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De acordo com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, o Exército realizou outro ataque contra uma embarcação no Caribe, matando três pessoas. Eliseu Caetano detalhou o assunto. Acompanhe a análise de Deysi Cioccari e Acacio Miranda.

Confira na íntegra em: https://youtube.com/live/hZDExx-0Iow

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Transcrição
00:00Vamos até os Estados Unidos mais uma vez, porque de acordo com o secretário de defesa dos Estados Unidos,
00:05o exército realizou outro ataque contra uma embarcação no Caribe, matando três pessoas.
00:11Eliseu Caetano tá de volta e atualiza pra gente essa tensão por lá, né, Eliseu?
00:17Exatamente, Soraya. O clima continua pesado entre Estados Unidos e Venezuela.
00:22O departamento de guerra norte-americano confirmou que uma outra embarcação foi atingida por drones.
00:30Ontem, levando pelo menos três pessoas a óbito, três pessoas que estariam dentro dessa embarcação realizando trabalho de tráfico internacional de drogas.
00:41Nenhum militar ficou ferido.
00:43Há cerca de dois meses, as cinco forças armadas dos Estados Unidos estão fazendo diversas operações em águas internacionais próximos ali da costa da Venezuela e também no mar do Caribe.
00:54Eles estão, em todo, quase 10 mil homens.
01:00São cerca de cinco navios, inclusive o maior navio do mundo, o maior navio militar do mundo faz parte dessa esquadra.
01:09Aliás, de acordo com os analistas políticos por aqui, a título de curiosidade, apenas esse navio com a sua frota pessoal e bélica poderia extinguir praticamente toda a Venezuela se ambos os países entrarem em guerra.
01:25Vale lembrar que a Casa Branca já tem falado ao longo dos últimos dias que não há uma previsão para que um ataque aconteça entre Estados Unidos e Venezuela.
01:35Segundo a Casa Branca, essas operações são de rotina e de patrulhamento de águas internacionais para evitar que drogas da América Latina cheguem aqui à América do Norte, especialmente aos Estados Unidos.
01:48Venezuela já não pensa assim.
01:50O presidente venezuelano, líder do regime, Nicolás Maduro, já mandou reforçar as fronteiras militarmente do país.
01:59Inclusive começou um processo de armamento da população civil, criando ali uma espécie de milícia civil.
02:06Armas e treinamentos estão sendo oferecidos para cidadãos comuns, envolvendo aí idosos, crianças e até mesmo mulheres que queiram defender o regime de Maduro e o seu país.
02:17De qualquer forma, por aqui nos Estados Unidos já há informação de que a CIA, a Agência de Inteligência dos Estados Unidos, estão realizando impulsões em terra lá na Venezuela, fazendo todo um trabalho de mapeamento caso uma possível escalada aconteça nos próximos dias.
02:34Na semana passada, um aviso foi dado, um alerta foi dado aos militares norte-americanos que retirassem familiares e amigos que porventura estivessem na Venezuela.
02:43E desde que essa operação começou, mais de 67 pessoas morreram, de acordo com análises independentes.
02:51Os dados não foram, obviamente, computados de maneira unificada, tampouco pelos Estados Unidos ou mesmo pela Venezuela.
03:00Há uma estimativa da imprensa norte-americana que pelo menos 67 pessoas que estariam fazendo contrabando internacional de drogas teriam morrido durante essas ações militares norte-americanas em águas internacionais.
03:13Tanto no Mar do Paribe, quanto ali perto da costa da Venezuela, diversas embarcações foram explodidas em alto mar.
03:22E segundo os Estados Unidos, nenhum militar ficou ferido em nenhuma dessas ações que a gente tem acompanhado sempre aqui ao longo da programação da Jovem Pan News.
03:33Essa operação não tem dia e nem hora para acabar.
03:38Segundo o presidente dos Estados Unidos, o país seguirá patrulhando as águas internacionais.
03:43Enquanto isso, as relações entre Estados Unidos e Venezuela, Estados Unidos e Colômbia se deterioram.
03:52E a gente vai seguir daqui acompanhando essas e outras notícias importantes desta sexta-feira.
03:57E eu volto ao longo desta edição do Jornal da Manhã e da programação da Jovem Pan News para a gente atualizar o nosso ouvinte, telespectador e internauta.
04:04É com vocês no estúdio.
04:04Elisê, eu vou aproveitar a tua participação porque o Senado dos Estados Unidos ainda rejeitou uma resolução que pode impedir Donald Trump de lançar ataques contra a Venezuela sem autorização do Congresso.
04:18Tem alguma atualização sobre essa situação? Como que fica até para a América Latina?
04:22A situação de Donald Trump, Soraya, está sob suspenso aqui, viu?
04:28Tudo porque acontece hoje o terceiro dia de votação lá na Suprema Corte dos Estados Unidos com relação ao tarifácio.
04:35Um tema muito importante, muito insensível, que pode ou fazer com que Donald Trump avance em sua política de América First ou retroceda e perca espaço, né?
04:45Ou seja, um revés aí durante essa segunda temporada dele à frente da Casa Branca.
04:51Agora, também está acontecendo uma votação com relação a essa questão, né?
04:56De impedir que Donald Trump ataque outros países militarmente.
05:01Porque a lei dos Estados Unidos afirma que somente com a autorização do Congresso, uma guerra pode ser desencadeada com a participação dos Estados Unidos.
05:10Tradicionalmente, é esse o sistema do país.
05:13Somente o Congresso tem o poder de declarar guerra ou autorizar o uso das forças armadas, conforme a Constituição diz.
05:20A execução, portanto, dessas operações militares fora de zonas de guerra declaradas está suscitando uma série de debates entre os poderes aqui do país.
05:29O governo Trump está expandindo, como a gente viu há pouco, o seu foco militar e também diplomático aí embaixo na América Latina.
05:35Mas também com outros potenciais, né?
05:39A gente não pode esquecer de Rússia e China.
05:42E aí, por isso, ontem o Senado dos Estados Unidos votou aí uma resolução que buscava impedir que o presidente autorizasse ataques à Venezuela sem uma prévia autorização do Congresso.
05:55E a resolução foi derrotada por 51 votos a favor e 49 contra.
06:02Ou seja, se Donald Trump quiser atacar a Venezuela, os Estados Unidos poderão fazê-lo mediante uma assinatura dele, uma ordem direta dele ao Departamento de Guerra, o antigo Departamento de Defesa e ao Pentágono.
06:16Poucos republicanos se juntaram aos democratas nessa aprovação, apenas os senadores Rand Paul e Lisa Murkowski, que apoiaram a proposta.
06:26Esse voto ocorreu logo após o governo ter informado alguns senadores via um briefing classificando de que não há planos iminentes de atacar a Venezuela,
06:37mas que operações de combate ao tráfico de drogas vão prosseguir.
06:42Isso aí, obviamente, entre aspas, é parte, é trecho desse documento que foi enviado ontem aos senadores,
06:49em que fez que Donald Trump ganhasse esse round nessa guerra entre democratas e republicanos por aqui.
06:58A derrota dessa resolução representa aí um fortalecimento, portanto, do governo executivo dos Estados Unidos,
07:04o fortalecimento de Donald Trump, em outras palavras, segundo os analistas políticos por aqui,
07:09que agora vai poder continuar usando o uso da força militar americana em qualquer outro país que ele quiser,
07:15segundo a sua vontade e sem a necessidade explícita de incluir o Congresso americano,
07:21de ter o aval, a aprovação do Congresso americano nisso.
07:24Para países aí da América Latina, isso sinaliza que os Estados Unidos mantêm aí a capacidade de realizar operações militares
07:31ou de pressão, como está acontecendo, por exemplo, na Venezuela, em sua retaguarda estratégica,
07:38Caribe e América do Sul, com uma chamada menor transparência ou até mesmo um controle legislativo.
07:46Quando a gente diz menor transparência, porque essas operações não são avisadas com antecedência,
07:51a gente só sabe o momento que ela está acontecendo ou depois que elas já aconteceram.
07:54E uma vez que elas seguem para aprovação antes de acontecerem no Congresso,
08:00obviamente vira um tema público, vira um tema comum de sapiência de todos.
08:05E também reacendeu aqui nos Estados Unidos o debate interno sobre os limites constitucionais
08:11do poder executivo, do presidente do país, de conduzir ações militares em zonas
08:16que não sejam consideradas zonas de guerra, pelo menos oficialmente.
08:21Daí, em termos de política externa regional, isso acaba gerando ali uma cautela maior
08:27por parte especialmente de governos dos países latino-americanos quanto às suas alianças,
08:34postura de defesa de soberania e também a necessidade de fortalecer mecanismos de diplomacia regional
08:40ou até mesmo multilateral para contrabalancear tal tendência.
08:45algo que inclusive a gente já está vendo acontecendo aí no Brasil quando, por exemplo,
08:49o nosso governo defende a Colômbia ou defende a Venezuela, numa tentativa de mostrar
08:56que estamos unidos, somos um bloco frente aos Estados Unidos,
09:00porque uma operação militar americana na Colômbia ou na Venezuela,
09:05obviamente, resbalaria de alguma maneira no Brasil e em países vizinhos também.
09:10Então, há uma preocupação regional, há uma necessidade de reestruturação, de reorganização regional
09:17e, claro, há também o desejo dos Estados Unidos de reformatar a comunidade global.
09:25Por aqui, nos Estados Unidos, Soraya e Nonato, analistas políticos, já dizem que o mundo não voltará,
09:32jamais voltará a ser o mesmo depois da passagem de Donald Trump pela Casa Branca por essa segunda vez.
09:37Ele conseguiu alterar tantas coisas, tantas leis, tantos relacionamentos
09:42que, muito dificilmente, o mundo voltará a ser o que era.
09:46E, claro, a gente vai seguir acompanhando o mundo em tempo real aqui na programação da Jovem Pan.
09:50É com vocês no estúdio.
09:52Vamos ouvir, então, o que pensam os nossos analistas sobre esse tema.
09:55Eliseu, obrigada pelas suas informações.
09:57Deixa eu ouvir o Acácio Miranda primeiro sobre esse tema também.
10:01Bom, o Eliseu trouxe a opinião de alguns analistas internacionais
10:05dizendo que essa decisão do Senado norte-americano
10:08mostra a força de Donald Trump e da própria política dos Estados Unidos ali na região,
10:13tudo isso em meio aos ataques ao Caribe.
10:17Você concorda, Acácio?
10:20Sem dúvida alguma, Soraya.
10:23Há, nesse momento, uma discussão política nos Estados Unidos,
10:28mas Donald Trump e os republicanos vêm fazendo prevalecer o seu entendimento,
10:35por mais que não seja algo simples ou unânime,
10:38mas no que diz respeito às relações internacionais,
10:43especialmente na América Latina e na América do Sul,
10:46Donald Trump impõe a sua vontade e vai quebrando paradigmas que nós tínhamos até aqui.
10:53A título de curiosidade faleceu essa semana o ex-vice-presidente norte-americano Dick Cheney
11:00e dizem que ele é um dos grandes responsáveis pela criação do termo guerra ou terror
11:06que aconteceu nos Estados Unidos no início dos anos 2000,
11:10que foi um paradigma, a quebra de um paradigma em termos de relações internacionais.
11:16com um pouco mais de ponderação e com um pouco menos de sangue,
11:21Donald Trump vai pondo em prática uma segunda geração dessa quebra de paradigma.
11:28Repito, não sem conflitos internos com os congressistas norte-americanos,
11:34não sem resistência dos países do lado de fora,
11:39mas é fato que ele vem impondo a sua vontade
11:42e isso muda um pouco a forma como nós encaramos o poder.
11:47Agora, há uma problemática, especialmente em termos de Venezuela, para o Brasil.
11:53Já dissemos, a Venezuela é nossa vizinha,
11:56então por si só já é um ponto de atenção.
12:00Em segundo lugar, o Brasil é um parceiro histórico da Venezuela.
12:05Então, isso de forma ou de outra pode reverberar eventuais problemas
12:11em termos de relações entre Brasil e Estados Unidos.
12:16É um ponto de atenção que nós precisamos levar em conta sempre.
12:21Desde o seu cara e também nesse assunto,
12:24é meio que uma carta branca para o Donald Trump fazer aquilo que ele pretende,
12:28aquilo que ele bem entender lá no seu governo, pelo menos por enquanto, não?
12:32Exatamente, Nonato.
12:34E as consequências, elas são múltiplas, né?
12:37Porque, num primeiro ponto, existe essa possibilidade de um ataque,
12:42ou como você falou, uma carta branca em relação à Venezuela,
12:45que é uma aliada de outros países como China, Rússia, Irã,
12:51e isso pode acarretar também uma retaliação desses países.
12:54Então, não é só a Venezuela que vai explorar esse momento
12:59como o ataque dos Estados Unidos,
13:02vai explorar mediaticamente também a questão do imperialismo americano
13:07querendo se impor na Venezuela,
13:09mas tem os outros países que também podem responder.
13:12Aqui do lado do Brasil, é como o Acácio falou, né?
13:15A gente tem essa relação com a Venezuela,
13:18obviamente o presidente Lula tem uma relação ideológica,
13:22mas a gente tem uma relação de território também.
13:25E aí a grande pergunta que fica é como que o Brasil vai reagir a isso
13:28de forma diplomática, como nós mencionamos aqui,
13:31por causa desse mundo multipolar que mudou.
13:34Mas é uma oportunidade também, Nonato,
13:38para o Mercosul reagir, se manifestar, se posicionar
13:42e buscar esse protagonismo nesse eixo sul global que ele tanto espera, né?
13:47Então, se o presidente Lula conseguir, por ventura,
13:51deixar essa ideologia alinhada à Venezuela de lado,
13:54pode ser uma oportunidade para um possível protagonismo do Mercosul.
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