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A desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Ivana David, avalia a proposta de equiparar as ações de facções criminosas, como o PCC e o Comando Vermelho, ao crime de terrorismo no Brasil.
Ivana David analisa a complexidade jurídica e as consequências da medida, afirmando que, ao se estudar o tema, percebe-se que "não é tão simples" a aplicação da lei de terrorismo aos crimes de facção. A especialista aponta uma falha crônica do Estado brasileiro, dizendo que "o Brasil falha muito no que tange à prevenção desse tipo de criminalidade".
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Ivana David analisa a complexidade jurídica e as consequências da medida, afirmando que, ao se estudar o tema, percebe-se que "não é tão simples" a aplicação da lei de terrorismo aos crimes de facção. A especialista aponta uma falha crônica do Estado brasileiro, dizendo que "o Brasil falha muito no que tange à prevenção desse tipo de criminalidade".
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NotíciasTranscrição
00:00E para continuar falando sobre esse assunto, sobre a polêmica do PL em antifacção,
00:04a crise da segurança, a nossa entrevistada é a desembargadora do Tribunal de Justiça
00:09aqui de São Paulo, Ivana Davi.
00:11Desembargadora, muito obrigado mais uma vez por aceitar o convite da Jovem Pan.
00:15A gente já está debatendo esse tema aqui e agora a gente traz um reforço
00:19para continuar falando sobre esse tema.
00:22Muito obrigado. Boa noite, senhora.
00:24Boa noite, Tiago. Eu que agradeço sempre a oportunidade e a confiança.
00:28Bom, para que a nossa audiência possa entender, porque existem dois projetos
00:33que estão na ordem do dia, mas agora vai haver uma junção,
00:37como o próprio secretário de rede fala, PL em antifacção,
00:41o outro projeto que equipara os crimes cometidos por organizações criminosas a terrorismo.
00:50Eu pergunto para a senhora, essas alterações que estão sendo feitas,
00:52as expectativas da votação amanhã, essa polêmica que se instalou hoje
00:56sobre o papel da Polícia Federal, se os estados têm que pedir
01:01para a Polícia Federal agir, ou se é a Polícia Federal que deveria agir sozinha,
01:05isso é inconstitucional, mas com as arestas aparadas.
01:11Afinal, será que esses projetos vão ajudar a combater,
01:14a amenizar a situação da criminalidade no país?
01:16Pois é. Acabei de receber agora, três minutos antes de entrar no ar,
01:23o terceiro parecer modificando mais uma vez esse PL na lei antifacção.
01:31Acabei de receber, estava até lendo agora, antes da gente começar a conversar,
01:37e essa discussão, principalmente no que tange à lei de terrorismo,
01:42principalmente no que tange à equiparação das facções criminosas ou paralimitares
01:49a crime de terrorismo, caiu.
01:52Então foi retirada, o Derrite acabou apresentando agora um relatório,
01:58uma exposição de motivos, e novamente apresentou a lei,
02:03retirando, apenas mantendo, logicamente, essa pena,
02:07que vai de 20 a 40 anos e sustenta a viabilidade,
02:11até porque a lei, o feminicídio, que é exatamente o crime contra a mulher,
02:17manteve, tem essa mesma dosimetria da pena.
02:21Então ele só modificou, ele tirou o terrorismo,
02:25a lei de terrorismo vai ficar lá quietinha,
02:28ninguém vai mexer com ela por enquanto,
02:30e ele tipificou a facção criminosa, a organização criminosa,
02:36do mesmo jeito que estava a 12.850,
02:39e cria um ponto importante,
02:41que é a organização criminosa qualificada,
02:45que vai passar a chamar, aí sim, facção criminosa,
02:48e com pena de 20 a 40 anos.
02:51Então alguns pontos que nós passamos a tarde inteira,
02:54literalmente o dia inteiro acompanhando isso,
02:56acabaram de ser superados agora,
03:00nessa terceira apresentação,
03:03que foi efetivada agora, quase às 8 horas a mais.
03:07Perfeito, desembargador, vou chamar os nossos comentaristas,
03:09o Túlio Nassa e o Cristiano Vilela,
03:11o Vilela faz a próxima pergunta. Cristiano.
03:14Desembargadora, boa noite,
03:15sempre bom recebê-la aqui na Jovem Pan.
03:18Bom, a senhora falou bem sobre as mudanças,
03:21aí agora no terceiro parecer,
03:23que estamos tendo do tema,
03:24e esperamos que talvez seja o definitivo,
03:26porque me parece que esse texto,
03:28ele é relativamente consensual, né?
03:30Agora, eu queria saber a sua opinião
03:32sobre a questão da equiparação do terrorismo.
03:34Na sua avaliação, seria correto,
03:36tecnicamente, seria produtivo,
03:39seria útil para a sociedade
03:40que as facções criminosas
03:42fossem equiparadas a organizações terroristas?
03:45Ou na sua avaliação,
03:47de fato, isso extrapolaria um pouco
03:49a realidade e acabaria podendo gerar
03:52elementos que acabaram dificultando,
03:56inclusive, a própria atuação
03:58de repressão a esses grupos organizados?
04:01Obrigada pela pergunta.
04:04Academicamente, né?
04:05Facção criminosa, organização criminosa,
04:08é o gênero.
04:08E o terrorismo é um tipo de organização criminosa.
04:13Então, quando a gente fala em equiparar,
04:16juridicamente e academicamente,
04:18isso se estuda em qualquer lugar do mundo,
04:21o terrorismo é uma organização criminosa.
04:24Então, eu tenho organização criminosa
04:26para narcotráfico,
04:28organização criminosa para tráfico de armas,
04:31organização criminosa para trabalho escravo
04:33e organização criminosa para fins terroristas.
04:35Então, teoricamente e academicamente,
04:37ficaria uma situação um pouco
04:39fora do contexto acadêmico do mundo inteiro
04:42e da nossa legislação.
04:44Um dos pontos mais neurálgicos, ao meu sentir,
04:48é que você deslocaria toda a competência
04:51e atribuição de investigação
04:53para a Polícia Federal, num primeiro momento,
04:56e depois para a Justiça Federal.
04:58E não teria como mudar isso
04:59num projeto de lei,
05:01porque essa atribuição e essa competência
05:04é na Constituição que está definida.
05:07Então, está lá no 144,
05:08a atribuição da Polícia Federal,
05:10e depois, no 109,
05:12o interesse da União,
05:14que 99,9% dos crimes envolvendo terrorismo,
05:19e nós já tivemos casos concretos aqui,
05:21o último, inclusive, em Minas Gerais,
05:23foram declarados e foram julgados,
05:26inclusive, todos estão julgados,
05:28de competência da União.
05:29E isso, obviamente, retiraria
05:31de todas as polícias estaduais,
05:33de toda a Justiça Estadual,
05:35que é hoje os maiores sistemas,
05:39os maiores tribunais que enfrentam
05:41a criminalidade organizada.
05:43Então, num primeiro momento,
05:45isso já geraria uma situação
05:47até técnica difícil,
05:49porque teria tudo remetido
05:52para a Justiça Federal
05:53e para a atribuição de investigação
05:56da Polícia Federal.
05:58Quer dizer, inverteria todo esse raciocínio
06:00que nós estamos tendo agora.
06:02Quando você estuda,
06:03e volto a dizer, academicamente,
06:05todas as consequências jurídicas,
06:07econômicas, financeiras,
06:09que gera um país reconhecer
06:11o crime de terrorismo,
06:13a gente sabe que não é uma situação
06:15tão simplista.
06:16E aí a pergunta é,
06:17mas desembargadora Colômbia entendeu?
06:18O Uruguai entendeu?
06:20Eu sei que eles entendem assim,
06:22eu sei que eles tipificam assim,
06:23mas nós temos limites processuais
06:25constitucionais,
06:27que à primeira vista,
06:28e nesse olhar que foi colocado,
06:30e não é por outro motivo
06:31que o dia inteiro se argumentou
06:33sobre isso,
06:34agora foi retirado,
06:35ao meu entender,
06:36criaria uma situação jurídica
06:39muito difícil no nosso país.
06:41Embargadora, agora a pergunta
06:42de Túlio Nassa.
06:43Túlio?
06:45Embargadora, boa noite,
06:47muito obrigado por atender
06:48a Jovem Pan.
06:49Doutora, veja só,
06:51essa última versão do texto,
06:53como ela está?
06:54Ela limita os poderes
06:56da Polícia Federal,
06:57ou ela limita os poderes
06:59das polícias estaduais,
07:00e afinal de contas,
07:02qual seria a adequada
07:03divisão de competências
07:05da Polícia Federal
07:06e das polícias estaduais
07:08no combate
07:08a essas facções criminosas?
07:10O que seria o mundo ideal?
07:11O mundo ideal é o da separação,
07:13é o da harmonia,
07:14da união entre elas,
07:16como a gente viu
07:16nessa última operação ali,
07:18na Faria Lima.
07:19Qual é a sua visão, doutora?
07:22Pois é, Túlio.
07:23Você me conhece,
07:24eu sou juiz há 35 anos,
07:26e faz 30 anos
07:27que eu trabalho
07:28com organização criminosa.
07:30E o que a gente tem percebido,
07:32e todos nós como cidadãos,
07:34é que o enfrentamento
07:35a esse tipo de criminalidade,
07:37e não é só no Brasil,
07:38é no mundo inteiro,
07:40quanto mais olhares,
07:41quanto mais players,
07:42quanto mais envolvidos
07:45no combate
07:46a esse tipo de criminalidade,
07:47e não falo só de polícia,
07:48você sabe muito bem,
07:50eu falo de Receita Federal,
07:51Fazenda Federal,
07:53municípios,
07:54todos aqueles
07:55que fazem parte
07:56de um sistema jurídico
07:58e um sistema legal,
08:00participando
08:01desse tipo
08:02de investigação.
08:03Combater crime organizado
08:04não é uma situação simplista,
08:06e não é a polícia
08:07que vai acabar
08:08com as organizações criminosas
08:09no nosso país,
08:10você sabe disso,
08:11tanto quanto eu.
08:12Existem imposições,
08:13existem necessidades
08:16de políticas públicas,
08:17para que, por exemplo,
08:18se evite,
08:20ou se pelo menos
08:20tente limitar
08:22o número de jovens
08:24envolvidos
08:24com organização criminosa.
08:26Então,
08:26combater crime organizado,
08:28combater organização criminosa,
08:29não é um tema
08:30só de polícia,
08:31também é um tema
08:33de polícia.
08:33Mas o Brasil falha muito,
08:35ao meu sentir,
08:36e somos signatários
08:37de várias convenções
08:38internacionais,
08:39no que tranja a prevenção
08:40desse tipo de criminalidade.
08:42Mas, voltando às polícias,
08:44a nossa estrutura jurídica
08:46funciona,
08:47e funciona bem.
08:48Essa divisão
08:49de competência
08:50e atribuição
08:51das investigações,
08:52as forças-tarefas
08:54que são
08:55institucionalizadas
08:55e estão dentro
08:57do orneiramento jurídico,
08:58essas forças-tarefas
08:59existem também
09:00no mundo inteiro,
09:02e têm demonstrado,
09:03a gente está percebendo,
09:04principalmente aqui
09:05no estado de São Paulo,
09:06a união de forças
09:08e olhares
09:08no combate
09:09à criminalidade
09:10organizada.
09:11Então, ao meu sentir,
09:12a estrutura jurídica
09:13que nós temos
09:14é suficiente
09:15para combater
09:16o crime organizado.
09:17E aí eu volto
09:18a colocar um ponto
09:19que eu acho
09:20que todo mundo aqui
09:21deve concordar,
09:22que o problema
09:23não está nem em tipificar,
09:25o problema não está
09:25nem em prender,
09:27e o problema
09:27não está nem na pena,
09:28que ainda que agora
09:29se fixe aí
09:30a facção criminosa,
09:32o nome vai ser colocado
09:33de facção criminosa
09:35com uma pena
09:35de 20 a 40 anos.
09:37O desafio
09:38é o cumprimento
09:39dessa pena.
09:39Porque eu tenho
09:40faccionado,
09:42condenado a 200 anos
09:43de pena
09:44dentro do sistema
09:45prisional
09:45cometendo crime.
09:47Então, os nossos desafios,
09:49além de tudo isso
09:49que nós estamos
09:50enfrentando,
09:51e isso,
09:52o PL do
09:54Derrite
09:54encara com muita
09:56coragem,
09:57é a modificação
09:58no que tange
09:59ao cumprimento
10:00dessas penas,
10:01ao Estado
10:02monitorar e exigir
10:04efetividade
10:05no cumprimento
10:05dessa pena.
10:06é isolar,
10:07por exemplo,
10:08a liderança
10:09evitando
10:09que eles
10:10continuem
10:11liderando
10:12essas organizações
10:13criminosas,
10:14ainda que dentro
10:15do sistema
10:15prisional.
10:16Desembargadora,
10:18a senhora como
10:18estudiosa sobre a
10:19criminalidade e a
10:20segurança pública,
10:21hoje faz exatamente
10:22duas semanas
10:23da mega-operação
10:25no Rio de Janeiro,
10:25o que detonou
10:26uma discussão
10:27muito grande
10:28no Brasil,
10:29como muitas vezes
10:30a gente,
10:31ou talvez a gente
10:32nunca tenha visto
10:33tanta repercussão
10:34sobre uma mega-operação.
10:36Claro,
10:36tem muito debate
10:37se a operação
10:38foi bem sucedida
10:39ou mal sucedida,
10:40a forma como
10:41o governo do Rio
10:42tomou a decisão,
10:44se a Polícia Federal
10:44deveria ter sido
10:45acionada efetivamente,
10:46a polícia tem
10:47essa polêmica também,
10:48que a PF
10:50não gostaria
10:51de ter
10:52trabalhado
10:53nessa operação,
10:55mas eu pergunto
10:55para a senhora,
10:56quais os avanços
10:57o Brasil
10:59pode esperar
10:59a partir de agora,
11:00a partir dessa
11:01mega-operação
11:01que detonou
11:02pelo menos
11:02uma discussão
11:03muito grande
11:03e até CPI
11:04no Congresso Nacional?
11:06Pois é,
11:08no que tange
11:10a operação,
11:11a gente tem que
11:12lembrar,
11:13ou pelo menos
11:13relembrar,
11:15que ela nasce
11:16dentro de
11:17determinação judicial
11:19após uma investigação
11:22do Ministério Público
11:23através de um procedimento
11:24de investigação criminal,
11:26onde
11:27lideranças
11:30foram denunciadas
11:31e dentro
11:32daquela ação penal,
11:34porque já tem denúncia,
11:36foram expedidos
11:36os mandados
11:37de busca e apreensão
11:38e foram expedidos
11:39os mandados
11:40de prisão.
11:41Então,
11:41toda essa operação,
11:43ela nasce
11:44para cumprimento
11:45de determinações judiciais,
11:47onde esses indivíduos
11:49que já estavam
11:50ali denunciados
11:51e sendo investigados
11:52pelo Ministério Público,
11:54teriam que
11:55ou ser preso
11:56ou ter
11:57o seu domicílio
11:58eventualmente revistado
11:59à procura de dia de regra,
12:01materialidade deletiva.
12:02Aí nasce
12:03essa operação.
12:04A forma que a operação
12:05foi cumprida,
12:07os efeitos colaterais,
12:09tudo aquilo que gerou,
12:10logicamente,
12:10já está sendo
12:11apurado
12:12em uma outra
12:13esfera
12:15que não
12:15é a nossa.
12:16Mas uma coisa importante
12:17dessa operação
12:18é que,
12:19depois dela,
12:19várias outras
12:20estão sendo efetivadas
12:22no norte e no nordeste
12:23do país.
12:24Porque,
12:24para quem nos assiste,
12:26o modelo
12:27de crime organizado
12:28do Rio de Janeiro,
12:29principalmente encabeçado
12:31pelo Comando Vermelho,
12:32já está replicando
12:34em estados
12:35do norte e do nordeste
12:36do país,
12:37onde esse Comando Vermelho,
12:38essa mesma facção criminosa,
12:40tem maior domínio,
12:41ao contrário do sul
12:42e do sudeste,
12:43onde o domínio
12:44é do PCC.
12:45Então,
12:46durante essas duas semanas,
12:48outras operações
12:48estão sendo efetivadas
12:50exatamente
12:50no mesmo
12:51modelo.
12:52E é assim
12:53que vai,
12:54o sistema
12:55de justiça
12:56vai ter que trabalhar.
12:57E, principalmente,
12:58o sistema de segurança.
12:59Nós temos
12:59ocupação de território,
13:01de exclusão
13:02de soberania
13:03do Estado,
13:04onde uma organização
13:05criminosa
13:06dita as leis,
13:07impõe regimes,
13:09decide quem entra,
13:11quem sai,
13:12atira na polícia,
13:13negocia,
13:14obriga um morador
13:15a eventualmente
13:16concordar com o casamento
13:17da sua filha
13:18com um traficante
13:19e pessoas,
13:21habitantes,
13:22e diga-se habitantes,
13:2360 mil,
13:24100 mil,
13:25nós temos lá
13:26complexos
13:27e um complexo,
13:28por exemplo,
13:29nesse onde teve
13:30operação,
13:31tem 13 favelas
13:33dentro
13:33com mais de
13:34150 mil pessoas
13:35morando,
13:36que estão
13:36sobre esse regime,
13:39digamos assim,
13:40domínio
13:41do crime organizado.
13:42Então,
13:43foi a forma
13:43que o Estado
13:44do Rio de Janeiro
13:45entendeu
13:45para cumprir
13:47os mandatos judiciais
13:48e isso tem sido
13:49replicado
13:50em outros estados
13:51da federação,
13:52onde o Estado,
13:53logicamente,
13:54cumprindo
13:54o ordem legal,
13:56tem que efetivamente
13:57impor a sua força.
13:58O efeito colateral
13:59não era previsível,
14:01com certeza,
14:02ninguém vai fazer
14:03uma operação
14:03nesse tamanho,
14:05mas enfim,
14:06existiu
14:06e isso,
14:07obviamente,
14:08vai ser apurado,
14:09como eu já disse.
14:10Mas esse é um modelo
14:11que vai acontecer.
14:12E essa analogia
14:13que às vezes
14:13a gente escuta
14:14e com todas as vênias
14:16que eu acompanho
14:17dentro do processo,
14:18que na Faria Lima
14:19não tem tiro
14:20e no Morro tem,
14:22só não tem tiro
14:22porque na Faria Lima
14:23ninguém atirou
14:24contra a polícia.
14:25Essa semana
14:25nós tivemos
14:26uma operação
14:26em Campinas,
14:28do GAECO,
14:29do Ministério Público,
14:30o alvo atirou
14:31na polícia
14:32e a polícia
14:32atirou no alvo
14:33e o alvo
14:33foi neutralizado.
14:35Então,
14:36essa analogia
14:36de coisas
14:37absolutamente diferentes
14:38em contextos
14:39absolutamente
14:40diversos,
14:41obviamente,
14:42não tem espaço
14:43numa discussão
14:44equilibrada.
14:45Mas é o caminho
14:45a polícia
14:47tem que cumprir
14:48as ordens judiciais,
14:50claro que tem que ter
14:50uma estrutura,
14:51claro que tem que ter
14:52logística,
14:53claro que tem que ter
14:54um estudo
14:55e isso até onde
14:56a gente acompanha
14:56foi feito
14:57e agora
14:58isso vai servir
15:00de modelo
15:00para outros estados
15:01como nós já estamos
15:03assistindo.
15:05Sob pena de se
15:06aqui não entender,
15:07entrega tudo
15:07para o crime organizado
15:08e vamos embora.
15:09para o crime organizado
15:11e vamos lá.
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