se uma discussão sobre a equiparação
02:40ao crime de terrorismo dessas práticas
02:43e eu quero dizer que a legislação aprovada ontem é mais dura
02:47do que a legislação antiterrorismo.
02:49Por exemplo, a pena máxima da lei antiterrorismo é 30 anos
02:52e nós ontem aprovamos penas que começam com 20 e podem chegar até 66 anos de prisão
02:58para os chefes de organizações criminosas
03:01que agora não mais precisarão de autorização judicial
03:04para irem para presídios federais.
03:07Chefe de facção foi preso, vai direto para o presídio federal.
03:10Não tem direito à visita íntima.
03:12As suas audiências com seus advogados serão a partir de agora gravadas
03:17para evitar a ordenação, digamos assim, do crime de dentro dos presídios.
03:23Nós estamos dizendo que vamos ter a partir de agora também um banco nacional
03:27de dados sobre os criminosos que estará interligado com bancos estaduais
03:32que em até seis meses o governo irá criar esse banco
03:35para que haja integração entre as polícias.
03:38Nós estamos mantendo e reforçando o papel da Polícia Federal
03:41no enfrentamento ao crime organizado.
03:43Então eu penso que a Câmara, ela ontem foi muito feliz nessa aprovação
03:48e demonstra à sociedade que está atenta a esse apelo, a esse clamor
03:52de mais segurança pública para a população brasileira.
03:57E não tem jeito, né, presidente Hugo Motel?
03:59É o câncer que está em metástase, não só na Amazônia Legal, por exemplo,
04:03mais da metade dos municípios já completamente tomados pela lei do fuzil,
04:07desfaccionados.
04:08É uma resposta urgente, mais do que necessária.
04:11Mas talvez o ponto mais que nos saltou aos olhos, a gente até comentou aqui,
04:15foi a sua contundência em dizer que o pele antifacção conforme apresentado
04:20e avançado é até mais duro do que qualquer enquadramento como terrorismo.
04:25E a nomenclatura terrorismo, né, que vem sendo muito debatido,
04:28o problema é que o STF já derrubou enquadramentos semelhantes no passado
04:32e o Brasil não tem tradição de condenações por terrorismo e afins.
04:35A gente vai querer provocar nesse sentido, mas eu quero convocar também,
04:38se o senhor me permite, a Rani Veloso, que é a nossa repórter aí em Brasília,
04:43na capital federal, para fazer a próxima pergunta.
04:46E o senhor tem amplo espaço aqui para comentar.
04:49Rani, palavra é sua.
04:54Obrigada, André Marinho. Obrigada, presidente.
04:56Bom, o senhor falou várias vezes no início desse debate que não ia permitir debate político,
05:02palanque político, na verdade, para a proposta.
05:04O senhor, no seu discurso ontem, citou que não há herói ou vilão nessa questão da segurança pública
05:11e que as pautas da Câmara não tinham espaço para esse viés ideológico.
05:16Mas a gente viu isso acontecendo várias vezes, presidente.
05:20Queria que o senhor fizesse uma avaliação sobre isso, uma vez que a ministra Gleisi Hoffmann
05:24falou em lambança legislativa.
05:28O governo criticou a sexta versão apresentada por Guilherme Derritte e o senhor elogiou.
05:35A gente sabe que ele é um secretário de segurança também do maior estado do país,
05:39mas é secretário de segurança de Tarcísio de Freitas, que pode ser candidato à presidência da República.
05:44O senhor acredita que essas divergências fazem parte desse debate eleitoral para o ano que vem,
05:50uma vez que o tema segurança pública é um tema sensível para as eleições?
05:55E o senhor acredita que o governo cometeu um erro orientando votação contrária à proposta?
06:02Olha, primeiro, registrar, Rani, a sua pergunta é muito lúcida,
06:07porque nós fizemos, desde o início da tramitação dessa proposta,
06:11uma condução eminentemente técnica.
06:15Quando eu escolhi o deputado Derritte para ser relator,
06:17é porque eu procurei, entre os 513 deputados e deputadas federais,
06:22alguém que tivesse na prática o conhecimento de enfrentamento ao crime organizado.
06:26Alguém que vive todos os dias essa realidade
06:29e sabe o que é preciso ser feito do ponto de vista legislativo
06:33para empoderar ainda mais as nossas forças de segurança, as nossas polícias,
06:37bem como também o poder judiciário para combatermos a impunidade,
06:42combatermos a reincidência dos crimes e sermos bastante duros e enérgicos
06:46com quem participa de facção criminosa, com quem participa de organização criminosa.
06:52O trabalho do deputado Derritte foi um trabalho conduzido por muito equilíbrio,
06:57apesar de ter sido, desde o início, muito atacado por lideranças políticas
07:01ligadas ao governo aqui em Brasília,
07:05trazendo esse debate eleitoral do ano que vem
07:07para uma matéria que nós não podemos permitir que ela seja politizada.
07:12É uma matéria que é da sociedade,
07:13essa não é uma matéria da direita ou da esquerda.
07:16Tanto é que eu estou aqui reconhecendo os pontos positivos
07:18que o governo enviou, muitos deles foram mantidos,
07:23mas que era uma proposta que é o trabalho do legislativo fazer,
07:27uma proposta que precisava ser melhorada.
07:29E foi isso que a Câmara dos Deputados fez.
07:32O deputado Derritte foi dado ao diálogo desde o início,
07:36com lideranças partidárias, com integrantes do governo,
07:39com a sociedade civil organizada, com os governadores,
07:42com os secretários de segurança.
07:44Então, todos participaram da construção desse projeto.
07:48integrantes do Poder Judiciário, que também trouxeram sugestões.
07:52Ou seja, é uma construção ampla, é uma construção de país,
07:56e não uma construção de um lado ou de outro.
07:59Então, eu penso que o governo, ao final,
08:01ter ficado contra, na minha avaliação, foi um erro.
08:04Porque, primeiro, está indo contra um anseio da sociedade.
08:07Você acha que o cidadão que nos assiste, que nos escuta,
08:10nesse momento, está satisfeito com a segurança pública do país?
08:13Você acha que a dona de casa, que vê o seu filho,
08:16muitas vezes, sair para a escola, ou sair para trabalhar,
08:19sem saber se ele volta?
08:21Quer saber qual é o número da lei?
08:23Quer saber quem é o presidente da Câmara?
08:24Quer saber quem é o relator da matéria?
08:26Não.
08:26Essa mãe de família, ela quer que a polícia possa garantir
08:30a segurança que ela precisa.
08:31Quer ter o direito de ir e vir.
08:33Quer se libertar das organizações criminosas,
08:35que hoje dominam cidades, dominam comunidades,
08:38que muitas vezes o Estado não está mais nem conseguindo chegar.
08:40Então, é o Estado paralelo, é o narco-Estado se instalando
08:44e que, se nós não fizermos alguma coisa,
08:46nós vamos perder o país para essas facções criminosas
08:48que já estão, infelizmente, infiltradas em muitos locais da nossa sociedade.
08:53O que a Câmara dos Deputados disse ontem
08:55é que não irá compactuar com o avanço do crime organizado no país.
08:59Que nós vamos dar os instrumentos necessários
09:02para que as nossas forças de segurança,
09:05seja nos Estados, seja a nível federal,
09:07possam atuar mais firmemente no combate a essas organizações criminosas.
09:11Que o Poder Judiciário vai poder agora, com leis mais duras,
09:15garantir que bandidos presos não sejam automaticamente soltos.
09:19Que nós vamos ter penas mais duras, mais longas a serem cumpridas,
09:23não permitindo a progressão de regime
09:25antes do cumprimento de 70% da pena
09:28para quem participa dessas organizações criminosas.
09:32Então, é uma vitória da sociedade.
09:33É uma vitória daqueles que querem mais segurança.
09:36É um atendimento a uma pauta que é da sociedade brasileira.
09:39Por isso, eu acho que foi um erro do governo ficar contra.
09:41O governo tem que se explicar hoje à sociedade brasileira
09:44o porquê ficou contra.
09:45Porque, para o cidadão, o que importa
09:47é o que, de fato, irá acontecer na prática
09:50para melhorar a qualidade da segurança pública do Brasil.
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