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O Governo Donald Trump tem ignorado os apelos do Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mantendo o "tarifaço" de 40% sobre produtos brasileiros e, simultaneamente, ampliando acordos comerciais com países concorrentes da América do Sul, como a Argentina.

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Transcrição
00:00Quem se junta ao time de Os Pingos nos Is, nosso convidado especial, Danuzio Neto, a quem agradeço pela participação.
00:06Danuzio, seja muito bem-vindo, viu? Ótima noite a você.
00:09Queria também pedir sua análise e reflexão, como avaliou essa decisão dos Estados Unidos.
00:15Na sexta-feira, corte de parte da taxação sobre os produtos brasileiros, corte de 10%, mas ainda mantidos os 40% sobre vários itens, né?
00:24É um índice mais alto do que para outros países. Enfim, o que é preciso considerar a respeito dessa decisão norte-americana e dos desafios para as autoridades brasileiras? Boa noite.
00:37Boa noite, Daniel. Boa noite, colegas de bancada. Em primeiro lugar, quero compartilhar aqui, tornar público, que eu estou extremamente honrado de estar neste momento aqui com vocês,
00:46dividir esta bancada tão famosa, tão acompanhada por todo o Brasil.
00:49É importante a gente salientar, desde o princípio, que definitivamente ninguém aqui, não existe um brasileiro que comemore essas tarifas.
00:59As pessoas confundem muito as notícias em si com torcidas do que cada um deseja para o destino, para o futuro do nosso país.
01:08E ninguém, efetivamente, que tenha ali o mínimo de conhecimento sobre política, sobre relações internacionais, sobre economia,
01:16enfim, os assuntos aí que de fato definem o destino da nossa nação.
01:21Ninguém está feliz com essa situação.
01:24Dito isso, a gente vê na imprensa uma narrativa bastante ufanista, bastante distante da realidade,
01:32de que essas tratativas elas estão encaminhadas, de que o governo brasileiro, o governo dos Estados Unidos,
01:39estão chegando no consenso que existe uma lua de mel entre Donald Trump e Lula.
01:45Isso daí foi iniciado, como já foi pontuado aqui, ali na ONU, um encontro bastante rápido em Donald Trump e Lula.
01:54E o Donald Trump, muito sagaz até, julgou no ar a possibilidade de os dois líderes se reencontrarem depois na Casa Branca.
02:03Daí foi comemorado pela imprensa, enfim, que a gente já conhece muito bem.
02:08E o resultado disso é que o governo brasileiro arrebou.
02:12O governo brasileiro teve medo desse encontro.
02:16Surgiram ali, novamente, mais narrativas para explicar esse temor brasileiro de haver esse encontro.
02:23A gente tem o episódio do Zelensky na Casa Branca,
02:27nós temos o episódio também da liderança da África do Sul na Casa Branca,
02:30que foram dois líderes que foram humilhados no encontro ali que foi acompanhado pelo resto do mundo.
02:36E isso daí, provavelmente, foi a maior preocupação dos petistas.
02:41Enfim, toda vez que existe algo que supostamente seria uma novidade nessas reuniões,
02:48que seria uma novidade nessas tratativas,
02:52na verdade, o governo brasileiro fala apenas de novas reuniões.
02:55A própria diplomacia brasileira acaba de falar que foi marcada uma reunião para decidir mais reuniões.
03:03E não é a primeira vez que se fala isso.
03:07Há uma semana já foi dito isso, há duas semanas a mesma coisa.
03:10Então, a gente não vê avanço nessas tratativas.
03:14E essa diminuição das sanções não foi definitivamente por causa do Brasil.
03:20Tanto é que o Brasil, na verdade, foi prejudicado.
03:23Enquanto redes grandes de mídia estavam comemorando,
03:26Geraldo Alckmin foi para a imprensa falar que o Brasil estava numa situação pior,
03:32caindo esses 10%.
03:34E é um negócio incrível.
03:35Parece que o governo brasileiro não lê a carta que Donald Trump escreveu para Lula,
03:42que justifica essa sobretacha no Brasil.
03:46E o que ele fala?
03:46Ele fala que existe agora uma tarifa morais.
03:51Não é uma tarifa econômica.
03:53Não é por questões de terras raras.
03:55Não é geopolítica.
03:56Enfim, não é absolutamente nada disso.
04:00O que está escrito na carta de Donald Trump?
04:03A Luísa Inácio Lula da Silva é tarifa morais.
04:07Perseguição política a opositores no Brasil.
04:10Censura política das redes sociais.
04:13E sobre isso, definitivamente, o governo se recusa a falar.
04:17Enquanto houver essa recusa, aparentemente, esse impasse vai permanecer.
04:23E quem sofre, obviamente, é a população brasileira.
04:25É por isso que, como eu falei no início dessa fala,
04:29ninguém definitivamente comemora essas sanções.
04:31A gente quer que isso seja resolvido o mais rápido possível.
04:34Mas quem parece que não quer resolver é o próprio governo Lula.
04:37Pois é, deixa eu passar mais uma vez para o Mota,
04:40porque esse aspecto destacado pelo Danuzio,
04:42o discurso adotado de que as negociações estão bem encaminhadas,
04:48foi um primeiro passo, uma primeira vitória.
04:50Novas reduções estariam a caminho.
04:53Naturalmente, outros encontros devem acontecer.
04:56E alguns integrantes do Planalto tentam pintar a ideia
05:01de que, enfim, novas reduções seriam divulgadas
05:04a partir do avanço dessas negociações.
05:06Mas Geraldo Alckmin, no sábado pela manhã, viu, Mota,
05:09concedeu uma entrevista coletiva, a equipe da Jovem Pan acompanhou.
05:13E ele fez uma análise em dado momento,
05:16quando um jornalista fez o questionamento,
05:18que, na verdade, o Brasil foi prejudicado.
05:20É preciso considerar que outros países tiveram uma redução total.
05:25E aí o Brasil, com uma redução de 10%,
05:27alguns itens continuam com uma sobretaxação de 40%.
05:31É uma taxação e tanto.
05:33Eu fico imaginando o desafio dos empresários
05:36de tentar escoar, por exemplo, a produção.
05:38Uma grande dificuldade. Mota.
05:41Uma grande dificuldade de todo brasileiro
05:45de sobreviver nessa loucura, né, Caniato?
05:48Eu confesso que eu fiquei surpreso.
05:51Porque eu esperava que o governo...
05:53Eu esperei que o governo tentasse emplacar a narrativa de uma vitória.
05:59Ah, olha, tiramos a tarifa.
06:02E, realmente, nós estamos vendo aí a admissão
06:05do que, no final das contas, o Brasil acabou sendo prejudicado.
06:09Porque tarifas foram retiradas de uma série de países
06:13e nós continuamos com a tarifa de 40%.
06:16E aí, nesse caso, não há muito o que fazer,
06:18porque existe uma dissonância cognitiva,
06:22uma recusa do Estado brasileiro.
06:26É preciso que a gente seja justo.
06:29Não se trata de uma questão só de governo.
06:31O que os Estados Unidos colocaram como exigência
06:35para retirar essas tarifas,
06:37nós já ouvimos isso várias vezes,
06:39é uma mudança na direção com a qual
06:43o Estado brasileiro está lidando com várias questões aqui,
06:48principalmente com os políticos de oposição.
06:52Eu acho pouco provável que essa mudança de comportamento ocorra.
06:56E a situação dos Estados Unidos é uma situação complicada.
07:03Os Estados Unidos estão enfrentando uma série de desafios,
07:06a história da Venezuela, ano que vem tem eleições.
07:09Então, realmente, é imprevisível o que vai acontecer.
07:15Eu acho pouco provável que o governo mude a sua posição e a sua retórica.
07:20Agora, Dávila, diante de medidas que foram tomadas
07:24por questões que vão além das comerciais,
07:27vocês trouxeram aqui.
07:29Há um ingrediente político que ditou e determinou,
07:33pelo menos, parte das medidas tomadas pelos Estados Unidos.
07:36A partir disso, o que cabe ao governo?
07:38O que cabe também ao empresariado?
07:40O que é possível fazer?
07:42Daniel, tem duas medidas nessa atitude de Donald Trump.
07:47É a política e a comercial.
07:49A comercial é muito clara.
07:50Tudo o que afetar o interesse norte-americano vai ser isento de tarifa.
07:55Metade das exportações brasileiras hoje não tem tarifa zero.
07:59É o suco de laranja, é o combustível, é o minério,
08:01são os aviões da Embraer, um monte de coisa importante
08:04que para os Estados Unidos é importante.
08:06Ele simplesmente, com uma canetada, suspende as tarifas
08:09porque aquilo afeta a vida do americano.
08:12Afeta o preço do café da manhã dele, suco de laranja subindo, café.
08:15Então, é muito simples.
08:17A parte comercial para Donald Trump é clara.
08:19O que afetar preços na produção de produtos norte-americanos
08:24ou a vida do consumo do norte-americano,
08:26o governo americano unilateralmente vai diminuir as tarifas.
08:29Foi exatamente o que ele fez.
08:31Quanto ao componente político, só tem um jeito.
08:34É começar a ter conversa política.
08:36E conversa política inexiste com o presidente Lula.
08:40O presidente Lula não quer conversar com o Donald Trump.
08:42Isso coloca enorme pressão no próprio presidente da República
08:46que pode não dar certo, não pode...
08:49O Lula só quer conversar com o Trump se ele tem certeza que vai ter vitória.
08:53Não existe negociação assim.
08:55Negociação é um processo.
08:57Portanto, esta tarifa política não vai cair.
09:01Não vai cair porque não tem abertura para um real diálogo político.
09:05Então, vai cair apenas aquela tarifa comercial
09:09que afeta a vida dos americanos.
09:11Beraldo, Davila disse...
09:13Bom, o presidente Lula não quer conversar com o presidente norte-americano
09:17para tratar dessas questões políticas.
09:19Acaba sendo um cenário até cômodo para o presidente brasileiro
09:24que vai poder justamente adotar um discurso
09:28que pode até ser utilizado no período eleitoral,
09:32apontar o dedo e falar...
09:33Tentamos, fizemos nossos esforços, mas não conseguimos avançar.
09:38A culpa é deles, dos americanos.
09:41É isso que mais pesa nas decisões que estão sendo tomadas
09:46no Palácio do Planalto, Coniato.
09:48Não é exatamente a defesa do interesse brasileiro, do país,
09:52do que o Brasil precisa em relação aos Estados Unidos
09:56para os próximos 10, 20, 50 anos.
10:00A única preocupação que existe hoje,
10:03e isso é absolutamente perceptível em todas as manifestações,
10:07sobretudo vindo do presidente da República,
10:11é em relação à narrativa.
10:14É a ênfase, é a forma como as coisas são contadas.
10:17Isso tudo demonstra que o que há de essencial ali
10:24é poder chegar em 2026 com alguma história para contar.
10:29E a gente precisa lembrar, Caniato, que esse é um governo
10:31que não terá coisas relevantes a apresentar à população brasileira
10:36no ano que vem ao se pleitear uma reeleição.
10:40E quando você não tem conquistas relevantes para mostrar,
10:45é muito importante, nesse tipo de política que se faz no Brasil,
10:50você ter em quem colocar a culpa.
10:53E o governo está cozinhando ali o culpado perfeito,
10:58que é os Estados Unidos, que quis invadir a soberania brasileira.
11:02O governo fez de tudo para proteger o Brasil,
11:07porque havia no Congresso Nacional aqueles que estavam querendo votar
11:12para equiparar essas organizações criminosas brasileiras
11:19como grupos terroristas, que isso ia abrir a porta para os Estados Unidos
11:23e invadir o Brasil.
11:24Então é esse tipo de narrativa que está dominando
11:28a preocupação do governo brasileiro nesse momento.
11:33O pior disso tudo, Caniato, é que essas coisas são completamente perceptíveis.
11:38Os governos de países sérios, eles acompanham comportamentos, declarações,
11:45eles sabem como está sendo a condução do Brasil.
11:50E aí eles ficam vendo que não há nenhuma preocupação do governo brasileiro
11:56em se discutir a sério determinados assuntos
12:00que são levados a sério pelo mundo inteiro, menos por nós.
12:03E aí o Brasil vai ficando ali, em segunda, para escanteio ali sempre,
12:09nessa expectativa de que sobe alguma coisa.
12:13É o nosso complexo de vira-lata, né?
12:16A gente fica com o pires na mão, vendo se cai alguma esmola,
12:22mas a gente está preocupado com outra coisa.
12:25Não está realmente querendo trabalhar, lutar, se dedicar
12:29para transformar a realidade do país.
12:31Pois é, tem aquela história, né?
12:33O trem está passando e, mais uma vez, o Brasil não vai embarcar, né?
12:36Vai esperar o próximo trem, né? Quando?
12:39Danuzio, esse cenário de indefinição,
12:41se essa situação se mantiver,
12:44se as relações entre Brasil e Estados Unidos
12:47continuarem sendo esgarçadas,
12:50quais lhe parecem as consequências imediatas,
12:53a curto e médio prazo?
12:55Mais uma vez, o Brasil perdendo oportunidades?
12:57O Brasil vai perder oportunidades,
13:01mas isso daí acaba sendo uma moleta do governo.
13:03Aparentemente, esses governos de extrema esquerda,
13:06como é o caso do Brasil,
13:07eles não se preocupam muito com a qualidade de vida da sua população.
13:11Vinde a situação da Venezuela,
13:12que tem o mesmo espantágio,
13:14lutam contra o imperialismo,
13:15então, nessa situação em que a vida da população,
13:19a vida do cidadão comum,
13:20só piora ano a ano.
13:21Cuba, a mesma coisa, o mesmo espantágio,
13:25Coreia do Norte, o mesmo espantágio.
13:27Então, o modus operandi que a gente está seguindo,
13:30onde a gente está se espelhando,
13:31é o que deu de errado no resto do mundo,
13:33que é escolher um inimigo ali,
13:35que é o imperialismo,
13:37nesse caso, o imperialismo dos Estados Unidos,
13:39assim chamado por eles,
13:40e colocar toda a culpa do mundo,
13:42que é o teste ruim, nesse espantágio.
13:45O caso de Cuba é bastante emblemático,
13:47e o Brasil aparentemente está se espelhando nisso,
13:50porque lá eles costumam colocar,
13:52na verdade, a esquerda mundial,
13:54como o culpado do atraso que eles vivem,
13:56aquela miséria generalizada,
13:59que os professores do ensino médio escondem,
14:01pintam como se fosse uma maravilha,
14:03eles colocam como grande culpado
14:05o embargo econômico dos Estados Unidos,
14:08quando, na verdade, Cuba tem relações internacionais,
14:11trocas comerciais com o resto do mundo,
14:13que são proporcionalmente superiores ao do Brasil.
14:16Então, Cuba não é tão fechado assim,
14:18quanto essa esquerda tenta definir.
14:22No caso dessa suposta interferência dos Estados Unidos
14:25em assuntos internos aqui do Brasil,
14:28eu tenho apontado para o pessoal que me acompanha
14:31a situação de Israel.
14:33Israel está passando ali por questões judiciais
14:37do Benjamin Netanyahu,
14:38que tem apontamentos por parte do Donald Trump,
14:42pedindo que tanto o presidente de Israel,
14:44quanto o judiciário de Israel,
14:47eles relevem esses processos que aconteceram,
14:50pelo menos para deixar o Benjamin Netanyahu
14:52terminar o seu mandato,
14:54para ele continuar o seu trabalho como político
14:56por causa das guerras que Israel está envolvido naquele momento.
15:01E por incrível que pareça,
15:03quando essas tratativas começaram entre Estados Unidos e Brasil,
15:07ali em meados do ano,
15:09foi mais ou menos quando teve os conflitos também de Irã com Israel.
15:13E o judiciário israelense
15:16paralisou os processos que haviam contra Benjamin Netanyahu,
15:21justamente atendendo a um pedido dos Estados Unidos,
15:24porque eles entenderam que não valia a ferro e fogo
15:27tratar os seus assuntos internamente
15:30como se não houvesse consequências internacionais.
15:33Aqui não.
15:34Aqui a gente não quer conversar com esses atores de relevância.
15:38A gente quer conversar com a Venezuela,
15:40a gente quer conversar com Cuba,
15:42a gente quer conversar com a Rússia
15:44e fecha a porta para a principal potência do planeta
15:47que, por acaso, é a que está justamente no nosso continente.
15:52Você, Mota, para a gente fechar essa discussão,
15:55quando a gente olha para frente,
15:58o que a gente pode e deve esperar?
16:00Naturalmente, eu acho que há vários ingredientes
16:02para elencarmos, discutirmos, enfim.
16:06É possível projetar, sei lá, uns dois, três, quatro cenários.
16:09Mas você que acompanha há bastante tempo
16:12esse tipo de discussão sabe como a banda toca.
16:15O que é possível trazer e projetar para o nosso público?
16:20Eu tenho a impressão que o governo vai continuar
16:23aproveitando a narrativa que ele criou
16:26em torno desse assunto até o dia das eleições.
16:31Aconteça o que acontecer.
16:33Eu acho que existe uma possibilidade
16:35da política dos Estados Unidos
16:38em relação ao Brasil sofrer
16:41uma mudança ou um ajuste,
16:44dependendo do que vai acontecer na Venezuela.
16:48Há pessoas que dizem que esses eventos da Venezuela
16:51são parte de uma estratégia maior dos Estados Unidos
16:56para a América Latina.
16:58Uma estratégia que, sem dúvida nenhuma,
17:01envolveria também o Brasil.
17:03Então, a princípio, eu não vejo os Estados Unidos
17:05gastando muito mais energia
17:08em negociações com o governo brasileiro.
17:11Obrigado.
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