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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a prioridade da PEC da Segurança. A medida se tornou urgente após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e Penha, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos. Aliados de Motta afirmam que o encontro deve acontecer ainda nesta quinta-feira (30), com o objetivo de acelerar a tramitação da proposta que endurece medidas de combate ao crime organizado. Henrique Krigner e Luiz Augusto D’Urso comentaram.
Reportagem: Victoria Abel
Comentaristas: Henrique Krigner e Luiz Augusto D’Urso

Confira na íntegra: https://youtube.com/live/YNcoyUGhpXE

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Transcrição
00:00Voltamos para a capital da república com mais informações.
00:03Lula, há uma expectativa de se encontrar hoje com o presidente da Câmara,
00:09deputado Hugo Mota, para discutirem justamente esse assunto da segurança pública.
00:15Essa articulação que veio do Ministério da Justiça, enviado para o Congresso Nacional,
00:20mas até agora não andou.
00:22A Vitória Abel é quem chega ao vivo com as informações.
00:25Ótima tarde a você, Vitória, e as suas informações.
00:30Olá, boa tarde, Bruno, para você, para a Márcia e para todos que nos acompanham.
00:36Pois é, o presidente Lula quer se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados,
00:41Hugo Mota, de preferência ainda hoje, porque o Hugo Mota deve viajar para o seu estado da Paraíba
00:47no final do dia, portanto amanhã ele já não estaria aqui em Brasília.
00:50Eles estão tentando articular as agendas para ver se esse encontro consegue de fato acontecer ainda hoje
00:56ou então fica para os próximos dias.
00:58Fato é que Lula quer reforçar com o Hugo Mota a importância de se avançar o mais rápido possível
01:05com a PEC da Segurança.
01:07Vamos lembrar que essa proposta de emenda à Constituição foi enviada pelo governo lá no início do ano,
01:12já tramitou, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara,
01:16está agora na Comissão Especial,
01:18sobre a relatoria do deputado Mendonça Filho, do União Brasil.
01:22E esse texto prevê principalmente uma centralização das investigações e de operações envolvendo organizações criminosas,
01:32principalmente com caráter nacional e transnacional.
01:36O texto original do governo inclusive previa que essa centralização de operações e investigações
01:41seria feita na Polícia Federal, ocorreria por meio das investigações da Polícia Federal.
01:47Mas o relator Mendonça Filho já disse que deve modificar isso
01:50e dar um jeito ali dos estados conseguirem colaborar entre si,
01:55em união junto com o governo federal,
01:58mas sem que isso retire poderes dos estados.
02:02O texto também prevê a criação do Sistema Único de Segurança Pública,
02:07que será essencial na visão do governo,
02:09vai, na verdade, tornar constitucional, portanto, obrigatório esse Sistema Único de Segurança Pública,
02:14para que as polícias possam compartilhar dados de criminosos,
02:20boletins de ocorrência, organizando também melhor as operações.
02:25Lula quer justamente que esse texto avance mais rápido,
02:27quando depois, é claro, da operação no Rio de Janeiro,
02:31que chegou a matar mais de 120 pessoas.
02:34E Lula tem tratado isso como um tema primordial,
02:38utilizando justamente essa narrativa da segurança,
02:40até para tentar conquistar um público que costuma ser um público mais conservador, da direita.
02:46Então, o Lula também está tentando alcançar esse público.
02:49Ontem mesmo, o Palácio do Planalto lançou uma peça publicitária,
02:53que já publicou nas redes sociais, no Instagram do governo,
02:56um vídeo explicando como que a operação no Rio de Janeiro,
03:00de acordo com o governo federal, não foi bem sucedida,
03:04e que as operações devem ser feitas com inteligência.
03:08E nessa peça publicitária, inclusive, eles destacam
03:11que a PEC da Segurança é de suma importância.
03:14A gente também aponta o seguinte,
03:15só o título dessa peça publicitária que rodou aí nas redes sociais
03:19é o seguinte,
03:20explicando a operação policial no Rio de Janeiro com inteligência.
03:24Daí, abre aspas aqui também para essa peça publicitária.
03:28Matar 120 pessoas não adianta nada.
03:30Mesmo se fossem todos bandidos,
03:32amanhã tem outros 120 fazendo o mesmo trabalho.
03:37Além disso, também nessa propaganda,
03:38o governo fala o seguinte,
03:40que é preciso mirar na cabeça,
03:42mas não das pessoas,
03:43e sim no cérebro e no coração das organizações criminosas.
03:47Esse mirar na cabeça é uma referência até à fala do ex-governador do Rio de Janeiro,
03:52Wilson Witzel,
03:53que lá em 2018, logo depois que foi preso,
03:55disse que investiria muito em segurança pública
03:59e que queria mirar na cabeça dos criminosos e fogo,
04:03e colocar fogo nas palavras do Wilson Witzel naquela época.
04:07Então, portanto,
04:09o governo de Lula e o Palácio do Planalto,
04:13utilizando essas referências de governadores do Rio de Janeiro,
04:15criticando a política pública no Estado
04:18para tentar promover o seu estilo de segurança pública
04:22e também promover a PEC da Segurança.
04:25Além da PEC da Segurança,
04:27a gente também destaca que o governo deve enviar
04:30entre amanhã e os próximos dias, na próxima semana,
04:34o PL, o Projeto de Lei Antifacção,
04:37que prevê também um aumento de penas
04:40para quem liderar ou mesmo participar de organizações criminosas.
04:44Esse projeto de lei que já foi elaborado pelo Ministério da Justiça
04:48está parado na Casa Civil,
04:50mas os auxiliares do presidente Lula já disseram que isso deve ser acelerado
04:54e esse projeto deve chegar na Câmara nos próximos dias.
04:57Justamente nessa onda que o governo quer seguir
05:00de segurança pública e de se mostrar ali propenso
05:03a fazer programas de segurança pública.
05:06Esse projeto antifacção, além desse aumento de penas,
05:10ele prevê também a obrigação de operadoras de telefonia
05:14e bancos de compartilharem dados de criminosos,
05:17portanto, também auxiliando nas investigações
05:20e na inteligência das investigações,
05:22tanto de Polícia Civil quanto da Polícia Federal.
05:25Bruno e Márcia.
05:27Vitória, obrigado pelas informações.
05:29Seguiremos de olho nesse encontro,
05:31se vai acontecer antes do final do expediente.
05:33Lula encontrando, então, com o Hugo Mota.
05:36Informações importantes, 2 horas e 57 minutos.
05:40Vamos repercutir com os nossos comentaristas,
05:42o Luiz Augusto Durso.
05:44Eu quero ouvi-lo em duas situações, Durso,
05:46sobre este encontro de Lula com o Hugo Mota.
05:49A segurança sempre foi um assunto, justamente como ouvimos,
05:53da vitória da ala um pouco mais conservadora,
05:57ala da oposição,
05:58mas o governo vem tentando recalcular essa rota,
06:02começando a falar mais sobre segurança,
06:05mas, ao mesmo tempo, a gente vê,
06:07pelo menos ficou um sentimento de uma tentativa
06:10de romantizar esse assunto,
06:12o que não é visto pela oposição assim, né?
06:16Bruno, em primeiro lugar, a gente precisa aprender
06:18a parar de apoiar projetos de lei
06:21que ganham força em razão de algum tema
06:24que foi ali polêmico,
06:26ou que se tornou polêmico no país.
06:28A gente precisa legislar com cautela.
06:30Esse PEC da segurança tem tramitado já há algum tempo
06:34e desagrada em muitas questões,
06:38inclusive querendo centralizar a polícia
06:40numa situação federal.
06:42Aí eu pergunto, e me parece um pouco de antagonismo
06:46com relação à reação do governo a essa situação.
06:49Algumas figuras estão comparando essa operação no Rio de Janeiro
06:52com o que aconteceu no Carandiru.
06:54No Carandiru, a polícia entrou
06:56e os criminosos ali presos estavam desarmados, né?
06:59Reagiram num limite muito inferior
07:02da situação em que no Rio de Janeiro a polícia reagiu
07:06após ser recebida a bala com fuzis.
07:10A operação prendeu sem fuzis.
07:12Isso de alguma forma melhora no combate ao crime organizado?
07:16Claro que sim, são sem fuzis a menos na mão de criminosos.
07:19Claro que tivemos mortes, precisam ser apuradas
07:23para verificar se eram criminosos trocando tiro
07:25e que se fossem esses morreram numa situação
07:28em que os policiais estavam em legítima defesa
07:30e se há algum tipo de impacto
07:33àqueles que ali moram.
07:34E aí sim, tem que pontualmente verificar
07:36se houve algum erro na operação.
07:39Mas era uma operação que foi recebida a tiros e reagiu.
07:43Então, é uma situação totalmente diferente do Carandiru.
07:46Em segundo lugar, nós precisamos lidar com essa situação
07:50a exemplo de como São Paulo tem lidado,
07:53asfixiando financeiramente as organizações criminosas.
07:56Nós acabamos de ver uma notícia antes dessa
07:58dizendo que hoje foi feita uma operação aqui
08:00que apreendeu 300 mil reais ali do tráfico.
08:04Nós tivemos recentemente uma operação aqui em São Paulo
08:06que apreendeu bilhões de reais de organizações criminosas
08:10que aqui operam e trabalham.
08:13A mesma coisa tem que acontecer no Rio,
08:15mas lá nós temos, de fato, essa situação
08:17que quando a polícia vai executar uma operação
08:20ela é recebida a tiro e isso gera conflitos.
08:23Não é uma PEC da segurança pública
08:26colocando regras gerais que vai resolver.
08:28E aí entra a situação do antagonismo
08:29porque parece que o governo federal atualmente
08:32tem só criticado a operação
08:34como se não tivesse tido culpa nenhuma
08:36o crime organizado ali dominar
08:38e receber a bala os policiais.
08:41E que, na verdade, eles foram vítimas
08:43por causa dessa história inteira.
08:44Isso é uma deturpação da realidade.
08:46A realidade é que ali há um cenário de guerra.
08:49E a guerra, sim, querendo ou não,
08:52é resolvida muitas vezes em conflitos bélicos
08:55e existem efeitos colaterais.
08:57A gente tem que evitar ao máximo
08:58para não ter efeito colateral nenhum
09:00para a população.
09:01Mas que numa guerra,
09:03quem está do outro lado atirando na polícia
09:05pode morrer, isso é um fato
09:07e é uma opção quando o indivíduo
09:09porta um fuzil e recebe a polícia a tiros.
09:13Agora, Henrique Krigner,
09:15o mesmo governador que disse
09:16que não teve apoio do governo federal
09:18foi o governador que votou contra
09:21essa PEC da segurança pública.
09:23Na sua opinião,
09:25quais são os problemas dessa PEC
09:27para os governadores de direita
09:29e centro-direita não apoiarem?
09:32Bom, Márcia, justamente porque
09:34essa PEC prevê.
09:35Acho que o número um seria
09:36a centralização de operações como essa
09:39na polícia federal.
09:41Se essa PEC entrasse em vigor
09:43da maneira como ela está desenhada,
09:45o governo estadual,
09:46seja do Rio de Janeiro
09:47ou de qualquer outro estado,
09:48numa operação em comunidades,
09:51não poderia executar
09:52de acordo com a inteligência
09:54ou mesmo a urgência
09:55daquilo que foi apurado
09:57ali pela sua própria equipe,
09:59teria que esperar pela anuência
10:01da polícia federal
10:01ou mesmo até o reforço
10:03da polícia federal.
10:04Com isso, o que aconteceu?
10:06A operação agora
10:07que a gente está vendo
10:09aqui no Rio de Janeiro
10:09não teria acontecido.
10:11E aí alguém pode pensar,
10:13bom, mas que bom,
10:14essas pessoas não teriam morrido.
10:15Mas vamos lembrar ali
10:17do que disse o Durso.
10:18São 100 fuzis a menos.
10:20Muitos mortos morreram
10:21porque estavam em combate
10:23com a polícia.
10:25Então não são pessoas
10:26que estavam simplesmente ali
10:27passeando no parque
10:29e de repente receberam um tiro.
10:30Ainda claro, existem investigações,
10:32mas essa polícia subiu o morro
10:34com câmeras corporais,
10:36subiu o morro de posse
10:37de mandatos de busca e apreensão
10:39e também de prisão,
10:40seguiu todos os controles
10:42e todos os requisitos ali
10:43estabelecidos pelo STF
10:45e na DPF.
10:46Então, a parte,
10:48a lição de casa foi feita.
10:49Nessa questão,
10:50a PEC só atrapalharia
10:52e retardaria o processo
10:54esperando aí uma boa vontade
10:56por parte do governo federal de novo.
10:58Esse é o maior risco,
10:59é deixar a parcela
11:00da segurança pública
11:02na mão de alguém
11:02que não está lá com você.
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