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Após encontro na Malásia neste domingo (26), Lula (PT) afirmou que Donald Trump "garantiu" acordo sobre o tarifaço. Segundo o presidente brasileiro, eles também abordaram o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e o plano para matar ele e outras autoridades, com Lula destacando a gravidade da trama golpista. Reportagem: André Anelli.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/9szqPe9QtF8

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Transcrição
00:00Quero começar falando que o presidente Lula afirmou que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi surpreendentemente boa.
00:08Vamos então com o André Anelli e ao longo desta edição a gente vai trazer todas as camadas desse encontro, o que esperar lá na frente e também sempre opinião crítica, pé no chão, menos emoção, mais razão.
00:20Vamos lá, vai ter acordo com o Trump, hein, Anelli? Bem-vindo, boa tarde.
00:23Obrigado, Evandro. Muito boa tarde a você e a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:31O presidente Lula afirmou logo após a reunião com o presidente americano Donald Trump que se depender dele, presidente brasileiro, vai sim ter acordo entre o Brasil e os Estados Unidos
00:42para o fim daquele tarifaço generalizado que foi imposto pelos Estados Unidos de cerca de 50% para a grande maioria dos produtos que são importados aqui do Brasil.
00:54Esse foi o principal tema dessa reunião que já estava sendo aguardada desde a semana passada.
01:00Aconteceu em Kuala Lumpur, na Malásia, na tarde de domingo, já então mais cedo aqui no Brasil, dentro daquele cronograma inclusive que estava previsto na própria agenda do presidente Lula
01:14de reuniões bilaterais paralelamente à cúpula das nações do sudeste asiático.
01:20Então, o tarifaço foi sim o principal tema desse encontro. O presidente Lula pediu o fim desse tarifaço, que vai depender agora de próximos passos, então.
01:30Há exemplo de negociações que vão ocorrer entre comitivas dos dois países, tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos, nas próximas semanas.
01:39E ainda não existe, portanto, então, uma previsão específica de quando e se esse tarifaço aos produtos brasileiros vai acabar.
01:48Mas, nas palavras do presidente Lula, foi um grande avanço o encontro presencial com o presidente Donald Trump
01:56e que, inclusive, eles puderam falar sobre um tema mais delicado, que foi justamente, então, aquele argumento que o governo americano colocou em 9 de junho
02:06para impor as tarefas ao Brasil, que seria uma espécie de perseguição ao então presidente, ao ex-presidente Jair Bolsonaro,
02:13na época julgado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
02:19O presidente americano Donald Trump, em uma carta aberta, enviada nas redes sociais, inclusive, acusou o Brasil de perseguição política.
02:29O presidente Lula, evidentemente, como se trata também de um opositor ao ex-presidente Jair Bolsonaro,
02:34negou qualquer tipo de perseguição, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi julgado de forma independente e imparcial pelo Supremo Tribunal Federal
02:44e, a partir de então, de acordo com o presidente Lula, essa questão envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro foi superada
02:51para que os dois países pudessem, então, tratar do tarifaço.
02:55Muito obrigado pelas informações, André Anelli. Daqui a pouco a gente vai trazer mais informações também,
03:01mas vamos rodar um trecho do que disse o presidente da República. Vai lá.
03:05Vocês sabem que se depender do Trump e de mim vai ter acordo.
03:13É importante que quando vocês sentarem na mesa, que alguém disser não às coisas que nós descrevemos,
03:20vocês têm que saber que não é nem da parte dele e nem da minha parte.
03:23Porque nós estamos dispostos a fazer com que o Brasil e os Estados Unidos continuem com uma relação, sabe,
03:31como tem há 201 anos.
03:34Não são pouco tempo. São dois séculos de reunião diplomática, sabe, muitas vezes vantajosas por dois países,
03:42muitas vezes perigosa por o Brasil, como em 1964.
03:46Mas tudo isso a gente deixa de lado, porque o que interessa numa mesa de negociação é o futuro.
03:53E aí, em um outro trecho dessa coletiva de imprensa concedida na Malásia,
04:02logo depois do encontro com o presidente americano Donald Trump,
04:05o presidente Lula foi mais enfático ainda em relação àquela argumentação inicial dos Estados Unidos
04:10de perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro,
04:12e chegou a usar um termo rei morto, rei posto, no sentido de que Jair Bolsonaro seria a página virada
04:20e de que não deveria ser levado em consideração, então, nessas negociações com os Estados Unidos.
04:25Eu disse pra ele que o julgamento foi um julgamento muito sério, com provas muito contundentes,
04:33nenhuma prova da oposição, uma prova é tudo de relato das pessoas que estão sendo julgadas.
04:39Disse pra ele a gravidade do que eles tentaram fazer no Brasil,
04:43disse a eles que eles têm um plano pra matar a mim,
04:46pra matar o meu vice-presidente, pra matar o presidente Alexandre de Moraes,
04:50e eles foram julgados com o direito de defesa que eu não tive quando eu fui processado.
04:56E que, portanto, sabe, isso não está em questão, isso não está em discussão, sabe?
05:02E ele sabe que rei morto ou reposto.
05:06Ele sabe.
05:08O Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira.
05:13E eu ainda disse pra ele, com três reuniões que você fizer comigo,
05:17você vai perceber, sabe, que o Bolsonaro era nada, praticamente.
05:26E logo depois desse encontro, então, com essas declarações,
05:29nas palavras do presidente Lula, o próprio presidente aqui do Brasil
05:33prometeu ligar nos próximos dias para Donald Trump,
05:37justamente no sentido de que avancem, então, as negociações em torno do fim do tarifaço.
05:42Como eu disse agora há pouco, esse fim ou não do tarifaço
05:45vai depender agora de uma série de reuniões entre delegações brasileiras e delegações americanas,
05:51principalmente envolvendo, então, os setores da economia, da fazenda,
05:55de amplos os lados, Ministério da Fazenda, do Planejamento,
05:58Relações Exteriores aqui do Brasil e os equivalentes nos Estados Unidos.
06:03Mas a expectativa, então, é que o próprio presidente Lula,
06:06nas palavras dele, faça uma ligação para o presidente americano Donald Trump,
06:10principalmente para que acabe, então, explicando todas essas questões políticas
06:15que serviram também de argumentação para os Estados Unidos
06:18e que o próprio presidente Lula se colocou à disposição agora também
06:22para, então, tirar todas as dúvidas que, eventualmente, possam surgir dos Estados Unidos.
06:29Evandro.
06:29Muito obrigado pelas informações, Andréa Nelly.
06:31Já já conversamos mais.
06:32Eu também quero saber a sua opinião na enquete que está rolando lá no nosso YouTube.
06:36Você acha que o encontro entre Lula e Trump pode encerrar o tarifaço?
06:39Sim, o diálogo pareceu produtivo.
06:41Não, os Estados Unidos não vão recuar, talvez, mas é imprevisível.
06:46Quero colocar aqui no nosso telão também um pouco de participação
06:48de quem já nos acompanha nesse início de 3 em 1
06:52e também na Segundona Braba, e semana está apenas começando.
06:55Dá para rolar aqui no telão?
06:57O César Castro.
06:58Começar a semana na companhia de Evandro Cine,
06:59desse super time de comentaristas, é um privilégio.
07:02Os embates entre o Gani, Compe e Perno são históricos.
07:05O 3 em 1 é, sem dúvida, a melhor resenha política do Brasil.
07:08Obrigado, César.
07:09Um abraço para você e continue conosco também no restante da semana.
07:13Vamos com o Marcão Ponte Preta.
07:15Boa tarde, parabéns, Jovem Pan.
07:16Vocês fazem a diferença no telejornalismo brasileiro.
07:19Bora mudar para melhor, Brasil.
07:20Obrigado, Marcão.
07:21Continue conosco e acompanhe também o debate aqui,
07:23porque vai ter já já embate entre Piperno e Alangani,
07:27fora também os nossos comentaristas Bruno Musa e Zé Maria Trindade.
07:31Todo mundo vai apimentando um pouquinho aqui a nossa conversa.
07:34Alangani, vamos falar sobre esse encontro.
07:36Havia uma dúvida muito grande se ele, de fato, aconteceria.
07:39Não só aconteceu, como a foto e a imagem ficaram bastante positivas para o governo Lula
07:45e para a maneira como ele quer conduzir esse debate a partir daqui.
07:48Você acredita que rei morto é rei posto, nesse caso,
07:52olhando para a trajetória de Jair Bolsonaro e para o relacionamento que ele desenvolveu com Donald Trump
07:57e o quanto isso influenciaria as decisões a partir daqui?
08:01E foi um saldo positivo, digamos assim, para o governo?
08:05Olha, Evandro, cravar rei morto é rei posto é complicado porque o Donald Trump é imprevisível.
08:10Agora, é claro que houve um avanço por parte do governo.
08:15Até então não havia nenhuma interlocução com a Casa Branca.
08:19Existia também um grande receio de que essa reunião fosse uma armadilha
08:24como aquela que ocorreu com Zelensky, que ele acabou sendo humilhado globalmente.
08:30Não foi o que aconteceu.
08:32É claro que não resolveram, na primeira reunião, a redução das tarifas de 50%,
08:37mas houve, pelo menos, aí uma brecha.
08:40Um início para uma negociação.
08:43Um longo caminho de negociação, mas ainda é muito cedo para o governo cantar vitória, Evandro.
08:49Ô, Piperno, vamos utilizar uma expressão bem conhecida aqui da gente, né?
08:53O Donald Trump garantiu, trouxe algum tipo de garantia na sua expressão, na sua fala,
09:00ou foi um qualquer coisa, eu te aviso, presidente Lula?
09:04Não, foi realmente um passo adiante.
09:07Vamos voltar um pouquinho o tempo, recuar no tempo.
09:09Três, dois, três meses atrás, caminhávamos para um impasse aparentemente irreversível.
09:15Agora, os dois contendores estão sentados na mesa de negociação.
09:21A gente ainda não sabe qual vai ser o saldo disso, mas indiscutivelmente avançou.
09:28E esse é o trunfo para os dois lados.
09:30Até porque o presidente Trump também tem que apresentar internamente conquistas.
09:34E ele provavelmente vai arrancar alguma coisa do Brasil, que até aqui agiu de forma soberana,
09:40sem abrir mão da sua altivez, e vai negociar aquilo que entende ser melhor para o país,
09:49e se livrando daquele momento de chantagem, do tipo, ou libera para o papai,
09:56ou então o Brasil vai acabar sofrendo, e a gente nem sabe se vai ter eleição em 26, porque isso foi dito.
10:03O Zé Maria Trindade, nas manifestações anteriores do presidente Donald Trump,
10:07quando ele impôs o tarifaço, o nome de Jair Bolsonaro apareceu,
10:11exatamente por conta dele ser alvo do julgamento no Supremo Tribunal Federal.
10:16Agora, o presidente Lula diz que o assunto voltou a ser discutido,
10:22mas que Lula disse que o que aconteceu e que os fatos expõem que o crime cometido por Jair Bolsonaro foi muito grave.
10:30Uma tentativa de dizer que as informações que tinham chegado para Donald Trump até esse momento
10:35não traziam com profundidade o que o país havia passado sob um plano golpista de Jair Bolsonaro,
10:43e que agora Trump teria, de fato, um olhar sobre a realidade.
10:48Como é que você avalia essa estratégia política feita por Lula?
10:53Porque o debate político vai ser justamente guiado por ele,
10:57como o próprio presidente Lula fez questão de dizer aos seus ministros.
11:00Eu nunca achei que essa história do tarifaço e tal era uma coisa isolada da economia,
11:07porque não é racionalmente bom para os Estados Unidos
11:10e não significa absolutamente nenhuma elevação de relação entre Brasil e Estados Unidos.
11:16Isso tem a ver com a política, tem a ver com o ex-presidente Jair Bolsonaro, sim.
11:20A família do ex-presidente Eduardo Bolsonaro não tem sobre Trump, mas tem sobre alguns integrantes do governo um acesso muito bom,
11:31e isso permitiu que tivesse esse tipo de raciocínio.
11:35Soube também que o presidente Lula levou um, vamos dizer assim, um apanhado dos últimos acontecimentos do Brasil,
11:43politicamente, economicamente, as relações com os Estados Unidos,
11:48e esse apanhado foi entregue pessoalmente ao presidente Donald Trump.
11:53Essa articulação política que você se referiu, Evandro, foi muito importante em três frentes.
11:59A Confederação Nacional da Indústria contratou um competente escritório de lobby nos Estados Unidos,
12:06que fez um trabalho ali junto a empresários, com a ajuda, inclusive, de empresários brasileiros,
12:11que tem relação com o governo norte-americano,
12:14e conseguiu mostrá-lo ali, parte importante do governo, qual é a situação política do Brasil.
12:20Por outro lado, o Congresso Nacional, através de uma relação do senador Nelsinho Trade,
12:25que era presidente da Comissão de Segurança Nacional, de Defesa Nacional e Relações Exteriores,
12:32fez junto a política, áreas políticas, inclusive o Capitólio.
12:36E, por último, o próprio governo, tecnicamente, tentando, tinha dificuldades de mostrar a realidade.
12:42Essa história do Eduardo Bolsonaro, mostrando ao governo Trump de que havia uma perseguição política,
12:51que isso acabou levando o governo norte-americano a acreditar.
12:56Porque há, nesse momento, um processo político muito importante,
13:00haja vistas ao que está acontecendo na Argentina,
13:02que é, nós vamos falar daqui a pouco,
13:05que é uma opção de Donald Trump se mostrando, inclusive, vitorioso com o resultado eleitoral na Argentina.
13:13Da mesma forma, ele se preocupa aqui com o Brasil.
13:16Então, é claro que o ex-presidente Jair Bolsonaro não é carta marcada,
13:21carta passada do baralho,
13:24mas o governo norte-americano reconheceu Lula como o presidente legítimo do Brasil,
13:30e esse é um passo importante.
13:31Como é que você avalia o Bruno Moussa?
13:34Bom, vamos lá, mais ou menos nessa linha.
13:35Como o próprio Zé Maria falou, a gente vai comentar daqui a pouco,
13:38mas ontem, depois da gigante vitória que o Partido do Milnei teve,
13:42Trump falou abertamente sobre a importância geopolítica na América Latina.
13:46E por que eu estou falando isso?
13:47Porque eu continuo batendo nessa tecla.
13:49Essa reunião entre Trump e Lula tem muito a ver com a questão geopolítica
13:52e a influência da China aqui.
13:54Então, obviamente, foram passos importantes, vitórias por dois lados,
13:58como o próprio Piperno colocou aqui.
14:00Mas, de novo, tem a forma que o Trump fala, ou o que ele fala,
14:05a forma como os meios de comunicação escrevem o que ele fala
14:09e o que, de fato, o Trump faz.
14:11São três coisas completamente diferentes.
14:13Por que, Bruno?
14:14Porque, muitas vezes, eles tentam, veja,
14:16os meios de comunicação tentam entender o que ele fala.
14:19Muitas vezes ele fala alguma coisa, claro,
14:22e vai lá logo depois, alguns dias, e faz simplesmente o oposto.
14:26Tanto é que nós falamos agora aqui.
14:27O próprio Piperno colocou.
14:29Há poucas semanas atrás, ninguém imaginava que chegaria num acordo
14:33ou num encontro.
14:35Estamos vendo o acordo.
14:36Ou seja, são cenários que a gente não consegue prever
14:39porque o Trump é imprevisível por natureza.
14:42E, de novo, o Lula, quando também não tem um script a seguir
14:45e ele resolve falar, se um dia ele fala mais do que a boca,
14:48batendo contra o dólar, o Trump muda de ideia.
14:51Se é que tem alguma ideia.
14:53Então, enfim, está tudo muito e aberto,
14:54mas, sem dúvida nenhuma, foram pautas importantes
14:57e avanços importantes.
14:58Agora, eu queria falar um pouquinho com vocês também
15:00sobre a repercussão para a direita
15:02e para os aliados de Jair Bolsonaro aqui no país.
15:06Dá para a gente fazer uma tela dividida com os quatro?
15:08Porque eu quero até trazer um assunto
15:09que nós debatemos aqui em outro momento no 3 em 1,
15:11que era o fato de, nos corredores ali do Palácio do Planalto,
15:14Zé Maria Trindade,
15:15o próprio presidente Lula e alguns assiliares
15:18chamarem o Eduardo Bolsonaro de cabo eleitoral
15:21diante da bandeja positiva que ele entregou ao governo
15:24a tentar fazer uma campanha negativa lá fora
15:26e enxergar e assistir o processo oposto aqui no país.
15:33O Brasil aproveitando esse momento
15:36para tentar ganhar em popularidade para o presidente da República.
15:40Dá para a gente falar em ganhadores e perdedores nesse momento?
15:43Em que ganhadores seriam os integrantes do governo brasileiro
15:48e os perdedores, os aliados mais próximos de Jair Bolsonaro
15:52ou o próprio Eduardo Bolsonaro?
15:55Ou, neste caso, nós não temos um jogo de perda e ganha?
16:00Exatamente porque a gente está falando de uma necessidade real
16:03que é atender àquilo que precisam os empresários brasileiros.
16:08Há sim um jogo de perda e ganha
16:13e é um jogo político muito pesado.
16:15É verdade, estão dizendo que o Eduardo Bolsonaro
16:18é a camisa 10 do presidente Lula.
16:21Um bolsonarista me disse,
16:22olha, daqui a pouco o Lula vai mandar colocar uma estátua
16:25de Eduardo Bolsonaro no seu gabinete.
16:28Então, assim, é claro que foi um trabalho isolado
16:31do deputado Eduardo Bolsonaro
16:33que desagradou parte importante da direita
16:35e do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
16:38Foram até ele, grupos até muito ligados aí
16:41ao governador de São Paulo, Tassísio de Freitas,
16:45dizer, o senhor tem que colocar freio no Eduardo Bolsonaro.
16:48E ele falou, mas o ex-presidente Jair Bolsonaro
16:51disse que estava muito difícil conversar com o filho e tal.
16:55Então, assim, é evidente que o Eduardo Bolsonaro
16:58teve muita coragem.
16:59Ele tinha um mandato ainda que até 2026,
17:04até o final de 2026,
17:07e tranquilo, de reeleição e tal,
17:10e foi para os Estados Unidos tentar
17:12uma grande cartada internacional
17:14que ninguém nunca tinha tentado.
17:16Essa é a realidade,
17:17de mudar uma conjuntura jurídica aqui no Supremo
17:21através de uma ação internacional.
17:22Mas, a partir já do telefonema
17:26entre o presidente norte-americano e o presidente brasileiro,
17:30se definiu ali que o interlocutor não é o Eduardo Bolsonaro,
17:33mas o interlocutor do Brasil é o presidente Lula.
17:36A partir daí, houve uma perda.
17:38E mais, isso gerou consequências políticas.
17:42Não mudou muito na economia,
17:43mas na política, sim.
17:44Olha só, o presidente Lula começou a usar verde e amarelo,
17:51e azul, as cores da bandeira,
17:53usando o boné verde e amarelo,
17:56e pregaram na direita,
18:00no grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro,
18:02uma bandeira norte-americana,
18:03vermelha, e aquele boné vermelho,
18:06falando de soberania.
18:08Olha, nós temos áreas aqui no Brasil
18:10que não são soberanas.
18:11Quero ver o governo restituir a soberania do Rio de Janeiro.
18:15E dizer, não, nós queremos a soberania do Rio de Janeiro,
18:18nós vamos em qualquer lugar.
18:19Cada cidade tem um ponto aí,
18:21dominado pelo crime organizado,
18:23que não tem a soberania nacional.
18:24Mas, mesmo assim, o discurso ficou.
18:26Então, é evidente que houve, sim,
18:28vantagens para o grupo do presidente Lula.
18:32Eu gosto muito quando a nossa audiência
18:35participa intensamente do 3 em 1,
18:37com comentários, com análises também.
18:39Vamos, então, com a Joyce Luana.
18:40Estava mais do que na hora do Lula baixar a guarda
18:43e ter um diálogo com a América do Norte.
18:45Mas o Trump é imprevisível demais.
18:47Ao meu ver, rola uma negociação breve aí.
18:50Fábio Piperno, você acha que o presidente Lula
18:53não estava baixando a guarda?
18:55Ou você entende que a atitude dele
18:58tinha a ver com, justamente,
19:00demonstrar uma força que é importante
19:02na estratégia para ser respeitado
19:04por Donald Trump hoje?
19:05Bom, eu vou pegar, vou puxar o final
19:07do comentário primeiro, né?
19:08Vai, sim, rolar uma negociação em breve aí,
19:12como ficou muito claro desde ontem.
19:14De qualquer forma, se não baixou a guarda
19:16dois, três meses atrás,
19:18quando as pressões eram muito mais intensas,
19:20explícitas, inclusive,
19:22com comunicados quase que diários
19:24da própria Embaixada Americana,
19:26não é agora,
19:27quando todo mundo se sentou à mesa de negociações
19:29para colocar as suas cartas,
19:31as suas reivindicações,
19:32reivindicações, que vão haver,
19:34realmente, concessões,
19:37não por interesses,
19:38mas, simplesmente, por temores.
19:40Isso não existe.
19:42Aliás, em 20 de janeiro desse ano,
19:44quando houve a posse do presidente Trump,
19:47o brasileiro mais notório que estava lá
19:51era exatamente Eduardo Bolsonaro.
19:53E eu acho que,
19:53a partir desse momento também,
19:55criou-se aí um sentimento de presunção,
19:58de achar que, puxa,
19:59nós temos interlocução direta
20:01e os Estados Unidos têm que falar com a gente.
20:03Vai ouvir primeiro a gente
20:04e depois o governo do Brasil.
20:06E, nesse sentido,
20:07tentaram colocar o governo do Brasil
20:09e também o STF nas cordas.
20:12Não conseguiram,
20:13até porque,
20:14o outro lado,
20:15no caso,
20:16o presidente Trump,
20:18viu,
20:20e ficou muito claro,
20:21muito rapidamente,
20:22que aqui,
20:24sabe,
20:24também tem,
20:25é,
20:26o osso duro de roer.
20:27não é fácil dobrar
20:29as autoridades brasileiras
20:31que estão
20:32à frente do STF
20:33e à frente do Executivo hoje.
20:35Então,
20:35o Brasil chega
20:36à mesa de negociações,
20:38vai ter que fazer concessões,
20:40os dois lados farão,
20:42mas chega numa posição
20:43de altivez.
20:44Interessante.
20:45Vamos trazer mais um pouquinho
20:46aqui de manifestação também
20:47de quem nos acompanha
20:48nessa data especial.
20:49Olá, Cine.
20:50Realmente,
20:50seu programa é um divisor de águas
20:52sobre o jornalismo verdadeiro.
20:54Obrigado,
20:54viu, Paulo?
20:55Continuo achando
20:56que a arrogância
20:56e a ironia do Lula
20:58colocam o Brasil
20:59em desvantagem
20:59frente aos Estados Unidos.
21:01Interessante,
21:01Paulo,
21:02você trazer esse ponto de vista
21:03e daqui a pouco
21:03nós vamos, inclusive,
21:04ouvir se isso pode
21:06influenciar ou não
21:07nas tratativas que virão.
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