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O Chile definiu os dois candidatos para o segundo turno da eleição presidencial em 14 de dezembro. A disputa envolve políticas econômicas opostas, influência sobre exportações de cobre e lítio, e decisões estratégicas para investimentos globais. O apresentador Marcelo Favalli analisa impactos políticos e econômicos.

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Transcrição
00:00No Chile, foram definidos os dois candidatos que vão disputar o segundo turno da eleição presidencial no dia 14 de dezembro.
00:08De um lado, a candidata de esquerda, apoiada pelo presidente Gabriel Boric, que teve a maioria dos votos no primeiro turno.
00:16Do outro, o representante da direita, oposição do atual governo.
00:21Sobre essa eleição, eu converso agora com Marcelo Favalli, apresentador do Conexão.
00:26Marcelo, boa noite para você. Sentimos sua falta aqui, que bom que você voltou.
00:30Nos encontramos lá, mas agora nos encontramos aqui também, na nossa troca diária no jornal.
00:36Mas vamos ao que interessa. O que está em jogo no Chile, Marcelo? E o que defendem cada um desses candidatos?
00:41Boa noite, Cris Pelágio. Adoro estar aqui. Uma felicidade mútua, então, esse retorno aqui ao Jornal Times Brasil.
00:49O Chile está compondo uma cartilha da América do Sul de uma política contemporânea, ou seja, uma divisão clara, muito dicotômica, entre os extremos.
01:00Estamos falando agora de um partido comunista que quer se manter no poder e alguém que cabe aí no espectro da ultradireita.
01:09Chile é muito importante, vai ser muito importante no século XXI. As palavras são terras raras e lítio.
01:15Eu já amarro tudo isso, mas vamos passar primeiro pela política, depois pela economia.
01:21Um prazer, revela nesse nosso palco diário.
01:23Prazer é todo meu.
01:24Nosso palco diário, Cris Pelágio.
01:26Boa noite a você também que me recebe de volta aqui.
01:29Vamos conhecer os candidatos que nós vamos saber o resultado da eleição, que acontece só em dezembro.
01:35Vamos olhar aqui, primeiro, a candidata Jeanette Jara Romain, que tem a missão, então, de continuar o trabalho do atual presidente Gabriel Boric,
01:46assim como ela, comunista assumido, alguém de uma esquerda mais tradicional.
01:52Estou falando de centro-esquerda não, mas esquerda mais voltada àqueles preceitos, conceitos marxistas, leninistas, mas sem radicalismos.
02:03Vamos olhar a vertente política, então, da Jara Romain, integrante do Partido Comunista do Chile.
02:10Ela que pretende, então, dar essa continuidade ao atual governo do presidente Gabriel Boric,
02:17a aprofundamento das reformas sociais iniciadas pelo presidente.
02:22É muito importante a gente entender por que esse apoio governista para a continuidade.
02:26Segundo a Constituição do Chile, não pode haver uma reeleição consecutiva.
02:33O presidente Gabriel Boric, então, ele vai ter de ceder o poder, eventualmente ele pode voltar a se candidatar,
02:41mas não consequentemente, como aconteceu com Michel Bachelet, por exemplo,
02:46que foi presidente do Chile por mais de um mandato não consecutivo,
02:50o falecido Sebastião Pinheira e tantos outros exemplos.
02:55É a primeira vez que ela disputa uma eleição presidencial, mas ela não é uma outsider política.
03:03Ministra do Trabalho e Previdência Social no atual governo.
03:07Eu vou depois trazer com mais riqueza de detalhes.
03:09Isso é muito importante para a gente unir o presente, o passado e projetarmos o futuro do Chile,
03:17a questão da Previdência Social.
03:20É uma articuladora da reforma da Previdência,
03:23uma das pautas mais importantes da esquerda chilena e, principalmente,
03:27que foi levada em prática com mais velocidade pelo atual presidente Gabriel Boric
03:32e foi subsecretária da Previdência Social no segundo governo de Michel Bachelet,
03:38que foi presidente duas vezes, se retirou da política chilena, a Bachelet,
03:43e agora tem um cargo no alto escalão das Nações Unidas.
03:48Por que eu dei tanta ênfase na hora que eu falei e a palavra Previdência aparece aqui duas vezes?
03:55Tem que voltar no tempo.
03:57Entre 1973 e 1990 foram quase 17 anos de ditadura militar no Chile.
04:04O que isso significa?
04:05Foi um governo de perfil social conservador, mas economicamente muito liberal.
04:13Muita coisa foi privatizada no Chile.
04:17Eu fui ao Chile muitas vezes como repórter e escutei de um chileno o seguinte.
04:21Aqui, aproveite, respire, porque a única coisa que o chileno não paga de todo o resto foi privatizado.
04:28Claro que ele estava fazendo uma ironia, mas uma das coisas que pesa muito no orçamento do chileno
04:34é a falta de uma previdência social, aposentadoria, pensionato, como a gente tem no modelo brasileiro.
04:41Quem se dá bem depois de ter trabalhado tudo o que deve é quem tem uma previdência privada.
04:48O governo Boretti e agora a Jara Romã querem um modelo misto, com mais presença do Estado
04:58para garantir que pessoas tenham essa previdência estatal.
05:04Vou pedir a próxima página para a gente ver aí os projetos da Jara Romã.
05:09Principais propostas, reforma da previdência, como eu falei, fortalecimento do Estado social,
05:16menos presença privada, direitos trabalhistas, dá mais força, por exemplo, para os sindicatos
05:23e uma agenda progressista bem ESG.
05:26Compromissos sociais, maior amplitude para pautas de gênero, multilateralismo,
05:34parcerias com quem trouxer vantagens para o Chile.
05:37China, Estados Unidos e União Europeia.
05:41Integração regional com o Mercosul é importante porque pode dar, por exemplo, ao Brasil uma saída para o Pacífico.
05:49O Chile não pertence ao Mercosul como integrante fundamental, é um integrante convidado.
05:55Comércio com condicionalidade, inclusões de cláusulas ESG.
06:00Ou seja, fazer comércio com o Chile, na visão da Jara Romã, é quem estiver dentro, então, lá das pautas ESG.
06:10Deixa eu avançar para a gente entender quem é o candidato da outra ponta.
06:15A gente tem José Antônio Casti, alguém que se identifica com a extrema-direita, ultraliberal, né?
06:24Ele é o fundador do Partido Republicano, tem muitas pautas nacionalistas e conservadoras,
06:31na contramão do que a gente estava vendo.
06:33É a terceira vez que ele disputa a presidência, nas outras duas vezes, pelo menos, ele termina também com boas pontuações.
06:43Foi deputado federal por três mandatos consecutivos, entre 2002 e 2018.
06:50Foi vereador em uma cidade, na cidade de Buim, e a principal figura de oposição ao atual governo do presidente, Gabriel Boric.
06:58Vou pedir a próxima tela para a gente ver, então, as plataformas, as promessas do candidato Casti.
07:05Ordem e segurança, não que tenha um problema de criminalidade crescente, assim, de perda de controle no Chile,
07:13mas é uma pauta em que a direita tem se identificado muito.
07:18Redução drástica do Estado, olha que o Estado já foi muito reduzido.
07:23Ele quer ainda menos participação quando a gente fala, principalmente, de sindicatos.
07:28Fim do que ele chama desse ativismo judicial e político, que são, segundo plataformas do candidato Casti,
07:35umas pautas que favorecem aí as questões de gênero, comunidade LGBTQIA+.
07:42Política externa forte, desde que esteja alinhada com os Estados Unidos,
07:48e ele fala de democracias ocidentais.
07:50Ou seja, fecha a porta para parceiros como a China.
07:53Alinhamento com o ocidental, ele prefere Estados Unidos e Europa ocidental do que o Oriente,
08:02leia-se, a China.
08:03Postura crítica aos chineses e um livre mercado, desde que esteja alinhado com isso que eu estou falando.
08:10Para a gente entender e amarrar, como é que é a situação econômica do Chile, né?
08:14O que o próximo presidente, que vai ser um dos dois, vai pegar a partir do ano que vem?
08:19Olha, a economia do Chile tem crescido, tá?
08:22Em 2024, houve um crescimento de 2,2%.
08:26Exportações de minério foram a grande alavanca aí do PIB do ano passado.
08:32Os números de 2025 não estão consolidados, obviamente, né?
08:35Então, teve um crescimento sólido na exportação de minérios.
08:38Maior reserva do mundo de cobre.
08:41E aí é o seguinte, a gente também tem o lítico como importante.
08:45A inflação está com uma projeção de queda para ficar dentro da meta de 3% em 2026 e o emprego é que não cresce muito.
08:55Níveis ainda mais baixos do que na época pré-pandemia.
09:00A última arte que é aí que amarra tudo.
09:03Porque eu falei de China algumas vezes.
09:05A candidata de esquerda pró-China, o da direita anti-China.
09:09E a gente tem o seguinte, desafios.
09:13Eu estou falando da China que é o grande investidor, principalmente aqui na América do Sul.
09:17Aumentar a produtividade, quem for o próximo presidente.
09:22Reduzir desigualdade de renda.
09:24Buscar a sustentabilidade fiscal.
09:28E está aqui, maior produtor de cobre do mundo, fundamental para a indústria.
09:3227% da produção global e 41% do lítio global.
09:38Não é que o Chile é a maior reserva de lítio, mas tem a maior capacidade de extração.
09:44Isso interessa muito essa transição energética e as chamadas argilas iônicas.
09:50Resumidamente, é onde estão as chamadas terras raras, não em rocha, em argila.
09:56Significa que é mais fácil de extrair.
09:58É a menina dos olhos de grandes economias no Oriente Médio, na China principalmente.
10:03Quem levar a presidência vai ter que lidar, sim, com Pequim.
10:06Aí não sabemos se vai ser a favor ou se vai ser contra.
10:10É, Cris Pelágio.
10:11A rainha do baile aqui quando a gente olha para terras raras.
10:15É, com certeza.
10:17Obrigada.
10:17Até já.
10:18Te chamo já já.
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