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No Hora H do Agro de hoje, recebemos Guilherme Dias, assessor técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), para uma análise aprofundada sobre o momento desafiador do setor leiteiro brasileiro. Na entrevista, Guilherme explica a situação de dumping que tem afetado os produtores, comenta os dados do Cepea/USP, que apontam uma queda de 19% no preço do leite em 12 meses, e discute se o produtor tem conseguido cobrir os custos de produção diante desse cenário. Além disso, ele avalia os fatores que estão deteriorando o ambiente econômico do setor, mesmo com o aumento da oferta impulsionado por investimentos e melhoria nas pastagens.
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NotíciasTranscrição
00:00Na segunda-feira, dia 10, começa oficialmente a COP30, Conferência do Clima da ONU,
00:06realizada pela primeira vez no bioma amazônico.
00:09Nesse contexto, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja, a APRO-SOJA,
00:14apresentou no Senado uma carta-manifesto direcionada à Conferência da ONU.
00:20Os produtores propõem, por meio da carta, a criação de um Sistema Nacional de Métricas e Padrões Tropicais,
00:27também de um Fórum Internacional de Agricultura e Clima Tropical e a revisão da NDC brasileira,
00:34que então se refere aos compromissos de redução de gases de efeito estufa do país.
00:39Para avaliar essa iniciativa, falar um pouco mais dessa carta-manifesto,
00:43as expectativas para a COP30 e a relação com o setor agropecuário,
00:47nós vamos conversar agora com Maurício Buffon, que é presidente da APRO-SOJA Brasil,
00:52e Daniel Vargas, doutor em Direito pela Universidade de Harvard,
00:56professor da Fundação Getúlio Vargas, que também contribuiu aí para a realização,
01:01para fazer essa carta.
01:03Bem-vindos ao H do Agro, muito obrigada por toparem aqui essa nossa conversa.
01:08Eu queria, primeiro de tudo, começar perguntando a opinião,
01:13vou direcionar primeiro para o Maurício, a opinião da APRO-SOJA sobre as COPs,
01:18não só a de Belém, mas eu queria entender um pouquinho como que vocês avaliam
01:23as conferências ao longo dos anos, qual que é a maturidade do setor agropecuário
01:27para discutir essa questão da crise climática nesses ambientes internacionais
01:32até culminar aqui na COP30 no Brasil.
01:36De novo, obrigada pela participação de vocês.
01:39Muito boa tarde, muito obrigado.
01:41A COP é muito importante, nós temos que, a questão da discussão do clima no mundo,
01:48ela é pertinente.
01:51O fato é que no Brasil trouxe uma COP para se falar de solo.
01:54Quando nós olhamos para quem emite, realmente emite a questão da poluição,
02:00principalmente os gases feitos estufa, nós temos como petróleo, como combustível,
02:06cerca de 75% vem da queima de combustíveis fósseis.
02:10Então, é um pouco estranho trazer essa COP para dentro do Brasil,
02:15falar de uso de solo na agricultura,
02:20e tem poucos representantes do setor agrícola falando sobre essa mudança climática
02:27relacionada ao clima, principalmente relacionada ao solo, o uso de solo.
02:31Então, é uma realidade, nós precisamos discutir, precisamos fazer boas práticas.
02:37O Brasil é um país que emite 2,4% das emissões do mundo de gás de efeito estufa,
02:45mas temos também uma grande produção de alimentos, de uso de solo no país,
02:50e também mata a fome do mundo com a produção de alimentos no Brasil.
02:54Então, essa discussão teria que ter o setor produtivo muito presente,
02:59e apresentando também os dados do que o Brasil faz também para contribuir com o clima,
03:04porque nós temos muita preservação de meio ambiente dentro das próprias propriedades rurais.
03:10Exatamente. Existe aí, inclusive, essa observação da comunidade internacional
03:15que olha para o nosso Código Florestal, que sempre elogia,
03:18mas tem que ter sempre as contrapartidas.
03:21Daniel, eu queria entender com você também,
03:22como que você avalia a maturidade da agropecuária brasileira
03:25para se colocar nesses ambientes internacionais,
03:29para conseguir esses espaços de diálogo, como o Maurício falou, que são muito importantes.
03:34E, claro, a sua expectativa.
03:36Eu queria, inclusive, saber se você vai para Belém,
03:38como que você está, qual que, de fato, são as suas expectativas aí.
03:42Até dia 21 tem muita negociação que acaba esbarrando aqui no agro-brasileiro, né?
03:48Olá, Mariana. Oi, Maurício. Um prazer participar com vocês.
03:52Mariana, eu acho que a primeira coisa que já chama a atenção
03:54é a gente ver lideranças de setores importantes do agro-brasileiro
04:00pedindo para participar da discussão,
04:03querendo se envolver com esse debate,
04:06de ter mais voz, de ter mais presença,
04:09de ter uma visão que é levada a sério.
04:10Isso eu acho que sinaliza uma etapa muito interessante
04:14do debate que a gente tem visto no Brasil.
04:16Nós vamos sediar uma COP30,
04:18nós organizamos os critérios de mediação e de negociação entre as nações
04:22e nós temos aqui um debate que se disseminou no país.
04:27Todos os setores estão se envolvendo, discutindo.
04:30Eu mesmo fui convidado, inclusive, para colaborar com lideranças da ProSoja
04:35em definições de ideias, em contribuições de informações
04:40que agora fazem parte desse debate no Brasil.
04:43Eu creio que existem três diretrizes
04:45que me parecem centrais nessa discussão brasileira na COP30.
04:50Essa não é uma COP que vai acontecer num país temperado do Norte,
04:55ela vai acontecer entre nós, com características próprias,
04:57como o Maurício ressaltou.
04:59Eu entendo que existem três características
05:01que fariam dessa COP particular, original e muito relevante para nós.
05:07A primeira é ver o verde como um valor,
05:10que na verdade é assim que o mundo trata esse tema na prática.
05:13Segundo, o clima como desenvolvimento,
05:16como foi pensado para ser em 1992,
05:20na primeira das COPs, por assim dizer,
05:21quando a gente lançou o regime global.
05:24E a terceira, a soberania como caminho,
05:26porque essa é a condição essencial para as políticas implementarem.
05:30Essas três diretrizes, se levadas a sério,
05:33podem empurrar as negociações em um caminho muito produtivo e interessante para nós,
05:38desde que naturalmente traduzidas em políticas institucionais efetivas.
05:42Eu tenho visto a COP, como a maior parte das pessoas,
05:45com um misto de esperança, mas de apreensão.
05:48Esperança, por um lado, de ver o Brasil chamar o mundo
05:52à responsabilidade para avançar,
05:54mas apreensão sobre exatamente o que nós esperamos debater na COP em Belém.
06:02Pois é, e é importante a gente, inclusive, ter em mente
06:05que a COP 31, que se fala já lá na Austrália,
06:09deve ter o foco em sistemas alimentares.
06:11Então, é essencial que o Brasil saiba se colocar esse ano,
06:16até para ter mais voz ainda,
06:18embora vale ressaltar que o Brasil é super bem visto
06:21na comunidade internacional, nesses ambientes,
06:24conversando sobre o meio ambiente, inclusive.
06:26Agora, falando da carta especificamente,
06:29então, e aí eu gostaria de começar com o Daniel dessa vez.
06:32De onde que...
06:34Aliás, desculpa, vou começar com o Maurício,
06:36porque eu queria entender de onde que surgiu a ideia dessa carta.
06:40Eu queria saber se foi algo propositivo de dentro da ProSoja mesmo,
06:44se vocês já estavam em contato, por exemplo, com o Daniel, com a FGV.
06:47Queria entender um pouco o momento que surgiu,
06:50a confecção dessa carta, a ideia dessa carta,
06:52e por que ela foi publicada agora, muito recentemente,
06:57porque me parece que foi um pouco em cima da hora da COP.
07:00Queria saber se, inclusive, foi de propósito,
07:02foi pensado no sentido de estar às vésperas
07:05e mostrar que a ProSoja tem também a sua participação ali.
07:10É, a carta veio de dentro do setor produtivo mesmo,
07:16a gente vinha discutindo.
07:18O Daniel é um grande parceiro, ajudou a nós muito por a sua...
07:22Tem muito conhecimento aí nessa questão global.
07:26Então, esse foi o intuito da carta.
07:29E realmente chamou a atenção, né?
07:31Quando o mundo mede a agricultura, a produção de alimento,
07:36eles usam as bases da agricultura americana,
07:39as bases da agricultura europeia,
07:42que não tem nada a ver com a agricultura brasileira.
07:45Nós temos aqui um clima tropical diferente.
07:49Nós temos aqui cerca de 80% da agricultura brasileira
07:53em agricultura de plantio direto,
07:56coisa que nenhum outro país no mundo tem.
07:59Então, quando nós trazermos esses números à realidade,
08:03os números reais da agricultura brasileira,
08:06nós vamos ver que nós temos emitido,
08:09inclusive, menos gases de efeito de estufa
08:11que as outras agriculturas.
08:13Cada uma tem o seu sistema,
08:14cada um tem que respeitar o seu clima
08:16e o Brasil, com certeza,
08:19com essa agricultura de plantio direto,
08:21principalmente em cultura de soja e milho em sequestra,
08:24ela tem, né, sequestra, inclusive,
08:27sequestra gás de efeito de estufa.
08:31Então, tudo isso nós precisamos mostrar, né?
08:35Qual que é o próximo passo agora?
08:37A gente já vem fazendo um trabalho, né?
08:40Essa carta surgiu por um trabalho que já vem sendo feito,
08:43onde a gente vai começar a apresentar esses números
08:46e aí sim, trazer para dentro do país uma discussão,
08:49envolver o governo brasileiro,
08:52envolver todo o setor produtivo e agrícola brasileiro
08:55para apresentar esses números
08:57e confrontar ele com as outras agriculturas
09:00para a gente poder ter um parâmetro.
09:03Para que o Brasil não seja mais tão atacado
09:06nessa comunidade internacional
09:09e principalmente a comunidade da Europa,
09:11questionando a sustentabilidade econômica
09:15e também ambiental da agricultura brasileira.
09:17Nós subimos, né,
09:19quando a gente olha para a agricultura brasileira
09:21com 66% do território brasileiro preservado
09:25e temos aí cerca de 8% das áreas agrícolas
09:30do país aí em agricultura
09:32e produzindo aí alimento para um bilhão de pessoas,
09:37mostra que nós temos uma sustentabilidade
09:39e agora a gente está fazendo esse trabalho
09:42de quantificar essas métricas
09:44para podermos apresentar para a comunidade
09:46tanto aqui no Brasil quanto a comunidade internacional
09:50de como é feita essa agricultura aqui no Brasil.
09:54E Daniel, vocês, eu olhei o documento
09:57e aí vocês organizaram por eixos, né,
09:59eixos temáticos, cada eixo tem as suas especificidades ali também.
10:04Gostaria que você falasse um pouquinho para a gente
10:06desses eixos, dessa construção
10:09e como que isso amarra, claro, com o que o Maurício está falando, né,
10:12de depois confrontar dados, levar adiante,
10:15porque eu entendo que esse assunto também não vai terminar
10:18no dia 21 de novembro com a COP, né,
10:20entendo que é um documento que precisa ser colocado em prática também
10:23aí a médio prazo, pelo menos.
10:25Sem dúvida, Mariana.
10:27Primeiro, só duas preliminares que eu acho que é importante.
10:29Nós temos assistido ao longo do ano
10:31uma série de organizações,
10:34os diversos setores produtivos,
10:35se envolvendo com as discussões climáticas
10:38e, nesse processo,
10:39elaborando as suas propostas,
10:41as suas cartas,
10:42os seus pronunciamentos,
10:43os seus manifestos.
10:44Isso aconteceu com a BAG,
10:46aconteceu com a OCB,
10:47aconteceu com a própria CNA,
10:49ainda está acontecendo com o IPA,
10:51assim como inúmeras organizações.
10:54Eu acho que o esforço, nesse caso,
10:55foi de contribuir com esse processo.
10:58Então, ninguém tem a última palavra
11:00sobre o que será deliberado,
11:02neste momento,
11:03numa COP que ainda nem começou.
11:04Mas a gente acredita,
11:06e eu creio que todas essas organizações acreditam,
11:08que ao colocar ideias nobres na mesa,
11:12nós temos a capacidade de influenciar,
11:14empurrar a discussão na direção certa.
11:17Nesse processo,
11:18eu creio que o objetivo fundamental
11:20era de tentar apontar um caminho
11:24que fosse mais original,
11:27mais sólido e, quem sabe,
11:29mais forte para os interesses
11:32do agro e da sustentabilidade brasileira
11:35perante o mundo.
11:36Nesse processo,
11:37as três diretrizes básicas,
11:39eu comentei.
11:40Verde como valor,
11:41clima como desenvolvimento,
11:42soberania como caminho.
11:44Essas ideias são, então,
11:46desdobradas em um conjunto de ações concretas
11:48em setores estratégicos.
11:50O primeiro e o mais importante,
11:52segurança alimentar.
11:54Nós temos comentado, Mariana,
11:55que é a principal ameaça
11:57à agenda do clima hoje,
11:59no mundo tropical,
12:00sobretudo,
12:01não é a soja,
12:02não é o boi,
12:03não é a galinha,
12:04é a miséria humana.
12:06Ter uma estrutura
12:07que garanta a segurança alimentar
12:08é fundamental
12:09para tudo mais
12:10o que se fizer na humanidade.
12:12O segundo eixo
12:13é a segurança energética.
12:14E nós sabemos
12:15que o mundo inteiro
12:16tem essa tensão
12:17entre comida versus energia,
12:20como eu vou usar minha terra.
12:22E o Brasil inventou uma coisa rara,
12:24que o mundo tem dificuldade de entender,
12:26em que a gente faz as duas coisas
12:27ao mesmo tempo.
12:28A integração que está acontecendo
12:29no interior do Brasil
12:30não é mais entre
12:31lavoura e pecuária
12:33e floresta apenas,
12:34é entre alimento e energia
12:36ao mesmo tempo.
12:37É só olhar o que está acontecendo
12:39com o uso de resíduos
12:40da agricultura
12:41para a produção
12:42de fontes elétricas,
12:44de biometano
12:44e por aí vai.
12:46Terceiro eixo,
12:47eu vou ser rápido,
12:48é a tropicalização
12:49da ciência e da governança.
12:51Porque a gente sabe
12:51que avançar
12:52numa agenda climático-econômica
12:54com foco
12:55em uso da terra
12:56exigirá,
12:57ao longo dos anos,
12:58qualificar
12:59a gramática,
13:00a infraestrutura
13:01segundo a qual a gente debate
13:02o que é verde no planeta.
13:04Verde,
13:05eu costumo dizer,
13:05não é uma cor,
13:06é um conjunto de critérios
13:08científicos e regulatórios,
13:09em última análise,
13:10amparado
13:11numa decisão nacional.
13:12E o último
13:13é o compromisso
13:13com a produção sustentável,
13:15que é o que vai empurrar
13:16todos nós para frente.
13:18Sabendo que,
13:18em última análise,
13:19a premissa fundamental
13:20de tudo que fizermos,
13:22qualidade de vida
13:23do ser humano
13:23e, a partir daí,
13:25a sustentabilidade ambiental.
13:27Maurício,
13:28vocês pretendem ir
13:29para a COPIA?
13:30A ProSoja vai estar
13:31em Belém?
13:32De alguma forma,
13:34vai participar
13:34ainda mais ativamente,
13:35além da carta,
13:37participar ativamente
13:38junto à comunidade internacional,
13:40fazer essas articulações
13:42sobre métricas de carbono?
13:43E aí,
13:43essa pergunta também
13:44é para o Daniel,
13:45eu queria entender um pouco
13:46que forma propositiva também
13:49a gente...
13:49Porque é muito isso,
13:51o Brasil é único,
13:53muita gente não entende
13:54que é isso.
13:55A gente tem uma legislação
13:57robusta do ponto de vista
13:58de Código Florestal,
13:59mas é porque a gente tem
14:00muitas florestas,
14:01muitos rios,
14:02existe todo um recurso
14:04realmente riquíssimo
14:05no Brasil
14:06e, além disso,
14:07como o Daniel colocou,
14:08essa produção de comida,
14:11de alimento
14:11com energia ao mesmo tempo.
14:13Então, de fato,
14:14a gente tem muito lugar de fala.
14:15Eu queria entender isso,
14:17sim,
14:17se a ProSoja vai estar em Belém,
14:18participa ativamente
14:19dessas articulações,
14:21está acompanhando
14:22essa questão
14:23das métricas de carbono
14:24para clima tropical
14:25do ponto de vista científico?
14:29Sim,
14:29nós vamos estar lá,
14:30vamos apresentar a carta
14:31também lá.
14:33O Daniel vai ser também
14:34o nosso interutor
14:35lá nessa carta,
14:36vai fazer um trabalho
14:37junto conosco lá
14:38e a gente vai estar
14:39apresentando a carta.
14:41E para complementar
14:42essa questão
14:43da disputa
14:44entre alimento
14:45e energia,
14:46como o Daniel falou,
14:48o Brasil é único realmente.
14:51Nós conseguimos fazer
14:52muita alimentação
14:54e também muita energia.
14:56Inclusive,
14:57com esses dois parâmetros
14:59andando junto,
15:00nós conseguimos
15:01diminuir o custo
15:03tanto da energia
15:04quanto dos alimentos.
15:06Então,
15:07por isso também
15:08que o Brasil hoje,
15:09com toda a tecnologia
15:10implantada
15:11na setor agro,
15:13ela acaba
15:14incomodando
15:15muitos países
15:15envolvidos
15:16nessa questão.
15:17E aí também
15:18vem os ataques
15:19contra a agricultura brasileira,
15:21às vezes,
15:22por não estar fazendo
15:23o correto
15:24na questão ambiental,
15:25mas por uma questão
15:26de concorrência
15:27comercial.
15:29E o Brasil faz isso
15:31e esse é um dos temas
15:32que a gente vai estar
15:33trabalhando na COP
15:35durante o ano todo
15:36que vem
15:36para mostrar
15:38essa produção
15:39de alimento
15:40e energia
15:41andando junto
15:42e dando
15:43uma sustentabilidade
15:44econômica
15:45para as duas atividades,
15:47inclusive potencializando
15:49a produção
15:50de alimentos
15:51com custo mais barato.
15:53Perfeito.
15:54Então, Daniel,
15:55eu queria entender isso,
15:56dessas articulações
15:57que vocês,
15:58pelo que eu entendi,
15:59vão fazer ali em conjunto
16:00em Belém.
16:02Com quem vocês
16:03vão procurar falar?
16:04Porque essa COP,
16:05são vários eventos
16:07ao mesmo tempo,
16:08tem pavilhão azul,
16:10tem zona azul,
16:11zona verde,
16:12eventos paralelos.
16:13Com quem exatamente
16:14vocês procuram falar?
16:16Onde que você vê
16:17que tem uma porta aí aberta,
16:19uma abertura
16:19para dialogar
16:20e começar a falar
16:21sobretudo
16:22dessa questão aí
16:23das métricas?
16:24Porque é isso, né?
16:24O mundo precisa entender
16:25que o Brasil tem
16:27que ter uma calculadora
16:28diferente, assim, né?
16:30E isso,
16:31para que haja
16:32uma agenda climática
16:33cientificamente mais robusta
16:35e economicamente
16:36mais justa.
16:37A gente sabe, Mariana,
16:38que na COP
16:39existem conjuntos
16:40de espaço
16:41de discussão
16:42e de influência.
16:43Então, como você mencionou,
16:44tem a área verde,
16:45a área azul,
16:46tem a Agrizone,
16:47que vai ter ali
16:48uma exposição
16:49de exemplos,
16:50projetos exitosos
16:51da agricultura brasileira.
16:52E tem um conjunto
16:53de reuniões diplomáticas,
16:55de debates,
16:56com ampla cobertura
16:57da imprensa.
16:58E tudo aquilo
16:59irriga
17:00e influencia
17:01as discussões
17:02diplomáticas
17:03que acontecem,
17:04normalmente,
17:05entre um grupo
17:05mais estreito
17:06de pessoas,
17:07mas, neste caso,
17:08no Brasil,
17:08sobre a presidência
17:09e a condução brasileira.
17:11Então, a ideia
17:11é que,
17:12com esta carta
17:14e com as discussões
17:15que vão acontecer
17:16no evento,
17:17nós alimentemos
17:18essa correia
17:19de influência,
17:21de transmissão,
17:22para que essas agendas
17:23ganhem maturidade,
17:24quem sabe,
17:25possam ser concretizadas
17:27em um primeiro momento,
17:28com passos iniciais
17:29a ir na COP30.
17:31Eu gostaria de dizer,
17:32Mariana,
17:32que eu creio
17:32que seria um pouco
17:33utópico, talvez,
17:36esperar que,
17:37ao final deste evento,
17:38a gente saia
17:39com um elenco
17:40de métricas
17:41e parâmetros
17:42e metodologias
17:42tropicais
17:43para tudo
17:43que nós fazemos
17:44dentro de casa.
17:45É claro que isso
17:46não seria razoável
17:47esperar que saia
17:48dali pronto e acabado,
17:49mas me parece
17:50que seria
17:51muito plausível
17:52que nós
17:53trabalhássemos na COP
17:54para dar o tiro
17:55de largada
17:56nessa construção.
17:57dentro do Brasil,
17:59assumindo o compromisso
18:00de criar em casa
18:01um sistema nacional
18:02de métricas
18:03e padrões tropicais
18:04que sirvam
18:05de uma organização
18:06central
18:07de dados,
18:08fatores,
18:09métricas,
18:09protocolos,
18:10padrões,
18:11linhas de base,
18:12para que a gente
18:12possa, então,
18:13discutir com mais rigor
18:15e clareza
18:15a nossa realidade
18:16e também dar
18:17transparência,
18:18força,
18:19para as políticas públicas,
18:20para os relatórios
18:21corporativos,
18:22para as boas práticas
18:23empresariais
18:24e para a própria
18:25diplomacia brasileira.
18:26A segunda ideia
18:27central,
18:27eu vou ser rápido,
18:28é não apenas
18:29trabalhar para dentro,
18:30mas trabalhar com o mundo.
18:32Então,
18:32também temos na COP
18:33uma oportunidade
18:34que a presidência
18:35nos dá
18:35de criar ali
18:37uma espécie
18:37de força-tarefa
18:38que mobilize,
18:40a princípio,
18:40um conjunto
18:40de países tropicais
18:41para trabalhar
18:42com o mandato
18:43de dois anos
18:44na criação
18:45dessa agenda
18:46de tropicalização,
18:47ou se quiser,
18:48de adaptação
18:49dos padrões
18:50de referência
18:51para definir
18:52o que é sustentável
18:53no uso do solo.
18:54Se fizermos isso,
18:55teremos um ano
18:56de presidência da COP.
18:57A presidência brasileira
18:58começa no primeiro dia
19:00do evento,
19:01para a partir daí
19:02mobilizar o mundo
19:03e deixar um trabalho
19:04que contribua
19:05para os próximos anos,
19:07nas próximas COPES,
19:08para esse reconhecimento
19:10global
19:10do que é
19:11a particularidade,
19:13do que são
19:13as virtudes
19:14e os desafios
19:15que também são únicos
19:16da agricultura
19:17no mundo
19:17em desenvolvimento.
19:18do que é
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